A Ilusão do Tempo

A Ilusão do Tempo Andri Snaer Magnason




Resenhas - A Ilusão do Tempo


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Fabio Pedreira 15/02/2019

A Ilusão do Tempo
Fantasia, ficção científica e fábula, uma combinação inusitada que deu muito certo.

Obs: Você irá encontrar muito a palavra “tempo” nesse texto, mas assim como ele… é inevitável.

Marcando o tempo (Sinopse)
Quando as coisas não vão nada bem e os economistas preveem uma enorme crise financeira, a família de Vitória - assim como o resto do mundo - decide se esconder em suas misteriosas caixas pretas à espera de tempos melhores. No entanto, após vários anos, a caixa de Vitória se abre e a menina se vê em uma cidade em ruínas.

Sem rumo, ela caminha por prédios e ruas tomadas por florestas e animais selvagens, até chegar à uma casa onde várias crianças se reúnem em torno de uma senhora para ouvir a história de um rei ganancioso que conquistou o mundo, mas desejava conquistar o tempo. Para poupar sua bela princesa dos dias escuros e sombrios, normais ou sem valor, ele a coloca em uma arca mágica transparente como cristal, mas tecida com uma seda de teia de aranha tão densa que o próprio tempo não consegue penetrar.

Vitória aos poucos percebe uma conexão entre sua própria história e a do reino mágico. Junto com seus novos amigos, ela precisa encontrar uma forma de consertar o mundo antes que seja tarde demais.

Aproveitando o tempo
A ilusão do tempo começa com Vitória, uma garotinha que quer apenas passar mais tempo com seus pais, seja assistindo filmes, saindo para tomar um sorvete ou algo do tipo, o importante é aproveitar os momentos juntos.

Porém, seus pais andam muito preocupados com a situação do país, coisa que se agrava com a notícia dos Economistas de que uma grande crise está por vir. A salvação é uma caixa produzida pela TIMAX onde seu tempo é preservado e você pode esperar dentro dela até a crise passar.

Essa é a solução encontrada pelos pais de Vitória assim como pelo resto do mundo. A consequência disso é devastadora, já que quando a caixa de Vitória se abre ela se depara com uma cidade invadida pela florestas, bichos e casas em ruínas. Tudo devido ao fato de todos estarem “dormindo” em suas caixas.

Vitória então encontra um garoto que a leva até uma casa habitada por outras crianças e uma senhora. Essa senhora chama-se Rosa e ela tem uma história para contar. É a história de um rei e sua filha (Obsidiana), onde o rei após fazer certas coisas (que não irei contar para não dar spoiler) fica obcecado em preservar sua única filha, bem mais precioso, protegendo-a das garras do tempo, fazendo assim com que ela saia da arca que a protege apenas em dias considerados perfeitos, para que Obsidiana não gaste seus minutos preciosos com coisas ruins.

Em um mundo cada vez mais corrido, onde a frase “tempo é dinheiro” se faz cada vez mais presente e pais passam menos tempo com seus filhos, A Ilusão do Tempo é um tapa na cara da sociedade. O livro inteiro constrói críticas em relação à como quando corremos em busca de ganhar tempo ironicamente acabamos por perdê-lo

As pessoas cada vez menos param para aproveitar coisas simples da vida. Levantamos, vamos trabalhar e ao chegar em casa já estamos cansados, restando apenas dormir para no outro dia retomar a rotina, com a desculpa de que precisamos trabalhar para ter as coisas e nos sustentar. Mas do que adianta ter as coisas se não se pode aproveitá-las? E até que ponto aquilo realmente é importante?

Muitas pessoas se apegam a bens materiais e esquecem de aproveitar o tempo com com as pessoas que estão ao seu redor. Um grande exemplo disso é o rei Dímon, que em sua busca por vencer o tempo e aproveitar suas conquistas, acaba não aproveitando os momentos que deveria passar com sua filha, sem contar a privação que provoca a jovem Obsidiana ao trancafiá-la na arca.

A loucura de Dímon é tão grande que ele não consegue perceber como vai envelhecendo enquanto Obsidiana continua da mesma forma. Fazendo um paralelo ao quanto vamos perdendo oportunidades na vida por passar muito tempo preocupado com o que não é importante.

E assim, com várias passagens marcantes, lições e reviravoltas A ilusão do tempo vai conquistando o leitor a cada página, se tornando um daqueles livros impossíveis de parar de ler até que esteja de fato finalizado. Muitos personagens cativantes em uma mistura de gêneros literários que deu mais do que certo.

Se você é criança deve ler para aprender lições de como valorizar o tempo, se você é jovem deve ler para aprender que o tempo não é tudo, se você for adulto deve ler para aprender a dar tempo ao que realmente importa e se for idoso será uma ótima leitura para pensar no tempo que passou e lembrar que ainda dá tempo sim de fazer muita coisa.

