Por uma outra globalização

Por uma outra globalização Milton Santos




Resenhas - Por uma outra globalização


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Gislayllson 18/08/2021

A atual globalização não é irreversível
As reflexões que Milton Santos faz nessa obra sobre a atual globalização, de como ela acontece, quem atinge, quem usufrui de seu caráter unificador deixam muito evidente seu poder de análise e olhar da realidade. O autor tenta durante todo o texto mostrar que é possível construir uma globalização diferente, mais humana, que leva em conta as particularidades das pessoas e dos lugares.
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aliuscha 19/05/2021

A lucidez do professor Milton Santos me interessa tanto quanto sua simplicidade. Isso porque os intelectuais brasileiros ainda associam inteligência à erudição, falar difícil para impressionar seus pares é sempre mais sedutor que se fazer compreender pelo grande público.
Nessa obra, o prof Milton Santos cunha o termo ?globalitarismo? que traduz o totalitarismo impresso nesse modelo de globalização predatória que ainda reforça esse modelo ?centro-periferia? em que o poder e os recursos são acumulados pelos países imperialistas.
Ao analisar a história da sociedade ocidental a partir de suas técnicas, ele percebe o quanto as tecnologias de informação transformaram nossas sociedades no sentido de os discursos se tornarem mais importantes que as ações. O ?discursismo? fortalece as ideologias a tal ponto, que ficou mais fácil imaginar o fim do mundo do que o fim do capitalismo. Apesar dessa guerra de narrativas, uma histórica única, a ideia de uma aldeia global, um único modelo de crescimento e desenvolvimento, o empobrecimento do nosso imaginário quanto à diversidade é o grande subproduto do globalitarismo que vivemos.
Toda sua leitura do contexto geopolítico aqui sintetizada é precisa e impressiona pela sua fluidez. O triste é que a atual crise sistêmica que nos massacra diariamente (e ser brasileiro por si só já é uma comorbidade) não me permitiu ser contagiada pelo seu otimismo em relação aos possíveis caminhos para a construção de alternativas futuras nos anos 2000. Mas a certeza de que o caos é criador e de que para um novo mundo possível é necessário viver o luto deste aqui.
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Jairo 30/04/2021

Um livro excelente para compreender a globalização.
Simplesmente espetacular! Milton Santos descreve o período de globalização que vivemos, mas também faz críticas à ela e nos mostra as perversidade que estão contidas nesse novo período histórico. O mais impressionante é a visão otimista do autor sobre o futuro (ou ampliação do presente).
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Kauana.Palma 24/03/2021

O livro retrata, sob a perspectiva do autor, o fenômeno da globalização. Num primeiro momento aborda-se como o feito surgiu e as principais características de seu desenvolvimento. Como o desenvolvimento das sociedades, atrelado às inovações tecnológicas e econômicas levou a sociedade a um patamar em que as corporações possuem, por muitas vezes maior poder decisório que os próprios Estados.
Ao final, o autor aborda quais são as perspectivas para o futuro da globalização e alerta ao leitor que não precisa ser desanimador, há possibilidade para que os grupos sociais criem uma nova demanda revolucionária.
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Luiz 20/03/2021

Um livro que sumariza parte da obra só autor. Carrega a discussão da globalização por temas como território, dinheiro, governança e política. Além disso, expõem os problemas da globalização como processo de marginalização e individualização. Por outro lado, oferece uma saída ao discutir como a apropriação das ferramentas modernas impostas pela globalização podem ajudar a solucionar os problemas sociais atuais.
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Fael 17/01/2021

Por uma outra Globalização
O Mestre Milton, nesse clássico, traz a Globalização como 3 variantes: globalização como fábula, perversa e a possível.
A Globalização como Fábula é a do discurso, das fantasias cujo a parcela dominante nos faz crer ser possível.
A Perversa seria a sistematização de uma evolução negativa da sociedade através do controle da informação e do dinheiro.
A Globalização Possível é apresentada através das contradições que a globalização perversa apresenta, apostando em uma dissolução das ideologias dominantes a partir da própria estrutura insustentável criada.
A ideia de utopia é levantada por Milton que diz que ?(...) devemos considerar que o mundo é formado não apenas pelo que já existe, mas pelo que pode efetivamente existir? (p. 160).
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Arthur 02/12/2020

