O Lado Escuro da Madrugada

O Lado Escuro da Madrugada Roberto Giacundino




Resenhas - O lado escuro da madrugada


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30/01/2018

O LADO ESCURO DA MADRUGADA
Primeira leitura de 2018 e amei.

Confira a resenha lá no meu blog e o link segue abaixo.


site: http://www.lucianadequeiroz.com/2018/01/resenha-o-lado-escuro-da-madrugada.html
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Maria - Blog Pétalas de Liberdade 27/12/2017

Resenha para o blog Pétalas de Liberdade
Narrada em terceira pessoa, a história nos apresenta a jornalista Sandra Garcia, que estava no Teatro Municipal de São Paulo para uma cerimônia de entrega de prêmios. Eis que, um publicitário que havia ganhado um importante prêmio naquela noite por uma campanha contra o preconceito, foi morto dentro do teatro. O publicitário era amigo de Sandra, e ela, com seu faro investigativo, ia fazer o possível para descobrir quem matou seu amigo e por qual motivo, já que a primeira suspeita, um roubo seguido de morte, não lhe parecia nem um pouco aceitável!

"Sandra estava ficando impaciente. Talvez devesse ser mais cuidadosa. O tempo de correspondente havia passado, não precisava ficar se metendo em encrenca. Era sentar como âncora do jornal e repassar notícias sem mexer uma só palha. Mas quem ela estava tentando enganar? Este não era o seu método. Queria participar, levantar pontas soltas, descobrir quem matara Evandro. Resolveu, então, reforçar suas ideias:
- Ainda não acredito em latrocínio. Em pleno Teatro Municipal? Em uma noite de evento? Meus caros - disse ela em tom de deboche -, sejam menos ingênuos. Quem garante que não houve um assassinato premeditado, com roube de pertences para desviar as suspeitas? Não acham estranho o fato de ele ter discutido com Rogério ontem? E Elcy, onde estava no momento em que ele foi morto? Outro detalhe: alguém já falou com aquele segurança que parecia ter rodinhas no pé e estava com cara de assustado? Teria sido uma invasão? Seria uma vingança de skinheads ou neonazistas contra um negro que se destacava pela luta contra o racismo?" (página 34)

Em suas investigações, ela acabaria se colocando em risco, assim como outros crimes seriam cometidos. O publicitário morreu por provocar neonazistas com sua última campanha? Por uma dívida com o tráfico? Ou teria sua ex-namorada algo a ver com isso? Só lendo para vocês descobrirem!

"- A única coisa que sei é que onde tem acontecido encrenca, o seu nome está envolvido. Vou lhe dizer uma coisa: isso não é um romance policial, ou um filme de detetives. Então, o que quer que esteja acontecendo, quero que você seja transparente e me conte de uma vez por todas. Não sou o policial burro que não pode saber da verdade com o perigo de não acreditar nas suas teorias malucas! Posso não acreditar, mas, nesse momento, considerarei tudo. Me fale toda a verdade!
Sandra suspirou e passou a mão pelos cabelos. Aquele era um momento importante. É claro que ela pretendia continuar investigando por conta própria, mas não poderia ficar calada e deixar uma sombra pairando sobre seu nome." (página 139)

Alguns conhecidos já tinham lido "O lado escuro da madrugada" e elogiado muito o livro, então eu comecei ele cheia de expectativas, e no comecinho estava me perguntado o que de tão especial esses conhecidos tinham visto na obra. Até que esse algo especial apareceu, a medida em que fomos conhecendo mais do passado e do segredo que a Sandra guardava, enquanto sua investigação do crime ia avançando, fui gostando cada vez mais da história. A escrita do autor foi ganhando ritmo ao longo dos capítulos. E aí veio o final! Um final inesperado e surpreendente, ainda que o autor tenha nos dado pistas ao decorrer da leitura, eu nem imaginava qual seria a verdade.

