Resenhas - A Estrutura da Bolha de Sabão

Paula.Juca 02/07/2022

Frágil..
Esse compilado de contos são tais como a estrutura da bolha de sabão, parece lindo, perfeito mas a medida que nos aprofundamos na própria estrutura nos deparamos com a fragilidade, a névoa sobre a verdade de quem somos de como as pessoas nos veem. Lygia se apropria de uma escrita que pulsa, que escorre, que empapa nos transborda, é impossível sair de seus contos sem ter a impressão de ter sido de fato nocauteado. Ouso dizer que é uma das melhores contistas da nossa literatura.

Natine 29/04/2022

O Título Errado
A Estrutura da Bolha de Sabão deveria ter qualquer outro nome, menos esse, um dos piores contos da seleção. A Testemunha, A Fuga, A Confissão de Leontina e Gaby são as doçuras de Lygia.

victor.victor.victor 07/04/2022

Senti falta da caçada às cegas pelas palavras
Lendo esse livro, percebi Lygia mais madura do que nas coletâneas de contos anteriores. Ela sabe seu estilo de histórias e já entendeu como deve escreve-las. Pessoalmente, não vejo isso como um elogio.

Afinal, alguns contos acabaram sendo chapa-branca demais. Outros, um pouco clichê. Por exemplo, "A medalha" ou "Gaby". Talvez, "O Espartilho".

Outros são medianos, mas falta o sangue. "A Testemunha", "A fuga" e o texto título.

Poucos são excepcionais, como "A confissão de Leontina", que não é inovador, mas muito envolvente.

O reconto de Missa do Galo foi muito chato. Não tendo história pra se contar, resta apenas a escrita - e disputar com a do Machado é injustíssimo.

Taisa 13/02/2022

Primeira leitura da Lygia
E grata surpresa.
Comecei a ler sem conhecer as histórias, a estrutura do livro e a o estilo da autora.
Gostei muito, me surpreendeu. Esperava algo mais doce, vieram cenas de uma violência surpreendente.

Mauro.Carvalho 22/01/2022

Retratos inquietantes do cotidiano e da psiquê
Lygia Fagundes Telles tem o poder de expressar sentimento em cada frase, nada havendo de supérfluo em seus contos. Cada colocação tem uma razão de ser e aproxima o leitor dos personagens retratados, sempre em situação de tensão entre si.
Os conflitos existentes nas histórias conferem grande humanidade aos sujeitos envolvidos, seja no que os humanos têm de bom ou de ruim.
Os contos de que mais gostei foram: ?A confissão de Leontina?, ?O espartilho? e ?A medalha?.
Vale muito a leitura!

Karamaru 25/12/2021

OS FILHOS PRÓDIGOS DE LYGIA
“Tão segura eu me sentia sendo simpática, cordial. Fácil a hipocrisia. Tão fácil a vida. Com que naturalidade eu me empenhava em conquistar as pessoas, fortalecida no meu instinto de fazer sucesso naquela roda fechada. Como era rendoso o cálculo que vinha mascarado de improvisação. Envelhecer é calcular, aprendi mais tarde.” (trecho do conto “O espartilho”)

Editado pela primeira vez em 1978 com o título “Filhos pródigos”, “A estrutura da bolha de sabão” é uma coletânea de oito contos escritos de forma magistral por Lygia Fagundes Telles. Na obra, são destacadas situações conflitantes que moldam a identidade das personagens centrais, principalmente as do sexo feminino. Movidas por sentimentos passionais ou vítimas de uma inércia debilitante, tais personagens são expostas a situações-limite.

Em “A confissão de Leontina”, por exemplo, a protagonista, devido a sua passividade excessiva e aparente ingenuidade, acaba por sofrer consequências funestas. No primoroso conto-título, por sua vez, o ciúme dita as regras; por meio de um jogo perfeito de metalinguagem, a autora conduz a narrativa – com mais sombras do que luz –, deixando grande parte do quebra-cabeça a cargo da perspicácia do leitor.

