A Zona Morta

A Zona Morta Stephen King




Resenhas - A Zona Morta


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Gio 30/04/2021

Muito enrolado
A história é sobre Jhonny, um professor, que depois de um acidente fica anos em coma e quando ele finalmente acorda, além das sequelas físicas, ele adquire habilidades digamos que "sobrenaturais" que ao tocar as pessoas ele pode sentir coisas, e até mesmo ver o futuro.

O problema é: até essa grande sinopse prometida acontecer, tem MUITA enrolação, muita mesmo. Os primeiros 20% são a vida dele antes e durante o dia do acidente, aí só lá quase na metade do livro a gente descobre dessas habilidades dele. Só começa a ficar legal aos 62% quando ele é chamado pra investigar um caso pra policia, mas até esse momento que é a parte mais legal do livro dura apenas alguns capítulos, depois volta pra monotonia.

Os personagens não me cativaram, a primeira metade é muito lenta, não tem nada muito grandioso na história e me decepcionei bastante.
hugodiana 30/04/2021minha estante
Nossa ia ler de próximo, já vou deixar pra ler mais pra frente kk


Gio 30/04/2021minha estante
tá dividindo opiniões no grupo da LC


lia.germano.7 08/05/2021minha estante
Sendo que a vida do pobre do Johnny é uma infelicidade só Kkkkkkk




Gabriela 18/12/2023

A Zona Morta se tornou, provavelmente, meu livro favorito de Stephen King. Com uma pegada diferente de It ou Carrie, é um livro com muito mais suspense do que terror, além de mais honesto e crível nas relações humanas. Recomendo!
edilsonjoaquim 12/01/2024minha estante
amg, tava vendo umas resenhas e o povo fala que tem MUITA enrolação, mais que o normal do King, você também achou?


Gabriela 19/02/2024minha estante
Tem sim, especialmente na primeira metade, que segue uma linha bem introspectiva em tudo. Acho que por ser um livro de menos ação do que os demais do King. Mas ainda assim, acho que vale muito a pena!


edilsonjoaquim 20/02/2024minha estante
Sim, sim, estou quase acabando e estou amando, é muito bom, ansioso pelo final!




Nicolas 20/03/2023

Mais uma vez, King..
O livro já te prende logo nas primeiras páginas, tanto o personagem principal quanto as coisas que vão acontecendo ao redor, é tudo tão bem construído, o King tem um jeito incrível de escrever e sou apaixonado pelo escrita dele. Muito envolvente e história bem legal. Só fiquei meio assim com aquele final, esperava algo mais, mas entendo que pra construção do personagem tinha que ser assim. Genial King, genial!
Sabrina 21/03/2023minha estante
Adoro King


Nicolas 21/03/2023minha estante
eu amo ele




08/02/2021

O livro no começo empolga muito, depois fica lento e melhora muito no final. Que final!
Gustavo Gontijo 03/08/2022minha estante
Humm parei de ler nessa parte que fica lento! Kkk.. já que melhora muito vou voltar a ler!


04/08/2022minha estante
Não desista! Hahahaha




Rayane Lau 27/01/2021

Que tiro foi esse?
Gente que livro perfeito, meu sétimo livro lido do King, e já esta no meu top 3 como melhor livro do mestre, mas também no meu top "livros da vida".
A construção do livro (como dito nas próprias notas) é muito semelhante a Carrie e O Iluminado, mas acompanhando a história de Johnny que após um acidente na infância ele começa a ter algumas, eu diria premonições e visões do passado, presente e até do futuro das pessoas, e isso se intensifica bem mais, na fase adulta quando sofre um acidente de carro que o leva ao coma. Ao acordar acaba se tornando público e atraindo todas as mídias e atenção das pessoas que esperam usufruir desse poder (ou maldição).

