Notas de um filho nativo

Notas de um filho nativo James Baldwin




Resenhas -


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naoeumaresenha 01/05/2024

E o mundo jamais voltou a ser branco
Quando me interessei por esse livro li ele através de bell hooks, na verdade me interessei por james baldwin, quem era o homem negro homossexual que escrevia em 1950 desafiando todas as estruturas racistas e homofóbicas dos estados unidos.

li alguns de seus romances, e nesse livro de ensaios encontrei a mesma escrita feroz. certo em tudo que diz, baldwin destrincha em todos os ensaios a síntese da identidade. o homem branco fez questão de criar o homem negro, mas não se conhece enquanto ser identitário.

genial, perspicaz e contundente.
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felipeabeijon 18/01/2024

Quero ler mais coisas dele.

Do histórico de leitura: O fim do prefácio, em que ele escreve "O que aconteceu, no decorrer do meu tempo, foi o que aconteceu com meus antepassados. Nenhuma promessa feita a eles foi cumprida, nenhuma promessa feita a mim foi cumprida, e tampouco posso aconselhar os que vêm depois de mim, nem meus semelhantes espalhados pelo mundo, a acreditar em uma única palavra proferida por meus compatriotas moralmente corrompidos e desesperadamente desonestos.", me lembrou da Nina Simone em Mississippi Goddam, cantando "Oh but this whole country is full of lies / you're all gonna die and die like flies / I don't trust you any more / you keep on saying "Go slow!"". E as suas críticas ao romance de protesto - especialmente a parte em que ele fala sobre o relato de atos brutais -, me lembraram algumas séries e filmes atuais, como a série Them - que muita gente deixou de assistir.
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leobalarin 21/08/2023

Um livro forte e bastante necessário.
James Baldwin é um autor brilhante e nesse livro ele consegue nos deixar imersos em seu mundo e em todas as histórias que ele nos conta.
Os desafios de ser um homem negro, pobre e gay nos Estados Unidos, sua vivência com o racismo, sua história na França, o episódio da morte de seu pai, são algumas das memórias relatadas por ele.
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Luciano 12/08/2023

O ensaio que dá título ao livro descreve o luto da morte do pai do Baldwin e seu relacionamento com ele ainda em vida. É um texto de uma sensibilidade fenomenal.
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fev 27/06/2023

A minha percepção do texto de James Baldwin é de uma construção extremamente coesa. Não faltam e nem sobram palavras. Ele consegue captar e transmitir o que deseja na junção de cada pedaço de palavras e frases que formam os ensaios dessa coletânea. Mas não só aqui. Essa mesma percepção está nos outros dois romances do autor que já li. Esse texto redondinho pode agradar e conquistar, e quando não o faz, traz questões para refletirmos e questionarmos os apontamentos de Baldwin.

Notas de um filho nativo é uma coletânea que reflete o que James Balwin era. Ele discute sobre racismo, religião, produção artística negra, família, cultura entre outros assuntos. Os meus ensaios preferidos são aqueles com teor mais pessoais e os que ele reflete sobre a sua vivência na França. São textos incríveis. O meu único problema com essa coleção é que James Balwin era norte-americano demais. Ninguém é perfeito.

No mais, esses ensaios mostraram porque fiz de Baldwin uma das minhas referências. Há aqui muito do que preciso para refletir sobre mim e a sociedade. Um grande livro. Recomendadíssimo.
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Camila 10/05/2023

Meu primeiro contato com a escrita de James Baldwin, já conhecia sua obra de documentários e que escritor incrível. Suas reflexões são potentes e reverberam dentro da gente, ainda mais por ser alguém indisculpavelmente imperfeito. Ele não se propõe a ser o pensador negro idealizado que tem todas as respostas e nunca falha, muito pelo contrário. Um livro que com certeza revisitarei
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Livros e Pão 05/05/2023

Forte, melancólico e único
Este livro é simplesmente sensacional. Baldwin é um ensaísta genial e escreve de modo claro, profundo e singelamente íntimo. A impressão que fica é a de que o livro vai simultaneamente ganhando força e mostrando o seu lado mais pessoal (o que normalmente é considerado negativo em ensaios) conforme vai progredindo.
Capítulos de maior destaque positivo para mim foram "Viagem a Atlanta", "Notas de um filho nativo" (impossível não destacá-lo) e "Um estranho na aldeia". Recomendo!
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Patricia 29/04/2023

Ensaios sobre o impacto de viver sob o signo raça nos Estados Unidos, na Europa e diria que se encaixa a realidade brasileira de certa forma.
Os textos complementares são muito bons.
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Bruno Marcolino 16/05/2022

Notas de um Filho Nativo
Mais um do Baldwin lido e continua encantando pela forma de escrita, aqui, mais incisiva. Gostei muito dos textos de apoio, ajudam muito na questão biográfica do autor e da importância de suas obras. Adorei a leitura.
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Rafael 27/02/2022

Um mundo que não é mais branco
Ao invés dos romances que tornaram James Baldwin famoso, foi através dos ensaios reunidos em "Notas de um filho nativo" (1955), primeira obra não-ficcional do autor, que passei a conhecê-lo.

