Amar, Verbo Intransitivo (Box Obras Mário de Andrade)

Amar, Verbo Intransitivo (Box Obras Mário de Andrade) Mário de Andrade




Resenhas -


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RIAN 05/06/2022

Amar, Verbo Intransitivo
?Amar, Verbo Intransitivo? (1927) é o primeiro romance do escritor Mário de Andrade. Com características marcantes do Modernismo, o livro conta a história de uma mulher alemã, que é contratada como governanta na casa de uma abastada família para executar a iniciação sexual e amorosa de um jovem, filho do contratante.
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Karamaru 03/08/2022

VELHO VERNIZ
Neste ano em que se comemora o Centenário da Semana de Arte Moderna, tornou-se mais especial a leitura de “Amar, verbo intransitivo”, romance publicado por Mário de Andrade, cinco após o icônico evento de 1922. Por meio de uma linguagem repleta de brasilidade e de crítica social, Mário narra a iniciação sexual de um jovem da burguesia paulistana dos anos 20.

A trama é iniciada com um diálogo propositadamente lacônico entre o patriarca da família e Elza, jovem alemã – cerimoniosamente chamada de “fräulein”– contratada para ser “governanta” dos filhos dos Sousa Costa. Entre as tarefas que lhe caberiam, estavam as aulas de alemão, nas quais eram apresentados textos de autores clássicos, como Heine.

Todas as formalidades envolvidas na relação da família com Elza eram farsescas; à medida que lê, o leitor percebe o jogo de máscaras a que se propuseram as personagens adultas do livro, explicado pelo medo de que o filho mais velho, Carlos, procurasse satisfazer-se sexualmente com “prostitutas doentes”, por exemplo.

Um dos grandes méritos do livro é justamente não deixar as motivações escancaradas, e mesmo as ações mais tensas ou sensuais são descritas com tanta leveza que reforçam o aspecto da hipocrisia das classes abastadas, com o olhar voltado costumeiramente apenas para o próprio umbigo. Se nunca leu Mário, comece por este. Não vai se arrepender.

“Como tombam as expectativas! A alma espera. A postura da espera é estar suspensa e a alma parece então um pinheiro do Paraná, todos os ramos em corimbo, erguidos para cima. Os ramos se sustentam muito bem, ascendendo pro alto, expectantes. Enrija-os a seiva da esperança, que é forte. Mas eis que falha a expectativa. O pinheiro do Paraná vira pinheiro da Suécia. E os ramos descendentes, uns aos outros se apoiando, até que os mais de baixo se arrimam no chão.”

Leitura e microrresenha feitas em parceria com Carlos (IG: @o_alfarrabista).
Aline164 29/08/2022minha estante
Comecei a reler esse livro há alguns meses, não terminei, vou retomar.
Tinha lido com uns 15 anos, no colégio (acho que estava na lista de algum vestibular), e a leitura agora estava sendo totalmente diferente.


Karamaru 29/08/2022minha estante
Ah, retome sim! É bem interessante. Abraços!




Joao.Paulo 02/06/2020

mal resenhado
É um livro difícil de retirar um significado, pelo menos para mim. É um retrato do pensamento da sociedade burguesa de São Paulo, mas não mantém uma consistência sobre isso. A abordagem mais importante para mim é a psicológica aonde o autor se esforça (explicitamente) para fugir do lugar comum, com personagens volúveis, e demonstra a complexidade e inconstância do pensamento dessas pessoas, que, apesar de tudo, são simplesmente um bando de burgueses chatos pra caralho.

site: https://www.instagram.com/malresenhado/
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Gorey 23/06/2020

Reflexões e reflexões
Faço graduação em Artes Licenciatura e do modernismo vi mais os artistas plásticos, por alto um pouco de literatura.
Por isso fiquei muito curiosa em saber o que os escritores estavam pensando nesse período.
Comecei por Mário por já gostar e conhecer um pouco dele previamente.
Tenho a impressão que não entendi muito bem o que ele quis passar com o livro. O total.
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Osório 17/02/2021

não é o tipo de leitura que eu estou acostumada, mas olhando de uma perspectiva historiográfica, o que eu pude ressaltar:
- a eugenia fortemente presente no meio, principalmente nas classes média alta
- o racismo demonstrado pela família Sousa Costa, principalmente por dona Laura
- a reafirmação da masculinidade de Carlos, onde Felisberto precisa contratar uma "governanta" para lhe ensinar sobre o "amor"
eu realmente não gostei do livro, é tanto que não me aprofundei para buscar nada e nem me empenhei na leitura
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Sidney.Prando 23/02/2022