Esse é o primeiro livro publicado pelo Roberto Giacundino, e ele já começou muito bem! A ambientação no Brasil ficou bem feita. O enredo envolvendo funcionários de uma emissora de TV ficou interessante (além da jornalista Sandra, temos toda a equipe que trabalha com ela no jornal que apresenta, e o publicitário tinha sua agência dentro do prédio da emissora). E por mais que eu tenha começado a leitura desconfiando de tudo e de todos, afinal, estamos em busca de um assassino, os personagens foram me cativando. Gostei bastante da representatividade que há na obra, há negros, gays, pessoas com dificuldade de locomoção... E aí temos Sandra, uma mulher corajosa, que passou por coisas bem complicadas no passado e convive com uma culpa dentro de si, mas sua história de superação é inspiradora.

A edição da Pandorga tem uma capa bonita, páginas amareladas finas, diagramação com letras, margens e espaçamento de bom tamanho. Achei interessante como no início de cada capítulo havia uma ilustração de galhos secos, e no epílogo (obrigada por esse epílogo, Roberto, pois o capítulo final tinha me deixado com o coração partido pensando que algo tinha acontecido com determinado personagem) há a ilustração do galho com as folhas.

Enfim, "O lado escuro da madrugada" é um livro que eu gostei e recomendo, especialmente para quem procura bons romances policiais nacionais e de leitura fluida, pois os 75 capítulos curtos da obra parecem voar quando você se vê extremamente curioso para descobrir o destino de Sandra Garcia.

site: http://petalasdeliberdade.blogspot.com.br/2017/12/resenha-livro-o-lado-escuro-da.html
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Kamila 13/09/2017

O Lado Escuro da Madrugada nos apresenta Sandra Garcia, uma jornalista investigativa que está prestes a ser reconhecida por sua carreira, que, aliás, foi um tanto meteórica. Ela e vários outros profissionais de comunicação estão no Teatro Municipal para receber um certo prêmio. Entre os presentes estão os irmãos Evandro e Simão Jordel. Eles são publicitários e receberão um dos prêmios por sua peça publicitária, um comercial que denuncia o preconceito - lembrando que os irmãos são negros e vieram da periferia, e esse detalhe é crucial para o andamento da trama.

Porém, durante a festa, Evandro Jordel é assassinado. Ele e Sandra eram próximos, por isso a jornalista ficou abalada, mas, uma certa abotoadura encontrada por ela a faz querer mergulhar de cabeça nessa história. Isso porque a abotoadura tem uma suástica desenhada. Isso mesmo, nesse Brasil de nós todos, miscigenado até o olho do brioco, tem gente fã do Hitler.

Sandra trabalha na TVG, a maior emissora do país. Ela é conhecida por suas matérias tensas, onde não foge da raia, investiga até o fim. Durante os primeiros dias de investigação, chega um certo Fabio Guedes à redação. Ele já trabalhava na TVG, mas na parte destinada às novelas, como diretor de externas. Ele será um parceiro e tanto para nossa protagonista. Sua linha de pensamento é parecida com a dela, que enveredou pela linha do neonazismo (nazista brasileiro é uma piada pronta).

Enquanto ela investiga, certos fantasmas do passado voltam a atormentar a jornalista. Sandra também tem sua história pra contar. Uma história vencedora, mas com uma mácula. E é essa mácula não a deixa dormir. Porém, seu foco é encontrar o assassino de Evandro, e, para isso, ela vai contar com a ajuda do já citado Fabio, de um certo hacker e de Simão, o irmão que ficou. Uma história que tem vários plot twists, um romance policial brasileiro que não perde em nada para os de fora (até mesmo os meus queridos escandinavos).

Quando eu recebi o exemplar de O Lado Escuro da Madrugada, através da parceria do blog com a Oasys Cultural, admito que estranhei o tamanho do livro. Um romance policial com 270 páginas? Pra mim, que estou acostumada com os scandi-crimes, que tem, no mínimo 400 páginas (tenho aqui em casa livros de cinco suecos: Stieg Larsson, Camilla Läckberg, o casal Börjlind e Henning Mankell, e tirando a dupla Sjowäll-Wahlöö - que, como precursores do gênero como conhecemos, escrevia pouco pensando naquelas edições de bolso, voltadas pro povão mesmo -, essa galera que citei escreve uns livros bem grandes) ver um romance com tão poucas páginas é algo um tanto inédito, mas isso não influencia em absolutamente nada na qualidade do texto.

