Resenhas - A mulher de pés descalços

Luache 01/04/2024

Pés descalços
O livro conta a história dos tutsis e hutus a partir do olhar de uma criança e de sua mãe. Historicamente, o sofrimento impressiona. Emocionalmente, parece mais um relato jornalístico, um caderno de memórias que fala das tradições, das dificuldades, do exílio, mas deixa os sentimentos de lado, como se fossem proibidos, ou talvez, inadequados.

Kenji.viana 28/03/2024

Aprendendo sobre outras culturas
Esse livro retrata o cotidiano das mulheres em Ruanda, não consegui me sentir submerso na leitura, acho que retratam de forma muito vaga o massacre em si, o que me deixa com algumas dúvidas, mas é muito interessante poder ler sobre outra cultura, com costumes e tradições diferentes, até mesmo com seus próprios padrões de beleza e formas de viverem em sociedade, infelizmente muitas culturas afros como essa acabaram se perdendo ao longo da história, me pergunto como seria a diversidade se a colonização nunca tivesse acontecido...

David Ribeiro 09/03/2024

Triste ?
A mulher de pés descalços, é um romance em homenagem à Stefania, mãe de Scholastique Mukasonga, escritora nascida em Ruanda em 1956.
Essa triste história se passa durante a guerra civil de 1994 em Ruanda. A autora descreve a vida de sua família, que foi obrigada a deixar sua casa, abandonar suas terras, plantações e animais. E são "alojados" em Begeresa. Nesse novo "lar", Stefania, observada bem de perto pelos olhos de sua filha, luta pela sobrevivência de sua família e da cultura, ritos e costumes ruandenses.
Relatos terrivelmente arrasadores, como toda história dos que são vitimados pela irracionalidade e covardia humana se impõe, numa guerra lastimável.

Wellington.Pimente 09/03/2024

Superação.
A obra da escritora Scholastique Mukasonga retrata a história de vida de sua mãe e de outras mulheres ruandesas que enfrentaram diversas dificuldades durante o genocídio em Ruanda, em 1994, mostrando a violência, perda, resistência, memória, identidade e cultura enfrentados por seu povo. Apesar da história ter como pano de fundo o terrível genocídio que aconteceu em Ruanda e resultou na morte de centenas de milhares de pessoas, ela relata com maior profundidade o assunto em seu outro livro "Baratas".

Nesse livro "A mulher de pés descalços", a autora foca nas consequências devastadoras desse evento histórico e como afetou o antes e o depois na vida das mulheres ruandesas. Descrevendo as experiências traumáticas vividas pelas mulheres durante o genocídio, como os estupros, assassinatos e torturas, e assim relata o impacto psicológico dessas violências e os desafios enfrentados pelas vítimas para reconstruir suas vidas. Um outro ponto importante em sua história foi a demonstração de resiliência das mulheres ruandesas diante das adversidades e como elas enfrentam as dificuldades com coragem e muita determinação, lutando para sobreviver e reconstruir suas vidas mesmo diante de um contexto de grande violência e destruição.
Sua escrita também nos leva a refletir sobre a importância da memória e do testemunho como forma de preservar a história aonde quer que estejamos e assim evitar que os horrores desse genocídio sejam esquecidos. A autora homenageia sua mãe e outras mulheres ruandesas, dando voz às suas histórias e experiências, abordando a questão da identidade cultural dessas mulheres, destacando a importância de suas tradições e costumes e como isso faz para permanecerem conectadas às suas raízes mesmo diante das maiores adversidades, valorizando sua cultura e transmitindo seus conhecimentos para as gerações futuras, como aconteceu com a própria Scholastique Mukasonga.

Portanto, um livro que nos parece um memorial a mãe da autora, a Stefania, mas também as mulheres ruandesas, como exemplos poderosos de força humana diante das adversidades mais terríveis. Suas histórias nos inspiram a valorizar a resiliência e a determinação em face das dificuldades e a reconhecer a capacidade humana de encontrar esperança e superar os desafios mais difíceis.

SocorroBaptista 25/02/2024

Acho que foi um dos livros mais difíceis de ler que encontrei em minha jornada de leitora, por ser não ficção e por ser tão cruelmente factual. Fiquei até me sentindo mal. Embora a autora não descreva todas as violências cometidas, elas são claras, evidenciadas nas palavras escolhidas, nas entrelinhas. Eu sempre quero manter minha fá na humanidade, mas isso fica bem difícil algumas vezes.

sky 30/01/2024

A Mulher dos Pés Descalços
A mulher dos pés descalços é um livro denso, não se engane com o número de páginas pois ele foi feito para ler com cuidado, como deve ser lido qualquer livro de memórias. Nesse livro a autora reúne a cultura de seu povo que sofreu um massacre, como um ato de preservar as pessoas com quem cresceu, sua familia, cultura e história. O relaho das batalhas, das vidas do seu pequeno povo na Ruanda e de todas as atrocidades que sofreram, nos faz notar como essa história e seus participantes devem ser lembrados.

