spoiler visualizarMonica Monte 01/03/2018
Outro ótimo livro da autora. O segundo da série Tony Hill & Carol Jordan.
Não gostei do começo, porque eles estão trabalhando em departamentos diferentes. O Tony finalmente conseguiu criar uma Força-Tarefa de Criação de Perfis Criminais e ele até queria que a Carol Jordan fizesse parte da equipe, mas devido ao relacionamento mal resolvido entre eles, a Carol optou por aceitar ser inspetora-chefe em Bradfield.
Porém, por causa dos dois casos que ambos estão trabalhando, eles acabam juntando forças para resolvê-los. É legal perceber que, apesar de toda a tensão devido à situação mal resolvida entre os dois, eles sabem que podem contar sempre um com o outro, pelo menos profissionalmente.
Mas vamos a eles: a Carol assume a chefia da Polícia Metropolitana e se depara com alguns incêndios aparentemente acidentais, mas ela consegue perceber que talvez seja criminoso e busca a ajuda do Tony para traçar o perfil do incendiário. O grande problema é conseguir convencer tanto a polícia quanto o Corpo de Bombeiros, a respeito da veracidade desse perfil.
Tanto ela quanto o Tony estão numa situação muito delicada, pois os dois estão recomeçando, e apesar da competência comprovada dos dois, eles ainda não têm toda a confiança das suas respectivas equipes.
Quanto ao caso do Tony, ele está treinando os policiais que fazem parte da força-tarefa, para que eles possam fazer perfis criminais. Ele passa um exercício à sua equipe, não deixando claro se é só um exercício ou se são casos não resolvidos.
Uma das policiais, Shaz Bowman é a mais ambiciosa e por isso, mais determinada. Ela estuda com afinco os casos e chega à conclusão que se trata do Vance, um ex-esportista que perdeu o braço direito em um acidente. Não é spoiller, porque desde o começo sabe-se que ele é o psicopata. Quando ela expõe a sua opinião, ninguém acredita nela, mas ela sabe que está certa e vai confrontar o Vance, o que acaba sendo fatal para a personagem.
Após essa tragédia, a equipe acaba comprando a ideia da Shaz, tarde demais, eu diria, mas querem fazer justiça à policial morta. O problema é que eles encontram muita resistência dentro da polícia para investigar o caso e como se tratava de um exercício, eles não têm autonomia para fazer a investigação por conta própria. Nesse momento, o Tony procura a Carol, mas ela nem é daquela jurisdição. Mesmo assim, eles começam uma investigação por baixo dos panos.
O grande mote do caso é esse: conseguir as provas para incriminar o Vance e ainda conseguir convencer a polícia a acreditar neles, uma vez que o Vance é visto como um herói por todos: o cara que veio de baixo e por uma fatalidade não conseguiu mais competir e que depois disso passava o tempo fazendo caridade e visitando pacientes terminais para levar alegria a eles (#nojo). Além disso, ele é casado com uma jornalista de projeção nacional, que também é a queridinha do público.
Só não dei 5 estrelas, porque o final deixou muitas pontas soltas. Tanto o caso do Tony quanto da Carol, não deu para ter certeza se eles conseguiram provar que estavam certos. E o que desanima é que não parece que a editora Bertrand vá publicar os outros livros da série, que talvez mostrasse o que aconteceu.
Dos 10 livros da série publicados, no Brasil só foram publicados 2 e para se ter uma ideia o primeiro é de 1995 e o segundo é de 1997. Só posso lamentar...