Os Maias

Os Maias Eça de Queiroz




Resenhas - Os Maias


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Allex.GonAalves 10/10/2022

O livro é muito bom mesmo. O que perde e o facto de ele descrever tanto e contar coisas tão insignificantes para a história. Isso faz com que eu me perca imenso na história constantemente. Mas realmente a história é incrível.
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Fabi 12/01/2020

Os Maias estão na "boca de Matilde".
"Sabe Deus porque escolheram justamente o nome Matilde para simbolizar as fofoqueiras. Coitadas das matildes que vivem neste mundo, que injustiça! Mas o certo é que, “cair em boca de matilde”, desde os tempos dos nossos tataravós é sinônimo de estar literalmente na boca do povo". Fonte: Mar de Histórias

Leitor: O livro é bom?
Fabi: É. Mas é preciso um pouco de paciência e força de vontade para a leitura.
Leitor: Por que?
Fabi: Porque estamos falando de um romance que trata de Portugal no fim de 1800s, cujas roupas, comportamentos, pensamentos e linguajar eram outros.
Leitor: Ai, você está dizendo que o Eça escreve difícil e que eu não vou entender? Tá me chamando de burro/a?
Fabi: Não estou te chamando de nada. E vamos parar com essa palhaçada, tá? Quantas vezes abandonamos obras porque a escrita do autor era muito arcaica ou muito moderna e não estávamos entendendo nada? Ah, fala sério.

E é verdade jovem, o Eça escreve refletindo a época dele. Então, aproveite a oportunidade (como eu) para expandir seu vocabulário. Essa edição da Zahar é bem boa e tem várias notas de rodapé super explicativas.
Mas, vamos ao livro?

Os Maias conta a história da família Maia durante 3 gerações: Afonso (avô), Pedro (pai) e Carlos (filho). Eu diria que o livro tem basicamente 2 partes: Afonso e Pedro e Afonso e Carlos.
Contextualizando a época, a história se passa em Portugal ao final de 1800s e tem como pano de fundo a sociedade aristocrática que foi abandonada pela família real e "odeia" com todas as forças o Brasil (e os Brasileiros).
Perae, mas cadê a emoçar desse livro? Bom jovem só nas primeiras 80 páginas já tem de tudo. TUDO MESMO. Tem sacanagem, tem adultério, tem bebedeira, tem rebeldia, tem fuga e tem morte. Isso mesmo, nas primeiras 80 páginas. Eça safadeeeeeeeenho. u.u

Depois disso, você automaticamente ganha um título de nobreza e passa a frequentar os saraus, bailes, jantares, corridas de cavalo e quaisquer outros eventos desta natureza, a qual a sociedade lusitana tanto amava. E você vai enchendo um pouco o saco daquilo. Eu que o diga, meus bailes e saraus eram salvos pelo João da Ega (que dizem ser o alter ego do Eça). Que personagem hilariante!
E, quando se tem tantas festividades e nada pra fazer além disso, era fato a fofoca correr solta. Era um tal de fulano/a ser amante de beltrano/a, que todo aquele véu de puritanismo que os antigos contavam foi por terra. E com as desconfianças/ descobertas, vinham as ameaças de duelo, bengaladas e xingamentos (eu aprendi váaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaarios pra usar no dia a dia. Muito chique.).

Eis que aparece Maria Eduarda. Essa personagem faz revirar os olhinhos de Carlos de paixão (epa, isso é spoiler?). E aí gente, é ladeira abaixo. Eu virei testemunha ocular desses dois, além do Ega. Estávamos condenados por esta história. Eu fiquei torcendo os bordados (u.u) e me abanando com o leque de seda (u.u'') várias vezes tamanha empolgação. Até senti vontade de voltar aos bailes e as corridas de cavalo.

Mas tudo que é bom dura pouco e é bom que estejam preparados para o que vem nas últimas 100 páginas eu diria. Eu não vou dizer o que acontece (lógico), mas é que deixar o coração em frangalhos e o cérebro estupefacto. u.u
Só fiquei me perguntando como as pessoas receberam essa obra naquela época.