Sandra Garcia (não tem nada a ver, mas o nome me fez lembrar de Sandra Gomide, jornalista assassinada em 2000 pelo ex-namorado) tem uma carreira que muitos jornalistas sonham: ascensão rápida, reconhecimento, muitas matérias importantes no currículo... tudo isso depois de viver uma juventude pesada numa cidade interiorana. A morte do amigo Evandro a faz suscitar muitas dúvidas, mas seu faro espetacular sabia que tinha algo errado.

O pior é que eu acertei o assassino logo nas primeiras páginas, mas duvidei de mim mesma (e só percebi isso enquanto escrevia essa resenha) e descartei minha suspeita - definitivamente, eu seria uma péssima protagonista de romance policial - mas, se você ler e passar pela mesma situação que eu, também vai fazer a mesma coisa.

Fabio Guedes, que homem! Vai aparecer ainda no início, mas vai se mostrar um parceiro e tanto para Sandra. Não deveria, porque quando leio romance policial, quero ver sangue derramado e investigações, não romance propriamente dito, mas shippo esses dois. Além de ser lindo e maravilhoso e super competente, está sempre preocupado com a Sandra, sempre pensando no bem dela, sem ser perseguidor ou chato.

O outro integrante do trio é o hacker HD Darth Verde. Um nerd de óculos fundo de garrafa, de camisa verde surrada e dificuldade de locomoção. Isso mesmo, uma jornalista se alia a um hacker para desvendar um crime de ódio - onde vocês viram isso? Alguém pensou em Millennium? (postei e saí correndo). Ele é funcionário da TVG e manja de Deep Web, aquela parte da internet que é obscura, onde pedófilos, neonazistas e a escória da humanidade se une pra fazer o que fazem de melhor: nada que se aproveite. HD será essencial na busca de Sandra pelos detalhes do grupo neonazista que estaria por trás do assassinato de Evandro.

Uma coisa que preciso dizer: nunca me senti tão identificada num livro. A história se passa em São Paulo, mas não na SP dos endereços lugar-comum, tipo Avenida Paulista, mesmo a Sandra morando próximo da Paulista, e sim pela Igreja de Santa Efigênia, Vale do Anhangabaú, Praça do Patriarca e endereços que o povão conhece - e me identifiquei porque passo por alguns deles (Anhangabaú, principalmente) todo santo dia, pois fazem parte do meu itinerário. E isso foi tão legal, tipo, visualizar a protagonista passando pelo Anhangabaú (o que é perigoso, por sinal) procurando sabe-se lá o quê. Por isso que é importante escrever histórias que se passem aqui no nosso país - mesmo tendo personagens gringos, tipo o meu filhote Segunda Chance...

Por incrível que pareça, a edição da Pandorga está boa. Em relação a outros livros da mesma editora que li, eles melhoraram bastante no quesito revisão. Eu peguei uns que a qualidade de revisão era horrível, neste, apesar de um ou outro erro, o trabalho ficou bom. A capa, em que uma moça corajosa sai correndo no meio da noite, tem total sentido à trama, uma capa muito bonita.

O Lado Escuro da Madrugada é mais um exemplo de como a literatura policial brasileira tem ótimos representantes, mas que não é tão vista assim pelo público. Foi uma grata leitura e espero que o autor continue escrevendo nesse gênero e, o mais importante, crie novas histórias com Sandra Garcia!

site: http://resenhaeoutrascoisas.blogspot.com.br/2017/09/resenha-o-lado-escuro-da-madrugada.html
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Alex Nascimentto 08/09/2017

Gente, hoje venho falar pra vocês dessa leitura fantástica que fiz no mês passado. Sei que estou um pouco atrasado, mas a correria tá enorme aqui... Se vocês gostam de um romance policial, anota aí: O Lado Escuro da Madrugada. Edição fantástica e atraente, acredito que isso ajudou muito na hora de ler, é narrado em primeira pessoa.

