A tarde da sua ausência

A tarde da sua ausência Carlos Heitor Cony




Resenhas - A Tarde da Sua Ausência


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Antonio Talavera 01/09/2019

O frio e o calor
A tarde de sua ausência é um romance marcado por situações alienantes e uma frieza sutil, ora escancarada, ora velada. Os três focos narrativos da história, que contam a ascensão e queda dos Machado Alves, dialogam-se de uma forma muito peculiar, e, por vezes, parece que o futuro já foi escrito no passado. Henrique, Vera e Álvaro, os dois primeiros em especial, tem uma relação intrigante, estranha, onde o começo e o fim são delimitados desde as primeiras linhas do livro. Além disso, os capítulos curtos conferem vivacidade ao livro, parece que estamos lendo cartas, relatos de uma realidade irreal. O que resta ao fim da narrativa? O mistério de Vera, personagem marcante e distante, fria e quente.
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Leo Augusto 21/07/2013

Transformar palavras em saudades,
Sem dúvidas um belo romance, bem escrito e com ares nostálgicos.
Mais uma vez, o escritor Cony se mostrou o mago das letras e de como pode transformar palavras em saudades, ausência e perdas.
Sensível, sem ser piegas.
Nostálgico, sem ser amargurado.
Vale a leitura!
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Silvana (@delivroemlivro) 24/11/2012

Quer ler um trecho desse livro (selecionado pelos leitores aqui do SKOOB) antes de decidir levá-lo ou não para casa?
Então acesse o Blog do Grupo Coleção de Frases & Trechos Inesquecíveis: Seleção dos Leitores: http://colecaofrasestrechoselecaodosleitores.blogspot.com.br/2012/10/a-tarde-da-sua-ausencia-carlos-heitor.html

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Anna Julia 26/08/2010

"Você já tentou esconder uma árvore? É fácil. Basta coloca-la na floresta."

De um lado Vera Machado Alves, primeiro criança, depois adolescente, e mais tarde adulta, mas nunca velha, nunca ultrapassada, sempre indecifrável, desejada. De lindas pernas, á olhos aguados refletindo o mar, poderia ser mais singular, mais misteriosa, até mesmo mais amada, se não carregasse o sobrenome de Machado Alves, a número familia, uma das mais ricas do Rio de Janeiro, desde o século XX.
Do outro Henrique, de sobrenome qualquer, insignificante, por alguns até chamando de parasita, casado com Dalva, irmã de Vera, vivendo sob o mesmo teto sob a direção do patriarca Álvaro Machado Alves, no qual mantinha uma incomum, e até um pouco pitoresca, de amor, com aquele sogro que o sustentava.
Suas vidas poderiam ter passado insignificantemente, teriam, parado de se ver, se não fossem pelas reuniões, recheada de apostas e roletas aos sábados, e as pequenas vezes que se encontravam na grande mansão em Ipanema.
Mas uma tarde fez suas vidas mudarem, e a direção na qual se revelou, mudou para sempre, suas visões, suas fugas, seus sentimentos. A tarde na rede, revelou-se a descoberta não só do prazer, mas além, mostrou a verdade sobre querer se afugentar, de todos, de tudo, de si mesmo.
Vera, personagem principal, mas sempre retratada distante, misteriosa e introspectiva. A mais do que a ovelha negra da família, a raposa que por instinto, não segue bando, anda sozinha e vive onde quer, por quanto quiser.
Henrique, medíocre, mas cauteloso, e conformista. Nunca perdera nada, pois nunca possuíra. Não brincava, mas também não se machucava, assim melhor definiria o cunhado, o genro, que no final das contas, de tanto ódio pelos Machados Alves, se via sempre no meio de todos eles, ou melhor dela.
Romance reflexivo, que demostra a fragilidade das relações humanas e principalmente a relação do homem com o dinheiro.
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Morgadasso 31/12/2009

O velho e o moço
"...E se eu fosse o primeiro a voltar pra mudar o que eu fiz, quem então agora eu seria? Tanto faz, o que não foi não é. Se o que eu sou é também o que eu escolhi ser, aceito a condição..." Esse trecho de uma música de Rodrigo Amarante me parece refletir bem o sentimento de incapacidade e aceitação vivida pelos personagens desse livro. Onde a anulação é a condição auto-imposta às suas vidas
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