Analisando o tempo
Em relação a edição da Morro Branco eu só tenho que elogiar. Perfeita, letras ótimas, detalhes no livro de encantar, uma capa muito bonita e de quebra um marcador que vem junto com qualquer livro da editora. Para que mais?

Tempo bem gasto
E é isso. A Ilusão do tempo é um livro que no meu entendimento deveria ser leitura obrigatória para todo mundo. Um livro incrível, gostoso de ler e divertido, com uma mensagem excelente de plano de fundo contada de forma magistral. Com certeza eu favoritei esse livro e posso dizer que sua leitura é sim um tempo bem gasto.

Bjs, abraços e até a próxima.
Thaís Damasceno 15/02/2019minha estante
Esse livro é tão delicado S2


Fabio Pedreira 16/02/2019minha estante
Sim. Muito.


Ana Carol 17/03/2019minha estante
Tua resenha me convenceu a comprá-lo.... fez lembrar o livro "momo e o senhor do tempo", tu já leu?


Fabio Pedreira 17/03/2019minha estante
Hey. Ainda não li não. Mas já vou procurar para dar uma olhada. Tenho certeza que você não vai se arrepender de comprar esse livro.




Lygia Ambrosio 08/10/2017

" (...) ninguém conquista o mundo se não pode conquistar o tempo"
Este está entre as minhas leituras favoritas deste ano. Um livro muito lindo, encantador, com uma narrativa envolvente e fluida e que traz reflexões importantes.
Quando os economistas preveem uma enorme crise financeira, a família de Vitória, bem com o restante da população da cidade, decidem se esconder em caixas pretas, criadas pela empresa TIMAX, em que o tempo não consegue adentrar, eles programam a caixa para abrir, por exemplo, somente quando a crise financeira passar. Nessas caixas, as pessoas não envelhecem, quando saem das caixas parece a elas que só se passaram alguns minutos mas na verdade se passaram dias, meses e até anos. No entanto, a caixa de Vitória acaba abrindo e ela se vê em uma cidade em ruínas e que foi invadida por animais e pela floresta. Ela encontra um garoto que a leva até a casa de uma senhora, chamada Rosa, onde se encontram outras crianças cujas caixas também se abriram, que lhes conta uma história sobre um rei ganancioso que conquistou o mundo e que desejava conquistar o tempo. Esse rei tinha uma filha e queria protegê-la do tempo, queria preservar sua beleza e juventude para sempre, queria que ela só vivesse dias lindos, ensolarados e felizes e para isso a colocou dentro de uma arca mágica transparente, que o tempo não conseguia penetrar.
Vitória vai percebendo que há uma conexão entre a história contada pela senhora e sua própria realidade.
Embora seja um livro infantojuvenil, pode ser lido por todas as idades. Os adultos entenderão melhor os questionamentos e críticas contidas no livro.
Quanto vale nosso tempo? Será que gastamos e aproveitamos bem o tempo que temos? Como e com o quê utilizamos nosso tempo?
Vale a pena acumular uma quantidade enorme de riquezas e bens, vale a pena conquistar diversos territórios, travar inúmeras guerras, matar milhares de pessoas, alcançar o poder, sendo que depois se morre e tudo fica aí?
Luana Alcântara 08/10/2017minha estante
Ótima resenha. Eu imaginava algo mais YA, mas pelo visto este livro tem um viés bem mais filosófico. Fiquei com mais vontade de ler.


Lygia Ambrosio 08/10/2017minha estante
Também pensava que era mais YA, mas ao ler percebi que tem vários questionamentos importantes. Leia sim, recomendo fortemente!




RobertaToussaint 02/01/2022

Não gostei muito do livro, mais amei a última página.
Dei 5 estrelas e favoritei por causa da última página.
Ate chegar na última página, ja tinha certeza que ia da 3,5 estrelas. Achei o livro cansativo e meio chato. Mas quando li a última página chorei igual uma criança. Eu nem sei explicar porque chorei tanto, juro.
Kira© 11/04/2022minha estante
Menina isso é possível?? Mudar a nota 3,5 pra 5 com uma página??? Me deixou curiosa o.o


RobertaToussaint 05/06/2022minha estante
Juro pra vc que eu ate hoje fico besta com isso.




spoiler visualizar
Karin 26/02/2018minha estante
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Laís 03/08/2017

A cada página é mais encantador!
#resenhamaniadelivro Pra quem não sabe, a Morro Branco traduz as obras direito do original. Por isso, quando vou iniciar um livro deles, começo sempre pelas informações do autor – acho bacana entender em qual contexto o livro foi escrito. Essa obra é do escritor Andri Magnason, que recentemente concorreu à presidência da Islândia.

Bom, um romance escrito por um quase presidente é de se despertar certa curiosidade, né? Então mergulhei em A Ilusão do tempo com o coração bem curioso.

O cenário é o caos. Os economistas alertam que a situação irá ficar cada vez pior. Ninguém olha para o céu ou sente o cheiro das plantas – as pessoas estão apavoradas com a crise.