Enfim, jovens percam o medo e deem o braço para este belo passeio por Portugal e sua gente. Não irão se arrepender.


site: https://mardehistorias.wordpress.com/2009/03/21/nao-quero-meu-nome-em-boca-de-matilde/
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Renata Yamazaki 24/04/2021

Cansativo mas único
Esse livro me fez ter vontade de morar em Portugal. Obra extensa de três gerações de uma família portuguesa no século 19 com o desfecho marcante. Basicamente é dividido em duas partes, a história de Pedro da Maia e Maria Monforte e Carlos da Maia que acaba tendo que pagar o preço pela história dos pais. Conta da aristocracia burguesa e critica a sociedade da época. Eu sou apaixonada pela história, não é um livro fácil de ler, com passagens poéticas cheias de significado.
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Pereira 09/10/2012

Incesto
O fato de o enredo desenvolver-se em três gerações, mostra o grau da riquesa de detalhes explorados pelo autor. Se a sociedade portuguesa tivesse o hábito de recorrer ao oráculo, poderia ser confundido com a estória de Édipo e Jocasta. Mudaria o grau de parentesco, mas manteria-se o tema de amor entre familiares que não tinham como saber da relação promíscua. A obra é permeada de relações proibidas, tais como adultério e vadiagem. É diametralmente oposta a obra A CIDADE E AS SERRAS do mesmo autor. Mesmo assim, a leitura é bem dinâmica e agradável.
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Guilherme 02/08/2022

O rebanho português.
Aprendi varias coisas com os maias:
1 ? deixe seus filhos brincarem com terra, matar cobra com o dente, brigar com onça...
2 ? faça uso exacerbado de testes de DNA
3 ? não case com portuguesas, e se casar, nao leve amigos pra sua casa.
4 ? não case.
5 ? comece a praticar o ato da talaricagem, antes o seu amigo que você.
6 ? você é 🤬 #$%!& , so nao sabe ainda.
?
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Marselle Urman 06/04/2019