Temos aqui a história de Sandra Garcia, uma conhecidissima repórter investigativa, que é conceituada pelo que já fez no meio televisivo como cobrir catástrofes, guerras e mortes.
Numa noite importantíssima para as estrelas da TV, Evandro Jardel é assassinado, logo após receber seu prêmio ir uma campanha feita contra o preconceito. Ele e seu irmão, Simão, tem uma renomada agência publicitária.

Sandra sabendo do que aconteceu, decide investigar por conta própria o que resultou na morte de seu colega de trabalho e acaba se deparando com um grupo de neonazistas. Ela, como sempre foi, está disposta a mover céus e terras para saber quem está por trás disso tudo.
Outros personagens também movimentam a obra de forma excelente como o polícial Matarazzo; Ronil; Elcy, uma apresentadora de um programa que já foi sucesso; o repórter, Rogério Farias, e o diretor de externas, Fábio.

A cada descoberta novas mortes acontecem deixando o livro mais instigante.
O autor em sua obra escreveu com muito cuidado para não perder nenhum detalhe, ainda que trate de temas bem complicados.
Recomendado aos queridos leitores que gostem de um mistério cheio de surpresas.
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Léo 31/08/2017

Leitura de tirar o fôlego. Escrita caprichada
''O Lado Escuro da Madrugada'' apresenta um enredo cheio de trajetórias que se alteram a cada capítulo transformando incessantemente o que se espera do seu desenlace, pois novos pensamentos começam a se passar pela mente do leitor que se vê em um grande labirinto perigoso cercado por figuras suspeitas e expostas com toda maestria de Roberto Giacundino, que mostra uma escrita ritmada e gradativa flexionando com facilidade a atenção do leitor. E não apenas pela razão de o gênero ajudar nesse detalhe de sedução, mas por toda a eficácia concentrada e transportada à obra. Roberto Giacundino comprova, assim como outros autores do gênero, que o grupo de autores do thriller literário nacional cresce e evolui consideravelmente em muitos aspectos, não deixando nada a desejar se comparados a conhecidos nomes do meio. A habilidade em alterar as cenas, as pistas, as respostas e os argumentos se tornam claras e caracterizam também a redação do autor, assim como os clímax mirabolantes que transitam nos trechos mais significativos da obra conduzindo a vestígios importantes para a aclaração dos crimes: ''Este é o problema da imprensa escrita: muita fantasia, pouca realidade. Não podemos transformar este caso em novela policial! Devemos informar o que é fato...''.

Os personagens primeiro se entregam às próprias veredas para depois se embaralharem entre uma profusão de substâncias, a incluir seus passados misteriosos e seus presentes duvidosos, que podem ser retrucados pelo leitor ao ponto de se tornarem fundamentais para o entendimento completo do ótimo enredo, que não apresenta ''buracos'' durante o seu desenvolvimento. ''O Lado Escuro da Madrugada'' conta com uma caracterização perfeita aos olhos do leitor apaixonado, que encontra, em um âmbito comum do cotidiano das personagens, uma protagonista determinada apesar de, em muitos instantes, hermética, e toda a sua cadeia de força e coragem. Já na premissa, Giacundino dá ares de que utilizará assuntos mais graves como o contexto de neonazistas e a discriminação racial, e isso realmente acontece, além de mostrar um relevo bem deslindado com referências de grupos skinheads. Na verdade, todo o cenário thriller desenvolvido pelo autor é muito digno de um grande roteiro cinematográfico. Todo o processo de leitura vai sendo feito como a apresentação de uma aquarela profunda e enigmática, que dissolve aos poucos - e no instante mais oportuno - a sua variação, tornando-se um único elemento no meio das grandes expectativas: ''Sandra estava com a adrenalina a mil com a descoberta feita no vídeo... Tudo fazia sentido! Se aquela afronta tivesse sido notada por algum grupo de neonazistas, a morte de Evandro poderia ser uma mensagem...''.

