Quando Tudo Faz Sentido

Quando Tudo Faz Sentido Amy Zhang




Resenhas - Quando Tudo Faz Sentido


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Harumi 22/06/2020

Decepcionante
Quando eu vi esse livro pensei que seria um romance do tipo "tenho um problema e encontro alguém que me ame e me ajuda a resolver" e minhas expectativas estavam extremamente altas, acho que isso atrapalhou muito minha leitura.
O livro aborda diversos temas importantíssimos e pesados contando o que levou Liz a tentar suicídio.

Os temas e o jeito que a autora mostra como era a vida de Liz faz o livro ficar muito pesado e, em algumas partes arrastado. Eu fiquei o livro inteiro esperando um grande acontecimento que não veio, o que torna esse livro para mim morno, tendo como maior revelação a identidade da narradora da história.

Peguei esse livro pensando em um romance com uma garota incompreendida, porém Liz não é só incompreendida em alguns momentos ela é até cruel o que me dificultou ter empatia por ela, claro que ela tem sim os motivos por ter uma personalidade mesquinha mas não foram suficientes para mim...

Não é necessariamente um livro ruim, mas para mim não funcionou.
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biel abage 30/06/2020

a escrita da amy é muito gostosa e fluída
sem dúvida amy virou uma das minhas autoras YA favoritas, amo a escrita dela e em como as histórias que ela conta parece tão reais, como se você tivesse lá com os personagens.
preferi o outro da autora, mas esse sem dúvida me deixou a mesma sensação boa quando terminei o outro.
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Debyh 23/10/2017

Não sou muito de ler esse tipo de livro, parece quase sempre uma mesma história e por isso eu esperava drama, esperava adolescentes insuportáveis, esperava sick lit, e eu tive tudo isso nesse livro, mas eu recebi coisas surpreendentes como reflexão sobre culpa e o que cada um merece pelos seus atos. Eu fui maravilhosamente surpreendida.
Liz Emerson decidiu que não merecia mais viver e tenta morrer em um acidente de carro que ela mesma provocou, essa é basicamente a premissa. Neste livro conhecemos adolescentes que cometem muitos erros, um diferente do outro, mas todos tentando fazer com que a vida tenha algum sentido. Real, muito real essa história.

(continua no blog Eu Insisto - link abaixo)

site: http://euinsisto.com.br/quando-tudo-faz-sentido-amy-zhang/
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Mary 06/09/2020

Babaca e egoísta
O título dessa resenha define bem a protagonista. É difícil conectar com um personagem tão cruel sem motivos. A história de Liz Emerson é triste, sim, mas não dá a ela o direito de descontar nos outros.
?Estava furiosa com a mãe por não se importar, , estava furiosa com Júlia por não ser forte o bastante, estava furiosa com Kennie por ser tão idiota, estava furiosa com Liam por ter lhe deixado destruir sua vida (...)?
Colocando a culpa de suas ações extremamente maldosas e sem sentindo nas vítimas! Sinceramente, esse é o cúmulo da babaquice!!! Passei o livro inteiro desejando que morresse mesmo pq ela teve várias chances de dar um passo para trás e avaliar suas ações, em vez disso sempre deu mais um passo à frente. Sem contar nos diversos personagens que a adoravam mesmo depois de tudo que ela fez. Não me pareceu nem um pouco verosímil. Enfim, não é nada que eu leria de novo para passar toda essa raiva novamente...
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Line 20/09/2020

Setembro Amarelo.
O livro me lembrou muito a "Quem é você, Alasca?" e aos "Os 13 porquês". O livro é bem melancólico, dá pra sentir a dor da personagem, o quanto ela é amargurada. O livro tem o tema bastante atual, fala sobre depressão, e é uma boa dica para leitura do " Setembro Amarelo".
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Gabbie 11/09/2021

Para ler em um bom momento
Tive uma leitura tranquila e sem grandes surpresas, porém é um livro repleto de gatilhos. Ao meu ver, não é para fazer chocar, teorizar, chorar (que, honestamente, depois de ver a temática, era o que eu procurava), é uma história para fazer refletir sobre pessoas boas e pessoas ruins, e alguns assuntos polêmicos jogados no meio. Não achei uma leitura incrível e chocante, mas também longe de ser tediosa.
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mayalo 09/01/2021

