Pequenas Epifanias

Pequenas Epifanias Caio Fernando Abreu




Resenhas - Pequenas Epifanias


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Tali41 21/12/2022

Foi uma leitura triste, mas também intrigante... Finalmente conheci o tal Caio Fernando Abreu, um pouco da sua vida, suas ideologias, ódios e amores. Fiquei longe de compreender tudo, mas pelo menos pude viajar um pouco nessas páginas, fazer descobertas e ficar curiosa por mais.
Foi um prazer ter contato com esse ator que claramente é o tudo aquilo e muito mais do que falam dele. Nas partes em que não fiquei confusa ou com uma tristeza incomoda e crescente, li tendo uma sensação familiar de que o reconheço em outras pessoas, Renato Russo por exemplo.
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najuliass 30/04/2024

"Com ela, em sua homenagem, Caio."
Conheci (li) Caio Fernando Abreu pela primeira vez em 2022 em um bimestre de Língua portuguesa IV que nunca vou esquecer. Li seus contos e formei uma imagem mental dele e da sua escrita.

Agora em 2024 li seu livro póstumo de crônicas, e tudo que eu pensava sobre ele se reformulou.

Já gostava dele, mas agora passei a amar, cada vez que eu lia eu me sentia mais amiga dele, amiga próxima (pensei até que a gente podia ter o mesmo signo mas ele é Virgem e eu Escorpião), senti essa amizade porque em todas as crônicas Caio desabafa, sobre tudo e qualquer coisinha que pensa, sobre episódios corriqueiros e rotineiros, sobre tudo e nada da própria vida.

Criei então esse amor de amizade por ele, porque eu jurava e sentia que ele estava ali desabafando comigo, talvez foi o livro mais real que li de algum escritor.

Mas em certo momento eu só conseguia sentir uma melancólica fortíssima, pra quem lê e conhece sabe  do diagnóstico de soro positivo em que o próprio escreve nas suas crônicas, mas a tristeza não veio só desse fato, veio por uma demarcação nítida no que ele escrevia, antes de saber suas crônicas eram alegres, sorridentes e engraçadas, depois de revelar, em cada linha eu sentia (porque ele desabafava) o medo e a indignação do seu estado, o tema morte e doença passou a ser o tema corriqueiro abordado. Senti de novo, como se fosse o meu amigo, e segurando a mão dele na imaginação.

Fico então com o coração cheio de emoção e amizade por esse autor que morreu antes de que eu nascesse.
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Iza(dora) :3 19/03/2020

Li esse livro para o vestibular e me apaixonei completamente (pelo livro e pelo escritor) Recomendo!
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LaraF 30/12/2010

lindo!
caio fernando abreu sempre toc meu coração...seja pela sensibilidade na percepçao dos detalhes, seja pela maneira unica de narrar o mundo.
nesse livro ele fala sobre o RS, sobre a aids, sobre o jardim...sempre de maneira sutil, doce e intensa.
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Aryane 18/02/2018

Íntimo
Esse é o primeiro livro do Caio que leio. E não o fiz, nesses 32 anos de vida, por puro preconceito. Associei suas obras às legendas de sefies em redes sociais, embora isso não queira dizer nada, mesmo que a escolha dos outros não seja da minha conta.

Comecei a ler este livro em 2016, deixei de lado e voltei agora, em 2018. Acho que acabei lendo no momento certo, tamanho é o meu encantamento com a escrita dele. Crua, natural, direta (às vezes nem tanto).

Fiquei e ainda estou em choque. Não um choque exagerado, digno de prantos. Nem um choque superficial. Não. Estou em choque, porque não sei como definir esses dois dias que passei lendo esse livro.

Maravilhoso.

site: amoremletras.wordpress.com
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Giselle.Zart 18/02/2018

O último livro do Caio F., e é uma seleção de suas últimas crônicas. É um mergulho profundo, uma faca afiada, um penhasco logo ali a frente. Penetrar na sua melancolia é inevitável. Ele tem o coração inteiro pronto para se entregar através das palavras. Após a descoberta da aids, ele se entrega as palavras de conforto. É visível a embriaguez lúcida que a morte lhe traz. Caio foi uma pessoa muito forte apesar da sensibilidade. Frágil como uma taça de vidro. Ele me ensinou sobre emoções engavetadas, mas sobre esse olhar profundamente humano que ele observava o mundo.

"Nada de mau me aconteceria, tinha certeza, enquanto estivesse dentro do campo magnético daquela outra pessoa."

"Era isso, aquela outra vida, inesperadamente misturada a minha, olhando a minha vida opaca com os mesmos olhos atentos com que eu a olhava: uma pequena epifania."

