Guanabara Real: A Alcova da Morte

Guanabara Real: A Alcova da Morte Nikelen Witter
A. Z. Cordenonsi
Enéias Tavares




Resenhas - Guanabara Real: A Alcova da Morte


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Taverneiro 02/05/2017

Excelente aventura com um toque de mistério em um Rio de Janeiro Steampunk
Um livro escritor por três pessoas! Tem como isso dar certo?? Veremos…

A Alcova da Morte é um livro escrito por três autores muito talentosos: Enéias Tavares (Brasiliana Steampunk), Nikelen Witter (Territórios Invisíveis), e A. Z. Cordenonsi, (Le Chevalier). Todos experientes no gênero steampunk, se reuniram para criar esse livro de mistério e aventura no Rio de Janeiro! Vamos ao livro…

A história começa com uma festa da inauguração de uma grande estátua no Morro do Corcovado, mas durante a celebração acontece um assassinato. Ao descobrirem uma cara oculta no interior do morro a primeira pessoa que vai investigar é alvejada por diversos dardos venenosos. É assim que a Agência de Detetive Guanabara Real entra em cena. Uma das suas agentes estava realizando investigações na festa quando esbarra com essa curiosa morte, e então ativa os seus agentes para começar essa investigação.

E é aí que entra um dos pontos que mais chamam atenção e que também ditam muito dos outros aspectos desse livro: os investigadores da agência.

Eu normalmente falo dos personagens depois da trama do livro, mas nesse caso esse é um aspecto tão importante que tem que ser tratado primeiro. O livro foi escrito por três autores e cada um deles ficou responsável por um dos personagens.

A Nikelen Witter ficou responsável pela Maria Tereza Floresta, a idealizadora da Agência de Detetive. Ela tem um passado de injustiça e agora tenta compensar isso de alguma forma desvendando crimes. As partes dela lembram muitas histórias policias, como Agatha Christie.

O A. Z. Cordenonsi ficou responsável pelo Firmino Boaventura, um engenheiro que tem paixão por resolver enigmas e pela ciência, mas se vê sem a possibilidade de conseguir exercer sua profissão legalmente pelo preconceito com sua cor. Ele tem um braço mecânico e suas partes são puxadas mais para o estilo dos grandes heróis científicos de antigamente, como em Volta ao Mundo em 80 Dias.

E, finalmente, Enéias Tavares trabalha com Remi Ruda, um indígena versado na arte do ocultismo. Nos trechos dele eu vi muita influência de Lovecraft e das aventuras sobrenaturais de Robert E. Howard. Confesso que pelas minhas experiências anteriores, foi o personagem que eu mais gostei. ^^

Um medo que eu tinha quando vi que o livro era escrito por três pessoas era que a história não parecesse uma só. Eu não queria ler três livros diferentes juntos, e felizmente isso não aconteceu. Mesmo trabalhando com personagens diferentes, o tom da narrativa é um só, o que é impressionante. Os pontos de vista diferentes te permitem ver esse mundo de outras maneiras, mas mesmo assim você sente harmonia em todo o texto.

Com uma escrita rápida e uma trama divertida, esse livro é extremamente gostoso de se ler. Ele me lembra as antigas aventuras pulps, com boas viradas no roteiro, um mistério que vai conduzindo tudo e, além disso, as mudanças de personagens dão uma renovada no ar e mais frescor para continuar lendo.

Para não dizer que é um livro perfeito, em alguns momentos a investigação me pareceu um tanto atravancada, com um dos agentes indo por um caminho, se esforçando e descobrindo uma informação. Até aí ok, mas no próximo capítulo outro agente vai investigar por outros meios e descobre quase a mesma coisa! Eu achei isso meio frustrante, mas é bom que não acontece com muita frequência. E por um gosto pessoal eu não consegui me adaptar ao final do livro, mas é só gosto pessoal mesmo.

De maneira geral, o livro apresenta o melhor de três narrativas, todas muito divertidas e envolventes. A coesão do livro impressiona e transformam o que normalmente se revela uma ideia muito ruim, que é escrever com vários autores, em um excelente livro! Espero ver mais aventuras dos detetives dessa agência no futuro e esse universo steampunk continuar crescendo.

site: https://tavernablog.com/2017/05/01/alcova-da-morte-de-eneias-tavares-nikelen-witter-e-a-z-cordenonsi-resenha/
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Delirium Nerd 09/06/2017

Guanabara Real – A Alcova da Morte: Uma ode à humanidade das minorias
É sempre animador ler livros nacionais que exploram temas distintos do DNA nacional de crônica-romance e adentram em territórios dominados pela literatura estrangeira, como mistério. Esse é exatamente o caso de Guanabara Real: A Alcova da Morte, resultado extraordinário da colaboração de três já conhecidos autores nacionais, que adentrou em um território (quase) estranho à literatura brasileira de tal forma que devemos tomar nota.

