Biafort.Meireles 13/01/2024
Difícil, mas instigante e revelador
A forma como respondemos a perguntas e como tomamos decisões depende de dois sistemas: um automático e outro lento. O automático não desliga, mesmo quando precisamos pensar lentamente sobre o assunto ou decisão, podendo inclusive haver conflito entre eles. Mas é preciso saber que o automático pode ter vieses, erros sistemáticos, e entende pouco de lógica e estatística.
Bem no início do livro já me perguntei: será que não devemos levar muito a sério nossos pensamentos e crenças? Quis desistir, livro grande, cheio de informações difíceis, mas continuei.
Estava difícil antever uma solução para suprir as deficiências de nossos sistemas mentais para tomada de decisões de forma rápida. Somos influenciados pelo contexto, pela primeira impressão, pela emoção, por números previamente apresentados e até o cansaço, que leva a uma preguiça do sistema em buscar informações pra tomada de decisão. Também esquecemos que as coisas podem regredir à média sem que haja qualquer intervenção (alguns especialistas de finanças e empresários se gabam de ser bons, quando a sorte foi o principal motivo de seu sucesso).
Adorei saber que o autor foi ganhador do prêmio Nobel. Mais para o final do livro, voltei a ter dificuldade para entender, de novo. Se entendi bem, é assustador como damos peso alto a probabilidades pequenas, fazendo com que gastemos mais com seguros, por exemplo. Também é interessante notar que a aversão ao risco nos faz desistir de investimentos, por não estarmos vendo globalmente e sim focarmos nas perdas pontuais e seguidas.
No fim, entendi que é mais fácil identificar os erros dos outros do que os nossos. Quantos erros e vieses cometemos ao confiar plenamente nas histórias que criamos rapidamente. A ideia é que em situações chaves, reduzamos a velocidade e ativemos o sistema 2 (esforço).