"A lua deu mais uma volta completa no zodíaco. Ultrapassou sagitário e caminhou até áries, completando seu triângulo de amor e paixão."
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Daniboy 26/12/2017

Caio Fernando Abreu é tão.. Caio Fernando Abreu
Conheci o nome Caio Fernando Abreu na crônica de Fabrício de Carpinejar, em que Carpi escreve uma crônica/ carta para Caio. Em outra semana, li no jornal belo-horizontino O Tempo uma crônica em que o autor tinha visitado o RS e deu uma passeada pelas proximidades da casa de Caio. E para me aproximar mais ainda do bruxo, liguei a TV uma vez e estava passando Para Sempre Teu, Caio F. um documentário brasileiro, onde amigos e atores recitavam os textos de Caio, faziam reflexões e atuações acerca de sua obra.

Sobre Pequenas Epifanias, o livro reúne algumas (muitas) crônicas de Caio Fernando Abreu. As mesmas datam as décadas de 80 e 90. Com esse livro a gente pode entender um pouco mais de Caio, e com isso nos entender, visto que o autor parecia sempre estar em meio a uma descoberta sobre si, ainda que essa busca possa não parecer tão evidente. A crônica Pequenas Epifanias, que empresta o título ao livro, mostra bem a delicadeza do autor ao falar do amor, mesmo quando ele desvia do seu curso.
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Polaris 09/07/2016

Eis aqui minha pequena Epifânia
Não deixo de pensar que me perdi em uma das esquinas da vida, como um barbante que arrebenta e deixa a outra ponta pêndula, trêmula, a mercê da morte e sem previsão de ser remendada.
Um dia visitando a biblioteca municipal da minha cidade percebi uma lacuna entre os livros, não sabia o nome da obra que preenchia aquele espaço, mas quando a bibliotecária colocou um novo livro ocupando o espaço vazio eu sabia que aquele lugar não o pertencia, estava deslocado, um título perdido substituindo um outro livro qualquer, percebi que eu era o livro, sendo arrancado de seu lugar acomodado para perder-se entre centenas, acabando por não pertencer a nem um lugar, nem outro.

Tive muitas paixões efêmeras, uma certa manhã, apaioxonei-me pelo sol, e como eu amava o sol, ficava horas observando seus raios em minha pele, para então ve-lo partir entre a fresta da janela, dando lugar à escuridão. Hoje não o vejo mais com tanta frequência, pois as janelas estão sempre fechadas, como se me negasse a ver algo belo em meio a tanto tormento, mas uma vez ou outra quando essa estrela próxima se atreve a entrar sutilmente pelo vão da porta não consigo deixar de sorrir, querendo ou não eu ainda pertenço ao sol.
Entre tantas paixões posso citar o diretor Lars Von Trier, a quem eu admiro até hoje, o poeta morto e vívido Arthur Rimbaud que ainda é um dos meus preferidos e fez-me andar por três cidades em busca de uma obra sua, sem êxito. E o ilustre e eterno camaleão do rock, David Bowie. Minha nova paixão é Caio Fernando Abreu, um escritor do qual já tinha lido tantas obras e citações e o deixei esquecido, fui despertada por “Pequenas Epifanias”, o qual eu li por recomendação de um professor. O professor.

O livro reúne crônicas escritas de 1986 a 1995, um pouco antes da morte prematura do autor em 1996, Cada crônica, cada verso nos traz uma reflexão sobre a vida regada com subjetivismo e carrega um pouco do escritor em cada linha.
Caio F. (Em homenagem a Christiane F, 13 anos, drogada e prostituída) também era a ponta pêndula do barbante, era também o livro perdido na estante da biblioteca, mas diferente de mim ele criou seu próprio livro nas medidas da lacuna e encaixou-se perfeitamente ali, Fernando de Abreu era muito para caber em si só e deixava com que suas emoções transbordassem para o deleite e sorte dos leitores. Mesmo criando seu próprio lugar cômodo, Caio não pertencia ao mundo e nunca pertenceu, ele era mais, era perdido, era incessante, Caio era Caio e eu me peguei vislumbrada com suas cartas sombrias, com sua delicadeza ao falar tantas e tantas vezes da morte, com seu ar triste e esperançoso. Todos sabem que eu costumo pegar para mim vários livros da biblioteca, livros que estão jogados em baixo das estantes, esquecidos em caixas de papelão, mas Pequenas Epifanias eu irei devolver, irei coloca-lo na lacuna que ficou e que a ele pertence, deixarei lá para todos poderem ler e desfrutar de sua beleza, quase posso ouvir Caio dizendo “isso é out, baby”. Eis aqui minha pequena epifânia.