A globalização atual é irreversível?
"A globalização atual é irreversível?" É o que Milton Santos busca responder nesta excelente obra, que aborda desde a definição de globalização às suas características (espaciais, filosóficas, técnicas, econômicas e políticas), bem como outras possibilidades.
A destacar uma opinião pessoal: é o livro mais "fácil" do professor Milton Santos. Ele mesmo menciona que a escrita em "Por uma outra globalização" é diferente do que estamos acostumados em suas outras obras. No entanto, isso não faz desse título menos denso ou incompleto em relação aos outros. Pelo contrário, aqui Milton Santos revisita vários conceitos e reflexões, de maneira mais didática, diria. "Verticalidades" e "horizontalidades", "esquizofrenia do espaço", "tempo técnico", a influência da técnica no espaço e, por sua vez, da política na técnica.
Uma leitura que classificaria como um gatilho para o despertar da consciência e, de como propõe o professor Milton Santos, para a "mutação filosófica da espécie humana".
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Marcelo Dos Santos (De Dois) 23/10/2020

Um Milton Santos de fácil acesso
Visionário e otimista, este livro do ilustríssimo mestre da Geografia revela um Milton Santos bem desatrelado do formalismo acadêmico (não se encontram aqui as infindáveis referências bibliográficas tão típicas do pensador) e expondo novas saídas e propostas para o novo mundo que se desenrola.
Creio eu ter sido um de seus últimos escritos, me vi mais uma vez pasmado por sua sabedoria e projeções frente a adventos que ainda estavam em processo de consolidação (o meio informacional da internet, reformas trabalhistas e previdenciárias nem mesmo em estado de gestação).
Vejo um livro de fácil acesso a quem não é da área da Geografia e indispensável para quem o é.
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Enzo.Baleeiro 10/10/2020

Milton, um ser a frente.
Milton Santos é um fenômeno a parte de sua época. Esse pensador negro brasileiro escreveu diversos livros críticos para a geografia. Bem este é um deles. Escrito no fim de sua vida (2000), aqui se propõe a tratar de suas reflexões ao longo de sua vivência. Logo no começo Milton diz que esse é um livro sem referências bibliográficas pois quer fugir dos critérios acadêmicos para atingir um público maior. Bom... acho que não recomendaria para um leigo, pois a linguagem termina trazendo uma bagagem acadêmica, porém bem explicada, mas ao mesmo tempo sem procurar comprovar nada do que diz (como falei, é um livro mais reflexivo). É claro em sua influência autores como Marx, Weber, Kant, Sartre, Gramsci... seria bom ter uma noção de história e sempre lembrar onde está inserido no seu contexto histórico-social.

No primero 2/3 do livro, é onde reflete sobre os mecanismos do capitalismo, seus impactos sociais perante o fenômeno chamado globalização. Primeiramente parte de uma dialética, do fenômeno, para uma ideia, e assim explicando novamente o fenômeno. Explicando a impossibilidade e o motivo de falácias como: mito do espaço e tempo contraído, Mito do mundo unificado, mito da desterritorialização, mito da morte do estado ( por exemplo: a cada dez 10 anos vem uma crise e precisamos mais do que nunca do estado intervindo na econômia). Enfim depois expandindo esses conceitos a geografia urbana, seus territórios e casos brasileiros.

Mais pro final é onde fica minha crítica, ao tentar prever formas e um olhar mais positivo desse capitalismo globalitário. Como por exemplo, as cidades urbanas cada vez mais concentrando diferentes tipos de culturas, diferentes religiões, pensares e filosofias (consideradas irracionais) poderia criar (e cria) uma forma de resistência ao ser humano único do capital, esse racionalizado. O que ele não esperava era uma fagocitose desses outros saberes pro capital, tornando produto outras formas de resistência. Enfim seria muito longo abordar tudo o que ele citou, mas deixando os anacronismos de lado, Milton é extremamente atual e nos faz questionar muito nessa bela obra.
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Kaire 21/07/2020

Sinopse: No livro, o geógrafo Milton Santos que foi e continua sendo umas das mentes mais inteligentes e respeitáveis do Brasil, defende a ideia de que é preciso uma nova interpretação do mundo contemporâneo, uma análise multidisciplinar, que tenha condições de destacar a ideologia na produção da história, além de mostrar os limites do seu discurso frente à realidade vivida pela maioria dos países do mundo.