É difícil eu não me emocionar com algum livro, mas mesmo assim, esse romance me destruiu, e espero não me enfiar em uma ressaca literária, mas não digo nada sobre tomar umas geladas para esquecer hahahaha ?
Deivison.Nobre 01/04/2021minha estante
Esse foi meu primeiro livro do King ? li em agosto de 2015 ?, e quando terminei a leitura, fiquei uns dois dias deprimido, aéreo, sem querer ver ninguém. Me apeguei ao protagonista, e após a cena final eu fiquei esquisito.


Rayane Lau 01/04/2021minha estante
Sim, a gente se apega, pq a gente meio que vê ele sofrendo o primeiro acidente na infância, ele se apaixonando pela namorada, ele sofrendo o acidente. E depois se recuperando dos anos de coma, e ai então temos aquele final. Eu não sei como não entrei de ressaca hahhhah mas foi um livro favoritado!




Lucas.Costa 12/07/2018

Episódico e sem muuuuita motivação
Alternei entre momentos de muita empolgação e momentos de querer pular várias páginas... no fim tive a sensação da leitura de 3 episódios de uma estória maior onde perdi alguns detalhes.

ENREDO

o livro começa muito bem, as interações entre Sarah e Jhonnie são excelentes e eu não entendi o pq de serem tão pouco exploradas. Cada capítulo em que os dois apareciam eu torcia pra não acabar mais...
Tirando os 4 maiores capítulos do livro, onde toda a ação se concentra, o livro é arrastado e estranho! O autor constrói subtramas as quais não procura resolver, um dos núcleos de ação, apesar de ser muito bom e divertido, não tem conexão alguma com a estória, vem, vai e não muda nada no escopo central. Seria como um filler legal de um anime.
Eu também terminei o livro sem um objetivo claro em mente, qual o escopo do livro? Por isso o descrevi como episódico. Ele não apresenta uma clara ideia de seus objetivos apenas descreve uma série de eventos que se perde um pouco....
O desfecho é bem legal, mas não é tenso, pois o caminho que leva até ele é raso e desinteressante.

PERSONAGENS

Como já descrito, gostei bastante dos protagonistas as interações entre eles são muito boas, o período que Jhonnie está desacordado é excelente e atiça muito a curiosidade para saber como estarão as coisas quando ele acordar...
O antagonista é estranho demais! Não é construído. Ele aparece em alguns capítulos, tem algumas descrições e pá, já está lá pra "ser detido". Sem porque, sem pra que...

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Me diverti muito em alguns capítulos, me frustrei em outros. King é dono de uma escrita magnífica, mas a linha narrativa deste livro não me agradou tanto! Acho que ele tinha uma ideia muito boa, se tivesse focado em um só algoz e o construindo de maneira mais completa, com certeza seria melhor. Mas com a ideia de resolver ao longo da trama 3 problemas, faltou tempo para o principal deles...
Fabiano 13/07/2018minha estante
Ah, cara! Gostei muito desse livro. É um dos meus preferidos dele. Acho interessante como a clarividência do protagonista o leva ao limite no final graças a uma ideia q o perturba: Se pudesse voltar no tempo e matar Hittler você o faria?. Já li umas duas vezes.


Lucas.Costa 14/07/2018minha estante
Tem muita coisa boa nele, eu só esperava um enredo mais novela que episódico, mas é um bom livro sim! Excelentes debates são levantados! Quanto a Hitler, seria melhor impedir que o mesmo nascesse né kkkk




Carol Nery 06/02/2023

Johnny Smith é o cara
Johnny, um nome tão comum para uma personagem diferenciada. Ele tem uma espécie de Iluminação? Muito provavelmente. O rapaz Smith tinha bagagem para uma obra sobre ele, a vida dele, e o que ele faz para ajudar os outros.
Só acho que a parte política é chata, arrastada e tendenciosa. Ele, Johnny Smith, merecia algo melhor.
Gleidson 07/02/2023minha estante
Taí um livro do King que ainda tenho vontade de ler.


Carol Nery 07/02/2023minha estante
Essa foi uma releitura pra mim. Tinha um tempo que queria ler de novo. Foi para debater com um grupo de amigos.




