O melhor que podíamos fazer

O melhor que podíamos fazer Thi Bui




Resenhas - O Melhor Que Podíamos Fazer


63 encontrados | exibindo 31 a 46
1 | 2 | 3 | 4 | 5


Nana 21/08/2023

Livro nr 35 do projeto "A volta ao mundo através dos livros"
País sorteado : "Vietnã"

Ao ler várias opiniões positivas sobre essa HQ, acabei criando muitas expectativas e infelizmente não achei tão boa quanto esperava.
Não consegui me envolver com a história pois achei confusa.
Não sei se foi a tradução ou se a escrita da autora. Mas em vários momentos eu me perdia sem saber se o assunto estava falando sobre a narradora, sobre o pai, ou sobre a mãe, porque ela conta sobre a vida de cada um, só que para mim ficou muito misturado.
Quanto as ilustrações são ótimas!
comentários(0)comente



Amanda Teles - Livro, Café e Poesia 20/07/2020

Você já parou pra pensar que às vezes para entender o outro, seu jeito ou atitude em determinada situação, visitar seu passado é necessário?

Thi Bui conta nesta memória gráfica a luta da sua família na busca por uma vida melhor, fugindo de seu país em guerra e imigrando para um mundo novo. As dores e traumas sofridas por uma criança em meio a tudo isso, fugindo com toda sua família e os sacrifícios para construção de uma vida segura, são retratadas aqui. Bui, ao se tornar mãe e refazer, mentalmente, o caminho que levou sua família aonde estão, descobre o amor, nunca expressado em palavras, e sacrifícios feitos pelo seus pais.

Uma vez assisti uma palestra do filósofo Mário Sergio Cortella onde ele fala que: capricho é fazer o melhor, nas condições que se tem, enquanto ainda não tem condições melhores pra fazer. E ao ler esta HQ me veio muito essa sensação da busca do melhor, de doação ao outro, de amor sem troca, amor por amor.
As relações entre pais e filhos, em algumas fases de nossas vidas (principalmente na adolescência e início da vida adulta) tendem a ser complicadas, e a chave gira quando a gente passa por essas fases e em algum momento de nossas vidas conseguimos nos enxergar em nossos pais e assim entender algumas das atitudes deles, mesmo sem concordar.

Essa Hq maravilhosa fala sobre a força que uma família tem sobre nosso desenvolvimento e fortalecimento de identidade, sobre perdão, sobre resiliência, sobre se ver no outro, sobre fazer o melhor.
E você, já fez o melhor que poderia fazer?



Segue lá no Instagram @livrocafeepoesia
comentários(0)comente



Paulo 11/08/2020

Chega um momento em nossas vidas em que paramos para refletir sobre nossos papéis para nossos amados. Aquele momento transformador onde tudo entra em perspectiva para que possamos dar nosso próximo passo. E esse momento vem quando Bui decide rever a história de sua família logo após dar a luz a seu primeiro filho. O nascimento é marcante para a família de Bui e principalmente para ela mesma. Enquanto Bui avalia seus sentimentos, ela compartilha conosco as histórias de seu pai, Bo, e sua mãe, Má em meio a momentos felizes, tristes, angustiantes, de sofrimento e de superação. O resultado é uma jornada incrível que passa por dois continentes, nos mostrando a riqueza que existe na relação entre mãe e filha.

Não há mistério na narrativa de O Melhor que Podíamos Fazer. É uma autobiografia e ela vem carregada com os sentimentos de autora/artista. Se trata de uma história da vida real e seu impacto chega até nós como uma lança em nossos corações. Em vários momentos, a história de Thi Bui me remeteu a outra que eu li recentemente, a HQ Heimat, da autora Nora Krug. Nela, Nora também fazia esse percurso de buscar a narrativa de sua família para entender a si mesma em um mundo que cobrava dela um posicionamento (ou ela cobrava a si mesma). Quando se trata de uma narrativa carregada, se torna cada vez mais complicado retirar de nossos parentes os detalhes. Principalmente por estarmos envolvidos em nosso emocional, o resgate da história oral é mais complexo. Assim como Nora Krug, Thi Bui vai coletando pedaços de informação a partir de memórias que são difíceis de serem lembradas, mas que passam para nós valiosas lições.