Gosteii
Eu achei muito interessante o livro, toda a história, mas eu ficava irritada com a troca de tempo, num momento estava perto do futuro, e de repente, no próximo capítulo já voltava pro passado.
Mas tirando isso é uma história muito interessante! Adoro como ele retrata a personagem principal, ela era uma pessoa muito egoísta e maldosa, por motivos rasos, eu ficava furiosa com as atitudes que ela tomava, e triste também por que Liz não conseguia parar com aquilo, além de acabar com o psicológico das pessoas ela também detonava o seu mesmo.
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Leticia 21/02/2021

Toca na ferida
Eu gostei muito desse livro, pela forma que foi abordado o suicídio e os problemas da adolescência , no início achei meio confuso a divisão de tempo mas depois me acostumei com essa forma do livro.
Enfim gostei bastante e achei bem tocante
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Mokumura 28/02/2021

Eu fiquei um pouco perdida na narração no começo, mas isso torna esse livro, de certa forma, especial. Não posso negar que fiquei um pouco angustiada ao chegar ao último capítulo e não ter um desfecho claro, abençoados sejam os epílogos reveladores.
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a world to read 09/09/2017

Liz Emerson decide que vai morrer. Ela decide que vai colocar fim a sua existência em uma dia muito específico, e cabe a nós acompanharmos os dias que precedem a esse fato. Uma narrativa que vai e volta no passado, mostrando que Newton estava certo quando diz que toda ação tem sua reação. Liz, mais do que qualquer um, parece entender que tudo deixa a sua marca.

"É difícil mentir quando a verdade está morrendo na sua frente."

A angústia e o desespero podem ser ingredientes poderosíssimos para uma pessoa com problemas como ansiedade e depressão. Liz é atenciosa aos detalhes do planejamento de sua morte e coloca a física em ação para que seu acidente consiga alcançar aquilo que deseja no seu íntimo. Não há mensagens, ela só quer que pare. Ela só quer deixar de existir.

Resenha completa em:

site: http://aworldtoread.com/2017/06/23/quando-tudo-faz-sentido-amy-zhang/
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lays 25/05/2021

Um bom livro
realmente gostei da estória e da forma como as coisas foram se desenrolando mesmo que possa parecer confuso e embora as vezes soando repetitivo, achei a narrativa importante, era algo que eu precisava ler e pode ser importante para outras pessoas também, o livro têm problemas e bastante gatilhos, mas no geral gostei da mensagem que foi passada, achei os personagens com uma construção legal, na minha opinião, é um livro que vale a pena
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Bela Lima 31/07/2017

(...) em nenhum momento, você vai ler que Liz não teve culpa, porque ela teve. Liz é culpada, mas também é inocente.
Liz Emmerson sofre um acidente de carro e é levada para o hospital em estado crítico. Entrando e saindo de várias cirurgias, ninguém acredita que a bela e invencível Liz pode morrer a qualquer instante.

E ninguém sabe que o acidente não foi tão acidental quanto acham, mas uma tentativa de suicídio, todavia, apesar das muitas pessoas ali no hospital, esperando uma resposta, muitos não se importariam, porque Liz era amada e odiada e, para muitos, não faria diferença.

"Ela morreria, e talvez todo mundo esquecesse que ela sequer tinha vivido. (...) E não vou esquecer. Prometo a ela o que ninguém mais pode prometer. Prometo a ela, sempre."

Não existe muita coisa na sinopse do livro, apenas que Liz é popular, tem uma vida invejável (será?) e que decide que vai morrer num "acidente" de carro, mas que nada sai como esperado quando Liam, um garoto que ela despreza, a resgata - e, bem, essa sinopse não chega nem perto de descrever a história.
Qualquer um que leia isso vai pensar (eu pensei), que era uma história romântica, mas não é, esse não é o foco. Sim, Liam é apaixonado por Liz, mas teve um momento que a odiou, todos já tiveram esse momento com Liz Emmerson, mas ele a perdoou.

Ela não.

Liz não era uma pessoa boa, ela fez muitas coisas ruins e sabia disso e queria não fazer, entretanto ela não podia parar. E ela se culpa. E ela não quer mais isso. E ela queria que tudo parasse. Que o mundo parasse. Que ela parasse. Ela decide se parar.

"(...) tentou pensar em um motivo para seguir em frente. Não conseguiu. Porém conseguiu pensar em mil razões para desistir."