Obra prima
Essa é a segunda vez que leio essa grande obra. Pra mim é difícil falar d'Os Maias com um olhar puramente crítico, pois sou apaixonada por esse livro. O texto será longo, desculpo-me.
Enquanto em "O primo Basílio", Eça trata da classe média, aqui o foco é a altíssima burguesia lisboeta. Carlos Eduardo foi o primeiro homem de seu sobrenome a ganhar uma libra com o fruto de seu trabalho (embora não tenha insistido em trabalhar, por motivos óbvios). Afinal, uma pena que um homem de sua estirpe quisesse aplicar emplastros em pobres doentes.
Ainda assim, entre saraus, óperas, festas regadas a jogos e poesia, um dispêndio sem fim de fortunas ilimitadas, sempre se antevê uma ambição de grandes feitos, nunca trazida a cabo. Carlos equipa seu consultório e seu laboratório com o primor da ciência e da decoração, e se cansa em pouco tempo. Ega planeja "o romance do século", do qual escreve poucos capítulos, mais absorvido pela paixão de sua amante casada. Grandes planos, naturezas fugazes, preguiças sem fim. Laborar, mesmo naquele grande projeto de mudar o mundo demanda demasiado energia. A lassidão sempre vence . Tedioso - você pode pensar. Mas não. Temos tanto em comum, brasileiros, com nossa herança portuguesa. De qualquer classe social, amamos o blasé, o chic, o espetaculoso, a tragédia e a fofoca. Prezamos os grandes centros de civilização estrangeiros e desprezamos nossa própria rudeza camponesa.
Menos o Alencar. Capítulo à parte.
Mas devo dizer que o que mais se destacou pra mim nessa releitura foram os retratos fortes de uma sociedade que se pensava moderna e era absolutamente patriarcal. Demonstrado na figura do ilustríssimo, puríssimo, intocável Afonso da Maia. Um estandarte. Mesmo?
Pedro da Maia, tímido, doentio, educado nos costumes religiosos pela mãe - aos dezoito, dezenove, "já tivera seu bastardozinho". Quase uma nota de rodapé, ainda assim esse feito seria fonte de orgulho ao pai. Até morrer de amores por aquela mulher inadmissível, que não serviria nem pra ser sua amante - meramente por ser filha de um escravocrata. Escravidão, essa, que o Ega defende a bandeiras deflagradas num certo capítulo. "Mas o Ega só queria ser um Mefistófeles polêmico, pura ironia", é defensível. Mas quando falo de preconceito racial e machismo absurdo, não falo de um fato isolado. É a vida como ela é, a sociedade como um dia ela foi. Não por isso menos chocante e grotesco.
A ironia e o tom de humor intercalado na obra não amenizam os fatos. A infidelidade de uma certa esposa foi um caso simples, resolvido com uma surra de begaladas. Perfeitamente normal, certo? Quase cômico. Uma outra grande dama, ao se revelar não ser exatamente a esposa intocável que todos a julgavam, se transforma imediatamente quase numa meretriz. Não é casada, é amaziada. Já teve dois homens em sua vida, não importam as tragédias pessoais de sua triste história. Portanto, não serve pra ser esposa, independente de sua educação, espírito e caráter. Uma outra mulher, de classe subalterna e uma excelente empregada, é vista como uma aberração e com asco por um fidalgo que a espiona numa cena de amor tórrido. Ele não é seu empregador, mas quer demiti-la por sua lascívia - independente de ela ser excelente em seu trabalho. Mulheres, afinal, não tem o direito de expressar nem realizar seus desejos sexuais - a não ser como dignas amantes nos braços dos ditos fidalgos. É uma sociedade tão absurdamente hipócrita. Tão parecida com a nossa.
Pra mim, a personagem mais forte é Maria Monforte. Ela me fez pensar na Geni, do zeppelin de Chico Buarque. Seu pai, malgrado seus próprios pecados ( e ninguém sabe a vida que ele teve) fez das tripas coração para dar a melhor educação à sua filha, sua pérola, que esteve fielmente ao seu lado até o momento de sua morte. E ainda assim, ela, moça, belíssima, prendada, educada, rica, foi desde sempre vilipendiada por aquela sociedade das aparências. Maria foi forjada pelo ferro da rejeição. Seu gosto por aventuras, que decerto também morava no coração secreto de diversas outras damas, expressou-se primeiro nos saraus em sua casa , onde ela fumava e jogava bilhar com seus convidados homens. Para preocupação de seu apaixonado marido. Qual mulher respeitável faria isso, quando deveria estar somente a bordar e recolher-se cedo? Uma vadia, afinal, toda a sociedade exclamou após a tragédia. "Taca pedra na Geni". E depois vieram seus anos amargos. Seus anos de miséria e degrego. Pária. Destruidora. Quando tudo o que ela fez foi viver sua fúria e paixão, coisa à qual não tinha direito. Mesmo tendo sido a melhor mãe que as condições e seu temperamento permitiram. Mesmo tendo um bom coração e cuidando do pai até sua morte e de outros doentes, com desapego. Seu pecado foi viver. Uma mulher não tinha direito a isso. Vamos inverter a situação? Se fosse um daqueles homens brancos e ricos, fidalgos, a terem vivido o que Maria viveu? Seria quase herói.
Quanto à Grande Tragédia do enredo. A primeira reação do protagonista é descrença - como isso poderia acontecer com ele, na sociedade de jovens de alta sociedade em que vivia? Aquela era uma situação de novela, para os cortiços, para os deseducados, para os quase bestiais. Ele, ser angélico, dono de privilégios desde o berço, que só conhecera alegrias nessa vida e sempre pôde se dar ao luxo de fazer o que lhe aprouvesse...acima do bem e do mal. Vou forçar a mão na comparação porque aqui na ficção a tragédia foi fortuita e acidental, mas não posso deixar de ver um paralelo com, por exemplo, o filho de um ex milionário que atropelou e matou um rapaz pobre e cuja pena final foi pagar cesta básica. Com um ex-presidente corrupto que passou apenas dois dias na cadeia - detentor de fortuna e poder, e segredos potencialmente nocivos a alguns outros poderosos. E tantos outros exemplos que vejo hoje com facilidade.

Essa foi minha resenha mais longa. Novamente peço perdão - Os Maias merecem tudo isso e muito mais.


Olímpia SP, 06/04/2019
Bia0210 07/04/2019minha estante
O Crime do Padre Amaro e O Primo Basílio são meus livros favoritos, gosto muito de A Relíquia também... mas esse eu não consegui me envolver na história li até a metade e parei. Não sei se criei muita expectativa... vou tentar novamente


Marselle Urman 08/04/2019minha estante
Bia, a leitura aqui é mais lenta, tem muitas discussões políticas, filosóficas, mas eu acho que vale muito a pena.


