Garoto em Verso 24/09/2023
Anos 80, Uma Playboy & Três Semi Delinquentes
Sempre tive interesse em histórias centradas em "Vamos Fazer um Jogo" me amarro nesse conceito. Em Fortaleza Impossível centralizamos esse conceito nos anos 80, no início da revolução da computação.
Com um começo fraco, piadas machistas, gordofobicas, homofóbica e classistas que me deixaram com um gosto ruim na boca e não, os protagonistas terem 14 anos, não é desculpa, admito que não esperava muito da história, a decepção antecipada pairava como a lâmina de uma guilhotina, porém, bem rapidamente entramos no assunto que me fez ter interesse pelo livro, o jogo "Fortaleza Impossível", a alma da trama está aqui, na relação de Will, Mary e a jornada de criação de um jogo revolucionário.
Todo o drama do plot secundário não me interessou, não conseguia ver um bando de nerds tarados como delinquentes, por mais que o livro insistisse que esse era o rumo que eles estavam destinados com a missão Vanna White (não tem nada que grite mais "Escrito por um homem hétero" que essa missão, Amizade kk)
Teve um Twist bem inesperado no final, admito, e o desfecho foi bem satisfatório, especialmente para mim que só estava lendo pelo plot do desenvolvimento do jogo mesmo.
Enfim o enredo consegue ser agonizante e bem clichê quando quer, porém, tem um charme bobo que te faz perdoar alguns pecados morais, estou passando um pano enorme aqui só porque gosto muito de histórias centradas em código de computador.
O livro fica realmente bom lá para o primeiro terço narrado, não é uma história marcante nem revolucionaria, só uma distração para um fim de semana sem muita coisa para fazer.