emol.ga 16/07/2024
Uma boa porta de entrada para o tema
Como uma pessoa no espectro, e coincidentemente na antiga Síndrome de Asperger, minha curiosidade foi grande ao conhecer o quadrinho em uma postagem do Instagram, porém acredito que não foi tudo isso que haviam prometido na postagem; ou eu que estou sendo exigente demais.
Acredito que vale a intenção de mostrar como funciona, mesmo que de forma genérica, a mente de uma pessoa no espectro e principalmente a luta, os desafios e o alívio do famoso "diagnóstico tardio," especialmente para mulheres que acabam "disfarçando" melhor a condição. Em geral, acredito que valha sim a leitura já que funciona como porta de entrada para o tema, ainda mais por ser uma história rápida e com ilustrações agradáveis, mas na minha opinião, parece que faltou ainda alguma coisa no enredo ou talvez explicações melhores, principalmente sobre as sensações que a Marguerite sentia ao ser exposta a cenários positivos e negativos.
Como observação final, gostei do jogo de cores que a ilustradora fez ao começar a história somente com tons de cinza e com a chegada do diagnóstico, os quadrinhos começarem a ganhar mais vida e cores. Porém, mais uma vez, esperava que isso fosse menos abrupto, pois não é como se logo após o diagnóstico tudo mudasse totalmente para melhor, mas ainda sim, é algo interessante de se demonstrar.