Ana Luiza 18/06/2017
A HISTÓRIA
Melodia Mortal se divide em 8 capítulos. Em 6 deles acompanhamos investigações do mais querido detetive inglês, Sherlock Holmes, narradas por ninguém menos que seu fiel amigo, o médico John Watson. Contudo, Melodia Mortal traz casos desconhecidos do sagaz detetive, investigações que, pelos mais diversos motivos, levam Holmes e Watson a repensar as misteriosas mortes de célebres compositores da música clássica. E, no final de cada capítulo, acompanhamos os encontros da Confraria dos Médicos Sherlockianos em Londres, um grupo de médicos brilhantes dos tempos atuais, que, a partir dos contos recém-descobertos e inéditos de Holmes, discutem também a morte dos 6 gênios da música.
Após apresentações de Watson no capítulo 1, acompanhamos as divagações de Holmes, no capítulo 2, sobre a morte de Vincezo Bellini, um italiano, compositor de óperas famosas, como a “Norma”, e que, como o caso mais recente do detetive inglês, teria morrido por envenenamento. No capítulo seguinte, o assassinato de um Lord inglês que colecionava partituras originais de obras famosas leva Sherlock a indagar se o pianista polonês, Frédéric Chopin, autor de composições como a “Polonaise Heroica”, teria realmente sido arrebatado por uma tuberculose.
No capítulo 4, chega vez de Mozart. Ao investigar o desaparecimento de uma jovem e adorada cantora de ópera russa, Holmes e Watson acabam debatendo se o compositor austríaco imortalizado com obras como a ópera “Flauta Mágica” teria sido mesmo envenenado por Antonio Saliere, outro músico famoso da época, que supostamente tinha grande inveja de Mozart. Depois, somos levados para o mistério do compositor russo que deu para a humanidade o belíssimo balé “Quebra-Nozes”. Nesse conto, do capítulo 5, Sherlock é contratado para encontrar o filho desaparecido de um Lorde. E, desvendando a vida dupla do jovem herdeiro, o detetive inglês e seu amigo relembram a conturbada vida de Tchaikovsky e se ele teria mesmo morrido de cólera ou se foi levado ao suicídio por aqueles que o condenavam por ser homossexual.
No capítulo 6, encontramos Holmes e Watson em Viena, já no final do século 20. E, estando tão perto da Alemanha, acabam relembrando a vida de Robert Schumann, um compositor alemão, e indagando porque ele teria se atirado no rio e se sua tentativa de suicídio, que o levou a ser internado, foi o prelúdio para sua morte. Enquanto ainda imaginavam o que se passava na cabeça de Schumann, os detetives ingleses acabam se encontrando com ninguém menos que Freud e investigando, junto dele, a misteriosa morte do irmão de um barão austríaco.
“- Para Beethoven, música era liberdade, era um bem supremo.” Pág. 230
E no 7º capítulo, é dado a Holmes a missão de encontrar a amante desaparecida do rei, uma bela cantora que faz o detetive tentar desvendar também a morte do grande Beethoven, que continuou compondo mesmo quando ficou surdo e cuja morte causou grande controvérsia. No capítulo seguinte, nos despedimos dos já idosos amigos detetives, que, em sua morada no 221B da Baker Street, relembram todas as suas emocionantes e malucas aventuras.
CONCLUSÕES FINAIS
Melodia Mortal é uma bela mistura de suspense e música, e vai deliciar tanto os fãs de Sherlock Holmes, quanto os apaixonados por música clássica e obras do Pedro Bandeira. Com uma narrativa fluída e divertida, esse livro nos entrega boas investigações e indagações sobre desaparecimentos e assassinatos, assim como sobre o fim da vida de vários gênios da música. Intrigante de muitas maneiras, Melodia Mortal é uma leitura rápida e gostosa, contos de suspense com o incrível detetive inglês, Sherlock Holmes, e seu amigo fiel, John Watson, que acabam nos ensinando muito sobre a história da música clássica. Eu adorei o livro e estou curiosa para ler mais obras similares do Pedro Bandeira.
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