A solução criada pela empresa TIMAX é muito simples: todos irão entrar em suas caixas até a situação melhorar. Dentro dessa caixa o tempo não passa – você entra e, quando sai, não se passou nem um segundo pra quem está dentro, mas dias, semanas ou anos para quem está fora. Você não dorme ou não envelhece. Também não vive.

Todos estão dentro de suas caixas, com exceção de Rosa e algumas crianças. Rosa parece saber como ajudar a livrar o mundo dessa situação devastadora, mas primeiro as crianças precisão ouvir uma história.

Esse livro é mágico. Rosa começa a contar uma história de muitos anos atrás, com reis, castelos e princesas. É uma história sobre o tempo, sobre a vida e sobre aproveitar cada dia como se fosse único. Cada página carrega uma forte mensagem sobre liberdade, conquistas e poder.

A narrativa é cativante e a história é conduzida com muita delicadeza e, assim como qualquer conto de fadas, a mensagem fica para o leitor desvendar. É impossível não se deliciar com essa leitura tão cheia de significados, que mexe o tempo todo com o imaginário do leitor.

O autor ganha o leitor no mistério, mas também ganha na beleza que essa história transmite. O quanto vale o nosso tempo? Será que vale a pena se poupar dos dias chuvosos para só viver os dias ensolarados?

Eu fui me apaixonando mais a cada palavra, me envolvendo mais a cada capitulo e me deliciando com cada personagem. Foi uma leitura muito rápida e que me deixou com o coração na mão, querendo mais.

E, por fim, um país governado por uma pessoa com esses pensamentos certamente terá sucesso. ♥️
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Nathalia.Sabino 05/08/2017

Quais são as notícias do mundo do tempo?
Quando o mundo não era mais um bom lugar para se viver, os pais de Vitória e todo o resto do mundo se refugiaram dentro das caixas. Essas caixas prometiam desperta-los quando os tempos estivessem bons novamente. Quando Vitória sai da caixa ela vê um mundo invadido pela natureza, onde ruínas de antigas construções modernas dividem o espaço com animais selvagens. Ela é levada por um menino a uma casa onde um pequeno grupo de crianças vive junto de uma senhora chamada Rosa, que diz saber como salvar o mundo. Mas para isso, Vitória e as outras crianças devem escutar uma história, porque apenas nesse conto de fadas pode ter a chave que libertará o mundo.

Esse livro é fantástico! Um prato cheio para amantes de sci-fi, aventura e fantasia. A leitura flui tão fácil que nem sentimos o tempo passar. Devorava o livro totalmente presa pelos mistérios que aos poucos o autor foi criando. Os personagens por serem muito carismáticos criam uma conexão praticamente instantânea com a gente. É impossível não se sentir tocada e envolvida.
A narração doce e instigante do Andri Snaer torna impossível se desgrudar do livro. Até mesmo quando parava a leitura para dormir, minha mente ficava vagando naquele mundo fantástico que ele criou. Nunca imaginei que uma distopia poderia ser tão mágica!

Apesar de a história ter uma narração doce como um conto de fadas, o livro ainda nos apresenta dezenas de reflexões e críticas que nos fazer questionar como encaramos o tempo, a ambição e a fé, se mantendo ainda extremamente real. É um livro mágico, cheio de aventura e filosofias.
A Ilusão do Tempo é uma história que transborda amor, perigos e lealdade. Onde uma princesa adorada e uma bruxa que castiga a todos vivem em um mesmo reino. É sobre o tempo que rói as dobras da vida até transformá-la em pó. E sobre como é necessário, apesar de assustador, enfrentar os dias ruins para conseguir valorizar os dias bons. Sobre como os contos de fadas ainda é uma das poucas coisas que podem nos salvar.

Recomendo esse livro para todos que amam ler. Uma leitura obrigatória!

site: https://www.instagram.com/sobre.ler/
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Leonardo1263 07/08/2017

Quanto vale seu tempo?
Você consegue imaginar, o que faria se tivesse mais tempo? Acha que conseguiria ter uma vida melhor? Entende realmente a diferença entre viver e sobreviver?

É com esses questionamentos que iniciamos o review do livro A Ilusão do Tempo escrito pelo islandês Andri Snaer Magnason que nos apresenta um de seus maiores sucessos. Publicado inicialmente em 2013, A Ilusão do Tempo chega ao Brasil através da Editora Morro Branco, esperamos que entenda a premissa e principalmente leia o livro.

