O Violoncelista de Sarajevo

O Violoncelista de Sarajevo Steven Galloway




Resenhas - O Violoncelista de Sarajevo


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Ana Ponce 04/01/2023

Antes de falar sobre a obra é preciso fazer um contexto histórico da narrativa. E como recentemente eu li "O Diário de Zlata", estou super interessada nesse tema. Após o fim da 1º Guerra Mundial foi criado o país da Iugoslávia, que com a crise politica da região na década de 80 passou por um processo de fragmentação.

Em 5 de Abril de 1992 tinha inicio na cidade de Sarajevo o mais longo cerco da atualidade, que perdurou até 29 de Fevereiro de 1996. A estimativa é que tenham morrido 12.000 pessoas, e 50.000 feridos, sendo que 85% das vítimas foram civis.

O cerco foi facilitado pela geografia do local, já que a cidade é totalmente cercada por montanhas e com um terreno plano. Em 27 de maio de 1992, às 4 hora da tarde, 22 pessoas morreram e 70 ficaram feridas, enquanto esperavam na fila para comprar pão.

A padaria ficava próxima a casa do músico Vedran Smailovic, que fora violoncelista da Ópera de Sarajevo. Vedran, em homenagem as vítimas, decidiu tocar o Adágio de Albinoni em sol menor durante 22 dias no mesmo horário e local do bombardeio.

Foi inspirado nesse fato que, o na época professor de escrita criativa da University of British Columbia, Steven Galloway criou a narrativa de O violoncelista de Sarajevo.

O livro trás a guerra sobre várias perspectivas e nuances, mas não focando no motivo ou aspectos políticos dela. Nele acompanhamos a história por três pontos de vistas diferentes: Arrow, Kenan e Dragan, que tentam sobreviver à guerra.

A narrativa não é extensa, mas é de uma riqueza de descrição impressionante, possui uma linguagem tranquila, que consegue captar e transmitir a singeleza e beleza do gesto de Vedran, bem como as dificuldades enfrentadas numa guerra.

A leitura me deixou muito curiosa por ouvir a música tocada por Vedran que é belíssima, super recomendo que escutem.

No final de Novembro de 2015 o autor foi afastado de seu cargo, e uma investigação instaurada, e ele demitido em meados de 2016, mas poucas informações foram divulgadas.

Então é isso, espero que tenham gostado. Beijos e até a próxima.
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Rodrigo 31/08/2020

Finalmente
Tenho esse livro a 2 anos, comecei a leitura 2 vezes e abandonei. Agora finalmente terminei. E me arrependo de não ter terminado antes.
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AndradeFS.Ju 05/07/2020

O Violoncelista de Saravejo
No livro acompanhamos a vida de três pessoas durante o Cerco de Saravejo. Compartilhamos as dores, os medos e a esperança que nasce em forma de música, em meio ao sofrimento de toda a cidade. A coragem de um violoncelista poderia resgatar a alma dos cidadãos de Saravejo, ou ao menos lhes dar conforto em meio a dor?
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taiz 10/04/2020

A esperança em meio à guerra
Não sei por que esse livro é tão pouco conhecido, o que é uma pena. Histórico, reflexivo e mostra que, mesmo em meio ao caos, ainda é possível haver esperança e enxergar a beleza, que é levada aos sobreviventes por meio da arte do violoncelista. O livro é de 2008, traz um conteúdo histórico, mas não deixa de ser atual.
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Mimi9 28/10/2019

Este livro nos faz sentir como se vivêssemos o horror que foi este cerco a Sarajevo. Excelente leitura.
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Silva 09/03/2019

