Sobre a brevidade da vida

Sobre a brevidade da vida Sêneca




Resenhas - Sobre a brevidade da vida / Sobre a firmeza do sábio


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laxxal 16/02/2022

Essa leitura me gerou muitas reflexões e alguns choques de realidade.
Os conselhos de Sêneca não podiam ter sido mais claros sobre como nossa vida é extremamente breve e a necessidade de viver e aproveitar cada momento dessa experiência única e exclusiva.

Sêneca trás muitas informações de pensadores e líderes da antiguidade com visões de diferentes épocas para enriquecer ainda mais seu pensamento, instigando ações práticas para um "melhor aproveitamento" da vida.

Apesar de não concordar com uma coisa ou outra, achei um conteúdo de muita qualidade e bem interessante, recomendo!
aline 16/02/2022minha estante
rompeu o embargo literário então KKKKKKKKKK


laxxal 17/02/2022minha estante
kkkkkkkkkkkkkkkkk eu não acredito


laxxal 17/02/2022minha estante
acho que só daria pra ir até o fim se entrasse um gil do vigor pra animar a casa kkkkk


aline 17/02/2022minha estante
KFKWNFNWMSMADNWBFBFJS simm!! nossa mas que edição mais sem graça né


laxxal 17/02/2022minha estante
simmm, pessoal ta muito calminho kkkk




Guinho 17/12/2022

Sobre a firmeza do sábio.
Acabei de fazer uma releitura do segundo texto, sobre a firmeza do sábio.

Posso incluir esses dois textos contidos nessa coletânia na lista daqueles livros que mudaram a minha vida. Fiz essa releitura afim de refletir sobre a melhor maneira de agir diante de algumas situações.

Nada daquilo que se encontra ao nosso redor realmente nos pertence, é nosso apenas aquilo que carregamos no nosso interior, aquilo que ninguém pode nós tirar, nossa virtude.

A busca pela sabedoria te concede virtudes que se bem cultivadas serão realmente suas.

Não devemos permitir que as injúrias, por mais graves que sejam, levem consigo o nosso ânimo e nossa dignidade. Tampouco devemos permitir que palavras, indiretas, desfeitas, e pequenas ofensas - aqui chamadas de contumelias - sejam capazes de nós ofender.

O sábio aqui é tido como um modelo para que saibamos o que a busca pela sabedoria pode nós conceder.

Um homem íntegro, que não se deixa abalar pelas condições externas é do interesse de toda a humanidade.
aartemesalva-nat 17/12/2022minha estante
Guinho, se você amou esse livro espere até ler Sobre a Ira. Sou suspeita para falar, Sêneca é o meu estoico favorito.


Guinho 17/12/2022minha estante
Vou pegar ele assim que der. :)

Não li livros de outros estoicos além de Sêneca, mas acho a escrita dele sensacional, não é atoa que continua sendo lido mesmo depois de tanto tempo!

Você já leu algo do Epicteto?


aartemesalva-nat 17/12/2022minha estante
Sim, e Meditações de Marco Aurélio.


Guinho 17/12/2022minha estante
Já leu a trindade então, hahaha a arte de viver parece ser um livraço também




joursdanslavie 28/03/2024

Slow down you crazy child you?re so ambitious for a juvenile
Esse livro foi transformador para mim, de maneira muito simples Sêneca modificou a minha perspectiva de vida, me fez parar e refletir sobre o que realmente já vivi, e o tempo que perdi em busca de coisas que são insignificantes, materiais e instáveis. Quanto tempo de nossas vidas perdemos reféns de algo/alguém? O que realmente importa? Será que realmente existe prazer em trabalhar, trabalhar e trabalhar na ambição de ter sempre mais? E os vícios que alimentamos constantemente, o quanto eles ocultam a beleza de nossas vidas? Estamos realmente vivendo, ou apenas existindo para nos afirmar para as pessoas? A vida tem sim seus percalços, mas é simples e ter essa convicção liberta e torna qualquer existência plena.
Gabi.anna 28/03/2024minha estante
Vienna, Billy Joel


Gabi.anna 28/03/2024minha estante
Adoro essa música


Mila 28/03/2024minha estante
Uau preciso leeer


sarah 28/03/2024minha estante
MDS A MÚSICA Q VC USOU, VOU LER.