Confira a sinopse de Guanabara Real – A Alcova da Morte:

“Brasil, 1892. Durante a noite de inauguração da estátua do Corcovado, um horrendo crime toma de assalto a alta sociedade carioca. Para resolver o mistério, a investigadora particular Maria Tereza Floresta, o engenheiro positivista Firmino Boaventura e o dândi místico Remy Rudá terão de se embrenhar numa perigosa trama de poder e corrupção. O que parece mais um caso, aos poucos se revela um plano que põe em risco o futuro de todo país e para impedi-lo, a agência de detetives Guanabara Real terá de usar toda a sua perícia para solucionar os enigmas tecnológicos e os mistérios arcanos da sangrenta Alcova da Morte! ”

Com a sinopse sentimos um pequeno gosto do que se trata o livro, mas isso não se aproxima nem um pouco da sensação que sentimos ao lê-lo. Logo ao sermos apresentadas aos personagens principais, vemos como suas características são ao mesmo tempo completamente opostas e totalmente necessárias ao caso que se desenrola na trama, estando cada um responsável por uma determinada parcela da solução da mesma. O que chama a atenção sobre isso é, claro, como cada parte da agência de detetives cobre uma parcela de minorias mundiais, estando elas, nesse caso, reunidas na cidade do Rio de Janeiro, pós Império.

Remy Rudá, o místico da agência, representa não apenas a população indígena, tão perseguida e continuamente assassinada no Brasil, mas também a comunidade LGBTQ+, que além do próprio Remy, é mostrada no livro através da transexual Madame Leocádia, de uma forma respeitosa e que abre espaço para a aceitação das vontades involuntárias que atingem a alguns de nós, sendo um dos poucos livros em que a sexualidade de personagens não é uma questão central de suas histórias e em que os pertencentes dessa comunidade não são mostrados como perseguidos, apesar da realidade.

É em Remy que recebemos o elemento mágico do livro, através de mistérios astrais e extracorpóreos que se misturam ao suspense da história, adicionando ainda mais enigmas e tensão a trama. É interessante, porém, pensar que o elemento mágico da trama está justamente no personagem indígena, estando este fato flertando com estereótipos raciais indígenas de mágica ancestral tão explorados midiaticamente.

Firmino Boaventura, o engenheiro, traz ainda mais cor à história ao representar a população negra. É notável a oposição – e o equilíbrio – que se refletem na imagem de Firmino. Seus conhecimentos tecnológicos e mecânicos são igualmente essenciais aos trabalhos da Guanabara Real, sendo que sua própria figura como engenheiro desafia os estereótipos atribuídos à raça, que os pertencentes da mesma enfrentam até hoje.

Assim como em Remy, porém, o fato de Firmino ser lutador de capoeira e ser negro levanta a bandeira do estereótipo que precisamos nos atentar a todo o momento. É claro que não estamos pedindo para excluir as características de místicos de indígenas e de capoeiristas de negros em todos os casos e em todas as circunstâncias, mas a insistência em caracterizá-los como tal em histórias que tem como cenário o século XIX não passa despercebida, e mais, impede um aprofundamento no enredo e uma diversidade de personalidade dessas personagens, exatamente o que fazem os estereótipos.

Maria Tereza Floresta, a líder do trio que compõe a agência de detetives, representa as mulheres. Talvez a melhor parte do livro seja o fato de que o ponto focal da história, a Guanabara Real, junto com o trio principal de personagens, seja liderado por uma mulher, que não recai nem na recorrência de personagens femininas fracas nem na de personagens femininas fortes. Ao contrário, MT consegue retratar a mulher mundana comum, aquela que tem que conviver – e lidar com – figuras masculinas também comuns, leia-se (majoritariamente): machistas e sexistas, ao longo de seu dia a dia.

“(…) Os olhos estavam secos e havia mais raiva ali que revolta. Estavam acostumados a morrer. ”

Um elemento que parece intrínseco à história é a contundente crítica social feita ao longo dos capítulos.

Questões de raça, classe, sexo e gênero se misturam e são apresentadas a todo momento e com diversas intensidades, de forma que até o leitor mais desatento e menos politizado consegue perceber o tom crítico ou ,no mínimo, questionador dos argumentos ditos e pensados pelos personagens da trama, ou até pelo próprio narrador. A propósito, a narrativa do livro é feita em terceira pessoa, e de forma onisciente. Esta característica, porém, não interfere de nenhuma forma na construção do mistério que envolve a trama, sendo este resguardado até as últimas páginas da história.

Além do evidente elemento de mistério presente no livro e do fator sobrenatural, a história traz elementos de steampunk evidentes. Tanto o objeto do mistério central quanto a mão do associado Boaventura, além de diversos outros entre estes, figuram nas páginas do livro, contribuindo não apenas para aumentar o apelo de mistura igualitária presente na narrativa, mas de forma a fazer com que a mesma se desenvolva com uma fluidez que parece ser impossível se não houvesse esse elemento presente.

