Ainda restam Aveleiras

Ainda restam Aveleiras Georges Simenon




Resenhas - Ainda restam Aveleiras


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Leonardo.Campos 26/03/2024

Um livro ligeiro sobre velhice e redenção
Primeiro livro do belga Georges Simenon que leio (ele foi um dos maiores escritores de livros policiais que já existiu). Não é sobre o célebre Comissário Maigret. Se trata de uma novela curta sobre velhice, arrependimentos, redenção e um olhar de esperança para o futuro. Gostei bastante!
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Cati 18/05/2016

Um balanço de vida feito pelo personagem principal, que tem muito mais a colocar no prato de perdas do que no dos ganhos. Tudo aponta para a derrota, a desistência, a pena de si mesmo, o suicídio... E eis que algo tão simples e constante (?) quanto uma árvore de infância o faz rever tudo de outro ponto de vista, recomeçar ou desejar seguir em frente. Ainda existem aveleiras, e essa frase desnudada em seu aspecto emocional para o personagem causa uma mudança surpreendente. Tocante, simples e belo.
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Inácio 03/12/2014

Pequena obra-prima
Georges Simenon foi um gigante da literatura. Quem não tem disposição ou tempo para encarar as centenas de romances que ele escreveu ou considera a ficção policial um gênero “menor”, bastaria ler a novela “Ainda restam aveleiras” para incluí-lo em qualquer lista ao lado dos gênios.

A narrativa se assemelha a um fragmento de um diário do banqueiro François Perret-Latour. Podre de rico, vivendo num apartamento sofisticado, enorme e vazio na praça mais opulenta de Paris, ele está esperando o tempo passar e a morte chegar. Sua vida é organizada, metódica e muito solitária. Seus filhos o respeitam à distância, seus amores foram rápidos e um bocado fúteis. Ele é bom de ganhar dinheiro e fraco de manter as pessoas por perto.

Até que recebe uma carta. E os sentimentos que essa carta provoca vão alterando sua forma de estar no mundo. Simenon consegue a proeza de construir mudanças sutis e quase imperceptível, num ritmo lento, num texto curto onde em tese as mudanças aconteceriam num ritmo veloz, ao menos nas mãos de um escritor com menos talento ou mais apressado.

Uma pequena obra-prima.

(separei um trechinho:

- Só um copo de vinho por refeição - aconselhou-me então Candille.

Como era incapaz de me limitar a um copo, preferi suprimir tudo. Mais tarde, reduzi pela metade o número de cigarros.

Um dia, sem saber, joguei minha última partida de golfe. Uma entorse me impediu de jogar por várias semanas e, depois, percebi que perdia o fôlego muito depressa.

Depois a equitação.

Depois o esqui-aquático, pois fui um dos primeiros a fazer esqui-aquático em Cannes, e continuei até seis ou sete anos atrás,

A vida encolhe. É fatal, mas a cada vez que passamos um traço sobre uma palavra, que nos proibimos uma nova atividade, isso faz um pouco mal.
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robertablo 20/12/2011

Bela leitura
Ainda Restam Aveleiras conta a história de François Perret-Latour, um ex-banqueiro idoso que, já com a vida feita, vive uma vida rotineira, sem muitas emoções ou problemas.

Possui 3 ex-mulheres e 3 filhos, mas as únicas relações que possuem são basicamente para pedir (filhos) e entregar (François) dinheiro. Não há ódio, mas também não há amor.

Vivendo desta maneira por algum tempo, François recebe uma carta de sua primeira esposa. Relacionados ou não, os fatos que ocorrem a partir desta carta vão, aos poucos, remodelando a vida deste homem.

***

O livro possui uma linguagem calma, descritiva, a qual gostei bastante. A história, no entando, não me foi muito atrativa. É uma leitura para refletir.
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