O lado do thriller psicológico é bem observado no tocante a personagem Sandra - a protagonista -, que no decorrer da trama trepidante se vê sufocada por todos os lados e busca formas de se livrar não somente de seus temidos inimigos mas até mesmo de seus próprios medos e questionamentos; o leitor a vê como uma personagem que, sem se dar conta, entra em um ciclo vicioso e acaba sentindo a necessidade de fugir até mesmo de sua própria sombra. Dessa forma o leitor encontra mais razões para se jogar de cabeça no complexo e instigante mundo das personagens, correlacionando passado e presente e duvidando de todos e de tudo. Contudo, ''O Lado Escuro da Madrugada'' é realmente um modelo de thriller criminal onde o autor aposta também no foco subentendido do mentor criminoso e de suas ações contínuas e nada amistosas. O tema dos assassinos em série (serial killers) talvez seja um tópico bem comum já visto nas obras de suspense, mas a aposta de Giacundino foi certeira, pois ao abrir o leque de possibilidades que os assassinos, assassinatos e perseguições permitem, ao mesmo tempo, consentiu em inovar em uma convergência de diversos outros fatores estimulantes. Está certo quem pensa que o thriller de mistério, criminal, psicológico e erótico até caminham juntos mas conduzi-los brilhantemente até o último suspiro requer demasiada competência, pois qualquer deslize quebra as pontas do dédalo e desfaz completamente a vibração com a leitura.

A profissão de Sandra - Jornalista -, tem grande importância e facilita a protagonista a seguir as pistas. Esse universo profissional também é bem caracterizado e deixa a trama com ares mais verídicos. O contato mais próximo - ainda que não percebido - da personagem com o desconhecido é possibilitado através de seus ditos aliados, personagens tão fundamentais na trama quanto a presença de um assassino. Dessa forma, sente-se cada vez mais próxima do alvo. Ou será que não? Será que a cada nova pista encontrada o assassino não estaria mesmo dois ou três passos à frente da jornalista? Ou quem sabe até, dois ou três passos ao lado da própria? Cada detalhe torna-se tão importante quanto as células de um corpo humano, e com muita inteligência Giacundino faz seu leitor perder o fôlego ao encarar um mundo totalmente ganancioso, doentio, sarcástico e dissimulado.

A escrita perfeita permite uma leitura sem pausas, e o desenvolvimento engenhoso oportuniza o aparecimento de uma obra promissora, com elementos (no geral) bem pontuados, pautados de maneira detalhada porém precisa. A partir de determinado momento é possível conhecer - e mesmo passear - pela mente das personagens, entendê-las - ainda que não por completo, e isso é ótimo -, e gerar questionamentos e intrigas para si próprio a respeito da conduta e mentalidade do ser humano. Percebe-se que uma das propostas do livro é exatamente essa, levar o leitor ao mundo obscuro que o cerca e deixá-los de fronte a ideias, ideais e intérpretes que fazem parte de um conjunto íntegro de uma sociedade corrompida. A analogia é equivalente e vale, disso o autor pode se contentar também.

O objeto de transmissão da obra é absoluto e transmitido em setenta e cinco curtos capítulos que aguçam o leitor e transformam o procedimento de leitura mais tranquilo e nada fadigante. Essa metodologia - também muito utilizada por outros autores - é rica e propícia para atrair novos leitores. Roberto Giacundino mostra segurança enquanto contorna um contexto atual e bem discutido na mídia e nos camarotes da inteligência policial. Essa segurança é passada para o leitor e logo observada em sua escrita, quando a consciência de suas personagens - que se tornam complexas peças que se desmontam em meio a tantas descobertas e surpreendem o leitor - por fim chegam à superfície: ''... Parou o carro numa rua deserta, perto de um terreno baldio. Precisava colocar as ideias em ordem... avisou-o sobre sua investigação e a suspeita sobre Rogério, e pediu urgência, alertando-o de que se interceptassem ele na próxima hora, era possível que o encontrassem com drogas!".

