O melhor que podíamos fazer

O melhor que podíamos fazer Thi Bui




Resenhas - O Melhor Que Podíamos Fazer


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Lu Bandeira 17/05/2022

Simplesmente incrível
Essa é a segunda Graphic Novel que eu leio e mais uma vez a experiência foi maravilhosa demais.

São vários os sentimentos despertados com essa leitura. O mais incrível nessa leitura foi linkar os acontecimentos da queda do Vietnã com a guerra acontecendo atualmente na Ucrânia. A angústia dos refugiados de tantos anos atrás vivida pelos refugiados de hoje.

Acredito que o fato de ser uma graphic novel os temas são abordados de uma forma mais sutil, mas não menos emocionante.
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Pequod.3 04/05/2022

Sinceramente não tenho palavras para descrever a grandeza dessa obra, fiquei pensando no que eu poderia escrever neste texto, mas não chegar a nenhuma conclusão.

Talvez este seja um exemplo claro de que a arte não tem limites. É um trabalho simplesmente magnífico, ter lido um capítulo por dia foi a melhor decisão que tomei, saboreie do início ao fim, seus multiplos significados e mensagens nos mostram que não existe adversidade que não possa ser superada, e mesmo que fiquemos com marcas e rancores por conta de nossas relações, jamais devemos deixar que isso nos consuma.

"Um livro para despedaçar seu coração e depois curá-lo" - Viet Thanh Nguyen.

Depois de ler, não é possível discordar dessa frase.
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mimperatriz 19/12/2021

O melhor que podíamos fazer
Terminei de ler ?O melhor que podíamos fazer?, de Thi Bui, com vontade de ler de novo.

É um livro super delicado - ainda que trate de assuntos relevantes como guerra, imigração e sobrevivência - e com uma arte gráfica igualmente delicada e incrível.

No livro Thi Bui conta a história da sua família, que fugiu do Vietnã do Sul para os EUA no final da década de 70. Sim, é uma história real e a família da autora é uma família de refugiados.

Além das questões voltadas para a imigração da família, Thi Bui também reflete sobre a mistura de sentimentos por ser mãe e filha ao mesmo tempo e revisita a história de vida de seus pais na tentativa de entender melhor a formação da família e os sentimentos e ensinamentos recebidos.

É uma história de amor e descobertas.

A história não é linear e possui muitas idas e vindas, por isso em alguns momentos tive que parar para procurar as datas citadas pela autora e entender o momento e contexto da história.

Tirando isso a leitura é comovente, agradável e nos traz reflexões importantes sobre família, maternidade e muitos aspectos sobre imigrantes / refugiados - assuntos super importantes e atuais.

Minha quarta HQ lida em 2021. Redescobrir esse formato de leitura tem sido delicioso! ?
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Mariana 05/11/2021

Lindo e poético
Um relato sensível sobre o Vietnã e sobre a situação dos refugiados. Mas, ainda mais que isso, é uma história sobre as dificuldades de relacionamento entre pais e filhos e sobre fazer as pazes com o passado.
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Luhran 25/07/2021

Impactante do começo ao fim
?como alguém se recupera da perda de um filho? ?

Nota: a graphic novel de Thi Bui possui gatilhos emocionais ligados a depressão pós-parto, abortos indesejados, violência, fome e abandono.

Quando o Vietnã do sul caiu em meados de 1978, a família de Thi precisou viver o difícil processo de imigração. Fugindo de resultados de uma guerra devastadora, a pequena família refugiada precisará reconstruir sua história.

Já em 2005 no hospital metodista de Nova York, Thi e Travis presenciam a vinda de seu primeiro filho. Com uma dor avassaladora e questionamentos intermináveis sobre ser o suficiente e responsável o bastante por criar outra vida, a ex-refugiada narra suas dores e incompreensões sobre como doar seu amor quando em sua história só se teve sofrimento.

A protagonista de O melhor que podíamos fazer vai explorar o passado de seu pai, sua mãe e seus avós para desvendar a origem de tantos traumas e tanta frieza em seu íntimo. Com narrações poderosas sobre o período de guerra, fome, dor, abuso e fuga, a força que a família de Thi obteve em todos estes anos vem de uma dor profunda e dolorida.

Essa é uma graphic novel repleta de significados desde o processo da maternidade até o silêncio entre pais dentro de casa. Com cenas fortes e de arrancar lágrimas, a trajetória de sobrevivência da família de Má, Bô, Lan, Bich, Thi e Tâm, será uma referência por muito tempo de como devemos valorizar nossos lares.