Incentivado pelo amigo Sol Stein, Baldwin passou a escrever este livro, apesar de à época se considerar jovem demais (31 anos) para publicar suas memórias. Enquanto negro e homossexual, o novaiorquino oriundo do Harlem, com períodos de autoexílio na França (Paris) e na Suiça (Leukerbad), já tinha muito a nos contar, porém.

Na nota autobiográfica contida na obra, é possível observar a grande preocupação de Baldwin sobre como a questão racial é abordada no meio literário. Sobre o negro, "Não é só por se escrever tanto sobre ele; é porque o que se escreve é muito ruim" (p. 32). Nesse patamar foram colocados romances de protesto muito populares, como "A cabana do Pai Tomás" (1852), criticado por seu terror teológico e pelas fantasias sentimentais, sem qualquer ligação com a realidade.

Embora estadunidense, Baldwin acreditava que era um bastardo, um intruso no Ocidente. Sentia que a linha de seu passado o levava até a África, de modo que Shakespeare, Bach, as pedras de Paris ou o Empire State Building não abrigavam sua história ou compunham seu legado.

Em parte, esse estado alienante de não-pertencimento ou estranhamento aponta não só para uma história de injustiças e de supremacia branca, mas também para marcos de resistência e de lutas identitárias do povo negro.

"Este mundo não é mais branco, e nunca mais voltará a ser.? (p. 199)
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Luis Felipe S. Correa 05/04/2021

Um convite à reflexão
Notas de um filho nativo é um livro que tem a finalidade de enriquecer os debates sobre raça. É simplesmente brilhante. Incrível o fato de livro, apesar de publicado em 1955, permanecer tão atual. A obra permite a compreensão de diversos fenômenos raciais presentes no cinema, literatura e demais segmentos da sociedade. Tem uma pegada extremamente profunda. É um verdadeiro convite à reflexão.
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Davi.Dallariva 21/02/2021

Essa foi só a segunda vez que li James Baldwin, mas ele já se tornou um dos meus autores favoritos. Eu adoro a forma como ele escreve.

Notas de Um Filho Nativo reúne dez ensaios essenciais para entender a identidade do negro estadunidense.
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Edu 29/12/2020

Pensamento crítico
Baldwin é uma das vozes negras americanas mais importantes. É Interessante ter a visão de mundo dele tão madura nesses ensaios que se complementam. Podemos perceber sua angústia, sua ansiedade, seu desgosto, a raiva, a resiliência e aceitação. Ele estava cansado, mas sua voz ecoa reflexões sobre o racismo até hoje e com certeza continuará no futuro
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Livia Lucas 27/12/2020

James Baldwin é um tanto irreverente em "Notas de um filho nativo", e isso fica óbvio por conta da sua escrita com palavras coléricas, carregadas de um pessimismo insolente (que me identifiquei) em relação a posição do negro estadunidense em seu próprio país, que o enxerga como "intruso" e o expurga de sua história. Involuntariamente, minha mente se volta para o Brasil e começo a fazer associações ? que nem sempre são lógicas sob o olhar do outro ? sobre a população negra brasileira e sua posição neste país que, também, vê o negro como algo externo a substância que o integra. Portanto, digo, sem nenhuma dúvida, que este país nos odeia, e nos trata como alienígenas, dizendo constantemente que não deveríamos estar aqui, que não somos daqui, e tentam nos embranquecer e nos matar para que não reste nenhum resquício de nossa existência neste solo manchado com nosso próprio sangue e suor. Mas resistimos.

"Notas de um filho" traduz esse sentimento de ser o estranho, o Outro. Num compilado de dez ensaios, James Baldwin fala sobre arte de modo geral; perpassa por sua infância e adolescência no Harlem; assim como a experiência enquanto um homem negro americano em Paris. Aqui, neste livro, tive oportunidade de conhecer o autor e observar sua perspicácia invejável. Antes, o conhecia apenas pelos seus romances, mas nesses ensaios James Baldwin se mostrou extremamente talentoso. Um escritor nato. E que com certeza é uma grande inspiração para mim, sendo o meu escritor favorito.
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none 05/12/2020

Literatura negra importa
Demorou para James Baldwin ser devidamente publicado e reconhecido no Brasil. Suas obras mais importantes foram traduzidos anteriormente por editoras menores e clubes de leitura, mas não da forma que deviam de modo a alcançar leitores que se identificassem com esse autor.
A introdução de Edward P. Jones nos mostra que o autor esteve perto de pessoas que participaram dos grandes eventos históricos, a saber Martin Luther King e Malcolm X, mas desde jovem no Harlem viu a realidade violenta contra os negros indireta e diretamente. Seus ensaios tratam da literatura, da história do seu tempo, das viagens, mas sempre sob a perspectiva do americano e do negro e sua cultura, costumes e religião frente à cultura, costumes e religião de judeus, europeus, americanos e brancos.
Todos precisam ler!
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