Como pontapé para um contexto gigantesco que o livro apresenta, o autor Andri joga o leitor em meio a uma grave crise financeira que está assolando praticamente toda cidade. Sem saber o que faz e como agir para sair de tal situação, as pessoas decidem pular essa etapa de dificuldades e entram em suas “caixas isoladas do tempo”. As caixas desenvolvidas pela empresa TIMAX® consegue de uma forma milagrosa ser uma cápsula do tempo, onde quem entra nessa caixa consegue se congelar e sair só quando desejar. Nesse caso as pessoas correm dos problemas, se acovardam, se fecham em suas caixas e esperam que o pior passe. O que a população não percebe, é que essa sucessão de abandono de responsabilidade, compromete diretamente o mercado, piorando mais ainda o cenário atual.

"A edição de A Ilusão do Tempo carrega três importantes pilares onde se sustenta a premissa. Exclusivamente nesse post, quero sair do padrão para tentar explicar melhor cada um deles e demonstrar de forma simples e pessoal, todas as críticas que o autor camufla em meio à fábula." Leia o post completo no link abaixo e entenda os pontos de vista!

site: https://mundohype.com.br/review-a-ilusao-do-tempo-de-andri-snaer-magnason/
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ademircarneiro.prof 09/08/2017

Resenha: A Ilusão do Tempo
Olá, mais uma leitura findada, e o que dizer desse livro que nos inebria por seus labirintos mágicos e reais nos fazendo refletir acerca da ambição humana e como ela pode se tornar destruidora. Em ?A Ilusão do tempo? de Andri Snaer Magnason, lançado pela @editoramorrobranco conhecemos a historia de Vitória e Obsidiana.

Já pensou os anos sem mais fevereiros? Ou então poder parar no tempo e esperar uma crise ou período chato passar? Pois é, após os economistas preverem uma crise com proporções desastrosas, as pessoas começam a se esconder em misteriosas caixas pretas e esperarem por dias melhores. Depois de decorrem alguns anos a fio, a pequena Vitória sai do seu casulo e encontra uma humanidade em ruinas.

Em meio a todo aquele caos e amedrontada, ela encontra um grupo de crianças que misteriosamente também conseguiram se libertar da ?Ilusão do tempo? e esse grupo se junta a uma atípica senhora que conta para eles uma historia não tão feliz de uma princesa que se subordinou a não viver para agradar seu pai, que era rei e almejava conquistar o mundo, mas o tempo, ah! Ele é implacável, ou melhor, indomável.

A princesa Obsediana nasceu de um amor lindo, mas seu pai, o rei Dímon queria conquistar o mundo para ela e queria que acima de tudo ela se tornasse imortal, mas sua ganância por isso foi tanto que ele infligiu a sua tão linda e adorada filha que ela não tivesse uma vida normal. Nem todas as historias tem final feliz não é mesmo.

Vitória descobrirá que a sua historia e a da princesa eterna tem muito mais em comum do que ela imaginava e que suas historias podem estar intrinsecamente interligadas. E que uma chave hexagonal pode ser um saída para o caos que se estabeleceu na humanidade.

Definitivamente uma aventura com personagens marcantes e que despertam em você uma imensidão de sentimentos. Super indico a leitura.

Fonte: @academicoliterario
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Paulo 16/08/2017

Admito ter um fraco por histórias que envolvam alguma ligação com contos de fadas. Isso porque é um gênero de formação de muitos jovens e introdução ao mundo da leitura. E, vamos confessar: quem é que não gosta de uma história em que a fantasia é empregada para o encantamento da imaginação do leitor? Ou para passar alguma mensagem? Quando a Morro Branco apresentou a publicação futura desse livro, eu logo pulei em cima dele. Eu quero. Porque eu sabia que viria algo diferente (a editora tem se tornado muito popular pelas suas escolhas curiosas e inusitadas de títulos) e porque eu queria ler algo diferente. De fato, eu li. A história foi capaz de me apresentar um conteúdo bem diferente do padrão apesar de eu ter achado algumas características um pouco estranhas e que não funcionaram como devia ser.

A Ilusão do Tempo é claramente inspirada na estética dos contos de fadas. Temos um mundo fantástico, uma corte real onde os acontecimentos se passam e elementos mágicos que são simplesmente aceitos, sem a necessidade de explicações profundas. A magia é aceita como parte do cotidiano. Quem leu Branca de Neve não vai procurar compreender o sistema de magias por trás do espelho encantado ou dos anões. Eles são simplesmente aceitos. Esse é o ponto que eu adorei na história. Só que o autor criou uma meta-história, ou seja, uma história dentro de outra história. A narrativa principal se passa em um futuro distante quando inventaram uma máquina capaz de congelar o tempo para as pessoas. Estas só acordariam quando a máquina atendesse a uma programação específica. No futuro, Vitória conhece Rosa, uma das poucas pessoas adultas remanescentes que vai contar a ela a história da princesa Obsidiana e da arca do tempo. Logo, temos duas histórias. O que acabou acontecendo foi um desequilíbrio na escrita das duas histórias: enquanto que a história da princesa é muito bem escrita e se mantém à proposta original da história, o autor criou uma "ficção científica" que acabou soando muito estranha para a narrativa sem contribuir tanto assim para o desenvolvimento da primeira. Sim, ela é importante... mas, a escrita acabou muito truncada por problemas na construção da narrativa.

