B.C.V 17/05/2023
Becos da Memória
Como era de se esperar, mais um livro da escola é interessante, porém extremamente entediante.
Eu consigo perceber a importância e o significado de um livro como esse ter sido publicado e de contar a história que conta. Eu só não gostei do modo que a autora estruturou o livro.
O modo de contar diversas histórias de diversos personagens ao mesmo tempo, onde todas as narrativas se conectam, não me agradou.
A falta de marcação de capítulos me irritou, não posso negar. A cada mudança de narrativa eu me forçava a escrever uma observação para entender o que estava acontecendo.
A história em si é interessante, me permitiu ter uma noção de como a classe pobre, negra e favelada vive. Como é difícil e a vivência é extrema todos os dias.
Acho que ter lido esse livro foi muito importante para a minha formação como pessoa, é um livro narrado por pontos de vista de pessoas negras, sobre a vida de uma classe a qual eu não pertenço nem tenho contato direto.
Percebi que a Maria-Nova era a narradora logo no início, quando ela foi introduzida como personagem. Não sei exatamente o porquê, mas eu adorei as histórias do Negro Alírio com a Dora, e a história da Ditinha. Senti muita pena do Tio Totó, queria ter entendido como seus filhos (José e Maria) morreram. Achei toda a ideia da Outra muito boa, me cativou e me fez ler com mais vontade. Vó Rita me lembra da minha avó, puro amor, carinho e gentileza.
Enfim, por não conseguir me identificar e a estrutura do livro me irritar, eu não adorei o livro. Porém como falei antes, fico grato de ter que ter lido ele, a escola sabe o que faz quando nos põe para ler esse tipo de livro.