Notas de um filho nativo

Notas de um filho nativo James Baldwin




Resenhas -


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evf684 22/05/2024

Notas de um filho nativo
Já tinha lido os livros de ficção do James Baldwin, e adoro as outras obras e a escrita dele. Esse foi a primeira não-ficção que eu li do Baldwin e enquanto eu lia sentia como se estivesse conhecendo outro lado desconhecido pra mim do autor.

Todas as lembranças dele relacionada a sua vida nos Estados Unidos, sua mudança para a França e a morte do seu pai trazem ainda mais impacto relacionado com toda a questão racial abordada com o homem negro no livro.

A vivência do racismo que o homem negro passa nos Estados Unidos não poderia ser abordada de melhor forma, ainda levando em conta os ensaios que Baldwin faz sobre obras de ficção como "A cabana do pai Tomás" e outros, que são extremamente interessantes. Outra obra incrível do autor.
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naoeumaresenha 01/05/2024

E o mundo jamais voltou a ser branco
Quando me interessei por esse livro li ele através de bell hooks, na verdade me interessei por james baldwin, quem era o homem negro homossexual que escrevia em 1950 desafiando todas as estruturas racistas e homofóbicas dos estados unidos.

li alguns de seus romances, e nesse livro de ensaios encontrei a mesma escrita feroz. certo em tudo que diz, baldwin destrincha em todos os ensaios a síntese da identidade. o homem branco fez questão de criar o homem negro, mas não se conhece enquanto ser identitário.

genial, perspicaz e contundente.
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felipeabeijon 18/01/2024

Quero ler mais coisas dele.

Do histórico de leitura: O fim do prefácio, em que ele escreve "O que aconteceu, no decorrer do meu tempo, foi o que aconteceu com meus antepassados. Nenhuma promessa feita a eles foi cumprida, nenhuma promessa feita a mim foi cumprida, e tampouco posso aconselhar os que vêm depois de mim, nem meus semelhantes espalhados pelo mundo, a acreditar em uma única palavra proferida por meus compatriotas moralmente corrompidos e desesperadamente desonestos.", me lembrou da Nina Simone em Mississippi Goddam, cantando "Oh but this whole country is full of lies / you're all gonna die and die like flies / I don't trust you any more / you keep on saying "Go slow!"". E as suas críticas ao romance de protesto - especialmente a parte em que ele fala sobre o relato de atos brutais -, me lembraram algumas séries e filmes atuais, como a série Them - que muita gente deixou de assistir.
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leobalarin 21/08/2023

Um livro forte e bastante necessário.
James Baldwin é um autor brilhante e nesse livro ele consegue nos deixar imersos em seu mundo e em todas as histórias que ele nos conta.
Os desafios de ser um homem negro, pobre e gay nos Estados Unidos, sua vivência com o racismo, sua história na França, o episódio da morte de seu pai, são algumas das memórias relatadas por ele.
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Luciano 12/08/2023

O ensaio que dá título ao livro descreve o luto da morte do pai do Baldwin e seu relacionamento com ele ainda em vida. É um texto de uma sensibilidade fenomenal.
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fev 27/06/2023

A minha percepção do texto de James Baldwin é de uma construção extremamente coesa. Não faltam e nem sobram palavras. Ele consegue captar e transmitir o que deseja na junção de cada pedaço de palavras e frases que formam os ensaios dessa coletânea. Mas não só aqui. Essa mesma percepção está nos outros dois romances do autor que já li. Esse texto redondinho pode agradar e conquistar, e quando não o faz, traz questões para refletirmos e questionarmos os apontamentos de Baldwin.

Notas de um filho nativo é uma coletânea que reflete o que James Balwin era. Ele discute sobre racismo, religião, produção artística negra, família, cultura entre outros assuntos. Os meus ensaios preferidos são aqueles com teor mais pessoais e os que ele reflete sobre a sua vivência na França. São textos incríveis. O meu único problema com essa coleção é que James Balwin era norte-americano demais. Ninguém é perfeito.

No mais, esses ensaios mostraram porque fiz de Baldwin uma das minhas referências. Há aqui muito do que preciso para refletir sobre mim e a sociedade. Um grande livro. Recomendadíssimo.
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Camila 10/05/2023

Meu primeiro contato com a escrita de James Baldwin, já conhecia sua obra de documentários e que escritor incrível. Suas reflexões são potentes e reverberam dentro da gente, ainda mais por ser alguém indisculpavelmente imperfeito. Ele não se propõe a ser o pensador negro idealizado que tem todas as respostas e nunca falha, muito pelo contrário. Um livro que com certeza revisitarei
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Livros e Pão 05/05/2023

Forte, melancólico e único
Este livro é simplesmente sensacional. Baldwin é um ensaísta genial e escreve de modo claro, profundo e singelamente íntimo. A impressão que fica é a de que o livro vai simultaneamente ganhando força e mostrando o seu lado mais pessoal (o que normalmente é considerado negativo em ensaios) conforme vai progredindo.
Capítulos de maior destaque positivo para mim foram "Viagem a Atlanta", "Notas de um filho nativo" (impossível não destacá-lo) e "Um estranho na aldeia". Recomendo!
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Patricia 29/04/2023

