O Homem que Passeia

O Homem que Passeia Jiro Taniguchi




Resenhas - O homem que passeia


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Gabriel 26/07/2019

Liberdade
?Para mim, o passeio deve ser uma liberdade. Nem objetivo nem limites de tempo devem obstruí-la ? para da entrevista do final do livro que resume a obra em essência.
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Ju 03/07/2019

Uma leitura sem muitas emoções. A proposta é boa, mas a execução não me tocou. Talvez acrescente bastante a alguém que precise parar um pouco e respirar.
a antirrosa atômica 03/12/2019minha estante
mal executado.




Will 31/05/2018

Um mangá perfeito.
O homem que passeia!

Com desenhos e roteiro de Jiro Taniguchi.

O homem que passeia é a história de um homem que não sabemos o nome, nem com que trabalha, mas que caminha devagar, escuta, cheira, para e observa, em muitos momentos ele apenas sente as sensações. É impossível não se sentir bem em contraste a esse olhar tão puro.
Ele observa passaros com um desconhecido, ajuda umas crianças a resgatar um brinquedo , toma banho de chuva, senta embaixo da sobra de uma árvore e até tira proveito para ver o lado bom de um incidente que aconteceu com ele.

Jiro taniguchi nos mostra aqui um senhor que faz o que a sociedade atual não consegue devido a correria e a falta de interesse, prestar atenção ao seu redor, apreciar o mundo que lhe cerca, seja a forma natural ou construída pela humanidade.

Com certeza muitos não curtirão essa obra como eu curti e que não achará graça nas andanças desse senhor, que não entrará no clima de apreciar o mundo, é uma obra pra poucos que deveria ser para muitos.

O traço de Taniguchi é algo sensacional, cheio de delicadeza e detalhes que dão um charme todo especial à obra.
O mangaka abusa de quadros abertos para mostrar o universo ao redor dos personagens, como páginas inteiras e duplas para o leitor apreciar e se deter por mais tempo ao que o protagonista sente e vê.

Se eu ficar falando cada detalhe que essa obra apresenta ficará um post maior do que já está, o que eu posso dizer mais é: o homem que passeia é uma obra essencial para vida, para acalmar o espírito e nunca mais sair da coleção e se puderem pegar corram, pois em muitos lugares já esgotou e sumirá logo.

De bônus ganhamos no final duas histórias tbm sobre vidas aleatórias mas que não se prendem ao primeiro personagem.

Além da edição ser lindíssima, tem uma sobre capa encantadora, a editora @devirbrasil está de parabéns pela escolha da obra e pelo acabamento impecável.
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Fabio.Madeira 11/05/2018

O exercício do olhar!
Esta HQ é uma joia rara, esperando ser tocada por você.

A história é desenhada por Jiro Taniguchi, considerado o “poeta do mangá”. Faleceu em 2017 e, em seus 69 anos de vida, conquistou muitos fãs em todo o mundo, com histórias profundamente humanas.

Em “O Homem que Passeia”, acompanhamos o protagonista (sem nome) em suas caminhadas pelas ruas de sua cidade, em diferentes dias, sem um objetivo ou mesmo um destino de chegada. Nesses passeios, ele interage com o mundo ao redor, promove mudanças e se deixa mudar. Mergulha (às vezes literalmente) em diferentes águas, sem saber onde terminará, mas sempre com esperança e um sorriso no rosto.

Nessa jornada, vamos compartilhando sensações com o personagem. A natureza, as pessoas, os animais, as casas, as construções estão todas espalhadas, aguardando o olhar desse homem, e o nosso. Se não enxergamos, não muda o fato de que há vida ao redor, pronta para ser apreciada.

O protagonista observa as pessoas e as ajuda, seja com uma postura ativa ou simplesmente como um ouvinte. Cabe ressaltar que essa é uma obra de poucos diálogos.

Ele encontra objetos simples e abandonados, que parecem em desuso ou inúteis para outros, os “acolhe”, conserta e devolve ao mundo. É um desejo de renovação, de dar sentido à vida, por meio de transformações mínimas talvez ao olhar externo, mas de grande significado para aquele homem.

Em vários momentos da obra, o personagem observa as situações por diferentes ângulos, com visões novas e refrescantes de um mesmo local ou situação, como em uma passagem em que sobe em uma árvore para resgatar às crianças um brinquedo preso nos galhos, e decide contemplar a cidade em uma vista do alto. Ou quando tem seus óculos quebrados, e descobre com isso a chance de ver a realidade em outras cores e tons.