Num dia, três semanas antes da morte do seu pai, Liz decide que vai morrer, que vai fazer tudo parecer um acidente, e que vai ser no dia que o seu pai morreu também , porque assim será só um dia triste para sua mãe, porque, se ela não pode ser uma pessoa boa, se não pode mudar, ela também não precisa continuar prejudicando os outros.

Contudo Liz se deu uma semana antes de desistir de vez, para tentar ver se ela não podia mudar mesmo, se ela não podia ser melhor, mas... não conseguiu. Não valia a pena. Ela não valia a pena.
Liz acredita que não.

"Algumas pessoas morriam porque o mundo não as merecia.
Liz Emerson, por outro lado, não merecia o mundo."

Quando você ver uma história sobre bullying, você percebe como a pessoa que é o alvo não é forte, não se acha forte o bastante para fazer isso parar, mas o contrário também acontece. E isso foi o que eu achei interessante e inovador no livro, porque não é sobre quem sofre, é sobre outra vítima, quem pratica também é uma vítima. Liz foi uma vítima. De si mesma. Dos outros. Da vida. E ela não quer mais ser. Ela não quer mais fazer os outros se sentirem mal. Ela quer acabar com tudo e ela decide acabar consigo. Ela decide acabar com a causa para que não haja uma consequência. Ela decide que não merece viver e que precisa fazer algo bom uma única vez na sua vida, e que esse "algo bom" vai ser morrer.

"Fique viva.
Mas ela não quer ficar. Ela não quer ficar.
Tento me lembrar da última vez em que ela foi feliz, de seu último dia bom, e demoro tanto para procurar em meio às outras lembranças, as infelizes, as vazias e as perturbadas, que é fácil entender por que ela fechou os olhos e virou o volante para o lado.
Porque Liz Emerson guardava tanta escuridão dentro de si, que fechar os olhos não fazia muita diferença."

O ponto alto da história é a narração, porque você não sabe quem está narrando e você quer descobrir - você quer saber se é alguém real, vivo; ou talvez seja um amigo imaginário; ou talvez um anjo da guarda; ou talvez... talvez seja a Morte, acompanhando Liz até aquele momento, vendo todas as suas escolhas (sim, eu pensei que fosse a morte e... surpresa!).

Mas, em nenhum momento, você vai ler que Liz não teve culpa, porque ela teve. Liz é culpada, mas também é inocente. Somos todos inocentes, somos todos culpados (talvez alguns mais do que outros), mas estamos tentando e não podemos parar de tentar, porque ser uma pessoa boa é uma escolha e não acredite no contrário, e é difícil - se não fosse todos seriam.

E, não importa de qual lado esteja, você precisa pedir ajuda. Você pode pedir ajuda. Sim, você é forte. Sim, você pode lidar com isso. Mas você não está sozinho. Pedir ajuda não é sinal de fraqueza, não vai torná-lo fraco. Mas admitir que não é tão forte quanto todos acreditam, que você mostra que é? Vai fazê-lo forte. Vai ajudá-lo a ter o que se agarrar. Vai tornar claro que você não está sozinho.

"Eu a vi tentar enfrentar seus medos sozinha, orgulhosa demais para pedir ajuda, teimosa demais para admitir que estava com medo, pequena demais para combatê-los, cansada demais para escapar.
Eu observei Liz crescer.
Você ainda tem a mim."

A capa é linda e não tenho vergonha de dizer que foi a primeira coisa que me chamou atenção (capa serve para isso). É um carro que sai da pista, que cai, e tem um monte de fórmulas de física, porque foi assim, durante a aula de física, falando sobre as Leis de Newton, que Liz decidiu morrer. E tem uma mão que segura o carro - o narrador onisciente? E a misteriosa frase "não existe acidente"... Por que o acidente não foi um acidente? Porque toda ação gera uma reação e então nada é acidental?

Outra coisa misteriosa é o titulo "quanto tudo faz sentido", além de ser irônico, porque nada nunca faz sentido. Não tem um momento que tudo faz sentido, existem momentos que algumas coisas fazem sentido, mas não tudo. E Liz percebe isso quando gira o volante e está capotando e não morre de imediato, tudo faz sentido... as coisas não são tão simples.
A vida não é tão simples.

"A vida é mais que causa e efeito.
As coisas não eram tão simples assim.
Naquele momento, tudo se encaixou.
E Liz Emerson fechou os olhos.
Pisou no acelerador."

