A Última Travessia

A Última Travessia Mats Strandberg




Resenhas - 24 Horas No Báltico


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skuser02844 15/01/2024

Dá um 10 pra este menino.
Sim o livro tem muitas pessoas e o autor fala a vida de cada uma delas Porém... se faz necessário ele fazer isso, muitas vão morrendo durante o livro e sem esta vida pregressa vc não se afeiçoaria com as pessoas.
Stephen king sueco sem ser prolixo.
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Paulo 19/12/2019

Narrativas com muitos personagens costumam ser ricas em detalhes e desenvolvimentos. A exploração do emocional e de como os personagens reagem a diferentes situações é uma das marcas deste tipo de escrita. Um ótimo exemplo disso é As Crônicas de Gelo e Fogo, escrito por George R.R. Martin. O autor consegue captar as nuances de cada personagem e mostrar como mesmo grupos distantes uns dos outros conseguem interagir de forma direta ou indireta. Quando eu percebi o que Mats Strandberg queria fazer nessa narrativa, achei ousado logo de cara. Tirando Stephen King, conheço poucos livros de terror que sejam muito longos. E A Última Travessia é muito longo.

A história trata de várias pessoas que embarcam em um navio de cruzeiro chamado Baltic Charisma que faz um trajeto entre duas cidades do mar Báltico. Apesar de ser um cruzeiro, o navio não é lá muito luxuoso, sendo uma daquelas opções mais baratas para aqueles que não possuem dinheiro. Em algumas páginas somos apresentados ao tipo de pessoas que embarcam no navio: fanfarrões, maridos querendo trair mulheres, mulheres em busca de uma louca aventura, famílias com menos poder aquisitivo. Alguns dos personagens também são integrantes do navio: um segurança, um bartender e um animador de karaokê que já foi um cantor. Entre as alegrias e as desilusões dos presentes no navio, uma força sinistra parece ter subido a bordo. E ela irá causar morte e destruição por toda a parte.

Certamente Strandberg colocou personagens muito variados na narrativa. O pequeno Albin é um menino curioso de doze anos que faz parte de uma família que possui muitos problemas. Ele adora sua prima, mas não a vê há muitos anos desde que ela partiu com sua tia Linda. Sua mãe é uma cadeirante, com uma doença que tirou sua possibilidade de exercer sua liberdade total. Isso balançou um pouco seu casamento, até porque seu pai, Marten, tem indícios de ter uma doença que o torna bipolar. Todo esse tenso clima familiar é levado para bordo do navio quando as duas partes da família finalmente se encontram depois de muito tempo.

Dan é outro bom personagem. Ele funciona como uma espécie de um dos vilões da narrativa. Um filho da mãe que se acha um grande cantor por ter chegado nas finais do Eurovision, um concurso de música famoso na Europa. Mas, ele nunca chegou a dar continuidade em sua carreiro, tendo vindo parar no Baltic Charisma. Provavelmente isso se deu por sua própria culpa já que ele possui uma personalidade violenta, machista, além de ser usuário de cocaína. A junção desses defeitos o torna uma pessoa rude e difícil de lidar. Ele chegou a se envolver com uma pessoa da tripulação, algo que cria um clima bem estranho a bordo.

Temos ainda Marianne, uma mulher que veio ao navio para tentar encontrar a si mesma. Já na faixa dos 40 anos, ela percebe que seus dias gloriosos chegaram ao fim, mas ela nunca conseguiu encontrar uma razão para viver, um amor que a emocionasse. O leitor percebe nela alguém precisando de atenção, de carinho. Ela acaba conhecendo um homem com quem ela se envolve antes do navio partir e vemos toda a insegurança que rege a sua personalidade. Marianne sente medo de estar tomando decisões erradas a todo o momento e isso se reflete na maneira como ela se relaciona.

Dei exemplos de três personagens, mas existem vários outros presentes na narrativa como Calle ou Pia. E isso fora aqueles que não ganham capítulos escritos a partir de seu Ponto de Vista. A técnica de POV é usada extensamente por Strandberg e isso acaba tornando a narrativa mais longa, e dando um pouco mais de riqueza a ela. À medida em que a narrativa avança e a tragédia acontece, vamos percebendo os POVs desaparecendo aos poucos, significando a morte ou a salvação de alguns dos personagens. Isso é feito de uma maneira bem sutil e eu só fui me dar conta mesmo lá pelo terço final da história.