A visão positiva do personagem é admirável e se destaca nos momentos banais, que muitas vezes nos irritariam e tirariam o humor (pelo menos para mim), como tomar uma chuva inesperada ou ter a camisa rasgada por um galho de árvore. O protagonista abraça o que lhe acontece, tudo faz parte de sua vida e lhe ensina algo.

O uso de onomatopeias (sons por meio de textos) é marcante e ajuda a dar o ritmo adequado de contemplação da obra, pausado, como o caminhante. Os sons vibram enquanto nos imaginamos naquele momento; eu me senti em diversos momentos ouvindo os pássaros, as árvores, o sopro do vento.

Mas não pense que essa é uma obra somente de alegrias e sorrisos. Nem todas as caminhadas são felizes, como na vida. Alguns capítulos são sufocantes, algo não está bem com o protagonista, e a caminhada não é mais uma descoberta, e sim uma fuga. São momentos duros pelos quais todos passamos, que nos levam ao limite, em uma dor que não é possível de ser explicada a ninguém.

Muitas reflexões surgem nessa obra: o quanto estamos atentos ao mundo, às pessoas? O quando estamos vivendo plenamente, como mestres de nossas vidas, ou simplesmente navegando à deriva em nosso mar particular, sem encontrar um porto seguro? Você já se deu a oportunidade de simplesmente estar presente em um momento, ou está sempre pensando no passado ou no que virá a seguir?

Não sabemos quanto tempo se passa em cada caminhada, apenas temos algumas eventuais mudanças nas tonalidades, indicando a passagem de dia para a noite. O ponto principal é que, para se apreciar o mundo, é preciso de tempo, de entrega ao universo, sem pensar em resultados em tudo o que se faz. Assim como é preciso calma para se apreciar essa obra. Não leia rápido, saboreie! É preciso se deixar levar, apreciando o momento, em cada quadro do mangá.

E por falar em quadros, o grau de detalhes, a precisão e o realismo dos desenhos são sublimes. Sem dúvida, Jiro Taniguchi é um grande observador, como o homem que retrata em sua obra.

Como único ponto que não gostei, foi exatamente a falta de uma história com início, meio e fim, com capítulos encadeados, e de saber mais sobre o protagonista: como é a sua vida, quais os seus desafios, por que sofre? Entendo que seja proposital e que o autor queira acentuar o caráter universal da história, ao nem mesmo dar um nome ao personagem, mas algumas informações a mais não teriam prejudicado a mensagem principal.

Ao final, há três histórias separadas de Jiro Taniguchi, sem relação com a obra central, e com a introdução de outros personagens.

São breves contos, diferentes na forma, com um misto de realidade e fantasia, porém abordando igualmente a caminhada como um meio de alcançar o despertar interior e resgatar a essência humana, o verdadeiro eu. Não achei a qualidade desses contos tão alta quanto a história central da obra, mas não deixa de ser uma leitura agradável.

Enfim, uma obra fascinante, uma reflexão profunda sobre o exercício do olhar verdadeiro ao mundo, que nos estimula a uma busca por uma vida mais simples e, por isso mesmo, plena.

http://www.entrelinhasfantasticas.com.br

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Carlão 29/04/2018

Uma história contemplativa
Meu primeiro contato com Jiro Taniguchi não poderia ser melhor, "O homem que passeia" é um manga contemplativo, como belíssimos cenários, o traço do senhor Taniguchi é fino e bem detalhado, e ele utiliza uma de suas filosofias de vida que é o caminhar, como que em um simples caminhar podemos contemplar maravilhas e acalmar nosso corpo e alma? Esse senhor mostra isso é muito mais nesse baita mangá.
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Paulo 24/04/2018

Em alguns momentos de nossas vidas somos presenteados com palavras ou imagens marcantes para nós. Quando folheei as páginas de O Homem que Passeia enquanto era encantado pelo traço do mestre Jiro Taniguchi, entendi naquele momento que estava diante de algo especial. Algo marcante. Ao mesmo tempo compreendi o quanto essa obra é voltada para poucos. E isso me entristeceu um pouco. Mas, senti que precisava compartilhar as minhas impressões para que a magia dessa obra não se perdesse no esquecimento.

Este é um mangá que trabalha demais com a narrativa visual. Taniguchi emprega pouquíssimos balões de diálogo deixando que a imagem fale por si só. Em alguns capítulos ele trabalha com um voice over, mas somente em alguns. Por ser a fusão de uma narrativa textual com uma visual, é uma obra que vai exigir mais do leitor. O mangá é composto por uma série de sketches que mostram momentos da vida de um protagonista sem nome durante suas caminhadas. Alguns capítulos estão interligados ou possuem elementos de roteiro que vão aparecer em momentos posteriores como a concha que Yuki (o cachorrinho do casal) encontra no quintal.