Para quem está estranhando o formato aqui, não me sinto à vontade de avaliar uma narrativa como a dessa HQ, porque é como se eu estivesse avaliando a vida da personagem. E isso não é um sentimento legal. Posso dizer que, para mim, a narrativa funcionou porque tocou em meu íntimo. Toda a passagem de tocha da mãe para a filha é um momento bonito e dá para perceber que esta é a catarse final da HQ. Quando a mãe deixa seu papel de filha e passa a exercer o de mãe (apesar de ainda manter um pouco da rebeldia filial lá em seu íntimo). A narrativa me toca também porque eu me aproximo da idade de Thi Bui, beirando na casa dos quarenta, então esse tipo de reflexão acerca de montar uma família, o que vou deixar para os meus filhos ou se eles irão cometer ou não os mesmos erros que eu, são pensamentos que volta e meia vem à minha mente. Será que eu vou ser um bom pai? Conseguirei transmitir boas mensagens? Assim como a orelha de capa nos coloca, é impossível que você, leitor, não chore em algum momento. Seja com os horrores da guerra, com a difícil travessia para a Malásia ou a adaptação a um novo mundo.

O que faz desta história tão bacana é o quanto a autora conseguiu transportar as características de seus pais para a HQ. Não estamos diante de personagens ou estereótipos; são pessoas reais com qualidades e defeitos e toda uma vida por trás de cada um deles. Por exemplo, vemos o quanto os traumas do passado de Bô o tornaram um pai imperfeito, negligenciando suas filhas em determinado momento, mas fazendo o possível para lhes dar saúde e alimentação. O quanto as diferenças entre Má e Bô os afastaram um do outro no casamento, mas mesmo assim eles continuam próximos um do outro. Ou o quanto Bui pode ser muito teimosa em algumas de suas posições sem entender o que seus pais querem, no fundo, dizer. E o mais legal: mesmo sendo uma família grande, eles conseguem ser unidos. As terríveis experiências pelas quais eles passaram serviram como uma cola que uniu pessoas que se tornaram tão diferentes à medida em que foram crescendo e tendo outros interesses.

A autora traz ricas informações sobre a vida no Vietnã durante as décadas de 1940 a 1970. Lógico que essa é a visão de alguém que sofreu perdas e sofreu bastante com as constantes mudanças políticas e sociais ocorridas na velha Indochina. Esse é mais um caso de um país que foi afetado pelo imperialismo que colocou este lugar primeiro nas mãos dos franceses e passou para as mãos de um ditador comunista. Assim como vários outros lugares do Leste Asiático como o próprio Camboja citado durante a HQ que simplesmente passou pela administração de uma "milícia" comunista conhecida como o Khmer Vermelho. E o Khmer devastou o Camboja por mais de trinta anos até eles conseguirem encontrar forças para se libertarem do domínio socialista. Vocês me perguntam então: todo o país socialista foi uma ditadura? Não necessariamente. Mas, os exemplos mais visíveis surgidos durante a Guerra Fria são bem complicados de se defender como a ditadura de Pol Pot, no Camboja ou a guerrilha de Ho Chi Minh no Vietnã. Pessoas como a Bui que tinham uma vida razoavelmente adaptada ao domínio francês se viram pegas em um tiroteio entre capitalistas e socialistas que usaram o cenário do Vietnã para realizar sua guerra ideológica. Como sempre, são os inocentes que pagam o preço.

A narrativa que se faz desses momentos é cercado de um romantismo que os vietnamitas não entendem. Filmes como Platoon e Apocalypse Now vieram no esteio da condenação de uma guerra entre soviéticos e americanos. Mas, e aqueles que moravam em Saigon? Um dos momentos mais tristes da história do Vietnã é a entrada das forças vietcongues em Saigon decretando a derrota dos americanos em uma longa e infrutífera guerra. A questão não é quem estava certo ou errado. A história de Bui, apesar de sofrida, acabou ocasionando um final feliz em outro continente. Mas, para cada final feliz existem dez outros casos infelizes. Não é que o regime francês fosse melhor que o socialista. É simplesmente que quem vivia sob o regime francês passou a ser considerado cidadão de segundo escalão. E, o regime vietcongue acabou adotando aquilo que havia de pior no stalinismo: a espionagem e a paranoia.

