Livros da Julie 11/09/2020Lições de vida, autoestima e empatia-----
"Deus leva por um caminho e ajuda a atravessá-lo."
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"Às vezes, a vida era interrompida cedo demais, mas o que contava era o que a pessoa fazia com ela, não o tempo que durava."
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P.S. Eu te amo é o primeiro livro do Projeto Lendo Cecelia Ahern (#LendoCeceliaAhern), promovido pelas @batidasliterarias e @resenhasdealgodao. Também é o primeiro livro escrito pela autora, que alcançou um sucesso estrondoso internacionalmente e acabou adaptado para o cinema em 2007, com um elenco de peso.
Holly e Gerry eram um casal modelo. Eles se conheceram na escola, começaram a namorar com 14 anos e se casaram com 24. Eles eram o melhor amigo um do outro, estavam sempre juntos. Achavam que teriam a vida toda pela frente para aproveitarem ao máximo o amor que os unia.
Mas a vida tinha outros planos e Gerry partiu cedo, aos 30. Cedo demais para que Holly conseguisse aceitar sua morte. Depois de semanas de luto, descobre que Gerry deixou uma série de cartas para ela, uma para cada um dos meses até o fim do ano, no intuito de ajudá-la a tocar a vida sem ele por perto.
É muito fácil mergulhar de cabeça nessa história. Você assiste ao desenrolar da trama como a um filme, de tão absorvida que fica pela escrita leve e fluida da autora.
O filme, aliás, não tem muito em comum com o livro, além das cartas deixadas pelo Gerry. Parece até outra história, com apenas alguns dos personagens e completa mudança de cenário. Mas, sem dúvida, achei o filme muito mais emocionante. Ao ver as inúmeras cenas da relação entre o casal, como eles se conheceram, seus momentos juntos, a tristeza causada pela morte prematura se intensifica. Muito também se deve ao inegável charme e carisma do Gerard Butler e à sempre maravilhosa atuação de Hilary Swank.
O livro, por sua vez, tem um outro tom, mais leve, apesar de tudo. O luto é sentido de forma mais real. As ações ocorrem mais lentamente, de forma mais orgânica, mais adequadas ao passar do tempo em tais circunstâncias. Além disso, a história é centrada no apoio da família e dos amigos à Holly e em sua luta para se reerguer.
As cartas não são a única descoberta de Holly. Durante os meses retratados no livro, ela passa a conviver mais com seus irmãos e a compreendê-los melhor. Ela amadurece e entende que precisa ser independente e encontrar um rumo na vida pessoal e profissional. Ela aprende que a vida continua, que os outros seguirão o seu caminho e que a felicidade dos demais não é uma afronta pessoal. Ela percebe que está sozinha, mas que isso não precisa ser definitivo. P.S. Eu te amo não é um simples romance. É uma história de sobrevivência, de resgate da autoestima e do amor próprio.
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