Elton.Oliveira 29/01/2023

Um pouco utópico para mim
Gosto bastante da filosofia estoica .... Acho legal nos basearmos na ética e no fazer as coisas certas sem ter medo/motivo um deus onipresente e onisciente !

É difícil seguir os ensinamentos estoicos na sua integra mas sei q realmente eles são os ideais e sempre uma forma de nos balizarmos e entrar num consenso.

Mesmo esses grandes pensadores, q estão além do seu tempo, nesses posicionamentos éticos... Conseguimos notar incoerências nas suas atitudes.... Aqui consegui observar falhas com relação aos escravos e com o rebaixamento do gênero feminino..... Creio q somos afetados pelo lugar comum de nossas épocas... Temos q nos forçar a pensar fora da caixa !

É um bom livro mas com ressalvas !
manel T 29/01/2023minha estante
Há ainda, na minha opinião, falta de empatia, gosto da ideia de "não ser escravo das emoções", mas convenhamos, emoções fazem parte do pacote da vida e devem ser levadas a sério.


manel T 29/01/2023minha estante
Me refiro ditas como passageiras/fúteis, sei pouco sobre o estoicismo...


Elton.Oliveira 29/01/2023minha estante
Com certeza .... A emoção é uma variável dificílima de controlar .... No meu caso até pensei nas emoções para não alcançar esse estoicismo clássico... Eu já li alguns livros sobre o estoicismo e alguns autores Estoicos ... Já sei um pouco sobre o tema ... Mas é difícil !!! Tem q estar em um outro plano de vida ???




Francisco240 13/01/2022

Interessante é reflexivo, no entanto se repete copiosamente
?Mas o que fará o sábio se levou uma bofetada?? O mesmo que Catão depois de terem lhe batido no rosto: não se inflamou, não puniu a injúria, nem mesmo a perdoou, mas negou que tivesse sido feita; com um ânimo ainda maior do que se a tivesse perdoado, não a reconheceu. Não nos deteremos longo tempo nesse ponto; quem de fato ignora que para o sábio nenhuma das coisas que se crê como um mal ou um bem parece ser tal como para as demais pessoas? Ele não olha para o que os homens julgam como torpe ou miserável, não vai por onde vai o povo, mas, tal como os astros dirigem seu curso em sentido contrário ao do céu, assim também ele avança na direção oposta à da opinião comum".
Gessyca 14/01/2022minha estante
Muito bom!


Francisco240 14/01/2022minha estante
Achei ele um livro interessante/ok mas pelo menos comigo ele não conseguiu ser mais que 3?!
No entanto é um livro interessante e remete a vários pensamentos vigentes no primeiro século d.c.




Erich 11/07/2022

Sêneca discursa sobre o tema da brevidade da vida. A primeira ideia central é que precisamos viver ao invés de deixar para depois. A duração da vida é desconhecida, afinal. E isso nos obriga a viver todos os momentos de modo completo e satisfatório ao invés de gastar nosso tão pouco tempo com futilidades.

Após essa primeira ideia central temos uma discussão sobre o que significa afinal aproveitar a vida e o que significa desperdiçá-la com inutilidades. Este ponto chegou para mim como uma reflexão cômica quase. De princípio parecia-me que o prazer da vida dele era o de criticar todos os modos de vida, dada a tamanha indignação com a qual ele os apresentava. A sua indignação com o corte de cabelo é um dos pontos divertidos.

Entretanto, ele vai formulando melhor e estabelece que vive mal aquele que pula seus momentos. Que vive em busca de prazeres momentâneos e irreais, de modo que entre um prazer e outro vive em mediocridade. Dentro disso é possível discorrer vários exemplos. E o que seria o viver bem? Seria se dedicar a coisas que acrescentem algo a você, que somem à sua existência. A ideia de que a atividade pensante (resumida, até por causa da época, à filosofia) é um dos geradores disso é bem interessante. De fato, quando alguém se dedica à atividade intelectual ele penetra em uma realidade na qual interage com todos os pensadores que já existiram e temos a mente se abrindo a novas ideia e novas concepções. Assim, os prazeres provenientes da atividade intelectual não são passageiros, eles vão se somando (claro, ignorando doenças degenerativas como Alzheimer).

