Felipe @quarta.capa 21/10/2020Com uma pegada “Brilho Eterno de Uma Mente sem Lembranças”, a obra é muito bem escrita e com uma narrativa bem desenvolvida. O autor consegue encaixar perfeitamente drama com ficção científica. Além de ser uma montanha-russa de sentimentos: você começa achando a história fofa e leve, quase um YA, até que tudo muda...
A história te faz refletir sobre como as pessoas conseguem ser ruins; como o mundo é injusto; como é difícil ser feliz se você não se aceita por consequência do que é imposto socialmente; E, principalmente, sobre a importância de não depositar em outra pessoa a essência da sua felicidade.
Esses temas, entretanto, são tratados de forma crua. É uma leitura pesada. Temas extremamente delicados, como preconceito, agressão e suicídio, são tratados de uma forma muito real, sem irresponsabilidade, mas de difícil digestão.
Os personagens são muito bem desenvolvidos. São pessoas normais, comuns, bem longe daquilo comumente idealizado pela ficção.
O livro é cheio de pistas, pontualmente inseridas, para te guiar até onde, de fato, o autor quer chegar (um plot twist grandioso). O maior e talvez único problema, foi demorar a engatar. Você só percebe a complexidade da obra após cerca de 100 páginas.
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