Uma velha máxima da Mãe História é que ela é contada pelos vencedores. E é bom de vez em quando ver um lado da história que não foi contado. Ao mesmo tempo as dificuldades e obstáculos que Má e Bô passaram são terríveis. Vendo o quanto eles são articulados e cheios de recursos, percebemos o quanto a vida deles poderia ter sido diferente em outro contexto. A gente fica naquele exercício eterno do "E se...". Ao mesmo tempo é maravilhoso ver o quanto o espírito dos dois não foi quebrado mesmo diante de recusas, de abandonos, de relegações e de sacrifícios. Faz a trajetória dos dois ganharem contornos épicos. Afinal, era o melhor que eles podiam fazer pelos filhos, em um trocadilho com o título da HQ.

A conclusão que eu chego é que essa era uma história que precisava ser contada. E Thu Bui a conta de uma maneira artística e elegante. Não falei ainda da arte, né? Ela segue um padrão de linhas claras que lembra a arte europeia. Mas, Bui emprega algumas cores além do preto e branco, o que dá uma personalidade única ao quadrinho. Se a missão era emocionar, Bui conseguiu fazer isso aos montes. Só tenho a recomendar essa história e eu acredito que deva entrar para as minhas melhores leituras do ano. Tem o potencial e aquele poder narrativo para isso.

site: www.ficcoeshumanas.com.br
comentários(0)comente



Gabriel.Maissack 08/04/2021

Refúgio
É dessas leituras que a gente precisa nesse momento. Enquanto países que fomentam e financiam guerras se fecham, os povos vitimados fazem o seu melhor pra sobreviver, pra encontrar um lugar pra chamar de lar.

P.s.: Ouçam também Aboio, do Rapadura.
comentários(0)comente



kurara 03/12/2020

obrigada a que entidade me fez escolher esse livro.
um dos meus livros favoritos, a arte é linda, a história é tocante e as cores deixam a história cada vez melhor. eu não leio muito graphic novels mas esse com certeza é o que me inspirou e abriu esse mundo pra mim.
comentários(0)comente



Julia.Bessa 31/01/2023

Te quebra no início e de acolhe no fim
Uma amiga me ensinou que dar menos de cinco estrelas pra um livro biográfico é a mesma coisa de esperar que a vida de alguém te traga entretenimento e você simplesmente julgar. Eu estava com medo de não ter empatia com a história e dar um cinco forçado mas o livro fez por merecer.

Começamos a graphic novel com a autora contando da sua gravidez e relembrando o passado da sua família, em um cenário de guerra, imigração, morte e tortura, a mãe de Thi dá a luz a 5 crianças durante toda a trajetória. Ela conta o passado vietnamita de seu pai, o de sua mãe e depois o seu próprio, mostrando todas as feridas e bagagens de ser uma imigrante vietnamita que carrega consigo no presente, todos os medos, aprendizados e dúvidas que Thi carregou além de sua trajetória. É uma história tocante que vai te fazer querer chorar e aprender mais sobre a guerra do Viet Nâm, e ainda da uma acolhida no coraçãozinho no final. Recomendo demais!
comentários(0)comente



Gabi1509 22/11/2019

Resenha: O melhor que podíamos fazer – Thi Bui
Salve salve, pipoqueiros!

Lançada pela Editora Nemo e escrita por Thi Bui, O melhor que podíamos fazer nos introduz a um tema bem atual: Os imigrante, seus elos com as cidades onde nasceram e a buscar por um lugar melhor.

Em sua primeira Graphic Novel autobiográfica, Thi Bui consegue nos transportar para o passado e nos mostra as origens de sua família Vietnamita. Essa Graphic vai nos mostrar que proximidade e estar perto, não são a mesma coisa.

Acompanhamosa fuga de uma família após a queda do Vietña do Sul rumo a um lugar seguro.

Com ilustrações lindíssimas e com diálogos extremamente fortes, ela nos transmite as angústias passadas pelos conflitos da época e nos mostra como que esses acontecimentos se manifestaram na vida adulta de todos os parentes.
Descrita tanto pela própria autora quanto a mãe e o pai, Você começa a entende-los quando chega mais ou menos na metade do livro, quando conta sobre as lembranças dos antepassados citados na história.
Não será nenhum Spoiler falar que no final desse enredo eles se refugiam nos EUA, mas o interessante mesmo são os confrontos históricos passados pelos avós e pais da autora. Em um momento tão delicado e ao mesmo tempo tão grosseiro, podemos ver a perspectiva de quem vivia ao Norte e ao Sul do Vietña. Duas realidades bem diferentes.