Bia0210 08/04/2019minha estante
;)




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Raquel 24/05/2020

Os Maias
Os Maias é um clássico da literatura portuguesa e conta a história de uma família abastada que se envolveu em alguns escândalos. A leitura não é fácil, nas mais de 800 páginas Eça de Queiroz retrata a burguesia da época que se divertia em clubes, jogos e fofocas. O sentimento que eu tive é que o autor desfaz o clímax. Você tem uma cena própria para que os personagens se exaltem e encarem sua trama, mas o personagem desvia, prolonga a situação, tentando não aceitá-la. Fica a sensação de trama desperdiçada. Uma pena, o clímax é digno de uma explosão de sentimentos.
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jmelo1999 16/06/2024

O meu primeiro ?amor? literário
Recordo-me perfeitamente do verão de 2015, quando comecei a ler ?Os Maias?, durante uma estadia no Algarve. Transitara eu para o meu 11.º ano e esta era uma das obras de leitura obrigatória no Ensino Secundário. Recordo-me perfeitamente de estar agarrado à narrativa, de passar noites na varanda a devorar cada página deste magistral livro
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Arlete 04/04/2013

Um romance estraordinário, arrebatador, maravilhoso, a tragédia da vida, com suas lutas,dores, amores, ganhos e perdas.
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Sleifer 16/01/2022

Os mais episódios da vida romântica.
Magnum Opus de Eça de Queiroz.
Com certeza o maior escritor português do século 19. E este livro certamente é sua maior obra.
Leitura obrigatória para quem é fã da obra deste escritor, juntamente com O Primo Basílio e O Crime do Padre Amaro.

A narrativa bem extensa acabou me cativando e fazendo com que eu não parece de ler até o final trágico da obra. Os personagens, cada qual com suas características únicas, faz com que o leitor acabe escolhendo os seus favoritos e também se.identifisndo mais com certos personagens, meu caso.
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Butakun 10/12/2020

Atemporal
É incrível como romances clássicos conseguem alcançar o nosso presente de maneira tão atual, apesar de uma e outra característica mais datada. A temática em si, por exemplo, se mantém corrente, pois o modelo de atuação da então nobreza hoje é emulado quase que passo a passo por nossas elites fracassadas; e o incesto continua sendo algo chocante e perturbador, já que sua natureza dogmática continua intacta, tanto por questões religiosas que não se discutem como também por outras mais intrínsecas e inerentes à moderna natureza humana, como a submissão a entendimentos sociais majoritários (não, essa não é uma defesa do infesto, bem entendido, mas apenas um comentário tão ideologicamente imparcial quanto possível). A prosa do Eça é vertiginosa, elegante, indócil e também cômoda, fluindo numa construção de capítulos que te faz se sentir um tanto desencontrado no começo dos capítulos mas em casa entre o meio e o fim de cada um deles.

Obs.: as notas de rodapé da edição comentada fazem uma falta danada, mas não necessariamente prejudicam a experiência de leitura (todavia a presença delas a ampliaria grandemente).
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Tatiana 13/01/2013

Intrigante!
Comecei a ler esperando historinhas bobas e super tradicionais. De repente... genteeeee!!!
Intriga! Luxuria! Dramas familiares!
Adorooooo
Evelize Volpi 09/01/2020minha estante
Iniciando essa leitura Agora em 2020 Tati.




Raquel Lima 17/04/2014

Muito bom!
Gostei muito. Eça consegue te apresentar uma sociedade com pessoas reais e faz uma análise incrivel destes tipos. É uma viagem na sociedade de Portugal do séc XVIII. Ninguém me tira que ele gostou tanto da trama que foi participar da história com o Ega. A miniserie se prendeu muito ao caso de incesto, e no livro ele é o ponto forte, porque a trama de ler a acreditar que acontecerá mas como toda a história da sociedade é somente mais um caso de vida, nas vidas.
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Gigi 15/05/2022

Sobre uma sociedade de outrora
Um livro rico de histórias de uma sociedade há muito desaparecida e ainda em sua época, já bem gasta.
A história trágica dos Maias é interessante pelos personagens e amigos que enriquecem as páginas.
Há momentos maçantes e bem lentos, mas há que ser com interesse sobre os infortúnios desta família.
Leitura só para quem ama ler.
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