Minha crítica a ele seria a fixação de que essa atividade pensante é a única virtuosa e o é para qualquer pessoa. As duas premissas são, a meu ver, falsas. Primeiro, não necessariamente todo ser humano garantidamente vai sentir prazer em uma atividade reflexiva, filosófica. Isso, para alguns, pode ser deveras entediante. Nesse caso, seria um desperdício de vida que essas pessoas, que não veem prazer na reflexão filosófica, dedicassem suas vias a ela. Em segundo ponto, e complementando o primeiro, a atividade nobre seria aquela que lhe concede um prazer permanente, seja ela qual for.

Posso partir exatamente da mesma formulação do Sêneca, apenas adicionando a ideia de prazer permanente como objetivo central. Nesse caso, atividades de contemplação da natureza (contemplar sem refleti-la, como quem olha um belo pôr-do-sol), a atividade artística e muitas outras poderiam também ser fontes de prazer. Resumindo para não me alongar nessa divagação pessoal: Uma vida bem vivida é aquela locupleta de atividades prazerosas.
Pedro 29/09/2022minha estante
Rapaz, agora quero ler esse livro




arturtrindade 23/01/2022

O livro é dividido em duas partes: Sobre a brevidade da vida e Sobre a firmeza do sábio, ambas foram escritas em forma de cartas e apresentam reflexões essenciais quanto à arte de viver, à passagem do tempo e à importância da razão e da moralidade.

Em "Sobre a brevidade da vida" temos como assunto central o tempo, Sêneca reflete como perdemos ou depositamos nosso tempo em coisas irrelevantes e que nos consome pouco a pouco sem que notemos:

"Quantas pessoas saquearam tua vida sem que tu percebesse o que perdias, quanto te subtraiu uma tristeza inútil, uma alegria tola, uma cupidez voraz, uma conversa fútil, quão pouco te foi deixado do que era teu. Compreenderás que estavas morrendo prematuramente".

Em "Sobre a firmeza do sábio" Sêneca discute sobre a moralidade como bem mais preciso e inapto do homem sábio:

"O sábio, entretanto, nada pode perder. Tudo ele preservou em si mesmo, nada confiou à fortuna, mantém seus bens em segurança, contente com sua virtude, que não carece dos dons da fortuna e por isso não pode sofrer nem acréscimo nem diminuição."

Livro escrito há quase 2000 anos, mas que traz reflexões tão atuais, se soubéssemos aproveitar bem o nosso tempo com coisas que realmente valham a pena e que proporcionem um tempo de qualidade, não teríamos essa sensação de que a vida é curta.

"Quanto é tardio começar a viver só quando é hora de terminar!"
M.Carvalho 23/01/2022minha estante
Ótimo livro! Nos faz repensar a forma como vivemos e como temos nos estruturado enquanto sociedade.




Leticia 24/11/2022

Só se vive quando não há mais vida
Sobre a brevidade da vida é um livro escrito de um ponto de vista estóico, onde se sobressae a pergunta: O que é o prazer da vida acima do materialismo.
Esse livro não tirou minha atenção do começo ao fim, me fez cair em pensamentos incessantes até a conclusão dele. O principal pensamento defendido por Sêneca foi do que se baseia a vida: tempo. E de quanto tempo subtraímos nossa vida dia a dia, milésimo por milésimo a coisas infames de que em um segundo ao outro já não terão qualquer importância para nós, quanto tempo deixamos de pertencer a nós mesmos ou apsnas estando nos preenchendo com um "viver" totalmente vazio. Adiamos nossas vidas até o dia em que elas se acabam, e então, nos tornamos pessoas velhas, aparentemente sábias, mas apenas amargarudas por ter vivido pouco menos da metade de nossas vidas. Trazendo o sentimentalismo, coisa que pode ser irracional do ponto de vista estóico, perdemos anos de nossas vidas sendo inflados por dias ruins e reclamações e problemas alheios, nos submetendo a uma pequena parte de felicidade quando se poderia haver muito mais dela, perdendo nosso tempo com brigas e desentendimentos que poderiam ser sim resolvidos de alguma maneira, mas são muitas as histórias escutadas de pessoas que em seus últimos dias de vida se arrependeram e imploraram para ver por uma última vez o rosto de um ente querido que não se via há anos, enquanto outros choraram por ter perdido tanto tempo servindo a pessoas que apenas tiraram do teu tempo, nunca adicionaram em nada. Enfim, são grandes os dias perdidos por coisas que nunca valeram a pena.
Sêneca também argumenta muito sobre o saber viver sem esbanjar, porque se não há objetivo, se já se conquistou tudo e se pode ter tudo então não há vida para ser vivida. Nossas vidas não são eternas, mas nossas escolhas ficaram para a eternidade.