Além de transmitir a jornada dessa família, ela fala principalmente sobre compreensão e empatia. Muitas das vezes julgamos as pessoas sem conhecer o real motivo por trás de suas atitudes.

Até a próxima !

site: http://pipocanerd.com/livros/resenha-o-melhor-que-podiamos-fazer-thi-bui/
comentários(0)comente



Nicoly Mafra 16/11/2017

#NickMafraLendoHQs: O MELHOR QUE PODÍAMOS FAZER | @teabuoy | @editoranemo | Nota: 4,5.
"(..) agora entendo que proximidade e estar perto não são a mesma coisa.".

"O Melhor que Podíamos Fazer" é uma graphic novel um tanto diferente, pois não é uma história fictícia, e sim, as memórias gráficas de uma família. Thi Bui nos conta, com muita delicadeza, a história de sua família, desde a fuga do Vietnã, após a queda do Vietnã do Sul em 1970, a chegada na família nos Estados Unidos, e como ficou a relação de sua família com o passar dos anos.

A narrativa e a arte da autora são bem delicadas e cheias de emoções, e além de comentar sobre as questões familiares, a autora dá uma aula incrível sobre a história do Vietnã e nos relata o quão difícil foi essa transição entre os países, dificuldades durante a fuga e também ao chegar nos Estados Unidos por questões de xenofobia.

O ponto que achei mais interessante nesta graphic novel, é que Thi Bui inicia a narração da história de sua família após dar à luz ao seu primeiro filho; uma mãe de primeira viagem, que está aprendendo o verdadeiro significado de ser uma mãe, percebendo os inúmeros sacrifícios que fará para o bem do seu filho e o quão profundo e imenso é o seu amor por aquele pequeno ser. E é neste momento que Thi Bui percebe que seus pais sacrificaram muitas coisas para manter a sua família unida, e, mesmo sem falar abertamente, o amor que os conecta é imensurável.

Gostei muito da experiência de ler as memórias gráficas dessa família e de conhecer mais um pouquinho sobre a história do Vietnã; muitas famílias passam por momentos difíceis, muitas famílias não possuem o hábito de demostrar amor e afeto, mas o laço que nos une aos nossos familiares é essencial e, em muitos momentos, é o que nos dá forças para enfrentar os desafios da vida.

Recomendo muito essa graphic novel, principalmente para quem gosta de memórias e biografias, e para quem gosta de ler sobre questões familiares!

site: www.instagram.com/nickmafra
comentários(0)comente



Daniela Colaci 12/11/2017

Delicado e emocionante
Com muita delicadeza, Thi Bui conta nessa autobiografia suas memórias de infância, suas transformações pessoais e a difícil trajetória de sua família, que se mudou do Vietnã do Sul para os Estados Unidos na década de 1970.

Essa graphic novel me proporcionou um aprendizado incrível sobre o Vietnã. Confesso que pouco sabia sobre o país, tinha apenas vagas lembranças sobre pelo que aprendi nas aulas de história no ensino médio. Através do relato da autora, entendi em detalhes a guerra interna que dividiu o país e como essa questão teve uma série de desdobramentos, incluindo ai a migração da família Bui.

Eles se mudam para os Estados Unidos na esperança de começar uma nova vida e deixar para trás todo o sofrimento passado no Vietnã. Porém, a realidade nunca é tão simples quanto o sonho. Além da xenofobia que todos enfrentaram, os pais de Thi tinham mágoas profundas, fato que afetou o relacionamento com os filhos e essa é mais uma das questões abordadas com muita sensibilidade pela autora. Ela só conseguiu entender verdadeiramente os pais quando se colocou no lugar deles.

“Meus pais fugiram do Viêt Nam num barco para que seus filhos crescessem em liberdade. Talvez eu pudesse ser um pouco menos ingrata.”

A edição dessa obra é um espetáculo a parte! Amei cada detalhe do início ao fim. O tom de laranja que colore as páginas acompanha as emoções dos personagens, se intensificando ou suavizando conforme a situação pede.

