alicia 12/03/2023
I'm on my vigilante shh again
Eu estava afim de ler um livro com uma nacionalidade diferente, já que eu sempre só leio livros brasileiros, ingleses e estadunidenses, eis que me deparei com esse livro, a sinopse já me chamou muita atenção, e a autora é japonesa, então decidi dar uma chance. O livro apesar de curto, tem muitas camadas e é bem aprofundado, ele tem um estilo diferente de narrativa, com capítulos longos. Cada capítulo é a visão de um personagem envolvido na história, então o capítulo acaba sendo um monólogo ou uma carta, pode acabar ficando massante para alguns, mas eu achei bem interessante, pq o capítulo acaba sendo como se fosse uma história a parte, com começo meio e fim, inclusive, o livro poderia acabar no primeiro capítulo que já teria sido icônico. Cada capítulo mostra a visão de um personagem sobre o que acontece na história, então pode acabar sendo um pouco repetitivo.
Gostei muito da escrita da autora, ela é sutil e ao mesmo tempo agressiva, e cada final de capítulo entrega um plot twist!! Eu achei bem legal observar a cultura japonesa e alguns costumes/ações que pra gente pode parecer um pouco fora da realidade, mas que é comum em outras culturas. Gostei muito da história e das reviravoltas, achei tudo bem trabalhado e aprofundado apesar de ser uma história curta. Todos personagens são desprezíveis (menos a criança) mas apesar disso você consegue entender suas motivações quando veem o seu lado história (o que não justifica as ações, lógico). Acho que o assunto principal dessa história é o ciclo de violência, e quando esse ciclo não é quebrado e tratado, continuará destruindo tudo através da vida das pessoas. Achei um pouco caricato a forma que é tratado o HIV, mas talvez seja a forma que a cultura japonesa vê a doença.