. Trechos favoritos:

"A maior parte dos mortais, Paulino, queixa-se da malevolência da Natureza, porque estamos destinados a um momento da eternidade, e, segundo eles, o espaço de tempo que nos foi dado corre tão veloz e rápido, de forma que, à exceção de muito poucos, a vida abandonaria a todos em meio aos preparativos mesmos para a vida."

"Não é curto o tempo que temos, mas dele muito perdemos."

"O fato é o seguinte: não recebemos uma vida breve, mas a fazemos, nem somos dela carentes, mas esbanjadores."

" 'Pequena é a parte da vida que vivemos. ' Pois todo o restante não é vida, mas tempo."

"Pergunta por aqueles cujos nomes se aprendem de cor e verás que eles são identificados pelas características seguintes: este é servidor daquele, que o é de um outro ? ninguém pertence a si próprio. "

"Como mortais, vos aterrorizais de tudo, mas desejais tudo como se fôsseis imortais."

"Não te envergonhas de reservar para ti apenas as sobras da vida e destinar à meditação somente a idade que já não serve mais para nada? Quão tarde começas a viver, quando já é hora de deixar de fazê-lo. Que negligência tão louca a dos mortais, de adiar para o qüinquagésimo ou sexagésimo ano os prudentes juízos, e a partir deste ponto, ao qual poucos chegaram, querer começar a viver!"

"Deve-se a aprender a viver por toda vida, e, por mais que tu talvez te espantastes, a vida toda é um aprender a morrer."

"Tendo aquele obtido os cargos com que tanto sonhava, deseja abandoná-los e repete incessantemente: ?Quando este ano passará??"

"Cada um faz precipitar sua vida e padece da ânsia do futuro e de tédio do presente."

"Tudo lhe é conhecido, tudo foi desfrutado até a saciedade. Do resto, que a Fortuna disponha como queira: a vida já lhe foi assegurada. Nada se lhe pode adicionar ou arrebatar, e, mesmo que algo se acrescente a ela, seria como se alimentassem alguém já farto de alimentos quaisquer"

"Portanto não há por que pensar que alguém tenha vivido muito, por causa de suas rugas ou cabelos brancos: ele não viveu por muito tempo, simplesmente foi por muito tempo. "

"Os homens recebem pensões e aluguéis com muito prazer e concentram neles suas preocupações, esforços e cuidados, mas ninguém dá valor ao tempo; usa-se dele a rédeas soltas, como se nada custasse. "

" Ninguém devolverá teus anos, ninguém te fará voltar a ti mesmo. Uma vez principiada, a vida segue seu curso e não reverterá nem o interromperá, não se elevará, não te avisará de sua velocidade."

"A vida divide-se em três períodos: o que foi, o que é, e o que há de ser. Destes, o que vivemos é breve; o que havemos de viver, duvidoso; o que já vivemos, certo. "
Yasmin.Bragato 24/11/2022minha estante
mds como ela arrasa nas resenhas




Lea.0 12/01/2022

muitos ensinamentos..
Acredito que seja um livro ótimo para quem procura maneiras de viver e lidar com o externo dentro de pautas e pensamentos filosóficos.
Apesar de muitas citações, esta edição contém as notas no final do livro então a compreensão se torna mais fácil por conta delas.
Consegui tirar muitos aprendizados daqui, achei muito bom
Mariana113 13/01/2022minha estante
Isso é a tua cara?