Esta é feita em terceira pessoa. No trecho de ficção científica seguimos a história de Vitória e de alguns outros meninos encontrados nesse mundo em ruínas. O ponto fraco é que eu nunca consegui estabelecer uma ligação emocional com esses personagens porque a história e as motivações deles não são bem estabelecidas. Por outro lado, a história de Obsidiana é incrível. Aí sim, temos personagens bem construídos e delineados. O leitor desenvolve sentimentos pelos personagens. Eu ficava angustiado com o que acontecia com a princesa e sentia o poder das palavras dela. Entendia a tristeza de não poder viver o tempo dela, mesmo que este fosse chato ou ruim. Tudo o que ela queria era abraçar o seu panda ou brincar com os cervos. Me irritava com o rei Dímon que não entendia o que se passava no coração de sua filha e era apenas um egoísta. Ou me senti feliz posteriormente com o aparecimento de Kári. Nesse sentido, o autor acertou na mosca e o livro poderia estar focado apenas nestes personagens. Os trechos de Rosa, Pedro e Vitória sequer precisariam estar no livro que a mensagem que ele queria passar continuaria a ser a mesma.

Vou falar mais um pouco sobre os personagens porque muitos deles me lembraram muito os aspectos de contos de fada. O autor se preocupou até em trabalhar particularidades dos personagens e dar individualidade aos mesmos. Exel (terá sido uma brincadeira com o programa do Office?) é o responsável pelas finanças e tem uma mania estranha de se desviar de linhas no chão. Ou Conselino com suas abelhas na cabeça. Ou Jako que precisa falar com Obsidiana, por decreto real, apenas usando frases prontas ou ditados populares. Essa preocupação do autor dá uma riqueza inacreditável para a história. Porque aos poucos o leitor vai identificando de quem é a voz presente em um diálogo ou até desejando que tal ou tal personagem evolua ou desenvolva algo na narrativa. Por outro lado, o mesmo não foi feito nas partes de interlúdio em que voltamos ao futuro. As crianças ficaram rasas e mesmo Rosa não tem as motivações exatamente explicadas. Ok, tem um plot twist no final que ajuda a entender os motivos, mas caramba. Não consegui comprar aquilo.

O tema da história é absolutamente lindo. O quanto desperdiçamos nosso tempo sem apreciá-lo como um todo? Na cabeça das pessoas hoje existe uma necessidade que beira à obsessão de se focar apenas nos bons tempos. Eu sou de uma outra geração que aprendeu a apreciar o mundo por aquilo que ele é. Não é legal viver uma crise, mas somente esses momentos ruins é que vão fortalecer o nosso caráter. Eles farão com que nós nos tornemos pessoas melhores, mais maduras. Adoro gastar minhas manhãs para observar os pássaros pousando no meu quintal. Às vezes perco meia hora, observando pequenos beija-flores ou bem-te-vis mordendo frutinhas de aroeira. São momentos mágicos do cotidiano que poderiam ser interpretados como perda de tempo por outras pessoas. Vivemos em um mundo de instantâneos em que cada minuto é precioso demais. É o velho lema do "Tempo é Dinheiro". Por que não apreciar o mundo? Observar o alvorecer ou curtir o vento batendo no rosto.

Existe também uma boa dose de egoísmo na história. Dímon quer manter Obsidiana perto dele pelo máximo de tempo possível. Mas o quanto desse egoísmo não vem de sentimentos pela mãe de Obsidiana? Para mim, o personagem é muito infeliz ao tentar enfrentar o tempo a todo custo. E a batalha se tornou apenas dele. Toda a narrativa da história, todos os maus acontecimentos são culpa direta das ações do rei. Em nenhum momento na história ele pensou nos seus súditos ou sequer na vontade de sua filha. A vontade era dele e de ninguém mais. Como mães e pais, precisamos entender que criamos nossos filhos e filhas para o mundo. A partida é dolorosa e o tempo vai afetá-los, mas a nossa parte já foi cumprida. Resta a nós apenas apoiá-los e amá-los. Não podemos prendê-los às nossas vontades. Para mim, um dos capítulos mais tristes do livro e que realmente me fez chorar, foi um capítulo simples chamado Dia e Noite. Era um capítulo simples em que por várias páginas, a personagem registrava essas duas palavras em uma sequência que parecia infinita. Lá pela vigésima repetição, deu um nó no meu coração. Porque a gente sentia a dor de não poder viver esses momentos. Ou o simples desejo da princesa de rever seus entes queridos ou fazer novos amigos.