“Mas, com isso em perspectiva, a lista de peças que ele estava atrás incluía um regulador monofásico, algo que pode ser utilizado em um vibrador a quartzo.”

Ao lermos as páginas de Guanabara Real – A Alcova da Morte não sabemos ao certo verificar se se trata de uma narrativa de Agatha Christie, de Dan Brown, de Arthur C. Clarke ou mesmo de Stephen King, sem contar aqueles que inspiraram os próprios autores, como Júlio Verne e H.P. Lovecraft. O que sabemos por certo, entretanto, é que a história apresentada por Nikelen Witter, Enéias Tavares e A.Z. Cordenonsi consegue combinar os elementos individualizantes dos autores supracitados com as suas próprias características já conhecidas por seus trabalhos anteriores.

Guanabara Real: A Alcova da Morte é uma obra fascinante, das poucas das que realmente conseguem apresentar um mistério – e personagens – capaz de prender o leitor. A melhor parte, além de todos os motivos já falados acima, é que ela foi feita por promissores autores nacionais, de forma que os elementos típicos não apenas da cidade do Rio de Janeiro, mas do próprio Brasil, por piores que sejam, são verossímeis e corretamente apresentados de uma maneira que só nativos conseguiriam fazê-lo. O risco que os três autores tomaram ao resolverem unir suas mentes nesse trabalho, com certeza valeu a pena e agora, após lermos o livro em poucas horas, só podemos ansiar pelas próximas aventuras dos associados da agência de detetives Guanabara Real.

site: http://deliriumnerd.com/2017/04/18/guanabara-real-a-alcova-da-morte/
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Nilton Alves 24/07/2017

Mistério, horror e aventura...
O livro trata-se de um romance de aventura e suspense aonde temos como personagens principais os Agentes da Guanabara Real uma agência de detetives formada por uma investigadora particular Maria Tereza Floresta, um engenheiro Firmino BoaVentura e um Dândi Místico Remy Ruda que juntos vão enfrentar diversos perigos para acabar com um plano que coloca em risco o futuro de todo o país. Juntos vão solucionar os enigmas e os mistérios da sangrenta alcova da morte.
Firmino por ser nego e por ter vários implantes mecânicos sofre descriminação pela sociedade, Remy também sofre descriminação por sua aparência e seu jeito de ver o mundo devido sua descendência indígena e tudo pelo que já passou. Maria Teresa é o elo que une os demais membros da agência. Ela é super inteligente. Todos estão bem a frente do tempo em que vivem.
É muito legal ver as diferenças que há entre os três heróis e como isso faz com que eles se complementam, fazendo com que cada um com suas habilidades vão obtendo juntos os resultados de suas investigações e resolvendo os mistérios que vão aparecendo durante a trama.
O livro é narrado em terceira pessoa e os capítulos vão alternando mostrando as ações de cada um dos três heróis. A narrativa é bastante envolvente e nos faz adentrar nessa trama de poder e corrupção como se estivéssemos dentro da história junto aos personagens vendo tudo desde do que está acontecendo até o que estão pensando.
Essa história se passa no Brasil no ano de 1892. Em um Rio de Janeiro que nunca existiu em uma trama que envolve investigação policial, ficção científica e um crime de horror sobrenatural escrita em conjunto onde temos três heróis em que cada um foi desenvolvido por um autor que resultou nesse livro incrível.
Os autores usaram de inspiração para compor as cenas descritas no livro: os livros da Agatha Christie, Júlio Verne e os horrores de H. P. Lovecraft.
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Arautos de Lettera 16/11/2017

Uma obra completa
Com relação a narrativa em si, um grande acerto dos autores foi elaborá-la e dividi-la a partir do olhar dos três investigadores. A alternância entre os três pontos de vista provoca um tom de intimidade entre leitor e personagens. Parece que estamos dentro da história, conhecendo um pouco mais de cada um deles e compreendendo um pouco mais de suas personalidades. A alcova da morte foi um livro que me surpreendeu de várias maneiras boas. De todos os seus aspectos e características, são os seus personagens que fazem com que a narrativa se torne ainda mais única. Eles trazem densidade e emoção para aquela história, fora o equilíbrio necessário para conseguir permear entre outros gêneros sem se tornar cansativo ou exagerado. Em algumas páginas, vê-se desde ficção a algo mais policial, e esta mudança ocorre de maneira natural.

Para tornar tudo ainda mais espontâneo, a escrita que compõe a narrativa é simples e fluída, fazendo com que muitas páginas se passem em um piscar de olhos. É importante dizer que algumas palavras utilizadas não são comuns. Acredito que os autores buscaram ao máximo criar uma história fidedigna com o tempo no qual foi ambienta, dentro disso, o vocabulário é fundamental para tornar tudo ainda mais plausível, posto que a língua vive se transformando com o decorrer dos anos.