O ponto negativa desse coletivo de personagens é que o desenvolvimento deles nunca decola por completo. O autor acaba criando capítulos com poucas páginas, alternando rapidamente entre os vários POVs. A maior parte dos capítulos gira entre 4 a 8 páginas, mas tem vários deles com 1 ou 2 páginas. Apesar de isso tornar a narrativa muito veloz, tira um pouco da possibilidade do leitor de realmente se importar com os personagens. Porque quando a gente está quase se acostumando com os dilemas de um personagem, já passa para outro grupo e assim sucessivamente. E somente mais adiante na narrativa é que isso se reflete em um contato entre os vários POVs. Se na narrativa de Martin, os múltiplos POVs servem para acompanharmos a narrativa em diferentes partes do seu enorme universo, aqui estamos em um navio de cruzeiro. Mesmo com a quantidade enorme de tripulantes, não deveria ser tão difícil assim eles se encontrarem. Não precisava nem nomear os personagens, bastava criar algumas menções ou easter eggs para a gente saber que os personagens se cruzavam na história. Falta uma sensação de coesão aqui.

Outro grave problema é o quanto a história demora para acontecer. É uma história de terror. Logo, se no começo a vontade do autor é criar tensão, ele poderia ter empregado alguns leves momentos de medo ou tensão antes de começar a criar a real situação aonde ele queria chegar. O primeiro acontecimento de terror demora mais de noventa páginas para ocorrer. O segundo mais 80. Quando as coisas acontecem de verdade, daí ele mostra o quanto ele é um autor que curte cenas gore. Okay, compreensível. Mas, a narrativa realmente se transforma após a metade do livro. E estamos nos referindo a uma obra com mais de quinhentas páginas. É muito devagar. Isso me irritou profundamente e eu deixei o livro de lado algumas vezes. Stephen King compensa a sua prolixidade com uma boa escrita. Obras como A Dança da Morte ou Sob a Redoma, que são dois tijolos, conseguem fluir muito bem. George R.R. Martin sabe prender o leitor do início ao fim. Já Strandberg não nos dá tempo de desenvolvermos sentimentos pelos personagens. Por isso, tudo soa muito truncado e corrido. Tem até algumas falhas narrativas devido a falta de coesão entre os diversos POvs.

A Última Travessia é um bom livro de terror, com uma ideia bem diferente de usar uma velha criatura sobrenatural. A releitura dessa criatura ficou boa e atendeu ao necessário para o autor. Eu preferiria uma história mais contida e muito mais editada. Usar o navio como um elemento para dar tensão não necessitaria de algo tão grandioso quanto ao que é revelado mais para a metade da narrativa. Um ótimo exemplo de um bom livro de terror em um cenário limitado é Alien, escrito por Alan Dean Foster. Na novelização do filme Alien, o Oitavo Passageiro, os personagens estão todos presos na nave Nostromo junto de uma criatura que a gente nunca vê, mas sabe que está ali. Ela persegue e mata os personagens um a um. É uma história que nos deixa aterrorizados porque nunca sabemos quem será atacado logo em seguida. Se o Strandberg tivesse seguido esse caminho, talvez a narrativa conseguisse ficar ainda melhor. Contudo, o livro vai te divertir e fornecer boas horas de leitura.

site: www.ficcoeshumanas.com.br
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EstanteColoridadaIsis 24/10/2019

#ResenhadaColorida
Bem-vindo a bordo do Baltic Charisma!

Mais de 1.200 pessoas irão embarcar nesse cruzeiro com duração de 24 horas rumo à Finlândia. Alguns estão em busca de esquecer seus problemas, outros querem se divertir e tem aqueles que só pensam em beber até cair. Esta é a noite de deixar tudo para trás e aproveitar cada momento.
Porém, tem algo sinistro rondando pelos corredores do Baltic Charisma. Enquanto os passageiros se divertem, desaparecimentos inexplicáveis começam a acontecer e sangue é derramado dentro das cabines.
No meio da noite, o contato com a terra firme é misteriosamente interrompido.
Cercados pelas águas congelantes do mar Báltico, eles irão descobrir que não há escapatória.
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💬Se você gosta de caos e sangue, MUITO sangue, esse livro é para você!