A narrativa do conto de fadas segue o padrão com a presença de um "príncipe encantado", uma bruxa má e uma maldição. Os capítulos são bem construídos, apesar de a leitura não ser tão simples quanto parece. Senti o peso em alguns trechos, talvez muito mais pelos interlúdios do que pela história da princesa em si. De fato eu não gostei da parte de ficção científica. Achei mal explicada e o final foi terrível. Como tendo sido inspirado em contos de fada, imaginei que haveria aquele momento da "lição" que quase todos eles possuem. Um pouco de convencimento ou uma conversa franca com as pessoas, algo que não aconteceu. Tinham maneiras incríveis de encerrar a história em alto tom, mas eu senti a presença quase de um deus ex machina. Ou um "tenho que terminar isso". Na minha modesta e humilde opinião de blogueiro de nada, eu terminaria a história no trecho dos contos de fada, faria um epílogo e ponto final.

A Ilusão do Tempo é uma boa narrativa de um autor que eu aprendi a gostar. A escrita acontece em duas temporalidades, compondo uma espécie de meta-história onde a personagem Rosa conta às crianças perdidas em um futuro em ruínas, o que aconteceu à linda princesa Obsidiana e sua arca do tempo. Os personagens são o ponto alto da história, mas houve um forte desequilíbrio entre o que acontecia no passado e no futuro. Essa é uma história que nós, adultos, precisamos demais ler para podermos refletir sobre o que, para nós, significa o tempo.

site: www.ficcoeshumanas.com
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Thalia | @proximocapitulo 05/10/2017

As coisas não vão nada bem, os economistas previram uma enorme crise financeira com tendência a só piorar e a população está apavorada.

Eis que surge a TIMAX! Uma empresa que desenvolveu misteriosas caixas pretas capazes de parar no tempo.

A partir do momento em que se entra em uma dessas caixas, podem se passar dias, meses e até anos para quem está de fora, mas quando a caixa volta a se abrir a sensação é de que se passaram segundos para quem estava dentro. O tempo simplesmente não a penetra.

E é claro que ao invés de enfrentar a situação - e quem sabe assim encontrar uma solução para o problema - as pessoas decidem que irão se trancar em suas caixas e só sairão de lá quando os tempos estiverem melhores.

Após vários anos, a caixa de Vitória se abre e o que seus olhos vêem com certeza não são os dias melhores que todos esperavam, o que ela vê é uma cidade em ruínas com ruas tomadas por florestas e animais selvagens.

Vitória caminha sem rumo até chegar á uma casa onde outras crianças estão reunidas em torno de uma senhora. Rosa diz saber como salvar o mundo, mas que primeiro as crianças precisam ouvir a história de um antigo conto de fadas que pode ajudar na solução do problema atual.

A ilusão do tempo é completamente mágico e encantador!

Rosa narra a história de um rei egoísta e ganancioso que conquistou o mundo, e não contente; queria também conquistar o tempo. Desejando preservar a beleza e juventude de sua filha, Obsidiana, ele a coloca numa arca em que nem mesmo o tempo conseguia penetrar.

A história do rei Dímon traz algumas reflexões e críticas bem válidas que podem ser aplicadas facilmente aos dias atuais.

Com uma narrativa cativante e delicada, Magnason criou uma trama incrível com personagens bem delineados e eu me conectei com os mesmos logo de cara.

O autor misturou aventura, ficção científica e fantasia, que juntos funcionam perfeitamente bem, diferente de tudo o que eu já li.

É um livro destinado ao público infantil, mas que pode ser apreciado por todas as idades. Que ressalta as diferenças entre viver e sobreviver. Que nos mostra que talvez devemos passar pelos dias ruins para poder valorizar e aproveitar melhor os bons.
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Thaís Guimarães 20/10/2017

Esse vai para lista de favoritos da vida.
"Com a pureza da lã
e a formosura da rosa,
no mundo inteiro não há
jóia assim tão preciosa."

Quando iniciei esse livro, não esperava muita coisa. Achei que eu fosse gostar, mas nunca pensei que fosse amar a ponto de ser um FAVORITO da vida. A Ilusão do Tempo é aquele livro que dá vontade de indicar para o mundo inteiro.

Os economistas preveem uma enorme crise financeira, todos estão assustados e com medo da crise - um verdadeiro horror segundo os economistas -, mas a solução logo aparece.
TIMAX®.

"Você só vive uma vez! Compre uma Caixa do Tempo TIMAX®!"

Todo mundo, inclusive a família de Vitória compram essa caixa do tempo. Eles basicamente vão esperar lacrados dentro dessa caixa até os dias melhores chegarem.

"Tempos melhores dentro de um estante!"

Somos envolvidos com fantasia e realidade. A caixa de Vitória abre e ela chega até uma casa onde uma senhora está contando histórias para outras crianças. Rosa - a senhora -, começa a contar a história de um rei perverso que queria conquistar o mundo inteiro e controlar o tempo. A história parece confusa, mas logo vai fazer sentido para o leitor.