Um livro incrível!
O livro é excelente, relata uma parte da guerra que pouco conhecemos, enquanto estamos sempre olhando para as linhas de frente, as batalhas nos perdemos da humanidade.
Três historias diferentes, mas todas emocionante, Arrow chamou muito a atenção, pois não traiu seus princípios mostrando a força de uma mulher, a historia dela é incrivel.
Também é muito interessante a historia de Dragan e Kenan, uma leitura atenta revela detalhes interessantes, mostra decisões difíceis que tiveram que tomar, e assim relata a verdade da guerra.
Me apaixonei pelo livro, adorei e recomendo!
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Juh 16/01/2019

Apesar do tema ser forte a leitura é leve, mostra pequenos detalhes que fazem toda a diferença para a sobrevivência, mas que as vezes passam despercebidos em histórias como essa.
Os personagens são fictícios, porém o cerco foi verdadeiro.
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Mary 15/11/2018

Mesmo em poucas páginas o autor conta histórias de personagens fictícios durante o cerco de Sarajevo. A principal é baseada num fato real: numa cidade cercada onde tudo faltava, às 4 da tarde, uma enorme fila aguardava atrás do mercado na esperança de conseguir um pouco de pão. Foram lançadas ali morteiros e 22 pessoas morreram e outras 70 ficaram feridas (fato ocorrido em 27/05/1992). Da janela de seu apartamento um músico violoncelista, Vedran Smailóvic, viu tudo. E nos dias que se seguiram ele decidiu tocar, sozinho em seu violoncelo, a música Adagio em sol menor de Albinon por 22 dias exatamente às 4 da tarde em homenagem às vítimas daquele ataque. Se arriscava colocando seu banquinho no meio da rua, e tocava, mesmo com tiros e bombas ao redor. E fez isso por 22 dias. Esse gesto dele inspirou Steven Gallowway a escrever o romance “O Violoncelista de Sarajevo” baseado nesta história e criando outros fictícios.

P.S.: Tive a curiosidade de buscar no youtube a música – Adagio em sol menor de Albinoni tocada pelo violoncelista na história – é linda! E ouvi-la fez parecer a narrativa mais triste ainda.
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Dias 06/11/2018

Os horrores da guerra
Um retrato dos horrores da guerra. É um livro denso e triste, sobre um acontecimento real: o cerco da cidade de Sarajevo, mas a sua escrita é leve. Gostei muito.
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mfandrade 06/01/2015

Fascinante e melancólico
Uma obra de ficção que relata de forma muito verdadeira e concreta as nuances em meio aos hororres de uma guerra. Mas sem deixar de perceber os detalhes que fazer com que a luta pela sobrevivência e a humanidade de cada um ainda valham a pena.
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Elis 01/02/2009

Vou dizer que esse livro nos coloca em uma possível realidade muito trágica. Pois as pessoas que estão de fora de uma guerra raramente se importam com as pessoas inocentes envolvidas. Para nós que estamos de fora, notícias de guerra é como se fossem irreais, meros filmes passados em noticiarios, esses batalhas não comovem mais as pessoas, o que me deixa triste.
Será que ninguém pensa que poderíamos ser nós lá, vivendo todo aquele horror, sem água, sem comida, se deparando com o perigo todos os dias para poder viver, ou ter medo de dormir pois não se sabe se verá o dia nascer. O que me deixa mais revoltada é que quase não podemos fazer nada e quem pode fazer não faz. Esse livro deveria ser lido por nosso Presidente e por todos que esqueceram como uma guerra mata inocentes. Estou até agora pensando em todos aquelas pessoas inocentes que devem viver boa parte do que esse livro relata. Nessa hora meu coração chora por todos eles.
Esse é um dos livros mais tristes que já li, pórem valeu a pena a experiência. Mas tenho que dizer que eu posso até lembrar dessa leitura e ficar triste, só que sou tão humana e aprendi a viver cega para coisas que não estão ao meu alcance, que provavelmente esquecerei disso e viverei minha vida sem revolta ou tristeza por não poder ajudar a tantos inocentes que poderiam ter a minha vida. Isso me enoja nesse momento porem tenho de ser sincera quando relato o que sinto num livro.

Bjus Elis
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