Resenhas - História das Prisões no Brasil - Volume I

Wellington.Pimente 15/09/2023

Leitura essencial.
Um trabalho que impressiona e que contribui profundamente para entender o sistema prisional brasileiro.
Os organizadores garimparam e reuniram dados das sentenças e prisões desde os tempos coloniais, assim como a influência no corporativismo em encontrarem brechas legais para safarem das penalizações, enquanto outros possuem um mínimo de defesa para mostrar a sua inocência. O que nos leva a entender que as prisões foram construídas ao longo dessa história trazendo exemplos absurdos que eram aceitáveis num país colonial, principalmente em relação aos escravos, mas também como objetivo de controle social e que em certo momento se buscou recuperar delituosos através desse encarceramento, mas o ideal foi totalmente corrompido.
Nesse primeiro volume é analisada a história e a evolução das prisões nas sociedades latino-americanas e como essas sociedades misturaram uma cultura jurídica, religiosa e de Estado e assim produziram os regimes carcerários no decorrer do tempo.

Romeu Felix 24/02/2023

Fiz o fichamento sobre esta obra, a quem interessar:
O livro "História das Prisões no Brasil: Volume I" é uma obra da historiadora brasileira Clarissa Nunes Maia, publicada em 2009 pela editora Rocco. Nesta obra, a autora faz um estudo detalhado sobre a história das prisões no Brasil desde o período colonial até o fim do Império, abordando as condições de vida dos presos, a organização do sistema prisional e as formas de punição utilizadas ao longo do tempo.

O livro está dividido em seis capítulos. No primeiro capítulo, "As prisões coloniais", a autora descreve as condições das prisões durante o período colonial, destacando a utilização de penas corporais, as formas de trabalho forçado e a utilização de prisões militares.

No segundo capítulo, "A criação das prisões civis", a autora aborda a criação das primeiras prisões civis no Brasil, no início do século XIX, e as primeiras tentativas de reforma do sistema prisional.

No terceiro capítulo, "As reformas do sistema prisional no Império", a autora descreve as principais reformas realizadas no sistema prisional durante o período imperial, destacando a criação de novas prisões e a tentativa de implementação de um modelo de trabalho e educação para os presos.

No quarto capítulo, "A prisão como lugar de exclusão", a autora discute a utilização da prisão como instrumento de exclusão social, destacando o uso de prisões para confinamento de pessoas consideradas "indesejáveis" pela sociedade.

No quinto capítulo, "A questão dos presos políticos", a autora aborda a questão dos presos políticos no Brasil, destacando as principais prisões utilizadas pelo regime militar e as formas de resistência dos presos políticos.

No sexto e último capítulo, "Conclusão: o legado das prisões brasileiras", a autora apresenta uma reflexão sobre o legado das prisões brasileiras e os desafios enfrentados atualmente pelo sistema prisional no país.

Ao longo do livro, a autora utiliza uma abordagem crítica e analítica sobre a história das prisões no Brasil, destacando as relações entre a prisão e as questões sociais, políticas e econômicas do país ao longo do tempo. A obra contribui para a reflexão sobre a importância de uma reforma do sistema prisional no Brasil e a necessidade de se buscar alternativas para a utilização da prisão como forma de punição e exclusão social.
Por; Romeu Felix Menin Junior.