Enraizados

Enraizados Naomi Novik




Resenhas - Enraizados


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mcorvere 15/02/2020

garotas com sentimentos e poderes mágicos
ler esse livro é ter a sensação de estar sentado em volta de uma fogueira numa clareira, com a história sendo contada de maneira hipnótica.
relaxe, pegue uma xícara de chá e aproveite a viagem.
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Iris de Souza 26/02/2020

Uma fantasia diferente
Já começou diferente pelo local que se passa. Elementos mágicos diferentes, um "vilão" diferente. Um romance que demora a acontecer e a gente nem sabe
ao certo como acontece, mas acontece. Adorei a história. Adorei o detalhe das batalhas, a empatia da protagonista com todos os envolvidos. Me apaixonei pela melhor amiga da protagonista e tive medo dos conflitos.

Uma história que merece ser lida.
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Kaire 27/02/2020

Não deu...
Esse foi o primeiro livro da autora que eu li, e, com a sinopse bastante promissora, eu não esperava me decepcionar tanto - não tinha como dar errado uma história baseada num conto folclórico tendo um romance na base do enemies to lovers... me enganei.

O livro é dividido em três partes:

- A primeira envolve a protagonista explicando a tensão no ar: a cada colheita, o mago protetor da região escolhe uma jovem aldeã para levar para sua torre. Após 10 anos de mistério, a escolhida é libertada, mas sua vida é completamente modificada, fazendo com que nenhuma permaneça no local por muito tempo. O desespero da Agnieszka é justificado por todos acreditarem que sua melhor amiga - preparada desde a infância para esse momento - será a escolhida; sendo assim, aproveita os últimos momentos com ela. Porém, para a surpresa de todos, o mago enxerga o dom na estabanada e perdida Agnieszka, e a leva para o castelo.

A partir daí ficamos num ciclo dela com medo de tudo e todos (isso porque vivia solta na floresta mais aterrorizante de todas) > fugindo do mago sem alguma razão plausível > sendo relapsa na aprendizagem de qualquer coisa que a ajudasse a fugir como tanto queria > lamentando pela milésima vez a amiga super incrível e corajosa não ter sido a ser escolhida. O mago também não é flor que se cheire e apenas joga magia sem explicação alguma, pra depois mandá-la embora por pura irritação. Como se isso não bastasse, a cada 10 palavras que ele fala, 11 são esculachando a menina. Eu também odiei ela ser uma porta de tão burra, mas cabia a ele esclarecer tudo a respeito da nova vida dela, e isso não só não ocorreu como ele parecia mais perdido que ela. Ele não precisava ser um príncipe, mas foi extremamente otário (ele colocando aquela memória nojenta no príncipe foi o fim).

Passado esse perrengue que quase me fez largar o livro, temos a segunda parte:

- Com mais ação, a mocinha se joga em situações perigosas, mesmo sem base alguma, que faz com o que o mago deixe de ser irritante e passe a, de fato, se interessar mais pela jovem que ele tirou da vila. Apesar disso, é evidente o quão crua ela é, o que torna injustificavel muitas das façanhas dela, mesmo tendo o experiente mago ao lado. Nesse momento, pelo bem de todos, mais personagens tornam-se parte essencial da trama,me fazendo ter mais interesse no desenrolar da história (a Kasia, principalmente, o que me fez lamentar ela não ter sido escolhida - teria passado menos nervoso).

A terceira parte é pura correria e quebra de clima - parecia até outra história:

- Após enfrentar a corte, todos se veem diante de um inimigo maior e mais mortal, e a mocinha, mesmo continuando sem entender nada (até a amiga que estava por fora de tudo, incluindo as crianças da corte, já haviam entendido), se preparada para salvar o mundo. De modo geral, é irritante o quanto ela é sonsa, e é claro que o maior poder é dela.

