Resenhas - A Guerra da Luz

Fernando Lafaiete 28/09/2017

Ciclo das Trevas: Uma das melhores séries de fantasia já lançada.

***Esta primeira parte será uma contextualização sobre a série e não conterá spoilers***

Ao cair da noite, demônios surgem das sombras insaciáveis com a intenção de exterminar a sociedade. São seres irracionais e completamente brutais. O medo é algo constante na vida de todos e a única chance de sobrevivência é se esconder atrás de proteções deixadas pelos ancestrais da humanidade.

Alguns se cansam de se esconder, mas não há nada mais a se fazer. Alguns rezam sem parar pelo famoso surgimento do Salvador. Aquele que virá para proteger e guiar à todos para a batalha final contra as profundezas.

No primeiro livro (O Protegido), conhecemos 3 protagonistas em situações distintas. Arlen, Leesha e Rojer. Os personagens em questão passarão por momentos muito tristes e tensos que os farão enxergar que está na hora de lutar. Será que o momento do revide chegou? Se esconder é realmente a solução? Existe de fato um Salvador?

Peter V. Brett apresenta uma mitologia incrível, com personagens cativantes, cenas de ação gráficas e uma narrativa viciante e extremamente imersiva. Ciclo das Trevas é uma das melhores séries de fantasia lançadas nos últimos tempos. Brett comete alguns erros narrativos; os quais abordarei melhor mais adiante. Mas os mesmos não tiram o mérito do autor e muito menos da série.

Arlen é um personagem que cresce durante o desenvolvimento dos livros. Ele é um excelente protagonista e não se apegar a ele é quase impossível. Leesha é uma garora tímida que sofre com o machismo da vila em que vive. Mas provará a todos que não existe isso de sexo frágil. E Rojer é um jovem traumatizado que terá que provar o seu valor através da luta pela sobrevivência. A amizade que se formará entre esses personagens é genial.

A narrativa de Peter V. Brett é muito dinâmica e a leitura uma vez iniciada se torna um vício onde parar de ler se transforma em uma árdua tarefa. O autor cria uma magnífica metáfora para o medo. Devo salientar também, que tirando J. K. Rowling, o escritor supra citado é o melhor em criar backgrounds. Ele não nos apresenta personagens unilaterais. Ao longo da leitura dos livros vamos conhecendo a fundo os principais personagens. Todos possuem milhões de camadas e todas são destrinchadas. Terminamos a leitura ciente das motivações e ações apresentadas na história.

O autor claramente se inspirou parcialmente no livro Elantris de Brandon Sanderson; além de ficar óbvio que ele é fã de tal autor. Alguns aspectos do sistema de magia são bem semelhantes ao de Elantris. Mas não se enganem, enquanto o autor da aclamada trilogia Mistborn, por questões religiosas não apresenta em seus livros muita diversidade e cenas tidas como pecadoras; Brett insere sem pudor cenas de relações homoafetivas, cenas bem explícitas de sexo, linguagem muitas vezes vulgar entre outros pontos.

Existe também um choque cultural na série que é muito sólido e muito bem desenvolvido. Ciclo das trevas mostra abertamente que a fé é a melhor arma da humanidade. E como qualquer arma, ela pode ser usada para o bem ou para mal.

A série é cheia de intrigas e manipulações. Chega um momento que fica difícil perceber quem está manipulando quem.

Amei o primeiro livro, gostei muito do segundo; com ressalvas e me surpreendi com este terceiro. Se você ainda não começou a ler esta história épica, não perca mais tempo. Leia imediatamente!!

*** O que me incomoda na série (Com spoilers do livro 1 e 2).

1. Dependência de gênero é algo que Peter V. Brett peca muito em inserir nos livros. Ele apresenta personagens femininas fortes que exercem muito bem o papel de empoderamento feminino. Porém, o processo de transformação dessas personagens é problemático. Para elas se fortalecerem, passam por momentos traumáticos que só são resolvidos com o surgimento de um personagem masculino, que neste caso é o Arlen. No primeiro livro acontece o estupro de Leesha, que é uma cena bem desnecessária. A personagem só se fortalece quando conhece o herói da série. No segundo livro temos o quase homicídio de Renna que é salva por Arlen e devido a isso, se transforma da garota frágil e assustada para a mulher destemida e fodona.

