@vcdisselivros 30/08/2021"Haveria um lugar em cada coração, por menor que fosse, reservado para as monstruosidades"Resenha – Candyman “Haveria um lugar em cada coração, por menor que fosse, reservado para as monstruosidades? ”
O COMEÇO
Helen Buchanan decide estudar e criar uma tese sobre pichações em locais públicos, a fim de observar as questões sociológicas por trás delas e avaliar o grau do chamado desespero urbano.
O local escolhido é um conjunto habitacional precário em Spector Street, espaço tomado por marginalidade, pobreza e imundície.
DOCES PARA UM DOCE
Em um dos apartamentos abandonados, Helen encontra uma figura um tanto peculiar e fica fascinada, mas com o tempo, a mulher irá perceber que as pichações simbolizam muito mais do que ela imaginava.
LEITURA RÁPIDA
Com pouco mais de oitenta páginas, Candyman é baseado no conto “The Forbidden” de Clive Barker e o fato de ser tão curto causa no leitor a sensação de estar lendo uma sequência. O autor não perde tempo com apresentações, o que ao fim torna a experiência de leitura mais limitada, como exemplo, quem foi e como surgiu Candyman.
Não existe uma base, porém para ter uma experiência completa você pode assistir as duas primeiras adaptações (1992 e 1995) que contam com Clive Barker como produtor executivo.
Lançado no Brasil como O mistério de Candyman, o filme traz a essência do livro e como plus mostra a origem humana de Cadyman situando melhor aqueles que tinham curiosidade de saber mais quanto ao princípio da lenda.
A obra ganhou as telas novamente em 2021 na visão do Diretor Jordan Peele (Corra e Nós), que conseguiu trazer Candyman para os tempos modernos e foi capaz de manter as raízes estabelecidas nos outros títulos, incluindo o de 1999, que não foi citado acima por não ter o envolvimento de Clive Barker na produção.
POR FIM
Ainda que deixe um gostinho de quero mais, Cadyman envolve o leitor, prendendo a atenção do mesmo que se coloca no lugar da protagonista e com ela passa a descobrir mais sobre esse mistério, tomando a fixação e a curiosidade como combustível para ir além.
O posfácio do crítico Carlos Primati pode ser considerado leitura obrigatória para aqueles que gostam de colocar os pingos nos is, justamente por conceder uma visão mais apurada e contemplativa de tudo aquilo que estava nas entrelinhas.
“O que os bons sabem além do que os maus lhe ensinam com seus excessos? "