O Baltic Charisma faz a mesma rota várias vezes ao ano e seu percurso dura 24 horas. Era um navio maravilhoso e muito procurado, porém seus dias de glória ficaram no passado.
No decorrer da leitura, somos apresentados ao navio e aos diversos passageiros e tripulantes. Com uma narrativa sob vários pontos de vista, conhecemos um pouquinho sobre a história de cada um. No inicio, pode ser um pouco confuso devido a quantidade de personagens, porém, todos tem características bem distintas e logo é fácil identificá-los. Os capítulos são curtíssimos, variando entre 2 à 4 páginas e isso torna a leitura bem fluída.

Não é só o Baltic Charisma que é decadente nesta história. Os passageiros são complexados e os tripulantes estão infelizes com o trabalho no navio. E o "mal" que ronda os corredores pode até ser meio batido, mas eu gostei da forma como o autor construiu essas criaturas, foi... diferente.

O enredo é simples, mas não deixa de ser envolvente e os (tão esperados) momentos de tensão começam lá pela metade do livro. Fiquei curiosa para saber como tudo iria se resolver e o desfecho não decepcionou.
Apesar de ser classificado como terror, não é um livro que desperta o medo. É ótimo para quem quer se aventurar no gênero.

No geral, adorei a leitura, foi bem empolgante.

site: www.instagram.com/estantecoloridadaisis
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Adriana1161 25/07/2019

Sanguinolento
Gostei do livro, é um terror bem interessante, apesar de bastante violento.
No início, achei um pouco monótona a apresentação infinita dos personagens, mas isso fez com que a gente se envolvesse com eles, com cada história.
Personagens que no início pareciam importantes, vão perdendo o protagonismo ao longo da historia.
Em algumas partes parece uma trama adolescente, o final é legal.
É tudo um pouco mirabolante, começa como um navio dos fracassados e evolui para um cruzeiro dos infernos!
Personagens: Marianne, Albin, Lo, Marten , Linda, Cilla, Goran, Dan, Filip, Pia, Calle, Vincent, Marisol, Madde, Zandra, Adam
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Rosy 19/06/2018

É um livro de terror! É um "terrosão" um "terrosaço" rs
Sangue jorrando, membros decepados, entranhas expostas, corpos mutilados. Se você gosta disso, esse é para você!
O navio Báltic Charisma realiza várias vezes no ano a mesma rota, em apenas 24 horas traz muitas emoções no passeio pelo mar Báltico. Ele tem capacidade para mais de 2000 pessoas, mas neste dia e ultimamente nem 1200 estão a bordo. O Charisma não é mais tão glamouroso, sua fama já não é mais a mesma e seus preços atrativos é o que fazem pessoas de várias classes sociais estarem a bordo.
No início conhecemos o navio, seus tripulantes, a maioria já saturada de trabalhar nele, e seus passageiros. Os capítulos são curtíssimos (adoro), tem os nomes individuais de cada personagem o que de cara nos permite saber de quem se trata, contando suas histórias, suas relações com os outros passageiros, alegrias, tristezas e assim vamos nos apegando mais a alguns do que a outros. O Charisma é um lugar de curtição, muitas bebidas, música, danças e romances, cada um tem seu interesse particular nessa noite. Tudo vai indo como sempre até que a primeira morte acontece... E é sequencial, outras vão em seguida. O interessante aqui é a fuga de cada um, a tentativa de conseguir se esconder, a luta pela sobrevivência, eles estão confinados em alto mar, então é realmente desesperador.
Agora falando bem a verdade, não há nada de muito diferente nessa história que já não seja visto em várias outras excelentes historias de terror, é muito bem contada, bem detalhada e você fica angustiado querendo salvar as pessoas. Do final eu gostei bastante, achei coerente e só fiquei com um gostinho de saber mais sobre... a "morte" (usei esse nome para não dar spoiler). Li que a história será adaptada para o cinema e com certeza é mais uma boa história de terror. Eu amo navio, eu amo o mar e amo terror. Foi uma leitura muito boa. Gostei
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Biblioteca Álvaro Guerra 15/01/2019

Bem-vindo a bordo do Baltic Charisma! Hoje, mais de 1.200 pessoas embarcarão em uma travessia pelas frias águas do Mar Báltico, com destino a Finlândia. Por 24 horas, eles deixarão de lado seu dia a dia sem graça e poderão ser quem quiserem. A viagem promete satisfazer os mais diversos desejos de seus passageiros, com bebidas, festas, cassinos. Mas o mal espreita os corredores e, no meio da noite, não há escapatória possível. Especialmente quando todo o contato com a terra firme é misteriosamente interrompido. Se algumas pessoas se comportam como heróis ao enfrentar crises, essa noite sombria trará à tona o que há de pior nos outros, e quando desaparecimentos inexplicáveis começam a acontecer, é imprescindível que o barco não chegue ao seu destino final.