Ler “O melhor que podíamos fazer” foi uma experiência incrível. Além da bela aula de história que ganhei de Thi Bui, também refleti bastante sobre a complexidade das relações familiares. Às vezes, muitas das nossas frustrações têm uma explicação simples: esperamos muito mais do que os outros podem nos dar e não conseguimos ver que, em muitas vezes, eles estão fazendo o melhor que podem fazer.

site: instagram.com/resenhasdealgodao
comentários(0)comente



Laís 20/11/2017

O melhor que podíamos fazer, da vietnamita Thi Bui, é um relato pessoal de sua origem. A história gira em torno de uma reflexão parental e a busca por compreender o verdadeiro papel da família em sua vida. ⠀

Thi traça uma linha do tempo e nos leva, através de uma viagem de conhecimento e muita sensibilidade, para conhecer a história de seus pais: onde nasceram, suas infâncias e vidas até se conhecerem. Ela também fala sobre a história do Vietnã e da uma grande aula (nada maçante) sobre a guerra e os processos que o país enfrentou nas últimas décadas.

Tudo isso de forma muito fluida, em uma linguagem clara e direta. É notável o empenho da autora em passar, da forma mais simples possível, as informações sobre a guerra - algo que demanda muita pesquisa. ⠀

Sob um olhar reflexivo, Thi conversa com o leitor a respeito de seu relacionamento familiar e suas angústias em relação a isso. Logo no prefácio dessa graphic novel, a autora diz que o maior objetivo dela com essa obra foi compreender as razões que fizeram seus pais fugirem de um país e recomeçar do zero em outro, na década de 70. ⠀

Transcrever a história de sua família nesse livro com certeza foi uma herança maravilhosa a todos eles. Para mim, O melhor que podíamos fazer é o tipo de livro que, involuntariamente, é impossível não marcar o leitor. Famílias são difíceis, nem sempre possuem relacionamentos agradáveis. Thi quis mostrar que tudo isso pode ser compreensível, basta olhar por outra perspectiva.

Foi lindo ver a empatia por sua família, ser um telespectador em uma história tão cheia de vida e esperança. E mais lindo ainda, para mim, foi ver o respeito que a autora teve pela sua trajetória.

Em O melhor que podíamos fazer, Thi busca por descobrir suas origens. Quem eram os seus pais antes de se tornarem pais? O quanto deles, hoje adulta, ela carrega? ⠀

São algumas das perguntas que, maravilhosamente, as respostas nós encontramos nessas páginas. ♥️

site: https://www.instagram.com/_maniadelivro/
comentários(0)comente



@biaentreleituras 13/12/2017

28 de Novembro de 2015, Thi Bui estava em trabalho de parto e sofria no hospital com a pressão que lhe era imposta, nada foi natural, foi um parto violento. Thi era jovem, não sabia nada sobre ser uma mãe e precisou lidar com um tratamento nada humanizado dos médicos e enfermeiros. Ela recebeu o apoio de seu marido e de sua mãe, quando o seu filho nasceu Thi sentiu uma forte empatia pela mãe, uma mulher que já havia sofrido muito na vida e que estava ali ao seu lado para ajudá-la.

E assim começa o livro, cheio de tensão e emoção que continuam pelas páginas seguintes, onde Thi nos conta a trajetória de seus pais e como a sua família imigrou para os Estados Unidos. A relação de Thi com os pais era um pouco delicada, eles se davam bem, mas havia certos receios e um pouco de distanciamento. Ao compreender o que realmente aconteceu para que chegassem até onde estavam ela percebeu que os seus pais fizeram o melhor que puderam para manter a família unida e viva.

Um dos maiores mistérios era a vida de seu pai, ele não falava muito sobre o passado e tinha respostas vagas. Mas quando Thi aprendeu a fazer as perguntas certas ele lhe deu todas as respostas. O resultado foi uma história triste, mas ao mesmo tempo de superação e força. Uma criança que viveu os horrores da guerra e precisou aprender a crescer para sobreviver.

Nan (pai de Thi) teve uma infância muito dura, presenciou as agressões do pai contra a mãe e também sofreu com essa violência. Cresceu sem amor, tendo que dormir no frio, comendo pouco (quando comia) e sem sabe se estaria vivo no dia seguinte. A guerra estava cada vez pior e as consequências dela eram desastrosas, até mesmo (ou ainda mais) para as crianças.