Romulo.Fergutz 20/01/2023

quando vc pode ver o futuro e ao invés de usar para ganhar na loteria, decide usar para matar político vagabundo
Elisângela 02/02/2023minha estante
Eu li esse livro umas quatro vezes kkkkk


Romulo.Fergutz 03/02/2023minha estante
Cara, fazia tempo que eu não dava 5 estrelas para um livro do King, esse eu amei demais




Reinaldo.Souza 05/06/2021

Ter um poder psíquico pode ser sorte ou azar. Você escolhe!
John Smith acorda, quatro anos e meio depois, de um coma causado por um acidente de carro que aconteceu quando ele estava voltando para a casa após um encontro com sua namorada.

Se já não bastasse precisar lidar com um mundo completamente novo, John descobre que acordou diferente, com um dom. Agora com um toque de mão, ele consegue ver mais sobre as pessoas do que elas mesmas. Passado, presente e futuro. Tudo em um só toque.

O mundo parece considerar esses poderes um dom, mas John logo percebe que na verdade é uma maldição. E como se diz mesmo? Com grandes poderes, vem grandes responsabilidades hahahaha

Johnny é um cara bem legal e confesso, que um dos motivos de eu ter gostado mais desse livro do que eu deveria, foi por ele, foi por me compadecer por ele ter acordado de um coma todo ferrado, foi por sofrer junto com ele pensando nas coisas que poderiam ter sido, foi por ele estar confuso tentando lidar com esses novos poderes que não são tão novos assim.

A Zona Morta não é o pior livro do King para mim, mas está longe de ser um dos melhores. Achei que vários plots poderiam ter tido um desenvolvimento melhor. Os outros personagens são só qualquer coisa e confesso que nem alguns nomes eu consegui gravar de tão irrelevantes.

Aqui o King fala um pouco também de religião, vários questionamentos que eu achei interessante de ler. O dom de Johnny veio de Deus? Ele acordar de um coma foi um milagre divino?

E aqui também temos um político com discursos feitos para conquistar a grande massa, mas que na verdade, é um lixo e que se for candidato, só vai fazer merda, mas mesmo assim ganha votos. Sim, King previu o futuro do Brasil sem nem ao menos tentar.

O livro conseguiu me emocionar em vários momentos e só por isso eu já não consigo dar uma nota baixa, porém algumas expectativas minhas não foram alcançadas.
Campos 05/06/2021minha estante
Ah eu também tive a mesma impressão sobre o Brasil ?


Reinaldo.Souza 05/06/2021minha estante
Não tem como não associar ???




Afreitas 09/05/2021

Bora melhorar os finais, né King
Não sei muito bem se vou manter essa nota, se vou aumenta-la ou diminuir meia estrela. Comecei o livro esperando uma coisa e me deparei com algo completamente diferente, o que de fato não foi de todo ruim. O livro tem uma premissa muito interessante mas com um final ruim, infelizmente é a verdade.
Afreitas 10/05/2021minha estante
16 horas e ainda não superei o final


Jordy- twitch.tv/viajantedocosmos 13/08/2021minha estante
Eu já desde o começo do livro só pensava que o final ia ser aquele, já que não conseguia visualizar um diferente que se encaixasse de forma coerente.




Eduarda Veloso 23/06/2022

Para tudo existe uma primeira vez
Logo nas primeiras páginas da leitura, a sensação que tive foi que estava lendo mais uma obra prima do mestre Stephen King. O casal Johnny e Sarah, a feira, os primeiros momentos de paranormalidade, o acidente, a fé doentia e prolemática de Vera... Enfim, os inúmeros acontecimentos que deixam 100% presos na história. King, como sempre, descritivo e prolixo na quantidade certa - sem poupar nenhum detalhe e sem deixar pontas soltas.