Fellipe.Henrique 01/10/2020

Grande pensador estóico
Livro com pensamentos de milhares de anos atrás e ainda atual.

?É diminuta a parte da vida que realmente vivemos, pois todo o período restante não é vida, e sim tempo.?
Ju 04/10/2020minha estante
oii te enviei uma mensagem




Renata Rezende 16/11/2021

"liberdade é...
... situar o ânimo acima das injúrias e constituir-se como um ser cuja felicidade lhe venha unicamente de si."
Diego 18/11/2021minha estante
Praticamente a essência do estoicismo.




Aleno.Oliveira 28/07/2019

Resumo completo da obra Sobre a Brevidade da Vida – Sêneca
Na Resenha Prática dessa semana, gostaria de compartilhar algumas GRANDES ideias desse livro imortal, que está dentre os meus favoritos: “Sobre a Brevidade da Vida” – Sêneca.

Resenha completa no link do site ou no Youtube em: http://aleno.com.br/y-brevidade

As pessoas reclamam que a vida é curta, que quando a vida está no seu ápice ela cessa, que não têm tempo para nada, pois bem!

Sêneca vai MUDAR nossa concepção sobre isso. Nós veremos que a vida é sim longa o suficiente para alcançarmos o que quisermos!

Vamos juntos ver:

As causas que nos levam a pensar dessa forma;
Que a maior falácia…a maior vergonha que você pode ter para si é reservar os melhores anos da sua vida para o final (para a sua aposentadoria);
E outras grandes ideias!
Ao final, faremos alguns exercícios para que você concretize essas ideias. Afinal, a minha grande missão é despertar o seu conhecimento e a sua sede de conhecimento para outras áreas e que você possa concretizar, se educar e abranger a sua educação.

Além disso, ao final, nós veremos outro DIAMANTE de conhecimento do livro “Moonwalking with Einstein: A arte de lembrar tudo” – Joshua Foeur, que tem tudo a ver com Sêneca.

Vamos nessa?

As sábias palavras de Sêneca
“A maior parte dos mortais, Paulino, queixa-se da malignidade da natureza, porque somos gerados para uma curta existência. Diz-se que a vida é breve e a arte é longa. Bem, está errado. Não dispomos de pouco tempo, mas desperdiçamos muito. A vida é longa o bastante e nos foi generosamente concedida para a execução de ações as mais importantes, caso toda ela seja bem aplicada. Porém, quando se dilui no luxo e na preguiça, quando não é despendida em nada de bom, somente então, compelidos pela necessidade derradeira, aquela que não havíamos percebido passar, sentimos que já passou.”

O que Sêneca quer dizer com isso?

Que eu e você temos MUITO tempo para alcançarmos tudo que quisermos. Temos tempo o suficiente para realizarmos tudo o que quisermos: nossos sonhos, nossos projetos…darmos vida à vida.

Após, temos uma passagem bem interessante, que ele diz:

“Não há motivo para pensares que alguém viveu longamente só por causa de seus cabelos brancos ou de suas rugas. Ela não viveu longo tempo; mas existiu longo tempo.”



1) Você está Vivendo ou Existindo?


A primeira GRANDE ideia que esse livro nos trás e que eu queria que você pensasse a respeito é: Você está VIVENDO ou EXISTINDO?

Por que a vida é longa? O meu tempo e o seu é igual. O tempo das grandes personalidades, vivas ou já passadas também era o mesmo. Todos nós dispomos de 24h/dia, em regra, entre 16h acordados, então nós fazemos o que quisermos com esse tempo.

Eu, você, o Ellon Musk, o Abilio Diniz, o Jeff Bezos…todos têm o MESMO número de horas, mas…o que VOCÊ está fazendo com esse tempo? Você está “desperdiçando-o”, como diz Sêneca?

“Mas por que nos queixamos da natureza? Ela se revelou benigna. A vida será longa se souberes utilizá-la”.

Sêneca vai, então, discorrer do porquê pelo qual não alcançamos nossos objetivos e temos a vida que queremos ao pontuar as oito causa da procrastinação.