Livro disponível para empréstimo nas Bibliotecas Municipais de São Paulo. De graça!

site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/9788592795108
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Gramatura Alta 23/06/2018

http://www.gettub.com.br/2018/06/a-ultima-travessia.html
Acho que já comentei algumas vezes, mas sempre fico com receio da qualidade de um livro, quando na capa vem escrito algo como: “o novo Stephen King, o novo Tolkien, a nova Rowling...” e por aí em diante. A sensação que passa é de que a editora não confia na obra e precisa criar uma comparação com autores consagrados para convencer o leitor. Bem, acho desnecessário, diminui a capacidade do livro vendido e, pior, todos esses autores possuem obras bastante ruins. King tem livros péssimos, em mais quantidade, até, do que livros bons; Tolkien perdeu a mão em vários contos; e Rowling, ela “só” conseguiu Harry Potter, todos os outros livros são decepcionantes. Isso são apenas alguns exemplos, claro.

Certo, então A ÚLTIMA TRAVESSIA, sem comparações, é bom ou ruim? Depende...

Já li em vários blogs e Instagram, pessoas dizendo que não gostaram de determinado livro de terror porque não gostam de terror. Sim, isso mesmo. Bem, se não gostam de terror, o que faziam lendo um livro de terror? E pior: o fato de não gostarem de terror, não significa que o livro seja ruim. Significa apenas que a pessoa não tem capacidade para avaliar uma obra de um gênero de que não gosta. Dito isso, A ÚLTIMA TRAVESSIA é o tipo de livro escrito apenas para quem gosta de terror do tipo trash, para os fãs de obras de George Romero, daqueles filmes de efeitos de terceira, onde tudo parece de borracha, onde o sangue é suco vermelho e onde as atuações são sofríveis, mas que, mesmo assim, você se diverte e vê de novo, e de novo...

Tudo na obra de Strandberg é decadente: o navio, Baltic Charisma, não possui mais o glamour de antigamente; os passageiros são das mais variadas classes sociais, com problemas pessoais e contas a ajustar entre eles; a tripulação está exausta, desmotivada, e só pensa em alternativas de trabalho; as diversões a bordo são de artistas canastrões; a própria duração da viagem, vinte e quatro horas numa ida e volta pelo mar Báltico, não tem atrativos. E nada mais decadente do que juntar a tudo isso, as criaturas de terror mais conhecidas da literatura.

Como a sinopse não entrega qual é o mal presente no navio, apesar desse mal ficar conhecido pelo leitor logo nas primeiras páginas, vou apenas dizer que uma dessas criaturas solta uma frase emblemática logo que se apresenta: “...nós não brilhamos ao sol...”.

A narrativa é em terceira pessoa, com capítulos bem curtos, de quatro ou cinco páginas, e todos tem em destaque um ou outro personagem, cujo nome fica logo no início do referido capítulo. Isso faz com que a história seja muito cinematográfica (e não é por menos que ela já está sendo adaptada para o cinema), uma vez que cada capítulo se parece com uma tomada de um filme, indo de um ponto a outro conforme a necessidade da atuação de cada personagem.

Nem todos eles são interessantes, mas os que mais aparecem me conquistaram, como o jovem casal de doze e treze anos de idade, Albin e Lo; Calle, que teve seu coração quebrado pelo namorado; Pia, uma das tripulantes que tenta vencer o mal dentro dela para salvar as pessoas; e Marianne, que está em uma idade em que não encontra mais atrativos para sorrir. Eles foram suficientes para sobressair aos restantes. Ah, e também preciso comentar sobre uma das criaturas do mal, uma mãe na verdade, que apesar de sua natureza pérfida, possui a sabedoria e a responsabilidade de sacrificar coisas que ama para manter a existência de seus semelhantes. Não entendeu? Tem que ler, né? Tem que ler!