2. Brett constrói relações amorosas irritantes que demoram muito para se tornarem convincentes. Leesha + Jardir foi algo que me irritou muito no segundo livro... Não vi sentido nessa relação. E Leesha e Inevera brigando por causa de homem foi algo que eu não engoli. Em plena era femininista, duas mulheres brigando por causa de homem (sei que não é algo conpletamente inverossímil, mas que me irrita em livros)? Ficou muito cara de livros YA e destoou muito do restante da narrativa. Outra coisa... A Renna no começo desse terceiro volume está insuportável. Teimosa, ciumenta e muito descontrolada. Eu demorei muito para aceitar esta personagem. Mas fico feliz em dizer que terminei a leitura gostando muito da mesma e até me acostumei com a relação dela com o Arlen.

***O que achei deste terceiro volume (Com spoilers)***

Eu ainda acho o primeiro livro o melhor de todos até agora. Acho ele muito mais dinâmico. Entretanto, A Guerra da Luz mantém a qualidade dos anteriores e é um livro excelente.

Peter V. Brett acerta em cheio em quebrar a ligação direta entre Jardir e Leesha. A separação desses dois personagens, deixou a narrativa mais digerível. A dependência de gênero se torna nula e a expansão dos poderes de Arlen são incríveis.

As cenas de ação continuam formidáveis. A gravidez da Leesha já era algo mais que esperado e que portanto eu relevei. Eu gostei da importância de cada personagem na história e adorei conhecer mais da Inevera. Esperava muito mais da luta entre Arlen e Jardir... Este tão aguardado encontro e o respectivo acerto de contas é satisfatório mas não em sua plenitude.

Estou com muitas expectativas para o próximo livro. Eu realmente afirmo: Ciclo das Trevas é uma série que tem potencial para se tornar um clássico do gênero! Nota final: 4.5

Is 14/06/2021

Finalmente terminei essa série maravilhosa. Muito bom a construção dos personagens, a narrativa te prende e você fica torcendo para os acontecimentos, fica revoltado quando as coisas dão errado. Muito bom mesmo! Super recomendo!

Emilly 13/01/2020

Decepcionante!
Chego a conclusão que o autor tem uma visão bem distorcida de uma mulher. Percebi que ao longo desse três livros q o autor não sabe escrever personagens feminas fortes e até sendo irresponsável ao trantar assuntos como o estrupo. Sendo mulher fiquei extremante incomandada com as atitudes das personagens que narram a hst.

Lucia.Gomes 18/04/2021

Morrendo@#*#!@%&
Que pena ter que acabar um livro fantástico que a série não tem sequência aqui no Brasil. Simplesmente revoltada!!!!! Que enredo bem feito, só fica melhor a cada livro. Já tenho a sequência pirata mesmo pq o final me deixou morrendo de vdd, fazer o que né, mas essa série merecia estar na minha estante completinha. 

Luan 20/10/2017

Ciclo das trevas é uma fantasia incrível com críticas sociais atuais incluídas de forma sutil
Uma espécie de transe, quase algo mágico, acontece quando leio os livros da série Ciclo das Trevas. Não apenas por ser uma das minhas histórias preferidas da vida, mas pela qualidade que é impressa pelo autor Peter V. Brett. Da escrita minuciosa e objetiva até o desenvolvimento de todo o plot, tudo se encaixa de forma harmoniosa, que dá aquele frescor e uma sensação prazerosa ao leitor, do jeito que poucos livros conseguem. Apesar disso, A guerra da luz, terceiro livro da série, acabou apresentando alguns probleminhas no transcorrer das páginas - mas nada de grave.

O livro não é como se fosse uma história que começa do zero ou traz algo novo em relação aos trabalhos anteriores. A guerra diurna começa do mesmo ponto que A lança do deserto parou. Arlen, acompanhado de Renna, agora munido das informações que conseguiu ao entrar na mente do príncipe terraíta, vai voltar para a Clareira do lenhador pois uma grande batalha entre demônios e humanos se desenha para a Lua Nova. Ao mesmo tempo, se encaminha uma grande luta também entre aqueles dois que são tidos como os salvadores – Arlen e Jardir.