2) As oito causas da procrastinação
“Um é dominado por uma avareza insaciável, por um empenho laborioso em tarefas inúteis (1); o outro, impregnado de vinho, está sempre alcoolizado (2); o outro se entorpece de preguiça (3); o outro está sempre preocupado com a vida alheia e depende do julgamento alheio (4); o outro tem uma ambição insaciável para comerciar (5). Cobiça aos feito militares atormenta alguns, outros a veneração ingrata de seus superiores (6). Muitos se detiveram na busca da sorte a lei na lamentação de sua vida (7); e outros nada perseguem ao certo, ficam entre projeto e projeto numa frivolidade volúvel inconstante e descontente consigo mesmo (8).

Reflita um pouco se você já cometeu algumas dessas causas. Eu já…todas hehe, umas mais e outras menos.

O que você está fazendo com o tempo da sua vida?

Você está construindo algo que se orgulhe e possa olhar para trás e falar “eu vivi uma boa vida”? Ou está simplesmente existindo? O tempo está passando e as marcas não refletem na verdade a sua vida mas tão somente o tempo?

E então vem a GRANDE sacada de Sêneca:

“É diminuta a parte da vida que realmente vivemos, pois todo o período restante não é vida, e sim tempo.”

As pessoas têm planos de 10, 15, 20 anos…”quando eu me aposentar”. Esses planos não interessam. É importante você ter uma visão, porém não pode justificar não viver o que você quer HOJE em prol de uma vida daqui a 20, 30 anos.

Por quê? Ora, quem te garante que você viverá tanto tempo?

E Sêneca continua: “Qual então é a causa disso? Viveis como se sempre havereis viver, como nunca te ocorreu a tua fragilidade. Desperdiça teu tempo de forma plena e abundante, doando a qualquer pessoa.”

“Tendes medo de tudo como mortais, desejais tudo como imortais.”

Você tem medo de tudo como mortal: tem medo de realizar seus projetos, de executar as coisas, de falar com alguém que você não conhece, de tirar uma ideia do papel.

Mas deseja tudo como imortal: você cai em um dos nossos vieses cognitivos, que é o viés do otimismo do futuro. Nós pensamos que nosso futuro será melhor e o nosso desejo é protelado para o amanhã.

3) Sêneca e a protelação
“A maior perda de vida é a protelação: esta nos arranca um dia após o outro, rouba-nos o presente enquanto promete o futuro.”

“O maior obstáculo à vida é a expectativa, que fica na dependência do amanhã e perde o momento presente”

“Não te envergonha reservar para ti essas sobras de vida?! Quanto é tardio começar a viver só quando é hora de terminar! Viva de imediato!”

Eu tenho certeza que você conhece alguém cuja vida, infelizmente, foi interrompida abruptamente, seja por uma fatalidade, genética ou doença. Será que essa pessoa fez tudo que queria?

E isso vale para nós.

Devemos nos envergonhar de deixarmos esses restos de vida para nós. Temos, na verdade, que viver o hoje!

Não estou dizendo que para viver o hoje você precisa virar um hedonista e se entregar aos prazeres da vida.

O que estou dizendo é para você não perder seu tempo com besteiras, executar seus projetos, fazer coisas que você quer e reservar um tempo para si.

Prossigamos nesta resenha do livro Sobre a Brevidade da Vida do grande estóico Sêneca.

4) Aprenda a viver, mas também aprenda a morrer
E Sábio prossegue:

“Vejo alguns homens, inclusive aqueles de posse, que são sufocados pelos próprios bens. Outros têm um bando de clientes ao seu redor, que não lhes deixam nenhuma liberdade. […] O homem ocupado não tem noção de quanto do seu tempo está sendo roubado.

“Você não encontra ninguém que queira repartir o seu dinheiro, mas, veja bem, já a sua vida, cada um distribui entre muitos. São mesquinhos na retenção do patrimônio, enquanto, quando se trata de desperdiçar o tempo, são muito pródigos.”

O que ele quer dizer aqui?

Você, muitas vezes, gasta seu tempo com pessoas que você não gosta, em ambientes que você não gosta, e o conselho do grande filósofo aqui é:

Levante e vá embora.

Seja avarento com seu tempo, reserve-o para si.

Para efeito de exemplo: R$200,00 você pode recuperar, mas e os 30 minutos que gastou? O tempo é a areia da ampulheta da vida. Porém, quando ela chega ao fundo, fica lá por toda a eternidade.