A medida em que novos personagens vão chegando na história, as coisas passam a tomar outros rumos. O passado e a violência de Dodd, o fazer político de Greg, os desencontros com Sarah e a aceitação da paranormalidade de Johnny. Tudo isso ao mesmo tempo, acabou tornando a história um pouco confusa. Acredito que, se King tivesse focado em desenvolver o embate/encontro de apenas 2 personagens (Johnny e Greg ou Johnny e F. Dodd), além das ramificações com outros personagens como Chuck, Herb e Sam, a história teria sido muito mais incrível. Ou apenas desenvolver mais o passado de Greg e o encontro dele com Johnny, poupando algumas outras histórias e páginas...

Confesso que o final também não foi do meu agrado. Muito disso foi uma quebra de expectativa minha quanto ao que aconteceu, então, pode ser que o final seja interessante para outras pessoas, mas eu esperava mais.

Apesar de tudo isso, Zona Morta continua sendo uma história muito interessante e até mesmo crível quanto a paranormalidade, isso deixa tudo mais legal durante a leitura. Porém, essa leitura, para mim, merece 3 estrelas.
Carlos 28/06/2022minha estante
Qual a classificação indicativa?


Eduarda Veloso 29/06/2022minha estante
Confesso que eu não sei, mas eu diria +14. Tem alguns temas sensíveis.




mainarabooks 13/11/2021

Após um acidente, que o deixou em coma por quatro anos e meio, Johnny passa a ter visões com o toque de pessoas e objetos. Tudo piora quando toca a mão de um político e prevê o fim do mundo com a sua eleição para presidente, ocorrendo uma guerra nuclear e outras situações sendo agravadas.

A escrita do autor é bem detalhista e o início é confuso, com histórias de diferentes personagens que parecem ser aleatórias, mas no final todos têm conexão.

Eu gostei do que significa a zona morta (além de uma área que ele não recebe os sinais), mas achei que o clímax foi literalmente quando o livro termina.
Babi 13/11/2021minha estante
Como todos os livros do King, a melhor parte sempre se resume às últimas 50 páginas do livro rs...

Ótima resenha!!!


mainarabooks 13/11/2021minha estante
Foi o meu primeiro contato com o autor e quando eu estava terminando e ainda não tinha acontecido nada, eu já estava ?ué?, mas ele entregou tudo no final rs.

Obrigada!!!




Fabio Pedreira 11/08/2017

A Zona Morta
A Zona Morta é uma das obras mais aclamadas de Stephen King e não é à toa, o livro conta a história de Johnny Smith, um simples professor de inglês que sofre um acidente, deixando-o em coma por cinco longos anos e, ao acordar, Johnny não sofre aparentemente nenhuma sequela, a não ser o fato de não lembrar de alguns objetos devido a uma área do seu cérebro danificada durante o acidente (área essa denominada Zona Morta pelos médicos).

O problema é que isso não foi tudo que o acidente trouxe para a vida de Johnny, pois ao acordar ele também percebe que, ao entrar em contato fisicamente com outra pessoa ou um objeto daquela pessoa, ele pode ver coisas do passado, presente e até prever partes do futuro. Esse problema é ainda agravado quando John conhece Greg Stillson, um candidato a deputado que não mede esforços para conseguir o que quer, e passa a ter uma visão de um futuro horrível caso Stillson consiga alcançar seus objetivos.

Talvez pela sinopse e principalmente pela capa (quanto a isso a Suma de Letras relançou o livro esse ano ainda com uma capa muito mais bonita) algumas pessoas acabem não dando muito crédito para o livro (pelo menos a capa antiga que foi a que li o livro, mas troquei pela nova versão muito mais bonita), porém quem decide dar uma chance acaba devorando-o quase em uma sentada só, mesmo com suas 610 páginas (na versão de bolso antiga).

Isso porque o livro prende o leitor de uma forma espetacular. A escrita de King é muito fluida, ele consegue criar personagens simples mas que você consegue criar um vínculo muito fácil (como John) ou ódio (como Stillson) ou até mesmo repulsa (como a mãe de Johnny). Os personagens são todos muito bem trabalhados, tanto na descrição como em pensamentos, sentimentos e motivações.