Resenha disponível em: https://arautosdelettera.blogspot.com.br/2017/11/resenha-alcova-da-morte-eneia-tavares.html

site: https://arautosdelettera.blogspot.com.br/
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bruno.rauber 25/02/2018

Que livrão da porra, senhoras e senhores! Minha primeira experiência lendo um romance escrito por mais de duas mãos (sim, shame on me por ainda não lido O Talismã e A Casa Negra do Stephen King e do Peter Straub), e não poderia ter sido mais satisfatória. Eu já conhecia o texto dos 3 excelentes autores, e admito que tive um átimo de medo por saber quão diferentes eles são. Mas todas minhas dúvidas foram devidamente demolidas ao final da leitura dos 3 primeiros capítulos, sendo um de cada, estrutura que dá o tom do livro inteiro.
O cuidado com que a história foi montada, a sinergia que os textos tem, mesmo sendo muito distintos (na própria descrição da orelha do livro fala sobre a preparação de cada um para escrevê-lo, a Nikelen tendo lido Agatha Christie, o Cordenonsi tendo lido Julio Verne e o Eneias, Lovecraft), a qualidade ALTÍSSIMA da edição, tudo isso torna esse primeiro romance da Guanabara Real não apenas uma leitura deliciosa, mas uma experiência inesquecível. Só consigo dar os parabéns à AVEC Editora pelo lindo trabalho, e agradecer a Nikelen Witter, Andre Zanki Cordenonsi e Enéias Tavares por esse presente steampunk que foi A Alcova Da Morte.
Ah, e PELOAMORDEDEUS! O lancem logo a continuação, aquele cliffhanger do final foi uma puta falta de sacanagem!
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Maria 10/03/2018

Resenha: A Alcova da Morte
Oii gente! vamos falar de livro bom? a resenha de hoje é de um livro simplesmente incrível! Guanabara Real - A Alcova da Morte, publicado pela editora Avec, vamos de resenha que logo falo com vocês da edição lindíssima!

''Saber o nome das pessoas era uma arma. ''

Era no ano de 1892, na cidade de Rio de Janeiro que nunca existiu, foi em um evento em Corcovado que aconteceu um crime, que abalou toda a cidade carioca.

Já de cara com o livro conhecemos Maria Tereza Floresta, simplesmente, é uma investigadora particular e proprietária da Agência de Detetives Guanabara Real. Havia um crime, precisavam de investigações, precisavam de cenas, exigiam esclarecimentos sobre o tal crime, a tal morte, e o caso, todos naquela cidade estava preocupados.

Pedro Flores, filho de Sr. William, o rapaz morto durante a inauguração da estátua do corcovado, tinha por volta de 15 á 16 anos, era forte e violento, fora morto numa sala construída no seio de uma rocha

Isso já bastava, Maria Tereza e seus companheiros Firmino Boaventura e Remy Rudá iriam resolver esse caso, havia muitas coisas a serem investigadas. Rio de Janeiro estava vivenciando um grande mistério.

A investigação policial estavam apenas começando, Srta. Floresta e seus companheiros de trabalho poderiam está passando por um horror sobrenatural, mas a certeza era que eles iriam descobrir de vez por todas, o por que da morte de Pedro Flores, aquela agência de detetives teriam muito trabalho, um mistério, um caso a ser resolvido.

A tal alcova escura existia, um homem fora morto dentro dela, seria um caso interessante, o que teria ali de tão precioso para ser tão preservado.

Nesse mundo fantástico, queremos com simplicidade saber, como Pedro Flores foi morto? de onde veio tanto sangue? e o por que de ter sido morto naquele dia considerado tão importante para aquela sociedade?

Com isso em mente, saiu para a rua, deixando aquele reino de mortos e loucos para trás.

A alcova da morte é um livro, por incrível que pareça, do gênero romance, onde a ficção cientifica, o horror sobrenatural e a investigação policial de detetives, assuntos diversos e envolventes que não somos capaz de deixar o livro lado, as aventuras são o ponto forte dos autores, que escreveram tão bem a trama, que foi uma mistura dos três em um, que ficou incrível!

Uma leitura muito agradável, principalmente por escolherem um ano antigo, onde os costumes, as vestes eram diferentes, mas não tão desigual.

A narrativa é rápida, porém não deixa as aventuras de lado, as criticas sociais, os preconceitos e as desigualdades da sociedade.

Os personagens criados foram todos ótimos, elaborados e acredito que bem estudados, cada qual com sua personalidade e modo, cada qual com sua característica e seu desenvolvimento no livro, amei cada um.

A obra toda em si está excelente, parabéns pela Editora Avec mais uma vez! por publicar um livro de ótima qualidade, diagramação muito boa e detalhes incríveis, que só na hora da leitura sentimos o quanto faz sentido e foi essencial. Parabéns novamente, estão arrasando com todos os livros publicados e desejo com muito carinho, um sucesso enorme!

Acho que já deu para perceber o quanto amei o livro, quando chegou no fim, fiquei sem acreditar! A Alcova da Morte terá uma continuação, já estou ansiosa, muito mesmo, mas não para saber do fim, tenho certeza que Enénias Tavares, Nikelen Witter e A.Z Cordenonsi terão mais mistérios para os grandes corações dos leitores, estou realmente ansiosa, pois os autores simplesmente criaram uma história diferente de tudo que já li!