A sinopse entrega dois momentos muito importantes para a história, e quem já a conhece, sabe que são dois acontecimentos bastante relevantes para a obra. No entanto, o autor pecou bastante em deixar ambos os fatos para a parte final, sendo responsáveis apenas para cerca de 25% do livro. Isso deu ao desenrolar dos acontecimentos uma sensação de pressa, o que acabou pecando o desenvolvimento total de uma história que era tão esperada pelos leitores. Mesmo assim, manteve um nível superior a vários outros livros de fantasia por aí.

Para começar, neste terceiro volume da série, o passado de Inevera é conhecido – assim como no segundo foi com Jardir, ou no primeiro, com Arlen, Rojer e Leesha. Estava um pouco receoso antes de começar a ler pois acreditava que a personagem não mostrava ter tamanha relevância para ter seu passado contado. E isso até parecia se confirmar no início da leitura. No entanto, pouco tempo depois, o leitor que vos fala se mostrou enganado. Inevera é um personagem incrível e talvez até mais palpável e real do o próprio Jardir. É incrível a construção que Peter fez para ela, mostrando que, na verdade, ela não é apenas a mulher de Jardir, mas uma grande mente por trás do inimigo de Arlen.

A narrativa do livro é muito semelhante aos anteriores. Mas aqui o autor parece fazer mudanças sutis. Ele foca em núcleos. Primeiro no passado de Inevera, depois no retorno de Arlan à Clareira. Em seguida, pula para a Dádiva de Everam. Ele passa para estes outros núcleos em momentos importantes depois de longa construção da situação e permanece em cada um deles por longas páginas. Isso acabou afetando um pouco minha experiência. Alguns momentos narrados eram desnecessárias e poderiam ser abreviados. Especialmente no que diz respeito a algumas passagens em Krasia.

Arlen continua sendo um dos melhores protagonista de toda a literatura – digo, dos livros que já li. Gosto de toda coerência dele. Leesha e Rojer, no entanto, ficam um pouco mais chatos em A guerra da luz. Eles aparecem menos do que esperava, e ainda sim deixaram um pouco a desejar. Assim como disse na resenha de A lança do deserto, continuo achando Renna uma adição quase desnecessária à história. Não gosto muito da personagem e vejo que o principal papel dela ali é ser uma substituta do Protegido quando ele não pode proteger os cidadãos.

Mas relendo aqui, citei muitos pontos negativos e até parece que o livro é ruim. Longe disso. Talvez por ser uma das minhas séries preferidas, eu seja mais exigente. Peço que releve tudo isso, porque são detalhes perto do quão prazeroso é lê-lo. O plot central é muito interessante e mais animador do que o livro anterior. A construção do momento da batalha entre humanos e demônios é detalhadamente bem feita e cria um clima de ansiedade ao leitor. A própria batalha em si não deixa a desejar. Quando o leitor achava que já tinha visto tudo, ainda se depara com o grande encontro entre os "salvadores". Uma pena é que essa parte foi tão corrida que quebrou o clima que vinha sendo construído. Mas a cena final teve uma deixa que me faz querer ler o próximo volume pra já - ouviu, DarkSide?

O autor é fantástico em toda sua construção. Ele consegue retratar a nossa sociedade atual dentro da história de fantasia, com retrato do empoderamento feminino, violência contra mulher, gravidez indesejada e até política e vários outros temas. É, de fato, mágico. A escrita do autor é incrível, talvez uma das melhores dos escritores modernos. Eu não consigo mencionar com detalhe o que sinto ao ler os livros dele. Mas é fantástico. O trabalho gráfico da editora mantém o nível. Não gostei da capa, por ser muito parecida com a do primeiro volume – prefiro a gringa, na cor azul. Teve alguns erros de revisão, também. A letra não é pequena, nem grande e os espaçamentos são poucos em função do tamanho da história.

