Resenhas - Triste fim de Policarpo Quaresma

Igaço 29/12/2023

Livro para se refletir
O livro traz várias reflexões sobre como o nacionalismo cego é prejudicial e o quanto que o próprio brasileiro odeia seu país. Ao mesmo tempo que o Policarpo é sim nacionalista, ele também tem apresenta um lado que TODO homem do poder público deveria ter: ele sabe tudo sobre seu país, quais seriam os interesses da nação e etc. Ainda traz um lado pouco visto (pelo menos por mim) que é a ditadura de Floriano Peixoto. O livro termina com uma ótima reflexão sobre a arbitrariedade e injustiça do período.

Thalia58 28/12/2023

Acho que li esse livro quando criança e lembro ter dificuldades na leitura, então imaginei que fosse difícil por causa da linguagem. Mas a releitura mostrou que a dificuldade era só por ser bem nova mesmo.

Gostei muito do livro, é uma história que te prende e você cria uma expectativa de um fim não tão triste para Policarpo, mas acaba sendo pior do que se imagina.

Me diverti na leitura, mas ao mesmo tempo a vida de Policarpo é triste por ser incompreendido e por ser um nacionalista fanático tão ingênuo.

É interessante ler livros que mostram a realidade de uma outra época do nosso país. Vale a pena a leitura.

Euzébio 26/12/2023

Policarpo Queresma: ufano pelo Brasil
Escrito por Lima Barreto, modernista brasileiro, socialista, jornalista, dentre tantas outras profissões; Triste Fim de Policarpo Quaresma é um romance que conta as vivências de Policarpo, funcionário público e patriota, cujas esperanças sobre o Brasil como o melhor país do mundo, acabam o fazendo questionar seu país.
O texto é dividido em três partes. Na primeira delas, Policarpo aborda o desenvolvimento de seu país pela cultura. Entretanto, após mandar acidentalmente um texto redigido em Tupi, pedindo para que este fosse decretando a língua oficial do Brasil, é destituido de seu cargo público e enviado a um manicômio.
Com ajuda de sua afilhada, acaba saindo da clínica de tratamento e indo para um local campestre, em que a comunidade local é essencialmente pobre. Ao comprar um terreno (Sossego) e fazer dele um solo de produção, inicia-se a segunda reforma: a reforma agrária. Contudo, por conta de intrigas políticas locais e problemas com o solo, Quaresma desiste do local. Abandonando a irmã e o agregado, voltando sozinho para cidade grande.
No local final, Policarpo, no terceiro capítulo, opta por criar o Brasil pela reforma política. Sendo assim, junto as tropas do presidente Floriano Peixoto, confronta os revolucionários. Ao lado dele, está seu verdadeiro e único amigo, sendo Ricardo Coração dos Outros, um seresteiro, poeta e cantor apaixonado pelas modinhas e o violão. Os dois seguem juntos até o final dos conflitos. Ao ver os terrores causados pela guerra, Policarpo denuncia alguns membros do exército por condutas totalmente despreziveis.
No fim, é preso pelo Floriano Peixoto, pela denúncia contra as aqueles com que lutava lado a lado. O texto não menciona se o Major é morto ou não.
É sem dúvidas a melhor obra que já li. Não acho que seja possível existir um livro melhor que Triste Fim de Policarpo Quaresma, por isso que estou aqui contando um pouco sobre a história do livro.

Lívzz 23/12/2023

Um clássico de leitura fácil e rápida
Diferente de muitos outros clássicos, esse livro possui um vocabulário fácil e tranquilo, além da narrativa ser bem fluida.
Eu aproveitei bastante as duas primeiras partes da história, porém empaquei na última parte e não gostei tanto do fechamento do livro, mas não irei culpá-lo, pois eu apenas não estava tão animada para o final mesmo.
Gostei das característica da maioria dos personagens e como eles lidavam com suas ambições e com os seus problemas pessoais ou mesmo os problemas de personagens alheios.
Ademais, essa edição ajudou bastante a leitura já que possui explicação de diversos termos e explicação para algumas questões citadas no livro pelo autor.

MirzKr 21/12/2023

Incrível! A edição é muito boa, arte impecável e cortes bem pontuais. Amei muito e recomendo esta versão!

Perdida_nas_Estrelas 20/12/2023

Ótimo livro.
Olha, esse é daqueles livros que faz eu me questionar sobre minha inteligência (risos). E falo isso não é nem pelos termos usados, porque nisso a edição que li traz ótimas (e gigantescas) notas de rodapé, mas a questão é o próprio Lima, eu particularmente tive dificuldades em entender algumas ironias, em entender as ideias do próprio autor, e sei que isso foi uma dificuldade particular minha. Pretendo dar uma estudada em Lima e ver se entendo melhor.
A escrita dele é maravilhosa, eu amei minha primeira experiência com o autor, quero ler as outras obras aclamadas dele.
Recomendo muito, pois a viagem que o leitor faz até o Rio é incrível, vale muito. E com toda certeza, você pode entender bem melhor que eu, talvez eu não esteja num momento tão bom para compreender tudo e é isso.

Lilliancs 18/12/2023

Triste Fim de Policarpo Quaresma
Eu amei essa história. Pena que quando estudei sobre ela, ainda no ensino médio, não tinha maturidade para ler, muito menos apreciar devidamente. A escrita de Lima Barreto é muito gostosa e fácil de acompanhar, se comparada a outros autores da época então. Toda a crítica e ironia do texto podem muito bem ser aplicadas ainda hoje.

Dani - Amando Leitura 17/12/2023

Triste fim
O título já entregava como seria o final, mas mesmo assim fiquei triste com o fim de Policarpo. O que ele fez de sua vida? O que levou? Nada. Somente sofrimento...