Bem, só não dei nota tão baixa porque, apesar de tudo, há coisas que dá para salvar: a Kasia, melhor amiga dela, se mostra uma personagem incrível, e eu queria muito que ela tivesse sido a escolhida; também gostei de como a coisa foi se desenrolando entre os personagens - é bem legal ver como trabalham juntos, apesar de tudo; e, mesmo com a impressão de ter faltado mais - talvez por culpa da história ser limitada por conta da narração em primeira pessoa -, gostei do universo apresentado. Queria que mais da corte ou da vila fossem vistos.Eu realmente vi melhoria na história, mas não foi suficiente. A escrita da autora deixa a gente enraizado no tédio por ter uma narração focada numa protagonista sem carisma alguma. Ela não sabe de nada, não tenta aprender nada, mas ganha tudo e todos (então tá, né). Enfim, decepção pura.

site: petiteblasee.tumblr.com
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Min 07/03/2020

PERFEITO
Acho que consigo considerar esse livro como a definição de fantasia, de literatura fantástica. É incrível acompanhar o enorme desenvolvimento da personagem principal e a forma como ela vê e sente a magia, ao contrário de ser apenas luzes piscando e coisas se movendo, a autora descreve a sensação e a experiência de magia obrigando o leitor a mergulhar numa sinestesia, você percebe o que está acontecendo ao redor dos personagens, sente a magia da Agnieszka e ouve os feitiços e encantos.

Um livro onde podemos ouvir texturas, cheirar canções, tocar a escuridão, ver sentimentos e sentir o gosto de pura magia.
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Juliana 12/03/2020

Um dragão que não é dragão
Eu gosto muito de folclore e culinária polonesa, e a língua me fascina, então já fazia um tempo que eu tinha vontade de ler esse livro.
É um conto de fadas com tudo o que você possa imaginar, magos, bardos, príncipes e uma rainha má. Tudo isso é uma receita perfeita, certo?
Errado.
Não estou dizendo que o livro seja ruim, mas havia um universo lindo, fantástico, uma mitologia rica, e isso se perde em personagens pouco carismáticos e uma escrita rasa e um tanto quanto confusa nas cenas de batalha.
É um livro divertido para se ler em uma tarde, tem muitos pontos positivos, além do universo, o sistema de magia é muito bem feito e complexo e o arco da personagem principal bem construído. Talvez tenha sido apenas o meu hype com a cultura polonesa que tenha estragado a experiência.
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Ruh Dias (Perplexidade e Silêncio) 12/03/2020

Já Li
Naomi Novik, filha de mãe polonesa e pai lituano, nasceu já nos Estados Unidos e estudou Ciências da Computação antes de se tornar escritora. É fácil perceber diversas referências às suas origens em "Enraizados" como, por exemplo, a bruxa Baba Yaga, uma figura folclórica da região que habita as profundezas das florestas; a tradicional música Sto Lat, usada na estória como a melodia de um feitiço; e o nome da protagonista, que é o mesmo nome de um dos contos-de-fada mais conhecidos da Polônia entitulado "Agnieska Piece of Sky" escrito por Natalia Gałczynska.


No reino de Polnya, a cada dez anos, uma menina é raptada pelo mago do Rei, apelidado de Dragão. Enclausurados numa torre antiga, ninguém sabe o que acontece entre o Dragão e a sua escolhida mas todos sabem que, ao fim dos dez anos, as garotas tornaram-se mulheres e decidem viajar pelo mundo, insatisfeitas com a vida provinciana na vila onde moravam.
Na vila de Dvernik, uma das nove que compõem o reino, todos acreditam que o Dragão vai escolher Kasia, a menina mais bonita e mais inteligente da região. Ao longo de toda a sua vida, Kasia foi treinada e educada para isso, e todos ficam muito surpresos quando Agnieska, uma menina "normal e sem atrativos" é escolhida em seu lugar.
Na torre, Agnieska, aos poucos, aprende sobre magia, mas seu jeito desatento e bagunçado irrita o Dragão, que não cansa de chamá-la de idiota e inútil.