Bem, teria muito mais a dizer sobre o livro. Mas quero resumir em: se você ainda não leu Ciclo das Trevas, mas gosta de fantasia, POR FAVOR, CORRA PARA LER AGORA. Mesmo com os vários pontos negativos que apresentei, só quero deixar claro que adorei o livro e Ciclo das Trevas ainda é - e continuará para todo o sempre – sendo uma das minhas quatro séries preferidas entre todas.

Erwinnph 29/01/2024

Guerra da luz
Não sei o que escrever ? ?? ótimo livro, estória envolvente, personagens e culturas muito profundas? mas saber que não temos a continuação em português é de lascar? kkkkk mas é uma ótima trilogia recomendo com força ???

Luiz 15/04/2020

Mantenho a opinião que tive nas leituras dos 2 primeiros livros,excelente escrita, personagens e universo muito bem desenvolvidos.
Infelizmente ainda n temos os próximos livros dessa saga no Brasil, terei que aguardar para ter a curiosidade saciada e acompanhar o desenrolar dessa historia

Gabi 19/08/2020

Quando li o primeiro livro dessa saga , eu amei , simplesmente amei. Achei que já sabia como se desenrolaria os seguintes livros , porém , fui completamente enganada kkk nada aconteceu como eu esperava , mas gostei do mesmo jeito, a melhor parte para mim é como o autor conectou as história dos personagens que apareceram no primeiro livro nos livros seguintes , fazendo vc entender tudo, a única decepção foi que Arlen não ficou com quem eu queria kkk mas fora isso o final me surpreendeu porém entendi a necessidade dele e sei que não é o final pois ainda falta 2 livros para serem lançados , agora é aguardar para saber o destino da humanidade nessa saga

Tavares 30/10/2017

Que comece a Guerra da Luz
Ahmann asu Hoshkamin am'Jardir am'Kaji, Shar'Dama Ka, salvador do povo e herdeiro de Kaji, continua sua expansão sobre Thesa na esperança de unificar todos os povos, assim como fez o primeiro Salvador.
Com a aproximação da Minguante, tanto Ahmann quanto Arlen devem fortificar seus povos e resistir às investidas controladas pelos Demônios da Mente, que querem de todo jeito destruir os dois poderosos guerreiros após 2 de sua raça perecerem.

Arlen após ter absorvido a mente de um dos Príncipes Terraítas, compreende melhor seu poder e passa a ter habilidades inteiramente novas.
Ahmann, domina o poder da Coroa de Kaji e da Lança de Kaji, se tornando um guerreiro ainda mais formidável, podendo ler o coração das pessoas.

Só pode haver um Shar'Dama Ka, um Salvador, e só nos resta saber qual dos dois sobreviverá as investidas dos Príncipes das Profundas e prevalecerá como o Salvador da humanidade,

@solitude_e_books 11/08/2018





Mais do que recomendado !!!!!
um livro extraordinário!!!

Cássia 30/08/2018

Extraordinário!!!
Eu quero o quarto livro AGORA! Pelo amor dos deuses, como eu vou esperar + de um ano pro lançamento do próximo?!?!?!

Uma das melhores séries de fantasia!

Carlos 25/12/2018

Menos páginas para o próximo por favor
Muito enrolado. 200 páginas seriam necessárias pra contar a história que realmente importa. Parece Walking Dead, pq os terraitas deixam de ser preocupação e não há mais aquele terror que havia no primeiro livro, com exceção é claro do ataque a Clareira

Luis Rocha 10/06/2019

Perfeição encadernada
Uma grata surpresa,pois na maiorias das sagas mais conhecidas o nível de qualidade vai baixando de um volume para outro,já nessa maravilhosa saga acontece o inverso depois do maravilhoso lança do deserto esse 3 volume fica ainda melhor,mostrando os acontecimentos do volume 2 e mais detalhes do dos olhos de uma mulher no caso Inivera ,te mostrando que nao tem lado bom e nem ruim nessa estória apenas a luta contra os demônio

pedrogoncalvs 06/04/2020

Mais uma grande história
Mais um ótimo livro, diferentemente do segundo esse tem alguns momentos em que a leitura se torna arrastada e algumas escolhas do autor não me convenceram, mas tbm tem mais momentos grandiosos, mais personagens fascinantes e um final que não deixou a desejar.