Tudo o que nunca contei

Tudo o que nunca contei Celeste Ng




Resenhas - Tudo O Que Eu Nunca Te Contei


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Natasmi Cortez 28/03/2017

"Tudo o que nunca contei"
"Lydia está morta. Mas eles ainda não sabem disso. Dia 03 de Maio de 1977, seis e meia da manhã, ninguém sabe nada a não ser por este fato inofensivo: Lydia está atrasada para o café da manhã."
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Personagens bem construídos, carregados de uma melancolia incômoda, dão o tom à uma trema repleta de desesperança. Uma história que fala dos sonhos que não realizamos e sobre as expectativas irreais que colocamos sobre aqueles que amamos, e à quem, sem querer, acabamos por sufocar.
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"E a própria Lydia - o centro relutante daquele universo - todos os dias mantinha o mundo estável. Absorvia os sonhos dos pais, silenciando a relutância que fervilhava por dentro."
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No cenário desencorajador de uma América castigada pela segregação racial, Celeste Ng conduz o leitor pelo lado menos favorecido dessa guerra silenciosa e assustadora chamada preconceito. Uma série de comentários aparentemente inofensivos sobre o formato dos olhos, a origem étnica e até mesmo a cor do cabelo, pode ter consequências sérias o bastante para ultrapassar gerações e destruir toda uma família.
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Capítulos longos e detalhados poderiam ser considerados cansativos, não fosse a escrita simples e envolvente da autora. Acompanhamos todos os personagens dessa trama, com seus segredos, medos e anseios. Virar a última página, é como dar adeus à um amigo querido e mesmo não sendo um livro de grandes revelações, esse é o tipo de história que ficará marcado em você pra sempre. Seja pela sinceridade da escrita, seja pelo tema, tão próximo de nós mesmos. Li a nota da autora, e até mesmo os agradecimentos, tudo por querer só mais um pouco de Celeste, só mais um pouco dessa narrativa íntima e generosa.
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Sabrina - @linhaposlinha 30/09/2018

"Lydia está morta. Mas eles ainda não sabem disso."
Taí um gênero para me tirar da zona de conforto. Pela premissa, imaginava que Tudo O que Nunca Contei seria um drama adolescente com uma pitada de suspense. No entanto, com o que me deparei estava muito mais para um drama familiar.

A narrativa é bem objetiva e corrida pelo fato de não haver muitas falas, o que imagino, foi escolha da autora para evidenciar ainda mais o ambiente em que se passa a história.

O livro basicamente narra a vida de uma família sem diálogo. Os personagens são extremamente profundos e nós conhecemos cada uma de suas angústias e cada um de seus fracassos sociais e profissionais. E justamente pela falta de diálogo, a família assume uma dinâmica que proporciona o surgimento de muitos conflitos. Há situações que nos mostram como algumas palavras soltas num momento de raiva podem ter um peso significativo em outra pessoa como também nos mostra o resultado de colocar todas as suas expectativas sobre os ombros de uma pessoa. Nesse caso, quando os pais colocam todas as suas frustrações e seus sonhos não realizados em cima de seu filho numa forma de terem uma segunda chance de viver o que almejaram, mas não alcançaram.

Uma coisa que achei interessante foi o final. Apesar do leitor terminar a leitura sabendo como foi em detalhes e o que levou a morte de Lydia, a família permanece às escuras em diversos aspectos. Algumas coisas nunca serão totalmente esclarecidas em nossas vidas e é justamente isso que a autora decidiu deixar marcado nas linhas finais, tornando assim, Tudo O que Nunca Contei uma história triste, deprimente e real.

site: https://www.instagram.com/linhaposlinha
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Nicole Longhi 22/07/2018

Uma família separada pela falta de um diálogo
A resenha de hoje é sobre o livro Tudo o que nunca contei, que marca a estréia da autora Celeste Ng. A trama gira em torno da família Lee na década de 70, época grande segregação racial, Marylin uma americana estudante de medicina se apaixona por seu professor James que é oriental. Ela decide continuar seguindo seus sonho para se tornar médica e enfrentar as discriminações sofridas devido ao fato de James ser oriental e mesmo assim se casa com ele. Mas ela vê seu sonho ir por água abaixo quando uma gravidez inesperada atrapalha seus planos. Anos depois com três filhos, Marylin se encontra em profundas dúvidas sobre sua família, quando a sua filha adolescente Lydia desaparece e seu corpo é encontrado mais tarde no lago da cidade aonde moram.
Quando Lydia não desce para o café da manhã, e sua família encontra sua cama arrumada todos começam a imaginar onde a menina pode ter passado a noite e acionam a polícia, que logo depois encontram seu corpo no fundo do lago da cidade. Mas ela morria de medo de nadar, então o que estava fazendo lá? O que teria acontecido com a garota? Seria assassinato? Seria suicídio? Mas porque uma garota com ótimos pais, vários amigos, que podia se tornar médica e tinha tudo que queria tiraria sua própria vida? Essas são as dúvidas que assombram a família Lee após a morte da filha do meio.
Bem, se você espera um livro sobre romance policial está fazendo a leitura errada. O livro trata sobre a família perfeita que no fundo não era perfeita e sim cheia de erros e pouca comunicação entre si. Após a morte de Lydia, aprofundamos na vida da família Lee desde a época em que os pais se conheceram até o presente momento. Lydia era a filha do meio que puxou mais para sua mãe com bastante toques americanos, diferente dos outros filhos orientais do casal, então Marylin vê em sua filha a oportunidade de conseguir que tenha uma filha médica e deposita todos os seus sonhos na menina. Após sua morte, ela vê pela segunda vez seus sonhos sendo interrompidos inesperadamente.