Durante a leitura você consegue vivenciar junto com os personagens a angústia sofrida por Johnny após acordar depois de cinco anos e ver toda a mudança que aquilo trouxe para sua vida, seus amigos e familiares. Como ele consegue lidar com seu novo dom (ou maldição) e o que fazer em relação a Stillson.

Aí é que entra o único ponto que devo fazer uma observação, lendo a sinopse do livro dá a entender que o embate entre Johnny e Greg será tratado durante o livro todo, coisa que não acontece, o que em nada tira o brilho da obra e faz você perceber que na verdade o livro não é apenas um conflito entre dois personagens e sim uma reflexão sobre propósito e o impacto que suas ações e do ambiente podem trazer para alguém ou para o mundo.

site: http://www.revelandosentimentos.com.br/2017/08/resenha-zona-morta.html#more
Deivison.Nobre 14/08/2017minha estante
Bom saber que não fui o único a sentir repugnância pela mãe do Johnny.


Fabio Pedreira 14/08/2017minha estante
Pois. Não tem como. Parece que cada obra de King tem pelo menos uma pessoa assim kkkk




iammoremylrds 01/04/2021

que livro fascinante, o Johnny é um personagem mt cativante, a história é super fluída, além da escrita ser impecável, como o king e isso me fez relembrar e reforçar do pq o king ser o meu escritor fav
eaiale 01/04/2021minha estante
ele tbm é meu fav, sou cadela demais desse homem


iammoremylrds 28/04/2022minha estante
difícil não amar o king pq ele literalmente é o king