O livro aborda vários temas sérios, como aborto, bulimia, e, é claro, suicídio, de forma crua e direta e ainda sim poética - não tem como não ser por causa do narrador. E o livro é lindo. A história é triste, não me entenda mal, mas o livro é lindo. Eu adorei ele.

site: http://sougeeksim.blogspot.com/2017/07/resenha-quando-tudo-faz-sentido.html
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LOHS 26/06/2017

Uma história mais leve do que o esperado
Quando Tudo Faz Sentido me chamou a atenção durante o lançamento por tratar sobre temas - como suicídio, bullying, bulimia, drogas, aborto e relacionamentos - que, na minha opinião, precisam ganhar um espaço muito maior entre as pessoas.

Este é o primeiro livro da jovem Amy Zhang, uma chinesa que cresceu no Estados Unidos e que um dia resolveu começar a contar as histórias de seus amigos imaginários (que a tornaram uma jovem autora conhecida internacionalmente, por sinal).

O título conta, em uma narrativa alinear, a história de Liz Emerson e seus colegas no colégio Meredian. Narrado por um personagem onisciente e misterioso - que se apresentará apenas no final da história -, conhecemos a fundo todos os segredos que as pessoas pensam guardar tão bem. Mas no cerne de tudo está Liz Emerson e seu trágico destino.

Liz Emerson é considerada a garota mais popular do colégio Meridian High. Ela vive namorando e terminando com um garoto popular, suas melhores amigas são populares e ela vai bem em quase todas as matérias - com exceção de física. Ela parece viver o sonho de toda garota americana, mas a verdade não é bem assim.

Liz perdeu o pai quando ainda era muito jovem e sua mãe é ausente em sua vida (sempre viajando a trabalho). Sendo assim, ela é uma pessoa extremamente solitária. Ela vive uma relação complicada com o namorado Jake Derrick, o popular jogador de futebol americano que saí com todas as outras meninas pelas costas de Liz. Ela ainda tem uma relação nada saudável com a bulimia. E, para finalizar, ela fica bêbada inúmeras vezes apenas para deixar de sentir a solidão e a tristeza que a acompanham desde sempre. Além de trair o namorado com garotos que serão esquecidos assim que a ressaca passar. Mas o que a deixa em pior estado - pior que todos os fatos que citados acima - é saber que ela destruiu a vida de muitas pessoas, ou que ela pensa que destruiu.

Sendo assim, é óbvio perceber que ela está caminhando em uma depressão cada vez mais profunda e toda vez que tenta pedir algum tipo de auxílio (seja da mãe ou do orientador da escola), as pessoas simplesmente não a compreendem e ela não é capaz de realmente expressar tudo o que está sentindo. Liz se culpa por todas as maldades que machucaram outras pessoas. Ela se culpa por algumas de suas atitudes que acabaram tendo consequências ruins outras pessoas, incluindo as pessoas que ela mais ama - como seu pai e suas melhores amigas, Julia e Kennie.

Depois de mais uma grande briga com o namorado e a realização de que está destruindo a vida de todos, Liz resolve se matar. Mas ela não quer que pareça de fato um suícidio. Então ela planeja um grande acidente de carro em meio a temporada de neve que tiraria sua vida. Para poupar a mãe, ela faria no mesmo dia da morte de seu pai - assim a mãe teria apenas uma data triste no ano.
Mas, como eu disse antes, física era a única matéria que Liz não ia bem e seu terrível acidente não resultou em sua morte imediata.

"Tento me lembrar da última vez em que ela foi feliz, de seu último dia bom, e demoro tanto para procurar em meio às outras lembranças, as infelizes, as vazias e as perturbadas, que é fácil entender por que ela fechou os olhos e virou o volante para o lado. Porque Liz Emerson guardava tanta escuridão dentro de si, que fechar os olhos não fazia muita diferença."
p. 21

Liam é um estudante que é secretamente apaixonado por Liz. Ele já a odiou uma vez - afinal, praticamente todos já a odiaram alguma vez -, mas Liam a perdoou e voltou a se apaixonar por ela. Infelizmente ele nunca teve coragem de se declarar e talvez nunca tenha essa chance. Isso porque é Liam quem encontra o carro de Liz e chama a emergência, é ele quem passa horas e horas no hospital em busca de notícias até a polícia, a mãe de Liz e as melhores amigas dela cheguem também.