Parabéns pelo bom trabalho dos autores, desculpem mas eu realmente esperava muito desse livro, e tive muito mesmo! todas as minhas esperanças ficaram de cara no chão ( se é que posso dizer isso ) os três heróis que são os três autores foram incríveis, Parabéns!

Eu indico esse livro para todos os leitores afim de um grande mistério, aqueles que curtem sentar ao lado do personagem e bater papo com ele e investigando quem seria o tal criminoso rsrsrs, realmente essa obra é para ser indicada e repassada! Amei mesmo e indico para todos.

Espero que tenham gostado da resenha, sei que vários ai que leram estão afim de já clicar e ir direto para compra, vou deixar aqui em baixo o link onde comprar. Um grande beijo!!


site: Blog Febre de Livro: http://febredelivro.blogspot.com.br/
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Carolina 01/01/2019

Me surpreendeu
Eu quis ler esse livro porque vi a ju cirqueira do canal nuvem literaria falando sobre ele. Comecei a ler e nao estava dando nada por ele. Achando meio estranho e sem nexo no inicio. Com o desenrolar da historia eu comecei a ficar vidrada no livro. Esses tres autores conseguiram se entender bem para escrever a historia. E me apaixonei imensamente pela diversidade das caracteristicas e tambem etnia e estilo de vida dos personagens principais. Os detalhes descritos dos crimes, tudo muito bem feito. Me deu ate um medin e tive pesadelo a noite haha. Conforme foi chegando no fim, eu imaginava ja um final, porem foi TOTALMENTE inesperado e diferente do normal. Acho que valeu a pena a leitura.
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Ricardo Santos 03/02/2019

Aventura para todas as idades
Um livro surpreendente! Um romance escrito por três autores, mas que consegue entregar ao leitor um texto tão coeso. A trama mantém um ritmo de aventura, sem prejudicar o desenvolvimento dos personagens. No caso, dos três protagonistas. E a maior novidade aqui é trazer personalidades pouco abordadas num tipo de leitura mais acessível, indicada para jovens e adultos. A diversidade ganha corpo, numa representação mais complexa e nada caricata dos marginalizados, seja a mulher independente, a figura do negro que foge dos estereótipos ou o homem gay resolvido. O universo steampunk carioca lembra obras de ficção científica e do policial na virada do século 19 para o 20, como as de Jules Vernes, Conan Doyle e Maurice le Blanc. Destaque para a edição física, em mais um trabalho soberbo da editora Avec. O projeto gráfico reforça a atmosfera da época com "recortes de jornal" e "cartas". A revisão é cuidadosa e a diagramação facilita a leitura. Além da bela capa. É um livro gostoso de ter em mãos. A única ressalva fica para a presença muito discreta do vilão-mor, prejudicando o conflito. A Alcova da Morte é um entretenimento acima da média, que nos ensina mais sobre empatia. Um livro perfeito para ser adotado em escolas.
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Davenir - Diário de Anarres 15/10/2019

O livro que coloca o RS como a casa do Steampunk no Brasil
Esse romance foi escrito a seis mãos pelos gaúchos Enéias Tavares, A.Z. Cordenonsi e Nikelen Witter. Todos os três já têm obras de steampunk publicadas, e juntaram forças para criar um novo universo retrofuturista, usando a cidade do Rio de Janeiro do final do século 19 como cenário e personagem, com direito a máquinas diferenciais, carros a vapor e próteses mecânicas. Mas também onde a magia influencia o destino dos personagens, ainda que de forma oculta do cotidiano, tudo isso em meio a um mistério detetivesco. A obra faz uma bela celebração da diversidade, sem colocá-la como o motor da história.

São vinte e um capítulos, sete de cada autor. A trama é protagonizada por três agentes da agência particular de investigações Guanabara Real, que no ano de 1892 é contratada para investigar um assassinato ocorrido durante a festa de inauguração da estátua do Cristo Redentor, financiada pelo poderoso Barão do Desterro.

Tudo é contado do ponto de vista dos três protagonistas, na primeira pessoa, que são interrompidos em alguns momentos por epístolas e recortes de jornais que os heróis leem durante a história. Inclusive podemos ver a posição política de dois jornais diferentes, ao noticiarem misteriosos desaparecimentos: o jornal A República apoiando as autoridades do governo e a Tribuna Popular discursando para o povo.

Cada capítulo é escrito alternando a voz dos protagonistas: uma mulher, um negro e um índio, ou seja, os cidadãos de segunda classe, aos olhos do patriarcado branco.

Maria Teresa Floresta é a dona da agência Guanabara Real. É cheia de contatos pela cidade, principalmente entre os pobres e marginalizados, e tem um faro investigativo apurado. Ela também promove a harmonia entre os diferentes temperamentos de seus associados e amigos da agência. Nikelen Witter, autora também de Territórios invisíveis, trouxe a influência de Agatha Christie para a construção do mistério.