Impactante do começo ao fim.
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oarthurgomes_ 22/07/2021

Quadrinhos
Explora a angústia da imigração e os efeitos duradouros que o deslocamento tem sobre uma criança. A autora relata a fuga de sua família após a queda do viet?a do Sul.
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Lucas.Hagemann 21/04/2021

Arte bonita, história interessante
Mais uma excelente HQ autobiográfica. Conta a história, de uma forma muito fluida e interessante, dos pais da autora Thi Bui e sua saga de fugir do Vietnã e migrar para os EUA. De uma forma muito agradável a autora conta a história do Vietnã, a partir da história de vide de seus pais e avós. Uma HQ que vale ser lida.
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Gabriel.Maissack 08/04/2021

Refúgio
É dessas leituras que a gente precisa nesse momento. Enquanto países que fomentam e financiam guerras se fecham, os povos vitimados fazem o seu melhor pra sobreviver, pra encontrar um lugar pra chamar de lar.

P.s.: Ouçam também Aboio, do Rapadura.
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Ju Duarte 28/02/2021

Ao ler comentários antes de ler o livro li a seguinte frase: se você se apaixonou por Maus e Persépolis, deve ler esse livro.
Foi diretamente para o carrinho e não decepcionou em nada. Lindo. Tocante. Sem falar na qualidade artística. Vale cada segundo.
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Luan 26/02/2021

Resolvi ignorar os primeiros capítulos e dei essa nota por ter gostado muito do restante do livro, mas as primeiras 100 páginas não são tão boas.

O começo é confuso, com várias histórias aleatórias e reflexões que não chegam a lugar nenhum. No entanto, quando a autora foca na jornada dos pais e segue a história deles em ordem cronológica a hq fica bem melhor.

Assim como Persépolis e Maus, essa hq fala de um período histórico não tão distante e os impactos na família da autora. É sempre bom ver esses acontecimentos sem ser da ótica estadunidense.
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Alessandra.Adams 14/02/2021

Perfeito! Leitura muito prazerosa, com uma construção dos quadrinhos envolvente. Recomendo.
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vick 10/01/2021

São crianças como você
Thi Bui revisita a história dos pais ao ter o primeiro filho. Imigrantes vietnamitas, os dois adotaram um comportamento distante e rígido com os filhos. Ao descobrir mais sobre suas infâncias e sobre a fuga do Vietnã que ocorreu quando ela era pequena, a filha pode entender por que seus progenitores são do jeito que são, bem como a descoberta de como sua infância de refugiada a moldou. Uma ótima graphic novel, de um lirismo ímpar, recomendo para quem gostou de Persépolis e maus.
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kurara 03/12/2020

obrigada a que entidade me fez escolher esse livro.
um dos meus livros favoritos, a arte é linda, a história é tocante e as cores deixam a história cada vez melhor. eu não leio muito graphic novels mas esse com certeza é o que me inspirou e abriu esse mundo pra mim.
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Paloma 01/11/2020

Relato autobiográfico forte.
Linda e comovente historia de uma familia em busca de esperança, longe da guerra que devastou o Vietnã do Sul na década de 70. Imperdível!
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Paulo 11/08/2020

Chega um momento em nossas vidas em que paramos para refletir sobre nossos papéis para nossos amados. Aquele momento transformador onde tudo entra em perspectiva para que possamos dar nosso próximo passo. E esse momento vem quando Bui decide rever a história de sua família logo após dar a luz a seu primeiro filho. O nascimento é marcante para a família de Bui e principalmente para ela mesma. Enquanto Bui avalia seus sentimentos, ela compartilha conosco as histórias de seu pai, Bo, e sua mãe, Má em meio a momentos felizes, tristes, angustiantes, de sofrimento e de superação. O resultado é uma jornada incrível que passa por dois continentes, nos mostrando a riqueza que existe na relação entre mãe e filha.

Não há mistério na narrativa de O Melhor que Podíamos Fazer. É uma autobiografia e ela vem carregada com os sentimentos de autora/artista. Se trata de uma história da vida real e seu impacto chega até nós como uma lança em nossos corações. Em vários momentos, a história de Thi Bui me remeteu a outra que eu li recentemente, a HQ Heimat, da autora Nora Krug. Nela, Nora também fazia esse percurso de buscar a narrativa de sua família para entender a si mesma em um mundo que cobrava dela um posicionamento (ou ela cobrava a si mesma). Quando se trata de uma narrativa carregada, se torna cada vez mais complicado retirar de nossos parentes os detalhes. Principalmente por estarmos envolvidos em nosso emocional, o resgate da história oral é mais complexo. Assim como Nora Krug, Thi Bui vai coletando pedaços de informação a partir de memórias que são difíceis de serem lembradas, mas que passam para nós valiosas lições.

Para quem está estranhando o formato aqui, não me sinto à vontade de avaliar uma narrativa como a dessa HQ, porque é como se eu estivesse avaliando a vida da personagem. E isso não é um sentimento legal. Posso dizer que, para mim, a narrativa funcionou porque tocou em meu íntimo. Toda a passagem de tocha da mãe para a filha é um momento bonito e dá para perceber que esta é a catarse final da HQ. Quando a mãe deixa seu papel de filha e passa a exercer o de mãe (apesar de ainda manter um pouco da rebeldia filial lá em seu íntimo). A narrativa me toca também porque eu me aproximo da idade de Thi Bui, beirando na casa dos quarenta, então esse tipo de reflexão acerca de montar uma família, o que vou deixar para os meus filhos ou se eles irão cometer ou não os mesmos erros que eu, são pensamentos que volta e meia vem à minha mente. Será que eu vou ser um bom pai? Conseguirei transmitir boas mensagens? Assim como a orelha de capa nos coloca, é impossível que você, leitor, não chore em algum momento. Seja com os horrores da guerra, com a difícil travessia para a Malásia ou a adaptação a um novo mundo.