Vitor.Romito 25/06/2023

Bom, mas prolixo demais
Os primeiros trabalhos do King cimentaram o caminho ao qual ele resolveu percorrer: terror com uma ambientação e suspense crescente gradual, com foco do desenvolvimento nos personagens (arquétipos que sempre usa e, no presente caso, do professor), de forma lenta e gradual. Um terror muito mais psicológico que físico. E mesmo em livros cujo físico é bem explícito, a carga psicológica sobre as personagens se sobressai. Exemplos como “It”, que tem um primeiro capítulo de terror bem físico, mas se apoia nas personagens, nos seus traumas, medos e sentimentos; “O Cemitério” que tem uma trama grotesca, mas um pesado clima de loucura.
Em “A Zona Morta” há uma carga psicológica bem grande sobre as personagens, em um desenvolvimento lento e gradual, conforme a marca King. Aqui, o autor deixou um pouco o terror físico de lado e apoiou-se em um suspense sobrenatural/paranormal. Contudo, essa prolixidade é o maior problema que vi neste livro. Criou uma barriga que, embora seja interessante se olhada isoladamente, me cansou. E pensei em como uma estória descrita nestas partes daria uma boa trama.
A trama de “A Zona Morta” gira em torno de John Smith, um professor carismático do colégio de uma pequena cidade. Em um dado momento da vida, quando conquistava uma professora do mesmo colégio, Johnny sofreu um acidente de automóvel que o deixou em coma por quase 05 anos. Ao regressar de sua condição, ficou com algumas sequelas cerebrais, mas outras regiões deste órgão desenvolveram-se acima do normal, dando-lhe dons premonitórios, telepáticos, clarividentes e tudo que esteja envolvido. Assim, Johnny passa a conviver com este dom/maldição (hahaha, lembrei do Monk), seja para o bem ou mal, e o que fazer diante disso.
O protagonista é muito bem desenvolvido. King enche o cara de carisma desde a primeira cena, colocando-nos ao lado dele. A descrição é tão bem feita que me peguei sentindo aquilo que Johnny sentia: alegria, dor, tristeza, frustação. Um mix de sentimentos em montanha russa. Esse desenvolvimento é de longe o ponto alto do livro.
As personagens secundárias são bem trabalhadas e fazem a trama girar. Cada um tem uma luz que ilumina uma característica da personalidade de Smith: seja o bom companheiro, amigo e filho com o núcleo familiar e Sarah; seja como o altruísta e mestre no núcleo dos Chatsworth. No caso do primeiro, é palpável a dor dos envolvidos. Todo o peso desta situação faz com que mudem, principalmente a mãe Vera, que beira a loucura do fundamentalismo (e aqui gostei do King não ter girado as coisas muito em cima dela, pois aparentaria uma cópia da Sra. White). Já no segundo, há um clima de felicidade muito claro (imaginei as cenas com um filtro bem amarelado) para depois levar a uma queda bem grande no clima (e aqui, um cinzento para negro bem forte), que é ligado a uma breve passagem do início do livro (algo que ocorre em outras partes também). Há outras interações, é claro, mas são passagens mais breves que não vale a pena colocar aqui.
Agora, o problema do livro está em como o antagonismo ao Johnny se apresentou. Foi picado, pouco desenvolvido. Estava ali só para demonstrar o sobrenatural e como ele deve ser resolvido.
O antagonista principal, Greg Stillson, é o oposto de Smith, apesar de ter um carisma monstro perante algumas personagens do livro. Há muito tempo em uma leitura do King não sentia um misto de repulsa e ódio por alguém como senti na apresentação desta personagem. O cara é um louco sóbrio. Sabe o quer e faz todo possível e inenarrável para alcançá-lo. Só que ele não tem o devido tempo que eu gostaria que tivesse. Exemplo: a descrição do seu passado. Um tanto preguiçoso. Preferiria uma outra dinâmica, como a narração das cenas e não a descrição dos fatos.
E no meio disso, há um caso policial envolvendo um assassino em série. Isso remete ao que escrevi no segundo parágrafo, da trama paralela. É legal, mas cria uma barriga enorme, pois não desenvolve este antagonista – só umas pinceladas sobre ele - e muito menos as vítimas. Elas são como “Sacos de Ossos”. Não tive uma sensação de importância para elas no decorrer do livro. E sem essa importância, não teve o impacto que esperava. Estas páginas poderiam ser usadas para desenvolver o arco de Stillson (já que este arco está na sinopse da contracapa).
Finalmente, no meio desta barriga todo, ainda há as desavenças com uma imprensa sensacionalista que de novo é interessante, mas desnecessária. Muito preto e branco; bem e mal. Aliás, o livro todo é essa dicotomia bem definida, o que faz desta parte uma prolixidade inconveniente. Ao menos, King introduz uma personagem que será usada em um de seus contos.
O final foi satisfatório, porém previsível. O que não significa ser ruim. Dos rumos que os desfechos das personagens poderiam tomar, o escolhido foi plausível. O problema é mais com a escrita do King, que leva a este encerramento. Ademais, não gostei da parte final, com uma explicação que já estava no texto anteriormente e o esquecimento dos Chatsworth.
E antes de finalizar, tenho que escrever uma coisa que foi aumentando com a leitura. Achei a trama, alguns personagens e todo seu desenvolvimento muito parecido com “Novembro de 63”. Isso não afeta “A Zona Morta” e sim “Novembro”. Não vai afetar o que senti quando terminei a leitura da ficção histórica, mas se o tivesse lido depois do livro desta resenha, creio que a nota de “Novembro” cairia um pouco.
Tendo colocado tudo isso, é um bom livro e uma boa entrada no universo do autor, de sua forma de escrita. Dos que eu li, figura numa prateleira abaixo de “Salen’s”, “Misery” ou “O Cemitério”, ficando junto de “Carrie” e “O Apanhador de Sonhos”. Tem uma boa trama de suspense sobrenatural, bons personagens e um clímax grande com final satisfatório. Entretanto, é longo demais para o que propõe. Se retirasse umas cem páginas e desenvolvesse mais algumas partes, a leitura seria melhor.
V_______ 26/06/2023minha estante
Gostei da resenha ???


Vitor.Romito 27/06/2023minha estante
Valeu, cara.




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