Firmino Boaventura é um engenheiro positivista que acredita na ciência para resolver crimes, e de certa forma o olhar científico é um modo de autoafirmação, contra o preconceito que sofre por ser negro e pela prótese mecânica que substitui a mão direita. O personagem de A.Z. Cordenonsi, autor também de Le Chevalier e a exposição universal, é a influência do steampunk na obra.

Remi Rudá, personagem de Enéias Tavares, é quem traz a influência lovercraftiana ao livro, por ser um especialista em ocultismo, alguém que domina as artes da magia. É descendente de indígenas, com gostos extremamente requintados, e vive em constante tensão com Firmino pela discrepância de suas especialidades. É de Enéias Tavares o premiado romance A lição de anatomia do temível Dr. Louison.

A diversidade social aparece na obra de maneira bastante fluída, apesar de não ser o centro da trama. Há os protagonistas que se unem pelos seus diferentes conhecimentos e habilidades, principalmente as de Maria Teresa, que conhece muito bem as áreas marginalizadas onde nasceu e cresceu. Entre os coadjuvantes, o destaque é a requintada Madame Leocádia, uma transexual dona do prostíbulo mais luxuoso da capital da recém-proclamada república.

Quanto à trama, é bem amarrada, porém sem muito espaço para maior complexidade, tanto pelo espaço que os passado pessoal dos protagonistas ocupa nas páginas quanto pela própria característica de prólogo de uma série que certamente se estenderá por mais livros. Algo que aliás é atiçado pelo final aberto e surpreendente.

site: http://wilburdcontos.blogspot.com/2019/10/resenha-106-guanabara-real-alcova-da.html
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Crônicas Fantásticas 14/09/2020

Guanabara Real – A Alcova da Morte
Resenha por Ana Oliveira

Título: Guanabara Real – A Alcova da Morte | Autor: Enéias Tavares, Nikelen Witter, A. Z. Cordenonsi| Editora: AVEC | Gênero: literatura brasileira, policial, suspense, steampunk | Páginas: 208 | Ano de publicação: 2017 | Nota: 4,0/5,0

Rio de Janeiro, ano de 1892. Há apenas 3 anos o Brasil é uma república. O honorável presidente da época é o Floriano Peixoto, e a lei diz que é crime negar emprego a um indivíduo por sua raça ou por seu gênero. Um cenário histórico onde nosso enredo cheio de suspense e máquinas maravilhosas se desenvolve.

Os personagens principais são os integrantes da agência de detetives Guanabara Real, que foi fundada por uma mulher, Maria Tereza Floresta, e emprega um místico de origens indígenas, Remy Rudá, e o engenheiro negro, Firmino Boaventura. Enquanto lia o texto, essas características me saltaram aos olhos porque numa história tipicamente brasileira esses são elementos que não podem faltar, além de marcar com força nosso cenário onde ser negro, índio ou mulher era algo visto com maus olhos.

Nossa querida agência não tem uma “boa fama”, pois vive um caso de amor e ódio com a polícia. Os agentes alegam que a polícia não faz seu trabalho direito, e a polícia diz que eles são intrometidos e que só fazem atrapalhar o bom serviço da força policial. Seja como for, e apesar de tudo, vez ou outra eles trabalham em conjunto buscando o bem maior, que é prender os malfeitores e proteger os cidadãos.

No livro, a cidade do Rio de Janeiro, capital da república, vive um momento de empoderamento. O respeitoso Barão dos Desterro promete trazer desenvolvimento e glória para a jovem república. Assim, ele compra as terras do Corcovado, acaba com todos os crimes que ali aconteciam e começa a construir um marco para enfeitar a cidade. Uma estátua gigantesca em cima do Morro do Corcovado. Por um instante achei que ele estava falando do Cristo Redentor.

Com a obra entregue e inaugurada haveriam visitas àquela estátua no futuro, uma festa se segue para comemorar o feito e a grande visão do Barão, quando um crime é descoberto. Por “coincidência” Maria Teresa está lá e pode ver, junto com o delegado, a cena do crime. Ela observa que é um cenário intrigante e sugere ao delegado que ele a deixe contatar seus associados para que juntos possam jogar alguma luz ali. Contra a vontade, o delegado permite.

Desse modo, entram em cena Firmino e Remy. O primeiro um engenheiro centrado e pé no chão, que sabe que nem tudo é flores e que na vida devemos lutar com unhas e dentes e, quem sabe, alguns passes de capoeira para estar vivo. Já Remy é nosso ocultista. Apreciador das coisas boas da vida, com a qual tem um relacionado de eterno flerte. Os dois junto com Maria Tereza formam um trio interessante e perspicaz, onde um complementa as habilidades do outro.