Camila Alexandrino 16/11/2023

Impactante
Queria ler Scholastique Mukasonga há muito tempo e fiquei muito feliz quando ganhei de aniversário. Apesar de não saber muito sobre a história antes de começar a leitura, eu acho que é o tipo de história muito válida para todos.

A forma como a narrativa é trazida, sendo uma história real, não ficcional, te faz sentir tudo o que a personagem está contando. As guerras em Ruanda, os jeitos que a mãe dela usa para proteger as filhas e como os cidadãos ruandenses se protegem da guerra é triste e muito marcante. É uma obra incrível.

Nana 12/11/2023

Livro nr 57 do projeto "A volta ao mundo através dos livros"
País sorteado : "Ruanda"

Essa leitura me impactou bastante nos dois primeiros capítulos, quando inicia com a autora contando sobre a forma como a sua mãe protegia os filhos para se esconderem da violência sofrida por seu povo durante o período do genocídio em Ruanda.

É uma escrita biográfica em homenagem a essa mãe tão dedicada aos filhos e a família. A autora nos mostra as raízes de um povo que sofre e batalha muito para sobreviver.
Aprendi um pouco sobre a história do país, suas diferenças culturais, religiosas e as tantas crenças que eles tem, que para mim chegaram a ser engraçadas em alguns momentos.

Apesar de ser um livro bem pequeno e de ter gostado do início, achei que os capítulos seguintes foram menos interessantes e não me despertaram aquele "uauuu" que eu esperava. Mas essa é só minha opinião, a leitura muda de pessoa para pessoa.
De qualquer maneira valeu o aprendizado sobre o país!

Nicole 31/07/2023

Pra quem quer ler.
Prepare seu psicológico,por que é triste o que as mulheres viveram.Não sei porque o ser humano tem que ser desse jeito.Esse livro mostra a realidade de mulheres que sofreram/sofre .

Vinder 27/07/2023

Mais um excelente livro da Mukasonga. A escritora conta parte da sua vida nesse livro, focando em sua mãe e na terrível brutalidade do massacre dos tutsis, em Ruanda.

Mariana 24/07/2023

Que livro maravilhoso! Inicialmente, eu vi que eram apenas 160 páginas e pensei que terminaria rápido. Engano meu. A escrita é envolvente e a história é tão pesada que a cada 10 páginas é preciso de um tempo para digerir e respirar.

Bruna 05/07/2023

Eu to arrasada, quebrada de tanto chorar com o fim desse livro. a scholastique nos conta o tempo inteiro sobre a beleza da cultura, do povo, a beleza que a mãe dela, e tantas mulheres como a mãe dela, carregavam. tudo isso com toques de frases que não nos deixavam cegar pela beleza e nos lembravam do que realmente aconteceu de verdade, no final. ler essa história doeu, e dói saber como isso foi uma realidade, é uma realidade. como cada uma dessas pessoas, dessas mulheres, relatadas sofreram, tudo que elas tiveram que passar, tudo que trouxe um final trágico a algo tão belo. esse livro me destruiu. a escrita é muito bonita, e a autora é uma mulher muito forte.

milenagemir 04/07/2023

Vale muito a pena
Demorei uns dias para finalmente escrever a resenha porque acho que é um livro que precisa ser digerido. a Mukasonga retrata nesse livro como ela enxergava sua mãe durante a infância / adolescência. através de seu olhar podemos conhecer a Stéfania, mulher tutsi que foi obrigada a deixar suas terras e se adaptar à novos hábitos. é uma história que vale a pena conhecer, o genocidio de Ruanda, sob um olhar de quem presenciou toda a tragédia. porque só assim podemos entender minimamente os resquícios desse atentado.

Laura 13/06/2023

Uma imersão cultural
Foi meu primeiro contato com a Scholastique e não me decepcionei! Obra muito bem escrita, de fácil leitura e uma baita imersão na cultura de Ruanda.

lililu 09/06/2023

Uma leitura linda
É um livro lindo e triste também.
A escrita fluída e mesmo tratando de temas delicados, ela consegue fazer isso de forma cativante.
É um livro sobre mulheres resistentes e a marca de uma sociedade que sofre com a influência da cultura e valores dos brancos ?