Resenha completa em :

site: https://sheisabookaholic.blogspot.com/2018/07/resenha-tudo-o-que-eu-nunca-contei.html
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Deise.Maria 05/11/2018

Considero este livro um alerta
Pq um alerta?
Bom claramente este livro retrata as espectativas que o pai tem sobre seus filhos.
Quando uma tragédia sobrevevem sobre a familia Lee, muitas coisas nao ditas e nao vistas são expostas, como a filha mais nova que sempre deixada de lado, os verdadeiros sonhos da filha mais velha Lydia, a angustia de Nathan por nao ter a atencao devida dos pais que sempre é dirigida a Lydia ao passo que esta se sente pressionada pelas exigências dos pais, a mae querendo que ela seja medica, um sonho que ela própria nao conseguiu realizar e que passou a atribuir a filha e o pai querendo que a filha seja popular, tenha amigos e que nao sofra por ser diferente como ele sofreu.
Este livro compõe elementos característicos de muitos problemas que as familias passam hoje e que nao notam por estarem concentradas em perspectivas frutadas.
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Letícia 06/12/2018

Esse livro foi um soco na boca do estômago.Ele é tão real e latente, que poderia ser a realidade de qualquer pessoa que nos permeia. É triste ver como a jovem Lydia é sufocada pelos desejos dos pais, é tão triste ver a Marylin fazer com Lydia o que repudiava na mãe, é cruel ver como James cobra tanto que a filha tenha vida social e sequer olhe para o Nath, dói tanto ver Nath ser o ponto de apoio de Lydia e a ver reclamar da atenção dos pais, sendo isso o que ele sempre quis e como é triste ver a pequena Hannah ser invisível a família. Sobre Hannah, me impressionou como essa menina tão pequena é observadora e inteligente. É um livro que te faz pensar se você está seguindo as suas vontades ou fazendo apenas os desejos dos outros. Super recomendo, de leitura fácil e trama envolvente.
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Mari M. 19/12/2018

Nó na garganta em 3,2,1....
O que os pais conseguem influenciar na vida dos filhos é bizarro.Alguns filhos se anulam pra agradar e levam isso pra sempre, refletindo além da familia, no trabalho, com colegas...e se anular, todo o tempo, uma hora explode.Amei.Personagens mega reais.
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Suelen 04/06/2018

Que LIVRÃO!!!

Confesso que peguei esse livro pra ler pensando que seria mais um no gênero, mas logo nas primeiras páginas fiquei tão conectada com a história e com a escrita da autora que não conseguia parar de ler.

O livro é narrado em terceira pessoa, e a autora escreve de um forma tão maravilhosa, que consegue ?amarrar? as perspectivas de diferentes personagens de forma tão natural, que deu gosto de ler.

A autora fala sobre temas como: o preconceito, as aparências e expectativas que muitas vezes a família cria e tudo isso numa época (década de 70) em que esses assuntos eram bem complicados de serem discutidos.

SUPER recomendo a leitura e já quero ler tudo dessa autora!
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Raony 18/01/2019

Bem o q eu estava procurando. Uma leitura diferente do que estou acostumado. Um olhar e uma narrativa feminina. Um olhar e uma narrativa da mestiçagem chinesa nos EUA. Um olhar e uma narrativa linda e singela sobre a morte, as relações familiares (e as pressões familiares), a dificuldade de se integrar e de se destacar. Não é sempre que eu acho um livro lindo. Normalmente tendo a achar piegas quando é muito sentimental. Esse é lindo mesmo. Dolorido. Triste. Melancólico. E lindo.
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Mel Blume 29/01/2019

Poético e cansativo (Carta de amor a Hannah).
Não ia dar cinco estrelas para esse livro, mas vou.

Por Hannah, por saber ser invisível, por entender, por andar em um mundo aonde todo mundo estava ocupado demais. Eu te vi, Hannah; estou te dando cinco estrelas.