O livro é cheio de cenas interessantes e inspiradoras. Faz a gente se colocar ali, em pleno Rio de Janeiro republicano, onde as discriminações do Brasil colônia ainda se fazem bem presentes. É um tempo onde você tem elementos passados misturados deliciosamente com elementos tecnológicos que nos faz devanear.

Para você que curte a cultura steampunk é um prato cheio de referências. Se você é jogador de RPG, como eu, vai sentir vontade de chamar aquele teu amigo mestre que curte um cenário um pouco mais sombrio, com entidades celestes duvidosas e cheias de magia tentacular, para uma sessão onde você vai pedir, por favor, para que ele lhe dê uma mão ou perna mecânicos. A gente o deixa escolher.

Uma leitura leve e totalmente recomendada!

Leia mais resenhas em cronicasfantasticas.com.br

site: https://cronicasfantasticas.com.br/2018/11/19/guanabara-real-a-alcova-da-morte/
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Gárgula 03/02/2021

A Alcova da Morte, um caso da Agência de Detetives Guanabara Real
Como eu não tinha lido Guanabara Real antes?
Ao terminar de ler A Alcova da Morte – um caso da Agência de Detetives Guanabara Real, um livro criado a seis mãos por A. Z. Cordenonsi, Enéias Tavares e Nikelen Witter, eu estava completamente estupefato!

Os eventos contados neste volume fazem parte do enredo do mundo steampunk, onde também se passa a série A todo vapor, que está na Netflix. Publicação da AVEC Editora, este é um livro que vocês precisam ler o quanto antes, pois é muito bom.

Uma investigação intrigante
A Agência de Detetives Guanabara Real, sediada no Rio de Janeiro, e comandada por Maria Teresa, nos apresenta ainda seus fiéis colaboradores Remy e Firmino. Um trio muito peculiar não apenas em opiniões, bem como pelos métodos de trabalho além de seus conhecimentos.

Uma série de assassinatos desencadeia uma extensa investigação que mexe com toda a sociedade fluminense, principalmente a alta casta. Com efeito os investigadores são levados aos seus limites e como resultado temos um enredo rico em detalhes que por isso prende muito o leitor.

A temática steampunk dá um sabor a mais em toda a trama que foi escrita pelos três autores. Cada escritor se responsabilizou por um personagem.Essa dinâmica ficou, sem dúvida, excelente. A história é contada sem sequer sentirmos diferenças, pois elas ficam camufladas pelas individualidades de cada personagem.

Conclusões finais
Não faça como eu e leia logo este livro, até porque, o segundo está vindo por aí. Uma história divertida, dinâmica e cheia de surpresas, principalmente pelo final, que certamente vai te tirar o chão!

Que tenhamos mais deste universo que precisa se expandir muito ainda! Parabéns aos idealizadores e à própria AVEC Editora.

Boa leitura!

Resenha publicada no blog Canto do Gárgula.

site: https://cantodogargula.com.br/2020/09/29/a-alcova-da-morte-um-caso-da-agencia-de-detetives-guanabara-real/
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spoiler visualizar
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Gabizoca 14/03/2021

Leitura recomendada
Ambientada no Rio de Janeiro de 1892, a história se desenvolve em uma realidade cheia de mistérios e fantasias que estão presentes na parte oculta de nossa sociedade.

Livro cheio de representatividade e com um suspense emocionante. Com personagens bem característicos e envolventes.
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Bina 14/04/2021

Só por ser um steampunk ambientado no Brasil já me chamou atenção. O ritmo é bom e a história te prende, e bate aquela ansiedade pra entende tudo o que acontecendo e o que afinal esta sendo tramado. O livro leva a um final digamos bem interessante.
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Paulo 23/04/2021

Imagine você em sua casa se esforçando para dar coerência ao seu universo que você tanto quer escrever. Horas de pesquisa para fazer uma série de anotações fazerem sentido. Personagens que precisam se relacionar em uma narrativa coerente. Esse é o ofício do escritor, algo que leva horas para ser realizado e é uma tarefa árdua e cansativa. E recompensadora ao final. Imagine agora que você chamou dois colegas para escrever junto com você. Agora são três mentes pensando. E seis mãos escrevendo. Parece fácil, né? Mas e se um dos colegas não concordar com o rumo da história que você está escrevendo? E se o outro quer que o personagem esteja no local X, mas você tinha pensado que ele estaria no local Y nesse mesmo momento? Complicou, hein. Essa foi a tarefa pensada por Eneias Tavares, Nikelen Witter e A.Z. Cordenonsi. Antes de falar qualquer coisa sobre narrativa ou personagens, tenho que dar os meus aplausos de pé pela proposta que poderia dar muito errado e deu muito certo.

