Recordações do Escrivão Isaías Caminha

Recordações do Escrivão Isaías Caminha Lima Barreto




Resenhas - Recordações do Escrivão Isaías Caminha


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Aninha gabs 22/05/2023

Sobre o livro...
Acho super interessante como a leitura, mesmo se passando em um tempo antigo, ainda cosegue ser muito atual. A forma como Lima Barreto retrata o racismo em sua obra é muito impactante! Vendo a história de vida do autor e a comparando com a obra ambas são muito semelhantes e imagino que é isso que faz sua obra ser tão pesada e tão realista.
É uma pena que o livro e o autor não tiveram o reconhecimento que mereciam na época.
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Henggo 20/05/2023

Imersivo, porém, confuso
Até agora, nesta minha "maratona Lima Barreto", a Barretona, este foi o mais cansativo dos livros. É interessante como o autor tece críticas a sociedade brasileira, com seus jogos de interesses, questões de classes, o jeitinho brasileiro e o modo como a velha história do Q.I, o "Quem Indica", está entranhado na nossa construção como nação. É a corrupção nossa de cada dia. O problema é que, apesar de todo esse olhar social e ainda atual, o texto foi confuso. Claro, entendo a questão da linguagem daquela época, início do século XX, algo mais pomposo. Isso não é o cerne da crítica. O ponto central é como a história dá voltas demais para dizer obviedades. Valeu pela imersão histórica, mas foi trabalhoso chegar ao final.
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Fernanda.Prates 13/05/2023

Livro muito bom de um autor que, infelizmente, é pouco estudado e comentado no seu próprio país. A leitura nos faz refletir sobre a política brasileira, a mídia e seu poder frente aos acontecimentos e também sobre o racismo.
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Bruno B. 12/05/2023

Isaías saiu da "caverna"
Uma obra do século passado, infelizmente pode ser considerada um retrato da nossa sociedade atual, as denúncias feitas por Lima Barreto nessa sua obra, ainda é vivida ainda nos dias de hoje.
O autor aborda temas pesados e muito delicados, como racismo, o poder manipulador da mídia, e a influência da política nessa mídia a favor dos interesses daqueles que detém o poder.
Sobre o protagonista, o jovem caminha é uma criança ingênua e sonhadora, que sonha em um dia ir para a cidade grande e conquistar sucesso, e ter uma vida diferente da que seus pais tinham, o que ele não imaginava é que ao chegar na cidade grande, ele acabasse que deparando com uma realidade muito diferente, muito menos que sua cor fosse fonte de julgamentos e empecilho para seus objetivos.
A obra foi escrita no começo do século XX, um momento onde o país passava por uma transformação política e social, o Brasil estava todo quebrado, e Lima Barreto coloca no seu livro a sua visão do Brasil que ele vivenciou, por isso que ele (o livro) é tão carregado de amargura, tanto sobre a sociedade brasileira da época, mas também os jornais, ou sobre como era a mídia da época. Sem dúvida tem muito do Lima Barreto no livro, tornando-o quase uma autobiografia.
É triste perceber que ainda vivemos em um mundo em que as palavras são usadas para desumanizar pessoas por causa de suas diferenças.
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Celine.Macario 24/04/2023

Esse lima barreto é o cão viu. É uma leitura bem fluída, demorei um pouco por causa da ressaca literária mas apesar de tudo foi um bom livro de literatura brasileira.
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Julia 02/04/2023

Esse livro toca em tantos pontos importantes que me surpreende que ele quase não seja usado como paradidático nas escolas. Estão presentes na obra temáticas como o racismo, desigualdade social, política e até mesmo sátiras à imprensa da época e como as reportagens eram desenvolvidas para atrair o público. A escrita é bem fluída e acessível.
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nanna 26/02/2023

Recordações do Escrivão Isaías Caminha
Acho que uma simples resenha não consegue definir a grandeza desse livro. Lima Barreto traz aqui a mais pura dose de realidade negro brasileira e suas dores por um caminho ainda tão cruel.
Isaías é um personagem tão bom, até mesmo ingênuo, e percorrer esse caminho junto com ele é doloroso. Lima Barreto utiliza na sua escrita algo que é às vezes até difícil de decifrar, mas conseguimos perceber os sentimentos do Isaías do passado e do Isaías narrador, além de sentir um pouquinho da história de vida do próprio autor.
Ele também aproveita bem o nacional, faz críticas sem medo à República e à tudo e todos que merecem. Apresenta como a mídia movimentava o Rio de Janeiro daquela época e como tudo estava interligado, sem deixar de lado a questão racial.
Esse livro deveria ser leitura obrigatória para todos! Apenas dei 4 estrelas porque a segunda parte do livro, que o foco é o jornal, eu achei um pouco chatinha, mas isso foi uma questão bem pessoal. A escrita do Lima Barreto é linda e essa leitura precisa ser apreciada.
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legarcia 15/02/2023

A ascensão previamente interrompida
Que estava diante de um grande autor, já tinha consciência quando iniciei mais uma leitura de Lima Barreto. E essa obra apresentou-me outro lado de Lima, que só fez alimentar mais minha admiração por esse brasileiro genial.

Aqui somos imersos na vida de Isaías Caminha, um mulato do interior muito educado, conhecedor de rica cultura e com grande ambição. Logo no começo a vontade e o encantamento de Isaías nos contagia, é uma energia jovem com desejo de desbravar o mundo.