“Como todos os grandes escritores, Lygia Fagundes Telles tem a sensibilidade do toque ao esboçar personagens que vão se revelando num gesto, numa palavra. A escritora reconhece e desvenda os jogos do destino, a loucura da morte. Tem a percepção para descobrir o momento daqueles encontros improváveis, daquelas alegrias inesperadas e dos repentinos desesperos.” (Josyane Savigneau)

Assim, engana-se o leitor que logra entender a escrita da Lygia com apenas uma primeira ou única leitura – é preciso desvendar sua escrita, buscar compreender os movimentos das personagens que circundam seus textos. Ela utiliza variações de estilo e de focos narrativos, muitas vezes dentro de um mesmo conto ou até no mesmo parágrafo, induzindo o leitor a uma leitura mais atenta, após a qual, sem dúvidas, há inegáveis recompensas.

Leitura e microrresenha feitas em parceria com Carlos (IG: @o_alfarrabista).

laly 08/07/2021

Infelizmente não me dei bem com esse livro e eu amo a escrita da Lygya. só o conto do título que salvou esse livro :(

lane 19/05/2021

Já havia lido alguns contos da Lygia, esses do livro "Antes do Baile Verde"; fiquei encantada, o que me levou a colocar muitas expectativas ao começar este. O resultado da leitura foi agridoce, alguns detestei, foram confusos pra mim; outros elevaram totalmente meu amor pela Lygia! Destaco os contos "O espartilho" e "A confissão de Leontina".

Thales 25/04/2021

Acho que foi o livro da LFT que menos me tocou até então.
Destaco A Medalha e A Confissão de Leontina como os contos que mais gostei.

Leandro257 15/04/2021

"A bolha de sabão é o amor"
Lygia é incrível, como sempre. Nessa reunião de contos, a autora busca explorar, através das personagens, os sentimentos humanos. Livro maravilhoso.

Lady Vênus 17/01/2021

Lygia Fagundes, "A inventora de memórias"
Lygia é perfeita. Perfeita.


"Está visto que não é retardada coisa nenhuma quem sabe rir e chorar na hora certa como eu sei."

-A confissão de Leontina.

Wallace17 10/01/2021

"Não conte a ninguém, mas descobri, a bolha de sabão é o amor".
ESTRUTURA DA BOLHA DE SABÃO. Olha que título mais misterioso! Lygia Fagundes Telles já nos envolve na capa do livro. Ela nos conta na nota inaugural que havia um físico que estudava as bolhas de sabão!!!! Como assim??? Ela ficou encantadíssima com o objeto da pesquisa. "Mas a bolha de sabão não tem nenhuma estrutura, ah!" •

O livro tem oito contos de tirar o fôlego e sossego. Confesso que quando terminei a leitura, fiquei desnorteado. Ler Lygia Fagundes Telles, foi um grande desafio pra mim. Ela é uma contista exuberante e acompanhar o raciocínio dela requer atenção e concentração. Uns dos pontos marcantes da leitura dos contos é como a Lygia descreve as relações familiares. Ela consegue captar a miscelânea dos amores, desentendimentos, fragilidades, expectativas, frustrações, desprezo, traição... A estrutura psicológica das personagens, os diálogos, as situações estão repletas de significados universais e de códigos sociais. O prisma sociológico é ponto de destaque. Lygia expõe as mazelas da nossa sociedade: Racismo, antissemitismo, miséria, cárcere e precarização do trabalho, faslo filantropismo, prostituição. A famigerada contradição de valores do nosso país. Um país sem justiça social, mas que se diz cristão.

Os contos que mais gostei foram, A Medalha, e Confissão de Leontina. Dois textos marcantes, pela beleza textual e forte crítica social. O talento de Lygia Fagundes Telles é monumental. Vencedora de inúmeros prêmios nacionais e internacionais, fica o desafio particular de ler mais obras dela.

site: https://www.instagram.com/p/B-alHcgnfn3/

Paula 18/12/2020

De 8 contos, só 2 são bons: o espartilho e a confissão de leontina

Mai 30/11/2020

Essa coletânea não me agradou tanto quanto Antes do baile verde. São bons contos, afinal estamos falando de Lygia Fagundes Telles, mas me conectei com poucos deles.
Pra mim os destaques desse livro são O espartilho e A confissão de Leontina.