Mônica Emerson é uma mulher que nunca soube como ser mãe. Seu marido é quem criava Liz quando pequena e, depois de sua morte, a garota se criou praticamente sozinha. Mas agora sua filha pode morrer no mesmo hospital que nasceu e ela simplesmente não sabe como lidar com isso.

Julia é a melhor amiga de Liz. Embora Julia seja extremamente inteligente - cursando aulas avançadas para o colégio -, ela tem um problema com drogas que foi iniciado por Liz, uma das maiores culpas que a garota carrega.
A outra melhor amiga de Liz e Julia é Kennie, uma garota que nasceu e cresceu na pequena cidade em que vivem e recentemente ficou grávida do namorado (que vive traindo a menina com qualquer outra garota da cidade). Foi Liz quem levou Kennie até a clínica de aborto e depois não soube como lidar com a situação. Outra grande pedra no muro de lamentações de Liz Emerson.

Ao longo desse livro vamos acompanhar o resgate de Liz e todos os momentos marcantes na emergência do hospital. E, ao mesmo tempo, será revelado todos os segredos de todos os personagens presentes ali. Vemos o que as pessoas mostram em público, mas nosso narrador secreto também nos conta o que eles escondem por dentro.
Se Liz sobreviverá ou não a esse “acidente” só dá para saber ao fim da história, mas mais importante que isso é a jornada de vida da garota que a levou a tomar tal atitude.

"Liz Emerson tinha causado muita tristeza em sua vida curta e catastrófica, e ninguém nunca fizera nada a respeito.
Ela não percebia que a reação igual e oposta era a seguinte: todas as coisas terríveis, cruéis e escrotas que Liz já fizera tinham voltado para ela."
p. 270

Particularmente confesso que não sabia muito o que esperar de Quando Tudo Faz Sentido, mas gostei do que vi. A autora joga a verdade sem filtro do que acontece com muitos jovens nessa fase. Armadilhas, traições, culpa, tristeza, doenças, vícios. E o pior de tudo: falta de comunicação. Os adolescentes não sabem como pedir ajuda. Não sabem conversar ou se abrir de verdade para dizer o que estão sentindo. Talvez seja por isso considerada uma das fases mais difíceis da vida.

Li uma resenha na qual a pessoa diz que odiou Liz Emerson por ela ser ruim. Mas eu não senti isso, talvez seja por já estar ficando velha, mas o que vi foi uma garota perdida. Uma menina que queria se encaixar de qualquer forma - mesmo que para isso precisasse magoar outras pessoas. O problema de Liz é que ela entrou em uma corrente de culpa tão grande que não consegue sair. Culpa por não conseguir ser diferente, pela morte do pai, pelo vício de Julia, pelo aborto de Kennie e por inúmeras outras coisas que aconteceram com Liam e outros personagens do livro.
Liz tentou pedir ajuda, mas ela não sabia como se expressar e as pessoas ao seu redor não perceberam os sinais - talvez por estarem todos envoltos de seus próprios problemas.

Enfim, Quando Tudo Faz Sentido é um livro mais leve do que esperava - comparando com todos os temas discutidos nele - e não dá detalhes sobre muitos dos problemas apresentados, tratando-os de forma superficial. Mas é uma história envolvente que deixa o leitor querendo saber se Liz irá sobreviver, como foi que ela chegou ao ponto de querer se matar e quem é esse narrador misterioso que sabe tudo da vida de todos (essa última curiosidade, porém, é fácil de se descobrir se prestar atenção em todas as histórias que o narrador viveu com Liz).

Recomendo esse livro para todos que queiram uma leitura mais tranquila que deixa algumas reflexões sobre a vida e o modo de viver.

"Sua respiração prendeu na garganta. Ela deu um passo para trás e olhou o quarto, e uma sensação estranha surgiu dentro dela. Isso sempre acontecia quando ela olhava coisas despedaçadas: uma necessidade de se abaixar e de recolhê-las. Ela queria consertá-las, torná-las inteiras novamente.
No entanto, não era capaz disso, então se sentou no meio do quarto com todos aqueles fragmentos espalhados ao redor e fez um pedido.
Queria que segundas chances existissem."
p. 156

site: http://livrosontemhojeesempre.blogspot.com.br/2017/06/quando-tudo-faz-sentido.html
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