lecofaria 21/10/2020
Piano Vermelho, de Josh Malerman
Confesso: li mais Piano Vermelho por curiosidade por qualquer outra coisa. O livro Caixa de Pássaros, do mesmo autor, foi uma das boas surpresas que tive no ano passado e, quando soube que já tinha livro novo dele pelo Brasil, quis conferir. Mas, se o livro não é totalmente esquecível, é bem menos interessante que o anterior.
Ex-ícones da cena musical de Detroit, os Danes estão mergulhados no ostracismo. Sem emplacar nenhum novo hit, eles trabalham trancados em estúdio produzindo outras bandas, enchendo a cara e se dedicando com reverência à criação ? ou, no caso, à ausência dela. Uma rotina interrompida pela visita de um funcionário misterioso do governo dos Estados Unidos, com um convite mais misterioso ainda: uma viagem a um deserto na África para investigar a origem de um som desconhecido que carrega em suas ondas um enorme poder de destruição. Liderados pelo pianista Philip Tonka, os Danes se juntam a um pelotão insólito em uma jornada pelas entranhas mortais do deserto. A viagem, assustadora e cheia de enigmas, leva Tonka para o centro de uma intrincada conspiração. Seis meses depois, em um hospital, a enfermeira Ellen cuida de um paciente que se recupera de um acidente quase fatal. Sobreviver depois de tantas lesões parecia impossível, mas o homem resistiu. As circunstâncias do ocorrido ainda não foram esclarecidas e organismo dele está se curando em uma velocidade inexplicável. O paciente é Philip Tonka, e os meses que o separam do deserto e tudo o que lá aconteceu de nada serviram para dissipar seu medo e sua agonia. Onde foram parar seus companheiros? O que é verdade e o que é mentira? Ele precisa escapar para descobrir.
Premissa interessante, né? E, nela, Josh Malerman inclui uma pegada religiosa, filosófica e improvável. Com o passar das páginas, depois de muita enrolção (sério, teve momentos em que eu tinha certeza que o autor tinha escrito aquele capítulo porque não sabia o que fazer), quando finalmente é revelado o "mistério" você fica com cara de "jura?".
Um livro pretensioso. Apenas.
Terminei a Leitura em: 02/02/2018
Cotação: 2 estrelas em 5