Sêneca exemplifica com um sujeito chamado Lívio Druso, que era um homem atuante, enérgico, sempre ocupado e que vivia reclamando de nunca ter tirado férias, sendo extremamente desagradável. De repente, faleceu.

Ninguém sabia a causa de seu falecimento, mas sabiam que sua morte tinha sido oportuna, pois era uma pessoa que não sabia viver.

“É preciso, durante toda a vida, aprender a viver. E o que, talvez, cause maior admiração, é preciso durante toda a vida também aprender a morrer.”

“Nada é menos peculiar do que um homem ocupado do que viver”
Quem está ocupado em fazer coisas para os outros, gastando muito do seu tempo em mídias sociais, por exemplo, está desperdiçando sua vida, logo, não sabe viver.

DICA: Instale o aplicativo Quality Time (Android) ou Moment (iPhone) e veja quanto tempo da sua vida você está passando com o celular na mão

Fazendo um cálculo rápido, se você passa 6h por dia com o celular, está passando 1/3 da sua vida nele; está jogando 4 MESES DO SEU ANO NO LIXO.

E, então, Sêneca nos convida para fazer um balanço. “Olhe para trás e veja quanto tempo você viveu de verdade”. Veja quantas memórias você tem. Você sente que esses últimos anos foram bem vividos? Ou você os desperdiçou e não fez o que queria?

Logicamente, fazer o que você quer NÃO é fazer qualquer coisa! É construir a vida que você quer!

Porém, muitas vezes você deixa de fazer o que precisa porque está com preguiça, está se entregando a uma vida de prazeres, está preocupado com o que pensam de você ou com a vida alheia. Por isso, aprenda a viver!

5) A Morte do Iludido
Iludidos são aqueles que passaram a vida ocupados, são muito vaidosos, fingem ser mais novos, lisonjeiam-se com essa mentira e iludem-se tão prazerosamente como se enganassem o destino e, ao final, gritam que foram estúpidos por não terem vivido e que, se acaso tiverem escapado daquele estado enfermo viveriam diferente.

Esse é o desespero da morte do iludido. Aquela pessoa que chega ao final da vida e…”acabou? o que foi que eu fiz? como eu posso recuperar isso?”, ficando um sentimento de angústia, desespero porque não fez o que queria.

A GRANDE LIÇÃO desse livro é: NÃO SEJA ESSA PESSOA!

Temos que absorver o conhecimento desse grande sábio e nos darmos conta de que não podemos ser esse iludido.

Veja essa resenha do livro Sobre a Brevidade da Vida como sua chance de se aproveitar das ideias de um sábio que viveu há mais de dois mil anos.

E se?
E se nos últimos 5 anos você tivesse se dedicado aos seus projetos 1 hora por dia (seja aprender inglês, ler um livro, caminhar, construir um relacionamento melhor…) onde você estaria hoje?

Responda internamente.

Agora, como não temos como tocar na areia do fundo da nossa ampulheta, o que você fará a partir de hoje para começar a trilhar esse caminho?

6) Faça amizades com os Grandes!
Mais um conselho de Sêneca: esteja disponível para a sabedoria.

Ou seja, você, pouco a pouco, pegar grandes ideias e anexar a sua persona, o que é um dos grandes objetivos desse meu projeto educacional!

Como diria Picasso: “Se eu vi mais longe, foi por estar de pé sobre os ombros de gigantes”

Pense que, quando viemos ao mundo, viemos nus, sem conhecimento algum. A humanidade está onde está hoje, pois cada conhecimento adquirido foi passado para as gerações seguintes.

E se você, como indivíduo, se espelhasse nessas grandes personalidades?

Se criasse o hábito da leitura diária e anexasse uma ideia de um grande sábio por dia na sua persona?

“Faça amizades sinceras com os grandes, pois eles estarão sempre disponíveis para você, seja ele Demócrito, Pitágoras, Zenão, Aristóteles. Nenhum desses vai deixar de estar à nossa disposição, nenhum permitirá a quem quer que seja partir de mãos vazias; e eles podem ser encontrados por qualquer homem, tanto durante o dia como à noite”.