Todavia, essa animação inicial é rapidamente e substituída por frustração e indignação quando nosso personagem chega ao Rio de Janeiro e depara-se com a realidade depravada da vida.

Sendo um mulato, Isaías sofre diversas violências, mais ou menos diretas, só que todas o provocavam dor. São os olhares de deprezo, a rispidez policial, a naturalidade que todos aceitavam que para ele só existia um destino, inferior aos brancos aristocratas. E a constatação dessa realidade acontece bem no ínicio do livro de uma forma dolorosa e asfixiante.

É escancarado para nós um jovem com um brilho, potencial e vontade para fazer muito, ser totalmente desprezado pela sociedade como se a possibilidade dele fazer algo que não fosse trabalhos manuais e pequenos era absurda e impensável. E acredito que receber essa percepção que os outros possuiam foi uma das maiores dores para Isaías, pois nada poderia ser tão diferente do seu interior.

Tudo aquilo que endereçavam a ele estava totalmente em desacordo com sua própria percepção de si. Ele tinha certeza de seu valor e de sua capacidade e ser podado tão violentamente foi brutal. É o drama da ascensão previamente interrompida, o conflito entre tudo o que ele poderia ter sido e o que ele realmente foi.

Isaías era alguém muito inteligente e logo percebe as falsidades e as superficialidades do meio jornalístico que vivia, mas gosta da vaidade, demonstrando fraqueza moral. Ele revolta-se por não ser reconhecido por sua inteligência, mas quando é exaltado por algo que não é, como no episódio que o chamam de doutor, aceita por vaidade.

Também somos imersos em um escritório de jornal por capítulos pelos quais é narrado a rotina recheada de intrigas, falsidades e pequenez. É aqui que Lima tece duras críticas ao sistema midiático, no qual pessoas fazem sucesso por influência ou por repetição de modelos vigentes. Expõe também o controle das massas exercido pelos grandes jornais, quase como um quarto poder. São escritos de mais de século, porém extremamente atuais, o que causa certa angustia.

É quase impossível separar a obra de Lima, principalmente quando tratamos dessa, de sua vida e de seu propósito literário. Essa história que foi escolhida por ele para ser sua estreia de publicação, demonstra claramente seus objetivos de argumentar contra ideias racistas e o darwinismo social, além de escancarar as hipocrisias de um sistema literário, com grande elo com o jornalismo, que não valorizava as obras apenas por sua qualidade, mas sim por interesses dos que detinham o controle sob a mídia.

Lima foi alguém extremamente inteligente e sua história em muitos pontos cruza-se com a de Isaías. Com uma percepção surpreendente da sociedade e dos mecanismos que a operam, Lima consegue refletir sobre as suas circunstâncias e fazer uma literatura de altíssima qualidade, a qual nos apresenta facetas muito reais do Brasil.

Realmente falar de Lima Barreto é uma honra. Sua obra é tão excelente que ainda possuo muitas observações acerca dessa leitura, mas seria impossível esgotá-las todas aqui. Fica então meu agradecimento a esse gigante autor brasileiro pelo qual alimento muita admiração e especial carinho.
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Dandara 19/01/2023

Recordações do escrivão Isaías Caminha
Li essa obra de Lima Barreto como parte da leitura complementar do curso "Ler o Brasil" e isso diz muito sobre o que o romance traz. O texto nos conduz aos relatos de Isaías Caminha, escrito em primeira pessoa, que mostra como foi buscando o seu embraquecimento como forma de alcançar espaços dentro de uma sociedade racista.
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Guilherme.Dabul 04/01/2023

A saga de um jornalista desde a chegada na cidade grande, ser empregado como contínuo de um grande jornal até se tornar um jornalista!
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Clio0 03/12/2022

Neste livro, Lima Barreto apresenta sua visão particular da trindade ingenuidade-virtude-heroísmo que ele viria a satirizar com sua magnum opus Triste Fim de Policarpo Quaresma.

Isaías parte para o Rio de Janeiro com todos os ensinamentos morais e educacionais que um homem do campo teria na época, início do século XX, para ele próprio demolí-las com o racionalismo associado à especulação. Que fique claro, Isaías não é um reprobo seduzido pelo mundo, ele é um oportunista mediuano que sobrevive adaptando-se ao mundo podre que lhe foi apresentado.

Tudo, então, ganha um verniz blasé que ele próprio comenta - a morte de sua mãe, o abandono dos sonhos, a incapacidade de se desligar do mundo jornalístico. Sua crítica é profunda, pois o personagem não poupa a si mesmo. A compreensão dele é gentil, quase suave ao analizar os defeitos próprios e alheios.

A narrativa não tem grandes momentos dramáticos ou hilários, parece-se realmente com os pensamentos de alguém que há muito tempo aceitou a passividade e mediocridade.

Recomendo.
Vanessa Santos 10/03/2023minha estante
Gostei tanto do você escreveu que irei votar no meu grupo está leitura




Ale Masciola 10/11/2022

É um livro que fala sobre racismo e de política também, é interessante pq não mudou muito o Brasil de antes pro de hoje ( li esse livro, porque minha professora mandou, pra apresentar)
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AnaBia 10/10/2022

De todos que eu li pro vestibular, esse foi o mais difícil
Que livro difícil de descer, eu entendi a crítica social e tudo mais... Porém, a história não sai do canto desde que o protagonista começa a trabalhar no jornal, então me decepcionou bastante
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