Juliana 14/12/2023

Aproveitei muito agora
Li na época do vestibular e não gostei. Resolvi reler (na verdade ouvir, em audiobook), dentro do meu Projeto Quero Ler Mais Literatura Brasileira. Os primeiros capítulos foram cansativos, mas da metade pra frente me envolvi mais com a história a ponto de criar uma empatia enorme com o Major Quaresma e torcer pelo sucesso de um ou outro personagem. O livro foi publicado em 1915 e é um grande exemplar do nosso Pré-Modernismo. A história se passa no RJ nos primeiros anos da República, sob o governo de Marechal Floriano. Esse contexto histórico é muito bem descrito, através de narrativas de fatos da época e no cotidiano dos personagens. Apreciei muito esta releitura e a visão crítica do nacionalismo. Foi ótimo ter dado uma 2a chance a este grande livro.

carol. 05/12/2023

Policarpo Quaresma.
? Em "O triste fim de Policarpo Quaresma" o autor Lima Barreto narea a vida de um homem ufanista que passa sua existência tentando fazer com que o Brasil seja enxergado com os olhos certos. Sua trajetória começa desde cedo ao anunciar seu interesse pelo Tupi e como esta sim deveria ser a língua oficial do Brasil, depois reforçou algumas informações sobre a cultura brasileira até que foi levado ao manicômio, de onde só saiu tempos depois e continuou sua luta pela pátria até o fim da sua vida.

? Típico clássico da literatura brasileira que a escola colocou como leitura obrigada e eu li como se fosse um livro por diversão. E apesar de me esforçar, essa leitura foi bem difícil de conectar. O Policarpo é um personagem interessante mas eu me enjoei muito rápido do jeito maluco e obcecado dele, talvez eu tenha me identificado.

? A escrita não é difícil, é bem fácil até, mas o livro acabou ficando tão chatinho que nó final eu só queria que acabasse logo. O que não torna uma história ruim, tanto que o Quaresma representa uma parte do Brasil que devíamos observar mais e deixar transparecer mais.

? Por fim, foi um livro ok pra se ler, se eue tiver a oportunidade lerei novamente com outros olhos pois esse livro tem uma importância enorme, ainda mais se pensarmos que o Lima Barreto era um negro que foi para o manicômio depois e ainda por ser no pré modernismo que influência diretamente com a realidade que vivemos atualmente.

theus33 27/11/2023

?? ? aquele com o maior patriota de todos os tempos;;
Já estava querendo ler Triste Fim de Policarpo Quaresma há um bom tempo, só não imaginava que cairia em ressaca literária no meio da leitura. No fim, demorei mais de um mês para acabar o livro, mas valeu a pena.
A obra é tida como o maior trabalho de Lima Barreto, escritor brasileiro pré-modernista, e não é para menos. Por meio de Policarpo Quaresma, o autor consegue, em sua obra, construir uma crítica bastante sólida à sociedade de sua época, com ênfase no militarismo e no florianismo. Ele constrói um discurso de denúncia às atitudes de Floriano Peixoto, chamando-o de ditador diversas vezes ao longo do livro. Além disso, critica o positivismo como um todo e a forma como o exército se apresentava naquele momento na sociedade brasileira. Utilizando de um personagem que dedica sua vida a amar o Brasil e acaba, numa triste ironia, preso e morto pela própria nação, Lima Barreto é um dos primeiros escritores adeptos de um nacionalismo crítico que serviria de inspiração para grandes nomes da geração de trinta.
Tratando um pouco das minúcias da prosa do autor, não posso deixar de notar que é um tanto arrastada, mas com razão. Em boa parte da obra, o autor não se centra no Policarpo em si e nas suas tentativas de provar a riqueza do Brasil, mas sim naqueles que os cercam. Lima Barreto constrói arquétipos sociais em personagens como Albernaz, típico militar de escritório, Ismênia, que representa os anseios em torno das convenções sociais da época que se tornavam fardo para boa parte das mulheres, além de diversos personagens negros utilizados para tratar do racismo tão presente no Brasil no início do século XX. Dou ênfase nesta última parte, pois apesar de não ser o foco principal dessa obra em questão, é impossível falar de Lima Barreto sem tratar da sua luta contra o racismo.
Por fim, Policarpo Quaresma representa uma clara crítica ao nacionalismo exagerado que está presente no Brasil desde sua construção enquanto nação e da idealização ingênua da cultura brasileira que entram em atrito com os diversos problemas sociais e da própria política enraizados nesse país. Apesar de possuir mais de um século, continua sendo uma boa obra pra discutir as contradições dos discursos que rondam o nacionalismo utópico e o patriotismo raivoso e vazio que predominam na contemporaneidade.

huntero 25/11/2023

O romance traça o destino tragicômico de um homem tomado pelo patriotismo ingênuo, em quixotesca luta contra a corrupção dos políticos. Lima Barreto foi esteticamente um solitário, que se orientou pela linha inovadora de um realismo crítico de cunho popular e rebelde.

dias 19/11/2023

Outro livro q tive que ler pela escola,mas até que pareceu ser interessante, o coitado do Policarpo só queria fazer a diferença,achei ele meio D.quixote.

Luh! 17/11/2023

Perda de tempo
Que horror, eu já não me interesso pelo assunto, foi obrigada a ler por conta da escola e ainda é em quadrinhos, nade me ajuda também.
Um livro com personagens mal caracterizados e simplesmente entediante, horrível de entender, péssimo, sem linha contínua nenhuma. Perda de tempo total.

Alisson 17/11/2023

O fim do Major Quaresma foi realmente triste, mas estava na cara que o fim seria esse, pois todo ufanismo costuma ser trágico.

Lima Barreto construiu um personagem muito carismático, apesar da ingenuidade.