Um dia, Agnieszka nota um pedido de assistência vindo de sua aldeia. Desafiando o Dragão, ela escapa da torre e volta para Dvernik, onde descobre que os lobos da floresta infectaram o gado e alguns homens. Agnieszka usa magia para ajudar a destruir o gado. O Dragão chega e consegue salvá-la, mas não antes de ser ferido. Agnieszka consegue salvar a vida do Dragão depois que ela intui um feitiço de um caderno que o Dragão anteriormente acreditava ser inútil. Reconhecendo que os poderes de Agnieszka diferem dos seus, o Dragão relutantemente permite que Agnieszka ensine a si mesma uma magia mais intuitiva.
Depois de descobrir seu próprio poder, Agnieska é alertada de que Kasia foi capturada pelos andarilhos, criaturas malignas da Floresta, e sua amiga foi presa à uma árvore-coração, onde terá sua alma extraída. Agnieska corre para salvá-la e, com a ajuda do Dragão, limpa Kasia de toda a corrupção da Floresta.
Até esta parte do livro, eu estava gostando muito do enredo. O contraste entre o método racional do Dragão e a magia espontânea de Agnieska estava sendo muito interessante de ler, pois os estilos complementares de ambos trouxe cenas bem desenvolvidas. No entanto, a partir do momento que Kasia é salva da corrupção, Novik começa a cometer uma série de erros.

1) Agnieska aprende magia rápido demais, e tudo que ela tenta, funciona. Eu não consegui me conectar em nada com ela. Novik deveria ter percebido que estava escrevendo uma Mary Sue, ou seja, uma personagem que é especial apenas "porque é", sem nenhum tipo de desenvolvimento, explicação ou evolução que construa/justifique seu papel na narrativa.

2) Várias subplots vão surgindo ao longo da trama, todas elas meio mal acabadas (ou mal começadas). Há a menção aos Magnatas, que nunca se estabelecem na narrativa e não deveriam nem ter sido mencionados; há os outros magos do reino, que são mal aproveitados e parecem todos mais ou menos a mesma pessoa; há o príncipe Marek e a saga de resgate à sua mãe, uma plot interessante que ficou apagada em meio aos demais elementos; há o arco da própria Agnieska; há Kasia, que é quase um enfeite do meio para o final do livro, sendo que no começo tinha destaque; há o pai desaparecido de Agnieska que é citado em algum momento do livro para depois ser completamente esquecido. E essas são as tramas que eu consegui lembrar, porque existem outras no meio de toda essa bagunça.

3) O estilo de escrita de Novik é cansativo. Definitivamente ela se esqueceu da regrinha básica de escrita "Show, don't tell". As descrições são intermináveis, milhares de verbos no gerúndio, cenas de ação sem suspense e diálogos pobres. Me vi entediada em vários momentos da leitura.

4) Mas a cereja (podre) do bolo é o relacionamento entre Agnieska e Dragão. Ele é um completo babaca, tremendamente abusivo e não há nenhuma - nenhuma! - química entre os dois. De repente, nos deparamos com uma cena de sexo que destoa completamente do tom do restante do livro, entre duas pessoas que não tem absolutamente nenhuma conexão e, pior, depois de todos os abusos que o Dragão infligiu à protagonista. Ridículo, para dizer o mínimo.

Para ninguém dizer que fui injusta, ressalto alguns pontos positivos da estória.
A Floresta criada por Novik é assustadora e fascinante ao mesmo tempo. Por mim, o livro todo deveria ter acontecido dentro da Floresta, com foco nas árvores-coração e nas árvores-essência, dois conceitos mágicos que gostei muito. Quando Agnieska fica presa numa árvore e vê "o outro lado" foi ótimo, e este deveria ter sido o foco de todo o livro. Uma coisa meio "Alice no País das Maravilhas" mas mais terrível e podre.
As criaturas da Floresta também são intrigantes. Senti medo, sobretudo, do louva-deus, e gostaria de entender melhor quem eram os andarilhos.