Os desenhos são deslumbrantes. Mesmo o traço de personagens de Taniguchi sendo simples, ao mesmo tempo ele revela muita personalidade entre eles. Todos os aspectos fisiológicos dos personagens são explorados: o olhar, a forma como o personagem se movimento, os gestos com as mãos, a postura. O protagonista possui uma postura relaxada e contemplativa e isso pode ser visto na forma como ele está sempre olhando para o céu ou buscando detalhes no cenário. Os quadros são absurdamente detalhados. O cuidado de Taniguchi com o fundo é incrível: podemos ver detalhes nas casinhas japonesas, o mercado por onde o personagem passa, a beira do rio. Uma das coisas muito legais que eu reparei foi a diferenciação entre espécies diferentes de aves, que é até tema de um capítulo do mangá. As árvores também são detalhadas com um cuidado especial para as folhas.

As experiências visuais que ele trabalha ao longo dos capítulos são também impressionantes. Dois em particular me chamaram a atenção: o momento em que o personagem está olhando da janela do ônibus e vê o cenário passando rapidamente (e ali tem um efeito rabiscado das coisas passando) e quando ele tem o óculos quebrado e enxerga as coisas embaçadas (sem o óculos) ou em mosaico (com o óculos quebrado). O trabalho com o branco do cenário para ajudar a compor as cenas também é espetacular. Saber trabalhar com o branco é uma técnica bem avançada de desenho e ajuda a encorpar certos detalhes que o autor deseja explorar. Outro destaque vai para os matizes de cinza presentes nas nuvens e no céu que dão uma sensação de profundidade, de horizonte distante.

A temática do mangá é a caminhada. O personagem procura explorar as coisas simples da vida através de suas caminhadas. Seja andar por uma viela em que ele nunca havia ido antes ou retirar um pequeno avião de brinquedo de uma árvore para devolver a algumas crianças brincando. Tudo é motivo para que o personagem dedique alguns momentos de sua vida para aproveitar as pequenas coisas da vida. Para isso o olhar apurado do protagonista é essencial para o funcionamento da trama e ele é muito expressivo. Infelizmente esse é o tipo de narrativa que não vai agradar a muita gente justamente por ser algo mais contemplativo do que com ação. Não há heróis ou vilões aqui, não há um problema a ser resolvido. Quem busca algo nesse tipo, vai se decepcionar. É uma obra profundamente filosófica.

A apreciação das coisas simples da vida é algo muito explorado em O Homem que Passeia. Muitas vezes não damos valor a elas e deixamos de apreciar coisas tão belas quanto um pôr-do-sol, uma revoada de pássaros em uma tarde de primavera, o desabrochar de flores ou um pequeno cãozinho que precisa de um pouco de carinho. O que o autor coloca é a filosofia do prestar a atenção. Descer um ponto antes do ônibus apenas para caminhar um pouco e curtir a paisagem. Se deixar levar pelos cheiros e pelos sons da cidade ou apenas refletir acerca das suas experiências passadas. É deixar de lado a velocidade vertiginosa da vida para se focar nas coisas simples como cuidar do jardim, fazer algum artesanato ou apenas ter algum passatempo que o faça relaxar. O Homem que Passeia é o contraponto total à modernidade e seu foco no isolamento. Aqui estamos diante da contemplação da natureza, de sua importância para nossas vidas como engrandecedora e como nossa mantenedora.

Enfim, fui tocado pela poesia (não tem como não chamar isso de poesia) de Jiro Taniguchi e fiquei apaixonado pela maneira como ele nos conduz por estes cenários. Me dá vontade de eu sair na rua e fazer o mesmo. O autor me conquistou com seus cenários lindamente desenhados e com a sua poesia marcante e que nos faz refletir sobre o que podemos fazer para ter essa mesma capacidade. Pensar que o autor retirou suas ideias enquanto caminhava também, nos faz querer dar vários passos atrás diante dos nossos dias vindouros.
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Lara 31/03/2018

