Patricia.Christman 06/09/2021Envolvente e sombrioO que dizer de um livro tão complexo e emocionante?
Primeiramente, digo que se você é mais sensível a gatilhos, já pode abandonar o barco.
Jardim dos Famintos é um livro forte, ousado e visceral. Suas descrições da violência humana e da carnificina causada pelo pandemônio vão abalar até os mais fortes.
“Estamos sendo caçados. Você sabe que estamos o tempo todo sendo caçados. ”
Quando um grupo de pessoas desperta em uma terra desconhecida e sem nenhuma lembrança de quem são, vamos descobrir uma luta por sobrevivência. Eles carregam mascaras estranhas em forma de animais, e sentem uma ligação com elas. Mas o que vão descobrir é que elas são muita mais que isso, e podem ser sua única chance de sobreviver.
Estranhos, acuados, famintos e sem saber de onde vieram e muito menos que são, essas pessoas terão que se esforçar ao máximo para trabalharem juntos e ainda lutar contra uma incontrolável fome por carne humana.
“O sangue não pode tocar o solo.”
Um mundo a ser descoberto. Jardim dos Famintos é uma fantasia incrível com descrições e cenários maravilhosos e arrepiantes. Vamos descobrindo tudo juntamente com os personagens e muitas vezes não sabemos se vamos sobreviver ao próximo parágrafo, assim como os personagens. Ou vamos nos entregar a fome de carne e sangue que é insaciável e mortal!
“Pandemônio: a manifestação mais absoluta da loucura. Corpos colidindo com violência desmedida. Ira, êxtase e Agonia. Dentes em bocas sorridentes procuram carne para rasgar, gargalhando, chorando, soluçando, compondo uma sinfonia medonha. Mãos, cujos dedos ficam a carne no intuito de despedaçá-la, também golpeiam ossos, errática e bestialmente. Não há homens, apenas monstros exibindo sua natureza mais doentia”.
Uma viagem sem volta onde o único destino se resume a sobreviver ou não.
Descobrir de onde veio e para onde vai é um bônus para poucos...
"Que sua viagem seja agridoce"
Está pronto para partir?
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