O livro se assemelha a um vivo e assustador puzzle (quebra-cabeça) com a finalidade de expressar os extremos entre a verdade e a mentira, o que é, não é e o que só parece ser. Os batimentos cardíacos aceleram e a respiração arfante não para por um segundo. Enquanto o autor desvela uma obra extremamente caprichada, o leitor percorre um caminho arriscado e sem volta em busca de vestígios e ligações criminosas que desmascarem um assassino em série. A maneira audaciosa com que Roberto Giacundino pinta as bordas de ''O Lado Escuro da Madrugada'' tornando esta, uma arte da literatura thriller nacional, rendem aplausos ao autor e garantem a indicação mais do que merecida ao público. Este é um livro para se ler e lembrar todos os passos até a descoberta final de tirar o fôlego.


site: www.marcasliterarias.com.br
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@biaentreleituras 09/08/2017

Sandra é uma repórter investigativa que ficou conhecida por uma série de reportagens que fez como correspondente, ela cobriu muitas guerras e desastres e acabou se tornando respeitada mundialmente. Ela é uma mulher determinada e destemida, vai em busca da reportagem a todo custo. Já passou por muitas situações de risco e já tem mais experiência de campo do que colegas que trabalham no ramo há mais tempo.

Um evento importante estava acontecendo entre o pessoal da área de comunicação e Sandra estava concorrendo a um dos prêmios. No mesmo evento, seu colega de emissora seria premiado por uma campanha publicitária contra o preconceito.

A noite que deveria ser de comemoração termina com um assassinato. O seu amigo foi encontrado morto. A polícia é chamada, mas antes que eles tenham a oportunidade de chegarem ao corpo, Sandra retira um objeto da cena do crime. Uma abotoadura com uma suástica nazista!

A hipótese da polícia é de latrocínio e Sandra não acredita nela, quem invadiria o Teatro Municipal para roubar e matar um dos homenageados? Sandra não conta ao delegado sobre o objeto encontrado e segue em uma linha própria de investigação. Uma decisão audaciosa, mas ela está disposta a se arriscar para descobrir quem matou o seu amigo.

Entrando em terrenos cada vez mais perigosos, Sandra vai ter a ajuda de seu diretor de externas, do irmão de Evandro e de um hacker. Eles descobrem um submundo virtual onde gente do pior tipo espalha conteúdos terríveis e propaga o ódio. As coisas começam a ficar ainda piores quando mais mortes acontecem e Sandra tem certeza que existe ligação entre elas, só não conseguiu encontrá-la ainda.

Em meio a toda essa investigação perigosa, Sandra precisa confrontar o seu passado e encarar uma realidade que há anos vem rejeitando.

Nada é o que parece e o inimigo pode estar mais perto do que ela imagina.

Leia mais no link > http://vocedebemcomaleitura.blogspot.com.br/2017/08/resenha-o-lado-escuro-da-madrugada.html

site: www.vocedebemcomaleitura.blogspot.com.br
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@retratodaleitora 05/08/2017

Suspense de ritmo frenético e reviravoltas inesperadas
Quem vê Sandra Garcia na televisão, uma jornalista investigativa reconhecida mundialmente por suas reportagens chocantes e coragem ao enfrentar o desconhecido em busca da verdade, não pode imaginar o segredo que ela guarda à sete chaves sobre seu passado, que sempre foi um mistério para todos. Sua ascensão na carreira se deve a muita luta, e sua infância pobre e a situação que enfrentava em casa tiveram grande impacto no que ela se tornou; uma mulher forte e batalhadora que vai sempre atrás do que quer.

É uma bela noite de premiação no Teatro Municipal de São Paulo, sendo ela indicada a receber um dos maiores, o de melhor repórter investigativa; Muitos convidados de destaque na mídia estão ali, inclusive uma grande parte de seus colegas mais próximos da emissora na qual trabalha, todos em festa. Impossível acreditar que, ao final naquela noite, um dos convidados acabaria morto.