A mãe de Thi vinha de uma família com uma condição financeira mais favorável, ela era estudiosa, recebeu uma boa educação e tinha planos para o futuro. Mas quando conheceu o pai de Thi todos os seus planos mudaram. As coisas começaram a ficar difíceis, a guerra matando cada vez mais pessoas. De repente, a situação financeira do casal despencou, surgiram os filhos, a fome, o medo.

A família teve que sair do Vietnã, não foi uma viagem fácil e precisaram, se arriscar, deixar para trás o que conheciam para se embrenharem em meio ao novo, em um país distante. Quando chegaram aos Estados Unidos começava uma vida nova, mas toda aflição ainda os perseguiria por algum tempo até eles se estabelecerem, conseguirem empregos fixos e uma casa própria. Foi complicado e difícil no começo, mas aos poucos eles foram se ajeitando.

Leia a resenha completa lá no blog > https://goo.gl/wpiD5j

site: http://vocedebemcomaleitura.blogspot.com.br/
comentários(0)comente



Jéssica @paraisoliterario 21/01/2018

O MELHOR QUE PODÍAMOS FAZER || PARAÍSO LITERÁRIO
Oi gente! Hoje vamos falar um pouquinho sobre uma graphic novel que abalou meu mundo e me virou de cabeça para baixo, tirou meu fôlego e apertou meu coração. Sim, O Melhor Que Podíamos Fazer que foi laçado pela Editora Nemo tem essa capacidade de mexer com as suas emoções, bagunçar seu mundo e te emocionar desde a primeira página.


Antes de mais nada eu preciso que você entenda que esta não é uma grapic novel comum, aqui não estamos acompanhando a história de um personagem, o livro traz memórias gráficas da própria autora. Então, tendo isso em mente, leia o restante da resenha.

É o ano de 2015, Thi Bui está em trabalho de parto e, apesar de insistir em um parto natural, os médicos acabam fazendo uma cesariana e, depois do parto tumultuado e um tanto violento, ela finalmente conhece o seu filho, fazendo novos sentimentos aflorarem, o que a faz compreender melhor sua mãe, que não só tinha passado pela experiência de dar a lus várias vezes, como também havia sofrido violência obstétrica, ainda que no tempo dela não houvesse o termo. Thi Bui mesma não sabe o que teria acontecido sem o apoio da mãe e do marido durante a gravidez.

O nascimento do filho não só torna Thi mais empática em relação a sua mãe, mas também a faz relembrar e questionar o passado. Então vamos conhecer a história pregressa de Thi, cuja família teve que imigrar para os Estados Unidos depois da queda do Vietnã, quando a própria autora era apenas uma criança, tendo que deixar sua terra natal e se adaptar a uma nova vida, diferente de tudo que já conheceu.

Eu não quero contar muita coisa sobre a história porque cada detalhe que dou me parece não ser o suficiente para justificar o quão maravilhosa é esta e história e, ainda assim, a cada nova informação fico com essa sensação de que estou roubando de vocês o prazer de descobrirem por si mesmos o quão rica, emocionante, arrasadora e incrivelmente linda é a história de Thi Bui.

O livro é permeado pelo saudosismo e pela angústia advinda da mudança da família da autora ao mesmo tempo em que possui um tom claro de esperança que torna impossível não se encantar pela narrativa. Além disso, a escrita poética combinada aos traços marcantes fazem deste livro uma obra única em qualquer sentido.

Histórias reais provocam em mim sentimentos diferentes daquelas que são ficcionais. Eu sofro mais porque tudo ali naquelas páginas realmente aconteceu com alguém, mas também comemoro mais uma vitória, por menor que seja. Sofri e sorri com O Melhor Que Podíamos Fazer como há tempos não fazia.