O que faz desta história tão bacana é o quanto a autora conseguiu transportar as características de seus pais para a HQ. Não estamos diante de personagens ou estereótipos; são pessoas reais com qualidades e defeitos e toda uma vida por trás de cada um deles. Por exemplo, vemos o quanto os traumas do passado de Bô o tornaram um pai imperfeito, negligenciando suas filhas em determinado momento, mas fazendo o possível para lhes dar saúde e alimentação. O quanto as diferenças entre Má e Bô os afastaram um do outro no casamento, mas mesmo assim eles continuam próximos um do outro. Ou o quanto Bui pode ser muito teimosa em algumas de suas posições sem entender o que seus pais querem, no fundo, dizer. E o mais legal: mesmo sendo uma família grande, eles conseguem ser unidos. As terríveis experiências pelas quais eles passaram serviram como uma cola que uniu pessoas que se tornaram tão diferentes à medida em que foram crescendo e tendo outros interesses.

A autora traz ricas informações sobre a vida no Vietnã durante as décadas de 1940 a 1970. Lógico que essa é a visão de alguém que sofreu perdas e sofreu bastante com as constantes mudanças políticas e sociais ocorridas na velha Indochina. Esse é mais um caso de um país que foi afetado pelo imperialismo que colocou este lugar primeiro nas mãos dos franceses e passou para as mãos de um ditador comunista. Assim como vários outros lugares do Leste Asiático como o próprio Camboja citado durante a HQ que simplesmente passou pela administração de uma "milícia" comunista conhecida como o Khmer Vermelho. E o Khmer devastou o Camboja por mais de trinta anos até eles conseguirem encontrar forças para se libertarem do domínio socialista. Vocês me perguntam então: todo o país socialista foi uma ditadura? Não necessariamente. Mas, os exemplos mais visíveis surgidos durante a Guerra Fria são bem complicados de se defender como a ditadura de Pol Pot, no Camboja ou a guerrilha de Ho Chi Minh no Vietnã. Pessoas como a Bui que tinham uma vida razoavelmente adaptada ao domínio francês se viram pegas em um tiroteio entre capitalistas e socialistas que usaram o cenário do Vietnã para realizar sua guerra ideológica. Como sempre, são os inocentes que pagam o preço.

A narrativa que se faz desses momentos é cercado de um romantismo que os vietnamitas não entendem. Filmes como Platoon e Apocalypse Now vieram no esteio da condenação de uma guerra entre soviéticos e americanos. Mas, e aqueles que moravam em Saigon? Um dos momentos mais tristes da história do Vietnã é a entrada das forças vietcongues em Saigon decretando a derrota dos americanos em uma longa e infrutífera guerra. A questão não é quem estava certo ou errado. A história de Bui, apesar de sofrida, acabou ocasionando um final feliz em outro continente. Mas, para cada final feliz existem dez outros casos infelizes. Não é que o regime francês fosse melhor que o socialista. É simplesmente que quem vivia sob o regime francês passou a ser considerado cidadão de segundo escalão. E, o regime vietcongue acabou adotando aquilo que havia de pior no stalinismo: a espionagem e a paranoia.

Uma velha máxima da Mãe História é que ela é contada pelos vencedores. E é bom de vez em quando ver um lado da história que não foi contado. Ao mesmo tempo as dificuldades e obstáculos que Má e Bô passaram são terríveis. Vendo o quanto eles são articulados e cheios de recursos, percebemos o quanto a vida deles poderia ter sido diferente em outro contexto. A gente fica naquele exercício eterno do "E se...". Ao mesmo tempo é maravilhoso ver o quanto o espírito dos dois não foi quebrado mesmo diante de recusas, de abandonos, de relegações e de sacrifícios. Faz a trajetória dos dois ganharem contornos épicos. Afinal, era o melhor que eles podiam fazer pelos filhos, em um trocadilho com o título da HQ.

A conclusão que eu chego é que essa era uma história que precisava ser contada. E Thu Bui a conta de uma maneira artística e elegante. Não falei ainda da arte, né? Ela segue um padrão de linhas claras que lembra a arte europeia. Mas, Bui emprega algumas cores além do preto e branco, o que dá uma personalidade única ao quadrinho. Se a missão era emocionar, Bui conseguiu fazer isso aos montes. Só tenho a recomendar essa história e eu acredito que deva entrar para as minhas melhores leituras do ano. Tem o potencial e aquele poder narrativo para isso.

site: www.ficcoeshumanas.com.br
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