Ao lado do corpo, Sandra encontra um abotoadura com o relevo de uma suástica, símbolo nazista. Uma coincidência? O fato é que Evandro, a vítima, é negro e tinha acabado de receber o prêmio por melhor peça publicitária onde denunciava o racismo e preconceito. Para Sandra, as possibilidades são muitas, mas há apenas uma verdade, e é atrás disso que ela irá correr.

"Todos tinham a atenção voltada para o ocorrido, mas parecia que ninguém estava percebendo o óbvio: o assassino, provavelmente, ainda estava ali, junto deles."

Não é mais segredo que eu sou totalmente viciada em romances policiais e livros de suspense; dito isso, vocês imaginam minha empolgação lendo uma premissa tão fantástica quanto essa, não é? Pois bem, quando apareceu a oportunidade de realizar essa leitura eu nem pensei duas vezes, e assim que o livro chegou em minhas mãos eu já abri e comecei a ler. Quem disse que eu parei mais?

O livro já começa naquele momento decisivo, de onde a história vai se desenvolver e, no caso dos thrillers, esse é o primeiro contato do leitor com o crime, e é desse cenário que o mesmo poderá recolher e organizar as próprias pistas além de ter o contato inicial com os personagens mais importantes para a trama, como é o caso da jornalista Sandra, que no mesmo momento já começa a investigar.


O autor vai apresentando sua protagonista aos poucos, mas logo nos primeiros capítulos já temos um bom vislumbre de sua personalidade e sobre seu passado obscuro. É uma personagem corajosa, que sabe seu valor e deixa claro ao que veio. Os outros personagens aqui presentes são apresentados com menos descrição, como é de se esperar dado o tamanho do livro, mas o autor consegue construir e desenvolver cada um muito bem.

"_Morto?
Como Evandro Jordel estaria morto? Ela estava junto a eles já pouco menos de trinta minutos! Sandra sentiu um leve tremor, que se espalhou rapidamente por todo o seu corpo. Ela estava acostumada a ter acesso àquele tipo de notícia e já havia estado em muitas cenas de crime e assassinato, mas não esperava encontrar alguém tão próximo naquele estado."

Essa leitura é frenética! Não existiu um só momento no livro em que eu não estivesse atenta ao que estava lendo ou curiosa sobre os próximos movimentos dos personagens. O autor não poupa ninguém, mesmo!

O final conseguiu me deixar de boca aberta, realmente surpresa com a resolução do caso principal e a grande reviravolta que simplesmente tirou a trama dos eixos, sendo colocada em outra direção. Sobre a escrita do autor, é simples e dinâmica, com descrição suficiente para que o leitor consiga "pintar" os cenários em sua cabeça, mas não para tornar a leitura monótona, longe disso! Algo que me incomodou um pouco foi o uso excessivo do sinal de exclamação, especialmente na primeira metade do livro, e demorei um tantinho a me acostumar, mas no final deu tudo certo.

A edição, pela editora Pandorga, está super caprichada, com detalhes em cada capítulo e uma capa simplesmente incrível, que remete muito bem ao tom obscuro da trama, e também ilustra uma das cenas finais de maior tensão. Não encontrei erros de revisão.

Roberto Giacundino criou, neste que é seu primeiro romance publicado, um thriller que mantém o leitor imerso do começo ao fim. O livro superou minhas expectativas, e vou confessar que estou torcendo para que ele escreva uma sequência, e não porquê o final é aberto, pois não é, mas porque os personagens têm bastante potencial e muitos mistérios podem ser desenvolvidos ainda.

Leitura recomendada a todos os fãs de um bom suspense!

Para mais detalhes e imagens da edição, acesse o blog:

site: http://umaleitoravoraz.blogspot.com.br/2017/08/o-lado-escuro-da-madrugada-de-roberto.html
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