Quanto ao resto: achei o começo cansativo, estava lendo mais por obrigação do que prazer. Não posso dizer que houve partes desnecessários, já que tudo que foi escrito ajudou a moldar alguns porquês sobre os personagens. Mesmo assim, acho que a autora se estendeu demais, às vezes. Então, por um tempo, só me arrastei na leitura.

Porém, fico muito feliz por ter lido esse livro. Por ter conhecido Lydia, Nath, James, Marilyn.

E por ter conhecido Hannah e Jack, meus dois personagens favoritos. Eu queria poder ter feito alguma coisa por eles, mas, como é mostrado no livro, só se pode fazer o que se consegue; no meu caso é essa resenha.
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Anna Raísa 30/01/2019

Angustiante
Admito que pensei em abandonar a leitura algumas vezes, mas valeu a pena ter seguido em frente. É um livro que nos faz refletir e questionar até que ponto conhecemos aqueles com os quais convivemos. Quantas vezes lançamos um olhar superficial àqueles que amamos, às suas angústias, às suas reais vontades. Para mim, a palavra que define esse livro é angustiante. A autora descreve tão bem os sentimentos dos personagens, e em especial os de Lydia, que nos transporta para o interior de cada angústia, dúvida, tristeza. É uma história de poucas alegrias!!!
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Marina Moia 05/05/2018

Amei!
Que livrão da porra!!! Quando comecei, achei que fosse ser outra coisa, totalmente diferente, então me surpreendi bastante. Pode ser um pouco cansativo para alguns, mas achei a escrita da Celeste perfeita. Ela conduz a história com idas e vindas no tempo sem nos deixar confusos e, mesmo estando em terceira pessoa, conseguimos entender claramente os sentimentos de cada personagem.

Complexo, profundo, delicado. É um livro que me fez pensar sobre nossas atitudes e sobre como elas refletem nos seres humanos à nossa volta, principalmente os familiares, neste caso. Excelente!!
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Beatriz Araujo 19/02/2019

ai gente que tristeza que me deu
arrasada
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04/04/2018

Um daqueles livros para devorar e que fica com você por um tempo após o término da leitura. Apesar de parecer que seria sobre a investigação da morte de Lydia, uma garota de 16 anos encontrada morta num lago, o livro não é sobre ela. É sobre a sua família, mais especificamente, sobre seus pais, as expectativas deles e principalmente, sobre a falta de diálogo que permeia todos os envolvidos. A morte dela é a consequência direta disso tudo.

Lydia é a filha preferida de Marilyn e James. Ele é descendente de chineses que emigraram aos EUA e ela é a típica americana branca. A história de Lydia se passa na década de 1970, mas também teremos acesso à história dos pais que se inicia duas décadas antes. James, apesar de ter nascido nos EUA, nunca foi aceito pelos seus compatriotas e anseia em se integrar. Marilyn por sua vez, odeia o papel que esperam que ela desempenhe como mulher. Ela quer ser médica e fugir do futuro previsível como dona de casa, só que durante uma de suas aulas na faculdade acaba conhecendo James, seu professor. Eles se apaixonam e ela engravida. Resolvem se casar, apesar dos protestos da mãe de Marilyn que afirma que “isso não é certo”. Se hoje em dia ainda existe preconceito racial, imagina naquela época num país como os EUA?

Marilyn precisa deixar a faculdade devido ao barrigão e já engata uma segunda gravidez logo em seguida. É aí que a sua frustração começa. Ela vai transferir à Lydia tudo o que ela queria para si mesma, mas que não pôde conquistar. Já James enxerga nos olhos azuis da filha a oportunidade que ele nunca teve. Só que nada sai como o planejado, porque afinal de contas, Lydia tem a sua personalidade e seus próprios anseios. É interessante acompanhar também como cada um interpreta o que é ser diferente. Enquanto para James é uma coisa terrível, para Marilyn é uma coisa maravilhosa, ou seja, cada um vai ter uma visão de um determinado tema de acordo com o que vivenciou.

James e Marilyn possuem outros dois filhos, Nath que é mais velho e acabou de ser aceito em Harvard e Hannah, a mais nova que nascerá num momento delicado do casal. Hannah é completamente ignorada por todos, mas muito observadora e é justamente ela que sabe muito mais sobre a morte da irmã.

Conforme você avança na leitura vai percebendo como seria fácil resolver esses problemas todos com um simples ato chamado diálogo. Só que, vindo de uma família asiática como é o meu caso, sei o quanto esse simples ato é complexo. Essa questão de favoritismo descarado também é muito comum, gerando muita pressão para o favorito, mas também ao que vive à margem, como é o caso de Hannah.

O final é sujeito a interpretação. Uns podem concluir que foi suicídio, outros uma tentativa de mudar o estado das coisas. Uma tentativa deturpada, que só faz sentido na cabeça de quem está desesperado por mudança. Pra mim foi a segunda opção, o que torna tudo muito mais trágico ainda.
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