Ensaios sobre o impacto de viver sob o signo raça nos Estados Unidos, na Europa e diria que se encaixa a realidade brasileira de certa forma.
Os textos complementares são muito bons.
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Bruno Marcolino 16/05/2022

Notas de um Filho Nativo
Mais um do Baldwin lido e continua encantando pela forma de escrita, aqui, mais incisiva. Gostei muito dos textos de apoio, ajudam muito na questão biográfica do autor e da importância de suas obras. Adorei a leitura.
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Rafael 27/02/2022

Um mundo que não é mais branco
Ao invés dos romances que tornaram James Baldwin famoso, foi através dos ensaios reunidos em "Notas de um filho nativo" (1955), primeira obra não-ficcional do autor, que passei a conhecê-lo.

Incentivado pelo amigo Sol Stein, Baldwin passou a escrever este livro, apesar de à época se considerar jovem demais (31 anos) para publicar suas memórias. Enquanto negro e homossexual, o novaiorquino oriundo do Harlem, com períodos de autoexílio na França (Paris) e na Suiça (Leukerbad), já tinha muito a nos contar, porém.

Na nota autobiográfica contida na obra, é possível observar a grande preocupação de Baldwin sobre como a questão racial é abordada no meio literário. Sobre o negro, "Não é só por se escrever tanto sobre ele; é porque o que se escreve é muito ruim" (p. 32). Nesse patamar foram colocados romances de protesto muito populares, como "A cabana do Pai Tomás" (1852), criticado por seu terror teológico e pelas fantasias sentimentais, sem qualquer ligação com a realidade.

Embora estadunidense, Baldwin acreditava que era um bastardo, um intruso no Ocidente. Sentia que a linha de seu passado o levava até a África, de modo que Shakespeare, Bach, as pedras de Paris ou o Empire State Building não abrigavam sua história ou compunham seu legado.

Em parte, esse estado alienante de não-pertencimento ou estranhamento aponta não só para uma história de injustiças e de supremacia branca, mas também para marcos de resistência e de lutas identitárias do povo negro.

"Este mundo não é mais branco, e nunca mais voltará a ser.? (p. 199)
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Luis Felipe S. Correa 05/04/2021

Um convite à reflexão
Notas de um filho nativo é um livro que tem a finalidade de enriquecer os debates sobre raça. É simplesmente brilhante. Incrível o fato de livro, apesar de publicado em 1955, permanecer tão atual. A obra permite a compreensão de diversos fenômenos raciais presentes no cinema, literatura e demais segmentos da sociedade. Tem uma pegada extremamente profunda. É um verdadeiro convite à reflexão.
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Davi.Dallariva 21/02/2021

Essa foi só a segunda vez que li James Baldwin, mas ele já se tornou um dos meus autores favoritos. Eu adoro a forma como ele escreve.

Notas de Um Filho Nativo reúne dez ensaios essenciais para entender a identidade do negro estadunidense.
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Edu 29/12/2020

Pensamento crítico
Baldwin é uma das vozes negras americanas mais importantes. É Interessante ter a visão de mundo dele tão madura nesses ensaios que se complementam. Podemos perceber sua angústia, sua ansiedade, seu desgosto, a raiva, a resiliência e aceitação. Ele estava cansado, mas sua voz ecoa reflexões sobre o racismo até hoje e com certeza continuará no futuro
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Livia Lucas 27/12/2020

James Baldwin é um tanto irreverente em "Notas de um filho nativo", e isso fica óbvio por conta da sua escrita com palavras coléricas, carregadas de um pessimismo insolente (que me identifiquei) em relação a posição do negro estadunidense em seu próprio país, que o enxerga como "intruso" e o expurga de sua história. Involuntariamente, minha mente se volta para o Brasil e começo a fazer associações ? que nem sempre são lógicas sob o olhar do outro ? sobre a população negra brasileira e sua posição neste país que, também, vê o negro como algo externo a substância que o integra. Portanto, digo, sem nenhuma dúvida, que este país nos odeia, e nos trata como alienígenas, dizendo constantemente que não deveríamos estar aqui, que não somos daqui, e tentam nos embranquecer e nos matar para que não reste nenhum resquício de nossa existência neste solo manchado com nosso próprio sangue e suor. Mas resistimos.

"Notas de um filho" traduz esse sentimento de ser o estranho, o Outro. Num compilado de dez ensaios, James Baldwin fala sobre arte de modo geral; perpassa por sua infância e adolescência no Harlem; assim como a experiência enquanto um homem negro americano em Paris. Aqui, neste livro, tive oportunidade de conhecer o autor e observar sua perspicácia invejável. Antes, o conhecia apenas pelos seus romances, mas nesses ensaios James Baldwin se mostrou extremamente talentoso. Um escritor nato. E que com certeza é uma grande inspiração para mim, sendo o meu escritor favorito.
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