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Abel.Carvalho 22/04/2015

Epifania
Caio através de suas crônicas,contos e até poesia desnuda a alma humana.
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Léia Viana 02/02/2015

"Fragmentos disso que chamamos de 'minha vida'..."
É tudo isso que representa este lindo livro, fragmentos em formato de crônicas a respeito da vida, do amor, das perdas que abrange um período delicado da vida do escritor. Talvez seja por esse motivo que os relatos refletem tanto a condição existencial do ser humano, as inquietações e as angústias que permeiam a trajetória de vida e o fim iminente: a morte.

“Meu primeiro contado com Caio foi através de um blog, bem antigo, que se chamava: Noites mal dormidas”, e trazia em sua descrição de perfil uma das crônicas que compõe este livro. Fiquei apaixonada e impulsionada a ler e a saber mais de Caio.

"Há alguns dias, Deus — ou isso que chamamos assim, tão descuidadamente, de Deus —, enviou-me certo presente ambíguo: uma possibilidade de amor. Ou disso que chamamos, também com descuido e alguma pressa, de amor. E você sabe a que me refiro...”

O título revela a essência contida em todas as crônicas: os pequenos “milagres” e “mistérios” do cotidiano, manifestações corriqueiras dotadas de possibilidades de entendimento do ser e da vida. Caio é romântico, delicado, sensível, visceral, muitas vezes impiedoso e até irônico e isso reflete em seus textos, por isso é tão bom e emocionante lê-lo. Caio não é em nada superficial.

“Sobre todos aqueles que ainda continuam tentando, Deus, derrama teu Sol mais luminoso”.

Leitura recomendada!
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Aline T.K.M. | @aline_tkm 21/07/2014

Virei fã
Meu primeiro contato com o texto latejante de Caio Fernando Abreu, Pequenas Epifanias me foi recomendado por ninguém menos que o escritor francês Martin Page – quem, inclusive, prefaciou a edição francesa em 2009. Como o autor já era presença constante na minha lista de desejados, resolvi seguir a dica e, adianto, só tenho maravilhas a dizer a respeito do livro.

Nas pouco mais de sessenta crônicas, publicadas no jornal O Estado de S. Paulo entre 1986 e 1995, Caio Fernando Abreu fala sobre belezas cotidianas, aqueles pequenos milagres que não raro passam batido perante nossos olhos cansados. Fala sobre prazer, como uma viagem de trem ou cuidar do jardim; fala de cenas que protagoniza, e de outras em que é mero espectador, atrás de sua janela paulistana.

Os momentos de desespero contrastam com a leveza e a impressionante resiliência. Caio F. coloca a alma no papel; nada de preto no branco, mas os infinitos tons que um ser tão humano como ele pode ter. Está tudo lá, ou quase. Isso sem falar das febres, da tosse que parecia nunca querer deixá-lo...

O curioso – e também confortante – é que mesmo o inferno de Caio F. era povoado por anjos. Os de branco, o estetoscópio pendurado no pescoço; os que recolhiam o lixo e cuidavam da faxina; e os que vinham trazendo novidades ou simplesmente para fazer uma visita. E havia também os “anjos eletrônicos”, que espantavam o tédio através da tela da tevê.

Em meio a tantas histórias, encontram-se também algumas cartas “para além dos muros”. Foi numa delas, inclusive, que Caio comunicou ser soropositivo. Mas seria forte e aguentaria o que viesse (ou melhor, o que já estava acontecendo), inspirado e assombrado em suas noites difíceis por Frida Kahlo. Pois “seja qual for a dimensão da minha própria dor, não será jamais maior que a dela”, afirmou ele na crônica "Frida Kahlo, o martírio da beleza", em 1995.

Se em seu jardim Caio teve de lutar contra as formigas, lesmas e lagartas que ameaçavam as flores, dentro de seu corpo um inimigo bem maior o enfraquecia. Mas não o aniquilaria por completo; o corpo, aspecto descartável e passageiro, este sim foi embora, não havendo como ser diferente. Já seus textos seguem tão vivos quanto essas pequenas epifanias espalhadas vida afora.

LEIA PORQUE...
É bonito, verdadeiro e altamente inspirador – tudo no mesmo pacote. Não é todo dia que se tem diante de si um desses livros com o poder de maravilhar.

DA EXPERIÊNCIA...
Virei fã. Caio Fernando Abreu, seu lindo!