Me surpreendi com cada capítulo, cada linha desse livro foi escrita de uma forma poética, mágica e envolvente. Gostei muito de como o autor abordou vários assuntos para que o leitor fosse refletindo e juntando à história. O mistério deixa tudo ainda mais emocionante. Uma aventura que gostaria muito de ver no cinema!

Foram muitas coisas misturadas, mas tudo na medida certa. A criatividade desse livro é surpreendente. Se eu gostei? Não, eu AMEI! Editora Morro Branco parabéns! Vocês me conquistam com cada livro lançado.

Será que é vantajoso viver só os dias bons e não viver os ruins? Nosso tempo tem valor? Vem se encantar por A Ilusão do Tempo!
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Anne - @literatura.estrangeira 20/10/2017

A Ilusão do Tempo é narrado em terceira pessoa e vai nos contar a história da administração do tempo em dois períodos: passado e presente. No presente, somos apresentados à Vitória, uma criança que entrou em uma caixa preta (caixa que tem o poder de parar o tempo). Quando inesperadamente sua caixa abre, ela se encontra em um mundo completamente tomado pela floresta e animais.

Quem entra nessa caixa não sente o passar do tempo: anos podem parecer apenas segundos. A caixa foi programada para abrir somente depois que a crise financeira passasse, então ela não entende o que está acontecendo à sua volta, porque aparentemente a crise financeira não passou. Pelo contrário, o mundo inteiro se afugentou dentro dessas caixas com a esperança de que as coisas melhorassem e os piores dias não precisassem ser vividos por eles.

"- Há quem diga que os relatórios não têm sentimentos, mas eu posso jurar que o meu relatório chorou quando fiz os cálculos para a situação do próximo ano."

Vitória encontra uma idosa chamada Rosa e mais outras crianças que também saíram da caixa. Rosa começa a contar a história do passado de um reino, onde seu rei, depois de ter conquistado o mundo, inclusive o tempo, trancafia a princesa em uma arca a qual o tempo não consegue alcançar, afim de poupá-la de gastar sua vida com dias insignificantes, abrindo somente nos dias ensolarados e alegres.

"- Você acredita ter conquistado o mundo, mas eu lhe digo uma coisa: ninguém conquista o mundo de não pode conquistar o tempo!"

A partir daí a história vai intercalando entre o passado e o presente. O passado e suas histórias ocupam a maior parte das páginas, assim como seus personagens. Aqui temos uma grande reflexão recheada de metáforas sobre a forma como administramos nosso tempo e também como tudo na vida vale a pena ser vivido, inclusive os dias ruins.

Com um texto simples, mas com tom lírico, A Ilusão do Tempo trás personagens cativantes e falhos e que embora traga uma história totalmente única e encantadora, é extremamente atual, principalmente para nós aqui do Brasil que estamos vivendo em um contexto de crise.

O livro é diferente de tudo que li e me apeguei muito mais aos personagens e a história do passado do que a do presente. Fiquei esperando um final que explicasse tudo tim-tim por tim-tim, uma reviravolta que fizesse jus à história tão encantadora que encontrei aqui, mas isso não aconteceu.

"Ela entendeu que não queria ser eterna, queria ser a princesa na chuva, na neve, no vento, na primavera, no inverno e no outono. Ela queria ver os dias cinzentos para compreender os dias ensolarados."

O livro traz uma mensagem muito bonita e a leitura é muito fluida. A tradução está maravilhosa, a diagramação, impecável. Indico para quem quer ler algo que te tire da zona de conforto e que te deixe um recado bacana.

site: http://www.literaturaestrangeira.com.br/2017/09/resenha-ilusao-do-tempo-por-andri-snaer.html
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Natalia Portel 17/04/2024

Cada dia é um diamante bruto
Um livro que com uma prosa parecida com um conto de fadas, que encanta, te prende, e te faz refletir sobre situações e pensamentos atuais.

O maior ensinamento dessa leitura pra mim foi a preciosidade do tempo e dos momentos ordinários na construção da felicidade. Vi também muitas associações com o uso da tecnologia, mas tbm pode ter sido apenas uma interpretação kk

"Eu não tinha mais certeza se o mundo estava enfeitiçado ou se ele tinha se livrado de um feitiço. As pessoas já o tinham destruído tanto. As pessoas estavam em uma corrida contra o tempo. Tentando acumular tantas coisas e tanto lixo quanto pudessem. Destruíram tudo que havia de belo e agora se fechavam dentro de sua própria idiotice."
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A.Henrique 13/01/2018

