Wania Cris 11/10/2022Absolutamente nada funcionou pra mim...Iniciei a leitura sem qualquer expectativa, alta ou baixa. Já tinha ouvido falar da obra (se não pelo livro, certamente pelo filme) e fui de mente aberta para absorver o que ele tinha pra me entregar. O problema é que ele não me entregou absolutamente nada além de enfado e desânimo!
A primeira parte trata de como Hanna e Michael se conhecem e é entendiantemente chato. As personagens não fazem outra coisa a não ser sexo. Tinha a impressão que eles sequer saíam da cama e, ainda assim, nada sabiam um sobre o outro. Michael é absurdamente mimado, Hanna instável e desequilibrada. Fiquei pra morrer com a quantidade de vezes em que ela o chama de menino, como se ele não tivesse nome ou isso não importasse (o que tô mais inclinada a concordar). Mesmo a parte que dá nome ao livro, os momentos de leitura, são tão superficiais e chatos que poderiam passar batidos...
A segunda parte é onde deveria ter mais emoção, mas, não tem. Um julgamento longo e chato, com leves menções ao período de guerra. Tão leve que mais parece que houve apenas uma briguinha e não um holocausto. Talvez o autor tenha ficado com vergonha de narrar os absurdos, não julgo...
A terceira parte também não entrega emoção alguma e eu já tava totalmente entregue à força do ódio. Nada ali me chamou a atenção a não ser o fato de Michael ter envelhecido, mas não amadurecido. Continuava o mesmo moleque mimado do início.
A tradução ficou a cargo de Pedro Süssekind que pouco pode fazer para melhorar a escrita do autor, rasa, fraca, insípida...
Não me admira que a trama tenha funcionado melhor em filme. Não recomendo nem mesmo para quem se interessa pela temática da segunda guerra mundial que, como disse, é apenas pincelada na trama. Para esses recomendo com tranquilidade A Última Livraria de Londres que narra com mais detalhes os horrores da guerra porém, com a leveza do romance e uma escrita de maior qualidade.