Mas, de forma geral, não foi uma leitura que me agradou e, por isso, não recomendo.

site: https://perplexidadesilencio.blogspot.com/2020/03/ja-li-111-enraizados-de-naomi-novik.html
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brendasnb 14/03/2020

Fantástico
Uma jovem é capturada por um feiticeiro. Uma Floresta viva e maléfica ameaça a paz do reino com monstros e magia corrompida há séculos, será que há esperança? Numa escrita envolvente e interessante Novik nos leva a um novo mundo de magia profunda e inteligente, que nos faz desejar ainda mais.
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Jéssica 14/04/2020

Tinha tudo para me conquistar, mas...
É um conto de fadas que foge do clássico e com uma proposta narrativa surpreendentemente cativante. Tinha tudo para me conquistar, mas... Vi muitas resenhas positivas e maravilhosas a respeito do livro, porém a minha breve resenha vai ser para dizer o seguinte: a proposta é ótima, os personagens são incríveis com características muito fortes, só que a narrativa se quebra a partir da metade do livro até o seu final, arrastado, pesado, e consequentemente, não fluía da maneira que eu esperava. O romance para mim é desnecessário, não vi encaixe perfeito para ser abordado nesse livro.
O livro não deixa de ser bom, e tem gente que tenha o achado maravilhoso, porém, não foi meu caso.
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Resenhas0 16/04/2020

Enraizados (4.5)
Olá, olá, na resenha de hoje eu vim panfletar este livro maravilhoso e aproveitando para dizer que o ebook está de graça na amazon!

Agnieszka é uma garota de 17 anos que vive numa vila protegida por um mago, conhecido como Dragão.
Este mago, em troca da proteção, leva uma jovem para sua torre a cada dez anos, a mantêm lá e ninguém fica sabendo o que ele faz com elas durante esse tempo. O que todo mundo sabe é que, quando as moças são libertas, elas voltam totalmente diferentes.
Agnieszka e sua melhor amiga, Kasia, são umas das selecionadas para irem com o Dragão, mas todos tem certeza de que a segunda será a escolhida.
Entretanto, para a surpresa do povo e da própria Agnieszka, ela é que é levada.

Este livro me prendeu profundamente, não consegui parar de lê-lo até concluir. Agnieszka é uma protagonista meio ''parada'' no início, mas ver seu desenvolvimento durante o enredo, como ela se tornou forte e destemida, mas sem perder a essência de sua personalidade, foi maravilhoso. O Dragão eu tive uma relação de amor e ódio, é meio difícil gostar dele, principalmente na primeira metade do livro, a forma que ele tratava a protagonista me deixava bem zangada ás vezes. A menina foi arrancada da família, estava com medo, custava ele ser pelo menos um pouco educado? Não posso dizer que houve um grande desenvolvimento dele durante a história.

Uma coisa que senti falta, foi do romance. Mal teve um. Mas as poucas vezes que teve algo, eu admito que fiquei até um pouco corada (rsrsrs). A autora podia ter explorado um pouquinho mais, pois até no ponto alto do romance entre os dois, ficou um gostinho de quero mais.
Os capítulos são enormes também, o que deixou a leitura um pouco cansativa, beirando a maçante. Mas são tantos acontecimentos que fica difícil deixar de ler o capítulo inteiro.

Embora ter ficado chateada com a falta de romance (ah, eu sou uma romântica incurável mesmo!), a história em si é maravilhosa, até os personagens secundários tem papéis importantes. Eu indico esta obra para quem curte fantasia, mas mesmo quem não gosta, eu digo para dar uma chance!
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Camille.Pezzino 20/04/2020

RESENHA #88: AS RAÍZES DO CONHECIMENTO
[RELEITURA - CONTINUO ACHANDO A MESMA COISA]

Existem livros que fazem história; outros, cuja história faz parte intrinsecamente do leitor após concluir a jornada junto com o herói. Nem todo livro vai agradar a todos os indivíduos que se prestarem a lê-lo, mas todo livro – ou a maioria deles – sempre terá alguém para quem a leitura será especial.