"Mas é possível chorar mesmo com o sol brilhando lá fora - disse ela - e rir num dia de chuva e ventania" p. 167
Quando comprei esse livro foi por impulso (quem nunca né?), achei a capa linda, a sinopse maravilhosa - não lembro nem se cheguei a pesquisar alguma resenha no booktube, skoob ou aqui no goodreads. Mas comprei e deixei na estante ~ junto com outros trocentos que só deus sabe quando serão lidos. ~ Então, em outro rompante de aleatoriedade resolvi pegar ele agora em janeiro, pra intercalar a leitura do "Precisamos falar sobre o Kevin". E. Que. Supresa. Maravilhosa.
Tá, eu demorei uma semana pra ler, mas por estar desregrado quanto a horários mesmo, porque esse livro é pra ser lido numa sentada ou, no máximo em dois dias! Capítulos curtos que terminam sempre deixando a gente curioso pra saber o que vai acontecer em seguida.
Admito que nos primeiros capítulos eu fiquei meio ???, mas depois que fui entrando na história não queria parar mais.
É um conto de fadas / ficção científica / fábula com uma lição de moral das boas: uma história sobre nossa ganância e nossa inércia, nosso marasmo.
A história começa com Vitória e sua família entrando em suas "caixas do tempo Timax(R)" para se proteger de uma grave crise financeira que ninguém sabe quando terá fim. Instantes depois a caixa de Vitória abre, ela se vê perdida em um mundo totalmente transformado pela ação do tempo e se encontra, junto com outras crianças, com uma senhora que se apresenta apenas como Rosa e se oferece para lhes contar uma história que as ajudará a salvar o mundo.
A forma como as histórias se entrelaçam dentro do livro é simples, mas excelente. Eu, lerdo que sou, nunca consigo descobrir nada antes do autor revelar, mas nesse aqui consegui acertar uma previsão ou outra. Pra mim só uma coisinha com relação ao Kári ali no final ficou meio mal explicada, me deixou um pouco em dúvida, mas nada que estrague a experiência de leitura, longe disso, é um livro recomendadíssimo!
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Rotina Agridoce 16/01/2018

Um livro arrebatador!
Seguimos com mais um livro da editora Morro Branco que arrebata o coração com sua beleza gráfica! Neste caso a capa de A Ilusão do Tempo, do autor islandês Andri Snaer Magnason, é uma imagem onde você passa muito tempo se perdendo nos detalhes e sempre enxergando algo novo.
O mundo está em crise, a economia não anda bem e a família da jovem Vitória decide que a melhor atitude a se fazer é esperar até que a crise passe, e para isso eles e o resto da população mundial resolvem entrar em grandes caixas pretas programadas para se abrirem quando tudo melhorar. Muitos anos se passam, e a caixa de Vitória se abre, mas ao contrário do esperado ela se vê sozinha em uma cidade invadida pela natureza. Sem saber o que fazer ela caminha pela cidade em ruínas, até que encontra uma casa repleta de crianças e uma senhora que insiste em contar uma estória de um rei que queria conquistar o mundo e que para isso também queria conquistar o tempo, e como ele fez isso? Utilizou uma certa arca que para o tempo, será que é apenas uma coincidência?
Magnason realizou sua narrativa em terceira pessoa de forma muito original, mas repleta de referências dos clássicos contos de fadas. É original porque conseguiu juntar em uma única estória, uma estória no mundo moderno com questões atuais como crise econômica e comportamento social doente, ao mesmo tempo em que narra através da estória contada pela senhora um universo medieval com características de contos, no caso em especial do conto da branca de neve. Seu enfoque é mais no realismo fantástico do que em uma fantasia propriamente dita, logo o que lemos soa mais verídico do que nunca.


Os trechos sob o ângulo de Vitória são pequenos, não conseguimos estabelecer uma ligação com ela ou os demais personagens que interagem com ela. O foco fica na estória narrada, a de Obsidiana que é uma jovem filha de um rei que perdeu a esposa, e com isso se tornou muito protetor com a filha. Para tentar superar a perda da esposa ele quer ter domínio do mundo e dá-lo para filha. Mas ele contata que ele não pode ter o mundo todo, e ter tempo para usufruí-lo, logo ele precisa conquistar o tempo. E é a partir desta busca que tudo começa dar errado em seu reino e na estória de sua filha.
Obsidiana vive em uma bolha, ela não conhece seu reino e nem o que é viver. Tudo que sabe é o que lhe é contato, e tudo que vê é o que a janela do castelo lhe permitem enxergar. Quando seu pai cria uma plano para burlar o tempo e ela torna-se parte dele surgem diversas críticas ao modo de vida do ser humano moderno. Embora se utilizando de ferramentas não diretas para os temas, quando a trama acaba você consegue assimilar facilmente a moral da estória.


As questões discutidas no livro são de importância vital. A empresa que cria as caixas pretas nos tempos modernos vende-as com o slogan de não ter que "passar mais por dias chuvosos, ou invernos", e apenas nesse trecho podemos pensar o quanto o ser humano deixa de aprender e viver a vida lamentando pelas mudanças de tempo, por exemplo, quando cada dia nos oferece momentos únicos e diferentes com novas lições que não devem ser condicionadas a nada além de nós mesmos.

Leia o restante no blog Rotina Agridoce

site: http://www.rotinaagridoce.com/2017/09/resenha-1295-ilusao-do-tempo-andri.html
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