FEZ PENSAR EM...
Frida Kahlo, de Rauda Jamis – biografia que Caio F. devorou numa noite.


site: http://livrolab.blogspot.com
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Caroline 29/12/2012

Uma verdadeira pequena epifania.
Bom, ler Caio é sempre perfeito, aconchegante. A forma como ele escreve, o jeito como ele transforma o evento cotidiano mais simples em algo grandioso é espetacular. Eu sou uma admiradora do trabalho deste homem que, mesmo no auge de sua doença, mesmo com todos os problemas que enfrentou, não deixou de escrever.
Digo que esse livro valeu todo o esforço para conseguir comprá-lo (o que não foi nada fácil porque não o encontrei em nenhuma livraria, e não tinha estoque em praticamente nenhum site, por não ter sido lançado recentemente). Assim que o peguei e li sua resenha literária que dizia: "Amanhã à meia-noite volto a nascer. Você também. Que seja suave, perfumado nosso parto entre ervas na manjedoura. Que sejamos doces com nossa mãe Gaia, que anda morrendo de morte matada por nós. Façamos um brinde a todas as coisas que o Senhor pôs na Terra para nosso deleite e terror. Brindemos à Vida - talvez seja esse o nome daquele cara, e não o que você imaginou." Logo senti um arrepio percorrer a minha pele e uma ansiedade ainda maior em lê-lo. E não perdi tempo e o devorei, me saboreei de cada crônica, cada palavrinha corretamente utilizada por este sábio que infelizmente não está mais entre nós.
O livro, como qualquer outro, tem sim suas crônicas meio chatinhas, crônicas que você tem que ler uma, duas, três vezes, para realmente entendê-la. Mas mesmo com seus poucos defeitos o livro é realmente muito bom. É como se o autor compreendesse a alma do leitor. Mesmo em contos em que ele mesmo está perdido e confuso em meio ao turbilhão de pensamentos e medos que a descoberta de ser portador do vírus HIV o trouxe, ele consegue lhe passar a paz, o aconchego, o sentimento. Enfim, ele consegue fazer com que você se sinta dentro da crônica, parte dela. E quando ao decorrer do livro você se depara com alguma crônica que te lembra aquela pessoa especial, e que tudo que o autor expressa ali, coincide exatamente com aquilo que você está sentindo, você acaba vendo o Caio como um melhor amigo, aquele amigo que te entende.
E quando digo no título da resenha que o livro é "uma verdadeira pequena epifania", quero dizer que não havia título melhor para o livro do que "Pequenas Epifanias", porque epifania é um termo religioso que designa uma manifestação divina, uma iluminação vinda dos céus, e é exatamente o que o livro é. As crônicas contidas no livro iluminam nossa mente, nos mostrando que não conseguíamos enxergar em nossas vidas e nos fazendo sentir coisas que não acreditávamos ser capaz de sentir. E como as crônicas são pequeninas, 2 ou 3 páginas no máximo, são verdadeiras pequenas epifanias.
Enquanto lia o livro sempre me vinha na cabeça uma frase de Caio, que li certa vez em um blog: "Eu só queria que alguém me amasse pelo que eu escrevo", e sempre que acabava de ler cada uma das crônicas olhava para o céu e dizia: "Sim, Caio. A gente te ama pelo que você escreve." E a cada crônica que eu lia, mais eu amava o danado do homem.
Enfim, é um livro e tanto. Então leiam! Sugiro ler uma crônica por dia, porque assim você pode sentir cada uma delas, refletir sobre o que ela diz. Façam uma boa leitura, se deliciem desse milagre que é o Nosso Caio Fernando Abreu.
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Rafael 15/12/2012

Divertido, criativo e deprimente
Gostei bastante do livro, especialmente das primeiras crônicas. No decorrer da escrita, com a evolução da doença do autor, ele se tornou mais deprimente e triste, deixando a leitura um pouco pesada.
Independente disso, a forma de Caio Fernando Abreu descrever suas ideias é muito cativante e motivante.
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Ive Brunelli 25/10/2012

Epifanias selecionadas
Pequenas Epifanias é uma seleção póstuma de crônicas de Caio Fernando Abreu organizada por Gil França Veloso e lançada pela editora Sulina em 1996. O livro reúne alguns textos publicados no Estado de S.Paulo entre 1986 e 1988, além de outros entre 1993 e 1995.

Em 2012, as pesquisadoras Lara Souto Santana e Liana Farias reuniram todas as crônicas que Caio F. publicou no Estadão naquele período e as reuniram em livro inédito intitulado A Vida Gritando nos Cantos.

Assim, juntos, Pequenas Epifanias e A Vida Gritando nos Cantos se completam para mostrar a maestria de Caio também como cronista e não só como romancista e contista.

Para saber mais sobre os dois livros, recomendo ler minha resenha sobre A Vida Gritando nos Cantos, aqui no Skoob.
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