Alguém que diga como aquele livro vale a pena.

Enraizados, definitivamente, não só representou, como apresentou extremamente bem o que é capaz de me agradar em uma história, o que é extremamente difícil quando se trata de Young Adults, histórias destinadas a jovens adultos, porque a maioria delas erra a mão quanto a críticas e mais ainda em desenvolvimento da narrativa e de personagens. Por exemplo, Six of Crows é uma trama que é encantadora por seus personagens, mas com enredo fraco; por sua vez, Corte de Espinhos e Rosas é uma narrativa que traz um plano de fundo ótimo, porém peca absurdamente no desenvolvimento de personagens e a trama possui não só características terríveis como mal elaboradas. Outras, como o Beijo Traiçoeiro, podem trazer surpresas, porém, não conseguem se manter quando essas se esgotam, trazendo histórias óbvias e com problemas de verossimilhança na construção de personagem.

Embora a escrita de Naomi Novik, ou, talvez, de sua tradutora Cláudia Belhassof (não sei, porque não li o original), não seja a mais elegante ou a mais bem modelada que já vi, pois algumas passagens são muito confusas e demandam certa releitura em momentos aqui e acolá, ela emenda tão bem a narrativa, constrói tão bem o enredo, focaliza os pontos certos nos personagens, que a escrita torna-se acessório, um acessório importante, mas acessório dentro de toda a gama de possibilidades dentro do universo que ela constrói.

O primeiro ponto positivo de Enraizados é que a autora dispensa continuações e elabora um enredo num livro só, o que, dentro desse universo fantástico de livros para jovens adultos, é bem escasso e problemático. Fazendo isso, ela não enrola, ao contrário de muitos outros, enquanto desenrola a trama, apresentando aspectos que, mais para frente, tornam-se essenciais para compreender e conectar os pontos do porquê as coisas ocorreram daquele jeito.

Logo no princípio da narrativa, por exemplo, a autora deixa claro como o universo política e culturalmente funciona. Baseado em um sistema de corte e de vilarejo, há uma construção hierárquica de valores e poderes, próximo ao nosso sistema capitalista, mas muito mais congruente ao sistema feudal, em que há o senhor e os moradores daquela terra. É impossível desejar verossimilhança ao mesmo tempo que, em certa medida, o famoso “politicamente correto”. No entanto, não é porque os preceitos morais dos indivíduos daquela sociedade não seguem o nosso padrão – dessa forma, o “politicamente correto” torna-se flexível ao que você pressupõe ser correto e justo – que a lição moral do livro vá de acordo com essa noção.

Algo que, de fato, torna-se incômodo a minha pessoa é quando o leitor não sabe diferenciar o que o personagem pensa, o que a história traz e o ponto de vista do autor. Por mais que muitos confundam, é necessário ter noção de que são três ideias completamente diferentes entre si. A primeira vai seguir os padrões sociais da narrativa, no caso, como história baseada em um sistema monárquico feudal, nenhum camponês vai, explicitamente, ir contra um príncipe; o segundo representa a lição moral da trama, isto se define não necessariamente pelas ações dos personagens, mas pelo decorrer dos acontecimentos. O último, não menos importante, pode se conectar completamente com o que a história traz, mas isso não necessariamente é verdade, pois não podemos pressupor os pensamentos de uma pessoa através de uma história sem nunca ter dialogado com o indivíduo. Como Platão, através de Sócrates, rememora-nos: o verdadeiro conhecimento está no diálogo, não no texto imutável, surdo e mudo.