A Agência Guanabara Real é responsável pela investigação de casos insólitos aos quais a polícia não deseja se envolver. Pode ser um grande figurão envolvido em um esquema de corrupção ou um sequestro com alto risco de resgate. Maria Teresa, Firmino e Remi são especialistas em suas respectivas áreas de atuação e são os melhores no que fazem. Maria Teresa é uma sobrevivente das ruas selvagens do Rio de Janeiro. Conhecendo todas as manhas para ser bem sucedida nesse universo de sangue e vapor, ela é uma mulher que conhece a essência das pessoas. Remi é um homem envolvido com o oculto, com o estranho e misterioso. Um homem que vive dos prazeres da vida, experimentando a luxúria e a alegria de uma vida desregrada. Já Firmino é um talentoso engenheiro que teve sua mão substituída por uma prótese. Sofre com o preconceito de uma sociedade que vê em sua cor um índice valor para alguém. Nossos personagens irão se envolver com um estranho assassinato dentro de uma alcova durante a festa de inauguração de um imenso objeto colocado no alto do Corcovado pelo Barão do Desterro. Um presente em homenagem ao desenvolvimento da cidade em prol dos seus cidadãos. Esse assassinato levará a agência a uma teia de intrigas e conspirações e os colocarão frente a frente com uma antiga ameaça.

Os autores nos colocam diante de um Rio de Janeiro no século XIX. Mas não o nosso Rio de Janeiro, e sim uma variante steampunk sua. E a construção de mundo é ótima. Eles usam recortes de jornais e extensas descrições para nos colocar no clima do mundo apresentado. Isso serve para dar tridimensionalidade a tudo. Perspectiva. A cidade toda se torna viva. Eventos sofrem ligeiras alterações para se adequar à história. Personagens conhecidos assumem novos papéis. Gostei bastante da abordagem dos autores. A trama em si é bem construída e nos prende por toda a narrativa. No fundo é uma história de mistério com alguns elementos conspiratórios no meio. Os mistérios vão sendo mantidos até o fim. Não pense que a trama é previsível. Nem um pouco. Os autores vão te surpreender com algumas reviravoltas lá perto do final da trama. E o final... ah, o final. Que autores maldosos! Deixando um gancho daqueles.

A escrita a seis mãos é bem diferente. Curiosamente eu não olhei as ilustrações no final que mostram que autor criou qual personagem e fez qual capítulo. Apesar de ter a mão dos três por toda a história alguns capítulos são mais característicos da escrita de cada um. Mas, não é importante sabermos isso. O que vale é saber que mesmo sendo escrito por três autores, a história se mantém coesa e coerente o tempo todo. O leitor não fica perdido. A narrativa é bem explicada e as mudanças de núcleo servem para mostrar o background de cada personagem, além de suas motivações e dilemas. Mesmo sendo um volume de apresentação para algo maior que eu imagino que eles estejam criando, o livro não deixa de ter seus méritos ao nos dar boas horas de diversão.

Inclusive há tempo para o autor trabalhar o problema que era a questão negra na recém-nascida República. Velhos hábitos são difíceis de serem extintos e Firmino sofre demais com o olhar azedo das pessoas. Aí voltamos àquela pergunta: mudamos tanto assim de cento e vinte anos para cá? Enfim, a maneira como ele precisa lidar com problemas que seriam impensáveis ao homem branco só demonstra o preconceito latente em uma sociedade desigual de origem. Algumas cenas são fortes como a de quando ele chegou para investigar a alcova ou posteriormente quando ele está na delegacia. Suspeitas são levantadas contra ele sem sequer haver qualquer indício de que ele tenha participado em algum mal feito. O pré julgamento é óbvio. E estamos falando de uma sociedade apresentada pelos autores que gostava de se gabar de ser progressista. No entanto, determinados ranços persistem.

Já Remi é aquele personagem que caminha entre os dois gêneros. Ama viver bem; ama os prazeres da vida e os aprecia ao máximo. Sua conexão com o estranho o coloca com uma perspectiva única sobre a sociedade. Consegue enxergar além do que os olhos comuns fazem e isso se reflete até mesmo em sua maneira livre de encarar as pessoas. Sua história de origem precisa ser mais aprofundada porque tenho certeza que daria espaço para várias narrativas interessantes. A amizade que ele tem com Catarina que mescla cumplicidade e amor é muito bonita. Percebemos nas linhas escritas no livro o quanto os dois personagens complementavam um ao outro. Eram cúmplices em uma vida complicada. Algumas coisas do plot principal acabam sendo abordadas nos capítulos de Remi e o fato de os autores terem deixado apenas pistas para serem retornadas em outro volume prejudicou em parte o que se propunha. Mesmo assim gostei demais do personagem.

Guanabara Real é uma narrativa deliciosa que nos leva a um Rio de Janeiro tão parecido e tão diferente do que estamos acostumados. O universo steampunk caiu como uma luva para esse cenário criado a seis mãos. A escrita é bastante ousada e fico feliz que o experimento tenha dado tão certo. Os personagens tem várias histórias ainda a serem contadas e o gancho no final da história nos deixa loucos para ir atrás de uma continuação. Que ela venha logo e nos possa dar mais um gostinho dos personagens da Agência de Investigação Guanabara Real.

site: www.ficcoeshumanas.com.br
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