Essa obra foi essencial para minha formação em humanidades, e deu um giro de 360° na minha vida. Milton é um autor imprescindível para quem busca entender os diversos espaços existentes.
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Kaire 21/07/2020

No livro, o geógrafo Milton Santos que foi e continua sendo umas das mentes mais inteligentes e respeitáveis do Brasil, defende a ideia de que é preciso uma nova interpretação do mundo contemporâneo, uma análise multidisciplinar, que tenha condições de destacar a ideologia na produção da história, além de mostrar os limites do seu discurso frente à realidade vivida pela maioria dos países do mundo.

Essa obra foi essencial para minha formação em humanidades, e deu um giro de 360° na minha vida. Milton é um autor imprescindível para quem busca entender os diversos espaços existentes.
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Juan 25/05/2020

Esse livro é perfeito. A linguagem pode exigir um esforço a mais pra entender todas as ideias de Milton Santos. O incrível é a visão geográfica (espacial) que ele tem sobre economia/política/sociedade nesse nossa era de globalização. Pra quem não é geógrafo talvez a dificuldade em ler seja ainda maior.
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Paloma.Ferreira 06/05/2020

Ótima leitura.
Milton, como sempre, sensível aos temas dissertados.
Neste livro, é possível compreender melhor os aspectos da globalização e os efeitos causados na sociedade. O poder hegemônico do dinheiro, das grandes empresas, que são as verdadeiras reguladoras do espaço e da mídia.
A obediência alienada aos modelos de vida impostos, com óbvias inclinações ao capital.
Um termo muito encontrado no texto é "solidariedade", aqui, enfatizando a perda da solidariedade, que em partes, justifica o título do livro. Ou seja, a partir da tomada da consciência, a solidariedade é um efeito esperado.
Considero incrível a maneira como Santos coloca a classe baixa dentro de seu enrendo. O olhar não é de pena, tão pouco de uma condição deplorável, mas é de esperança. Esperança e indicações de ações futuras que podem mudar a realidade imposta pelo sistema. Ele nos mostra como deve ocorrer o desenvolvimento, o que deve incluir, o caminho à partir.
Quem é um leitor assíduo dos escritos de Milton, conseguirá enxergar continuidades, complementos de outros livros, neste. Os fixos e os fluxos, as redes criadas, o espaço e o método, o espaço do homem.
Enfim, a globalização não deve ser a quebra dos muros, o banco financeiro mundial. A globalização deve ser um desenvolvimento horizontal, à partir da classe baixa. Não devemos pensar em globalização engessada, apoiados no pensamento único. É necessário alcançarmos a consciência universal e então, poderemos ser melhores, viver melhor e sermos mais humanos.
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Ingrid.Rosa 04/04/2020

Esse livro foi escrito há vinte anos, e mesmo assim se mostra atual ao trazer de forma mais simples um retrato da globalização atual, suas vantagens para o mundo e suas desigualdades frente à uma marginalização cada vez maior das pessoas submetidas às forças hegemônicas que dominam a economia global.
Logo na introdução somos avisados que o livro termina de forma utópica em relação ao mundo, o que pode ser comprovado com a leitura. Todavia, pensando em nossa situação atual de crise (covid-19), vemos que nada mudou das perspectivas que o autor tinha para aquele momento. É como se esses 20 anos não tivessem existido.
No caso do Brasil, o livro veio antes da era PT, veio antes da crise de 2008 e, o momento atual só expôs o quanto ainda estamos expostos às forças do mercado, à economia globalizada e a um sistema político que se curva bovinamente ao sistema.
Ele defende uma evolução, que não acontece da mesma forma para as pessoas e para os países. Só espero que o período de início dessa evolução não tarde mais a chegar.

"Nas condições atuais, essa evolução pode parecer impossível, em vista de que as soluções até agora propostas ainda são prisioneiras daquela visão segundo o qual o único dinamismo possível é o da grande economia, com base nos reclamos do sistema financeiro ". - p.162.
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GleiciM 05/12/2019

Ainda há esperança?
Aborda primeiramente a perversidade da globalização, seus efeitos sobre a sociedade. Trazendo a tona, por exemplo, temas que discutem a "violência da informação", "a violência do dinheiro", "a competitividade, a ausência de compaixão". Milton apresenta também a definição da pobreza estrutural globalizada, em que afirma que há "uma produção globalizada da pobreza" "produzida politicamente pelas empresas e instituições globais"; mas estas o tratam como um processo natural. O autor abordam e discute tantos outros aspectos, e finaliza dizendo que "a globalização atual não é irreversível", e por meio do entendimento atual da vida e do planeta ela tende a se tornar mais humana, percebendo o homem e a vida como o centro de tudo, e não as coisas e o dinheiro como dominantes.
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