Voltando a fazer um paralelo com Corte de Espinhos e Rosas, dentro dessa última trama, o conhecimento é estagnado. Uma das coisas que me fez não suportar essa narrativa, como linguista e pesquisadora sobre oralidade e escrita, é como Maas ressalta que o conhecimento, o verdadeiro conhecimento, de sua personagem só se dá depois de ela ser capaz de ler, já na continuação da trama. Isso não faz parte só da cognição da personagem, que é narradora principal, mas em nenhum momento até o segundo volume – que me fez desistir de continuar lendo a trama, confesso – dá a entender que essa ideologia é incorreta, pelo contrário, diversas vezes ela repete essa ideia, como se a leitura de textos escritos fosse o suprassumo do conhecimento. Entretanto, isso é tão errado que não posso mensurar em um único texto escrito.

Enraizados, por sua vez, vai em completa contramão dessa noção que me fez – entre outros aspectos – não suportar a leitura do livro anteriormente citado. A noção de conhecimento na obra de Novik é fluida, como as raízes que se espalham debaixo da terra, como a água que corre nos rios. Enquanto o Dragão, par romântico da protagonista, é metódico e voltado para os livros, que comprovam ou não a veracidade do mundo; Agnieszka é justamente o oposto, ela representa o conhecimento não estanque, voltado para a oralidade, o mundo e a natureza. Eles são opostos, mas não simplesmente opostos, eles são opostos complementares, o que quer dizer que nenhum é menor que o outro, ambos transmitem conhecimento e são parte dele, formando possibilidades, como o Falcão e entre outros personagens mágicos também mostram.

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Wanessa 20/04/2020

Bruxaria contada de forma muito aconchegante
Vamos lá, Enraizados, de maneira superficial, pode ser um reconto de Hades e Persérfone ou A bela e a fera. É um livro difícil de engatar a leitura e entender como a magia funciona, mas basta ver que as coisas acontecem de forma natural, não tem como explicar e nem precisa, simples assim. Acho que os dois personagens principais fazem um grande contraste quanto a isso. Sarkan (o Dragão) é uma pessoa antiga, prática, organizada e autossuficiente, que trabalha logicamente para cumprir suas obrigações e fica facilmente irritado quando essas estruturas são abaladas. Do outro lado, tem nossa heroína Agnieszka, uma jovem sincera, adaptável, curiosa e completamente o oposto de Sarkan, não liga para a desorganização, está sempre bagunçada ou suja e pra ela está tudo bem assim. Os dois tem um dom natural para magia, o detalhe é que Agnieszka não sabe explicar como faz as coisas, o que intriga e irrita Sarkan na maior parte do tempo. Ao mesmo tempo, isso os aproxima, enquanto um ensina de forma prática como fazer magia, o outro mostrar a importância da empatia e a beleza nas coisas mais simples. Enfim, achei um livro maravilhoso e aconchegante. No final, fiquei com vontade de ter uma vida como a da Agnieszka, sem querer me identifiquei com ela e agora é uma das minhas personagens favoritas pra vida.
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Carolina160 13/05/2024

Bateu uma vontade de ler um livro de fantasia e esse foi o escolhido. História interessante e que prende nossa atenção. Apesar disso, senti que em alguns momentos o texto fica confuso e eu precisei ler algumas vezes para reencontrar o fio da meada (as vezes não encontrei, só segui). Achei que o fim poderia ser mais trabalhado mas a minha curiosidade não foi suprida (risos). Enfim, uma fantasia legal mas nada muito impressionante.
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Raquel.Pessoa 21/04/2020

Um livro gostoso de ler.
Foi diferente pra mim como leitora, pois foi a minha primeira fantasia. Todavia gostei dos personagens principais, a protagonista é uma personagem jovem porem destemida, poderosa que continua como aquela menina simples que ama a natureza e isso permanece até o fim do livro. Além do enredo que no final não foi algo inédito pra mim porém mesmo assim considero como uma leitura muito valida e prazerosa.
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Amanda.Andrade 23/04/2020

A história é interessante mas muito arrastada. Há partes que poderiam ser retiradas sem comprometer o andamento da história.
A mocinha não me cativou. Achei muito forçada
Esperava mais do final
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