Paloma.Ferreira 06/05/2020
Ótima leitura.
Milton, como sempre, sensível aos temas dissertados.
Neste livro, é possível compreender melhor os aspectos da globalização e os efeitos causados na sociedade. O poder hegemônico do dinheiro, das grandes empresas, que são as verdadeiras reguladoras do espaço e da mídia.
A obediência alienada aos modelos de vida impostos, com óbvias inclinações ao capital.
Um termo muito encontrado no texto é "solidariedade", aqui, enfatizando a perda da solidariedade, que em partes, justifica o título do livro. Ou seja, a partir da tomada da consciência, a solidariedade é um efeito esperado.
Considero incrível a maneira como Santos coloca a classe baixa dentro de seu enrendo. O olhar não é de pena, tão pouco de uma condição deplorável, mas é de esperança. Esperança e indicações de ações futuras que podem mudar a realidade imposta pelo sistema. Ele nos mostra como deve ocorrer o desenvolvimento, o que deve incluir, o caminho à partir.
Quem é um leitor assíduo dos escritos de Milton, conseguirá enxergar continuidades, complementos de outros livros, neste. Os fixos e os fluxos, as redes criadas, o espaço e o método, o espaço do homem.
Enfim, a globalização não deve ser a quebra dos muros, o banco financeiro mundial. A globalização deve ser um desenvolvimento horizontal, à partir da classe baixa. Não devemos pensar em globalização engessada, apoiados no pensamento único. É necessário alcançarmos a consciência universal e então, poderemos ser melhores, viver melhor e sermos mais humanos.