Mangá contemplativo e leve.
Arte lindíssima!Quase sem balões.Já é uma releitura.Que mangá bom!Depois da leitura uma sensação de paz e vontade de sair caminhando por aí sem rumo e sem tempo para voltar.Um homem contempla os lugares de sua cidade.Caminhando lentamente, ele escuta e sente o aroma.Para e observa.Tem um olhar calmo e sem expectativas, apenas olha.Ao final reaprendemos a olhar e a vivenciar com mais atenção as pequenas coisas.Somos levados a olhar o mundo com nossos olhos de infância.
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Ígor Ferneda 24/03/2018

Para sentir, contemplar e refletir
O Homem que Passeia, do mestre louva-a-deus Jiro Taniguchi, é um dos mangás mais bem desenhados que eu já li e cativa por sua simplicidade e olhar único dedicado aos pequenos detalhes do cotidiano; pequenas maravilhas que passam despercebidas no dia-a-dia, mas tornam-se especiais para aqueles que se permitem parar por um momento para percebê-las, apreciá-las e deixar-se tocar por elas.

O título resume bem a premissa da obra: acompanhamos um homem passeando por sua cidade, e é isso. Aqui não é necessário muito diálogo, pois o silêncio predominante é muito bem-vindo. Eu indico esse mangá pra quem quer fugir um pouco de tramas complexas, frenéticas, cheias de diálogos e repletas de ação. Essa obra é mais contemplativa, leve, relaxante e bonita; algo para ler com muita calma e apreciar cada detalhe. Com certeza vale o seu tempo e a sua atenção.
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Tiago 03/10/2017

Agradável como um passeio.
Às pessoas que estão acostumadas a buscar nos quadrinhos grandes aventuras cheias de ação um aviso: este mangá de Jiro Taniguchi não possui nem uma coisa nem outra. Aqui não é possível encontrar vilões, nem tramas complexas, nem grandes dramas e tragédias. Tudo é calmo e contemplativo como um pássaro na beira de um lago ao pôr do sol. A leitura de O Homem que Passeia flui como uma leve meditação. A história é tranquila e leve e, aos poucos, essa tranquilidade nos acalma, página a página. A premissa do quadrinho é bem simples: em cada capítulo acompanhamos um homem caminhando pelas ruas e bairros de sua cidade. Ele sai de casa para passear sem um objetivo definido, deixando-se levar pela sua curiosidade e pelos acasos do caminho. Num capítulo ele passa em frente a uma loja de doces e, ao ver umas tortas bonitas e enfeitadas, resolve levar uma fatia de bolo para comer com a sua esposa. Em outro ele ajuda um menino a pegar um aviãozinho de papel que ficou preso no alto de uma árvore e, ao subir lá em cima, vê a cidade por um ângulo novo e muito bonito. A sensação que temos ao ler o quadrinho é a mesma de quando estamos viajando e vamos andando por um bairro desconhecido ou caminhamos por um bosque. É a sensação de contemplar as coisas com uma calma curiosidade.

O que este mangá nos proporciona é sentir a experiência de caminhar com calma, sem destino definido, tentando perceber a pequena beleza do mundo, acalmando pouco a pouco essa nossa ânsia por ação e utilidade. Capítulo a capítulo, Taniguchi nos ensina a observar as coisas com paciência. Ao final, desejamos sair caminhando por aí pois sentimos saudades dessa caminhada calma e encantadora, que acabamos de fazer pelas páginas ricamente desenhadas do livro.

Para ler a resenha completa, acesse o nosso site: Quem Tem Medo de Literatura? O link segue abaixo =)

site: https://quemtemmedodeliteratura.com/2017/10/02/resenha-o-homem-que-passeia-jiro-taniguchi/
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Cilmara Lopes 28/09/2017

Quando criança, meu pai levava, com frequência, eu e meus irmãos menores para ir em parques e bosques. Ele falava para tirarmos os calçados e andarmos na grama, dizia que isso relaxava.
Ele contemplava árvores, pássaros e observava com atenção pessoas que ali passavam. Isso por horas a fio.
Jiro Taniguchi fazia isso nos subúrbios de Tóquio e nesse mangá acompanhamos muitos desses passeios, com pouquíssimas falas somos convidamos à se deleitar com a obra.
Ele faz algo que eu gosto muito e sinto falta em muitos mangás, desenhar o cenário, mesmo em quadros menores, há detalhes exuberantes em quase tudo.
A admiração pela natureza, pela cidade ...pela vida!
Essa edição da Devir está linda! Ótimo acabamento e impressão. Papel offwhite e de quebra ainda tem uma jacket.
Não há como negar que tanto "Ghost in the shell" e "Akira", da JBC, elevaram o padrão de qualidade editorial neste mercado. ?
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