Honestamente acredito que não há um tema mais atual do que as pessoas abandonando seus países porque viver lá se tornou impossível e como sempre acreditei que um livro pode sim mudar as pessoas, talvez, a história de Thi Bui consiga mostrar para todos aqueles que julgam fácil abandonar seu país de origem e ir para um lugar completamente novo e estranho, que na verdade está não é a primeira opção dessas famílias. Ou a mais fácil.

site: http://www.paraisoliterario.com/2018/01/resenha-o-melhor-que-podiamos-fazer.html
comentários(0)comente



@Spreadthereading 13/02/2018

Muito boa
Muito boa essa HQ! Boa também para ter um panorama, ainda que simplificado, do período da Guerra no Vietnã
comentários(0)comente



Flavia Braga 21/03/2018

Incrível
Uma história de guerra, sofrimento, união, determinação, família, empatia e amor.
Apesar de mágoas e ressentimentos, o amor é o que mantém uma família unida e se renova a cada nascimento.
comentários(0)comente



Joi | @estantediagonal 25/04/2018

Lindo, inspirador e pertinente!
Em O Melhor Que Podíamos Fazer acompanharemos a história da família da autora, Thi Bui. Uma autobiografia contada de forma não linear, em pequenos fragmentos existentes no passado e no presente nas vidas de quem ainda enxerga marcas de uma guerra. Através de seus traços expressivos, sua paleta alaranjada e uma narrativa até poética, Thi Bui registra a fuga da sua família após a Guerra da Indochina, no Vietnã Sul. O cenário é no início dos anos 70 e aqui acompanhamos todas as dificuldades e desafios que Má, Nan e seus seis filhos tiveram que passar em busca da liberdade e de uma vida melhor, e muito mais que isso, também vai trazer o relato de uma filha em busca por compreensão em relação aos pais e todas as angustias e marcas que o passado deixou.

O relato de Thi Bui inicia em 2005, no momento que entra em trabalho de parto. Naquele momento, tratada como algo e sem a menor ternura, Thi sente uma verdadeira empatia pela mãe, que já havia passada por situações muito piores em sua vida, mas que estava ali para apoia-la. É este pequeno "grande" detalhe que muda a perspectiva de Thi Bui em relação a sua criação, o nascimento do filho e o surgimento de sua própria família. Entender tudo pelo qual seus pais passaram, ajudou Thi a compreender as fraquezas da mãe e o tratamento frio de seu pai.

A percepção de Thi Bui sobre o seu aprendizado, as lições que vem tirou de toda a jornada de sua família e o modo que enxerga tudo com outros olhos depois de mãe, rende ao leitor uma das reflexões mais emocionantes na minha opinião. A passagem em que Thi Bui enxerga sua mãe, realmente como ela é, em vez da forma como ela gostaria que fosse e a forma como ela, já madura, começa a dar valor a todos os pequenos gestos e todos os grandes sacrifícios que foram feitos por seus pais, todas as escolhas e atitudes que eles tomaram em prol dos filhos. Todo este crescimento próprio, inspira para que nós passemos a dar valor aos nossos pequenos momentos finitos, nosso tempo com a família, o aprendizado que herdamos de nossos pais.

Esta é uma graphic novel que cai como uma luva, numa época onde ainda existe a crise de refugiados na Síria e a de que o líder de uma das maiores potências do mundo deseja fechar as portas para imigrantes. Talvez, na segurança de nossos lares, ainda que em meio ao caos que é nosso pais, não encontremos tempo para pensarmos em pessoas que vivem e sobrevivem em condições mais precárias e mais desumanas que nós. Pessoas que não tem a oportunidade nem de sonhar por viverem em lugares cheios de privações, amarras e controle. Sem dúvidas, esta é uma reflexão para se levar para a vida.

Acompanhar a história de Thi Bui, que é apenas uma em milhares, me fez pensar em quanto somos ingratos pelo que possuímos, talvez, agora após esta leitura, eu me sinta mais motivada a outras coisas, com certeza foi o tipo de leitura que me modificou um pouquinho mais, que me engradeceu e certamente marcou minha jornada como leitora. Acompanhar seu sofrimento, angustias e suas preocupações fizeram de mim uma pessoa melhor e eu só tenho que agradecer por Thi Bui ter decidido compartilhar a sua história.

Sem dúvidas, esta é uma história inspiradora, um feixe de luz para aqueles que ainda buscam paz e a certeza de futuro melhor sem privações.

> Confere a resenha completa que fiz de O Melhor Que Podíamos Fazer lá no ED!

site: http://www.estantediagonal.com.br/2018/02/resenha-o-melhor-que-podiamos-fazer.html
comentários(0)comente



63 encontrados | exibindo 31 a 46
1 | 2 | 3 | 4 | 5


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR