Kaique.Nunes 07/03/2019
Em A Alma do Mundo, Roger Scruton defende a realidade de uma dimensão transcendente e sustenta que a experiência do sagrado desempenha um papel decisivo mesmo em uma sociedade secular. Sem defender doutrinas ou práticas de uma fé em particular, o autor prega a necessidade de uma visão religiosa, apolítica e trans-histórica do mundo, especialmente no contexto de ruptura do consenso social e político que vivemos hoje.
A obra traz o conceito de “dualismo cognitivo”, que significa que um humano pode ser explicado tanto como um organismo físico, quanto como uma pessoa subjetiva que se relaciona com o mundo através de conceitos que não pertencem às ciências físicas. Sem essa perspectiva subjetiva, é impossível entender a vida humana.
A discussão sobre a experiência do sagrado não é estritamente religiosa. Pois para Scruton, a arte, a arquitetura, a música e a literatura podem ser canais que permitem aos indivíduos a evasão da realidade concreta e o contato com Deus. Já que nenhuma expressão artística pode ser explicada exclusivamente por seus elementos materiais. Há em cada criação um “algo mais” que evoca uma realidade paralela, irredutível à razão e à ciência.
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