Como escrevi ali em cima, A ÚLTIMA TRAVESSIA é como um daqueles filmes trash, onde existe muito sangue, muitos ataques violentos, muitas explosões e muita canastrice. Mesmo em um livro é evidente quando um personagem é exagerado. Exemplo perfeito é Dan, um cantor que nunca fez sucesso e agora fica encarregado do Karaokê do navio. Ele é um dos primeiros a ser transformado no mal e, logo que compreende o poder que ganhou, passa a ser um daqueles vilões megalomaníacos que quer conquistar o mundo. Não pense que isso é um defeito. É uma característica da obra: o exagero; os personagens cheios de complexos; as manias de grandeza; as desilusões; as mortes daqueles que a gente já sabia que iriam morrer. E exatamente por isso, a leitura se torna deliciosa.

Mas, novamente, como escrevi lá em cima, A ÚLTIMA TRAVESSIA é um livro para os fãs de terror trash, não para os pseudointelectuais que acham que todo livro de terror tem que fazer você borrar as calças, não conseguir dormir e virar em um clássico instantâneo. Apenas leia e se divirta. Garanto que irá saborear cada página, com a mesma sede que as criaturas do Baltic Charisma.

Ah, por último, a editora mandou uma passagem para uma viagem no navio. Quem quiser embarcar e conhecer as tais criaturas, só deixar um comentário aqui no post ;)

site: http://www.gettub.com.br/2018/06/a-ultima-travessia.html
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pehlma 20/06/2018

Mais um lançamento, mais uma expectativa...
Esse livro é vendido como um terror. O autor é chamado de o Stephen King Sueco. É...
Só que não.

A história é simples, gira em torno de uma viagem de 24h num cruzeiro. Uma bizarrice acontece e fica todo mundo preso.
Nada original, nada inovador.

O sentimento é de ler/assistir um filme B de horror. Roteiro fraco, cheio de clichês e muito sangue e pornografia. É isso, esse livro é justamente isso. Nem o Gore do livro é grande, até nisso ele falhou.
Eu não entendo para que tanto esforço pra esconder que é um livro sobre vampiros, nem a história lida com isso como se fosse grande coisa. Enfim...

O livro tenta tratar da humanidade numa simulação de apocalipse. Mestre das Chamas de Joe Hill faz isso de forma excelente, Mats já não.

Com um começo interessante, o livro me ganhou e eu entrei na onda, só que ele começa a se tornar lento demais. Até a página 200 nada aconteceu ainda. São 200 páginas apresentando os vários personagens. Sim são muitos pontos de vista.

A escrita do autor é até leve e rápida. O livro conta com capítulos curtos, bem curtos até o que acaba gerando muitas quebras abruptas na narrativa e várias vezes sem necessidade. Muda o ponto de vista e logo no próximo volta ao anterior, algo que podia ter sido evitado e dado mais fluidez.

Como eu disse, são vários personagens, porém nenhum deles me cativou e eu não me importava com o que aconteceria com nenhum. O livro logo perde ritmo pois são muitas pessoas apresentadas, numa tentativa de gerar empatia no leitor, o que não aconteceu e no final eu achei o livro excessivamente longo justamente por isso.

Falando em livro longo, como esse livro é repetitivo. Olha, eu perdi a conta de quantas vezes li que estava tudo sujo de sangue, que dentes batiam como tesouras o que a fome era incontrolável. Sério, chega a parecer amadorismo.

A escrita em si é até ok. As vezes interessante, mas a maior parte do tempo nem boa nem ruim. A constante repetição de sangue jorrando e dentes batendo me irritou mais do que devia.

Para mim, o suspense é o que faz um bom livro de terror. Esse livro não tinha nenhum o que no fim tornou a experiência um saco. As ultimas 100 páginas eu só queria que acabasse pois já imaginava como seria o fim. Acertei. Impacto zero e sem nenhuma emoção.

A capa compara as obras do Stephen King. Ok, esse livro talvez chegue perto dos livros ruins do SK (e olha que são vários). Você não necessariamente odeia, mas é meio que OK, nada espetacular.


Resumindo.
Personagens mal trabalhados. Roteiro fraco. Repetitivo demais. Suspense zero, horror zero. Não combina com terror nem com Stephen King, mas sua escrita rápida e ácida pode divertir (ou passar o tempo) de leitores menos exigentes.

Se você quer ler algo claustrofóbico de verdade, experimente Jogo Perigoso do SK (já que ele foi citado e comparado), ali sim você tem uma agonia de continuar lendo.

A Última Travessia - Mats Strandberg
Nota 6/10

http://resenhanaestante.blogspot.com/2018/06/resenha-ultima-travessia-mats-strandberg.html

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