“Que felicidade, que bela velhice aguarda quem se juntou à clientela deles. Terá com quem refletir sobre as questões, desde as menos até as mais importantes; a quem consultar diariamente sobre si próprio; de quem ouvir a verdade sem ofensa, elogio sem adulação”

Assim, você vai construir a sua família de agregadas e renomadas mentes. A sua biblioteca vai ser o seu ciclo de amizades pessoal.

Concluindo
De forma alguma as ideias desse livro se esgotaram, existem muitas outras, porém concluo minha resenha por aqui.

Gostaria que você lesse esse livro e me respondesse algumas questões. Você pode responder no seu diário de aprendizagem, que é um caderno que você tem e vai anotando e aprendendo coisas realmente úteis para sua vida. Pode também responder aqui nos comentários, mandar um e-mail para mim ou responder só para você. Mas o principal…

Não seja um mero leitor, seja um aprendedor!

Questões para você responder:
– Qual o hábito frívolo (inútil) está lhe fazendo desperdiçar tempo de vida, e o que fará para mudá-lo?

– Qual projeto você vai iniciar hoje e acabar nos próximos 3 meses?

(Sugestão) Crie o hábito de acordar e passar 1 min definindo o que você vai fazer durante o dia.

Ex.: Hoje eu quero ler por 15 min e estudar inglês por 20 min

– Qual área da sua vida você vai se tornar um “filósofo” um “autodidata” e aprender mais?

Enredo na vida
Neste livro, “Moonwalking with Einstein: A arte de lembrar tudo” – Joshua Foeur, tem uma passagem que diz:

Você pode se exercitar todo dia, ter uma vida saudável, comer bem, viver muitos anos…mas se você permanecer na mesma rotina (trabalho, academia, casa) e não colocar ENREDO na sua vida, ou seja, fazer coisas diferentes, como viajar para lugares exóticos, conhecer novas pessoas, etc., o seu tempo psicológico (sua percepção de vida) vai ser muito curto!

Não sei quanto a você, mas eu já trabalhei muito dentro de um escritório e, quando eu menos percebi, 1 ano acabou e…o que foi que eu fiz?

Nosso tempo psicológico é totalmente comprimido quando não fazemos coisas diferentes, conhecemos novas pessoas, vemos novos lugares.

O contrário também é verdadeiro

Quando retornamos de uma viagem, pensamos que “vivemos mais tempo”, pois vivenciamos outras experiências.

A lição é: coloque ENREDO na sua vida!

Captou a mensagem? Espero que sim e que tenha levado algumas ideias para sua vida!

Foque em aprender algo todo dia e viva uma vida fantástica,

Aleno Oliveira

site: https://alenooliveira.com.br/resenha-sobre-a-brevidade-da-vida/
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Virgilio_Luna 19/04/2020

Recurrere ad se
Sêneca nos permite, nesta obra, realizar uma viagem não somente intelectual, mas histórica, à Roma Antiga.

Suas referências a Calígula, a Augusto, aos Graco, ou até mesmo à Cúria nos ajudam, de mesmo modo com as notas do final, a situarmo-nos nesse frutífero e corrompido ambiente, segundo berço do Ocidente.

A grande lição desse livro é que a posição de sábio (em definição estoica) não é impossível, contudo é difícil - há de se criar um parâmetro para chegar ao nível de Estilbo.

Para ser-se sábio, necessita-se voltar a si mesmo, descobrir a si, possuir a si, algo que nenhum Homem nem fortuna possam tirar.

Nós vivemos em luta constante, o sábio já venceu.
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Eduardo Santos 26/04/2020

Um soco no estômago, os ensinamentos sobre o estoicismo sem nenhum eufemismo.
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Amanda3913 19/05/2024

Livro curtinho e fácil de compreender. Sêneca foi um grande filósofo! incrível como muita coisa não mudou desde os tempos antigos até os dias de hoje, principalmente a alienação dos seres humanos. A ânsia pelo futuro nos faz perder o presente, vivemos correndo atrás de sonhos e dinheiro, mas vendemos o nosso tempo. O que é irônico, porque o tempo é a única coisa na vida que não podemos recuperar ou comprar.
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