UM AMOR ELITISTA
“A felicidade é tão oposta à vida que, estando nela, a gente esquece que vive. Depois quando acaba, dure pouco, dure muito, fica apenas aquela impressão do segundo. ”

Publicada em 1927, “Amar, verbo intransitivo” é o primeiro romance do escritor Mário de Andrade, um dos expoentes do movimento modernista de 22. É nesse seu primeiro romance que vemos o seu caminhar rumo as tendências modernistas de “abrasileirar” as produções nacionais, que se caracterizam na linguagem inovadora (para a época) e nos espaços-comuns onde se passam os acontecimentos.
No início, o livro narra a chegada de Elza (Fräulein) à casa da família Costa. Assim que a governanta chega a casa dos burgueses, ela é encarregada pelo Senhor Souza Costa, chefe da família, a ensinar alemão para as suas 3 filhas e seu primogênito, Carlos, um garoto de 15 anos que não consegue se separar da sua brutalidade. Porém, Fräulein tem outra tarefa, iniciar a vida sexual de Carlos e lhe ensinar sobre o amor.
Se hoje o tema do livro geraria polêmica, imagina em 1927! Não é à toa que o romance foi alvo da crítica, embora na época de seu lançamento esse tema era vivido pela sociedade brasileira em geral. Assim, o livro é marcado pela sua irreverência e pioneirismo.

🙋‍♂️ Para mim, o livro marcou a minha iniciação nas obras do autor, abrindo caminho para Macunaíma. Mas por que começar por esse livro ao invés da obra prima? Bom, para fazer uma boa omelete é recomendado que você saiba primeiro fritar um ovo, e mesmo sabendo fritar um ovo não há garantia de fazer uma boa omelete. Mas, o essencial, fritar um ovo, você já sabe.
Paralelamente a metáfora, Carlos não sabia fritar um ovo (você sabe do que eu to falando, e nesse caso não é de fritar um ovo), então os pais dele concordaram em lhe garantir que ele soubesse e para isso contrataram uma cozinheira experiente para lhe dar aulas. Mas para fritar um ovo é preciso saber usar o fogo, quebra a casca e o fritar adequadamente.
Talvez o amor seja igual a fritar um ovo (uma comparação simples e nada poética, eu sei, mas os poetas complicam demais) e para isso, Carlos aprende a sentir desejo, a deixar toda a sua brutalidade de lado e a amadurecer, só então ele é capaz de fritar um ovo como se deve. E talvez essa seja a função da Fräulein, ensinar a primeira receita, o primeiro amor e o primeiro sentimento de coração partido. Mas não só de ovo vive o homem e uma vez que ele sabe o básico da culinária, é questão de tempo até que comece a se arriscar em pratos mais elaborados e saborosos. Esse é Carlos em todo o seu amadurecimento transmitido pela obra e, não importa o quão refinado se torne o seu paladar, nós terminamos o livro com a sensação de que jamais esqueceremos o nosso primeiro ovo frito.

site: https://www.instagram.com/p/CV07eFpvzKp/?utm_source=ig_web_copy_link
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Andréia 04/08/2021

Livro bom, porém fraco
O livro é bom, uma leitura bem fácil, o tema é surpreendente pela época que foi escrito, porém passei o livro todo esperando que "algo" acontecesse... e não aconteceu, então fiquei com aquele gostinho de que faltou algo para a história evoluir. Mas recomendo, pois como falei, o tema é de fato impressionante para a época que foi escrito, então vale a leitura.
Carolina.Gomes 07/08/2021minha estante
Eu li faz muitos anos. N lembro de nada.


Andréia 08/08/2021minha estante
É um livro razoável




Armando 08/05/2021

Your racism is showing, sweetie
Além de ter um dos títulos mais belos da literatura brasileira, o livro Amar, verbo intransitivo é uma representação fiel da sociedade burguesa paulista de aproximadamente 100 anos atrás.
Propositalmente, o enredo denuncia hábitos que eram comuns da época, mas que nunca tinham sido retratados na literatura. Dessa forma, a obra tem o seu valor crítico. Ademais, para mim, o enredo também denuncia o carregado apreço de Mário pela nação alemã e pontua alguns comportamentos racistas da época.
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Ligia.Carvalho 11/08/2021

Modernismo
Uma releitura dos tempos da escola.
Primeiro romance de Mario de Andrade, traz características marcantes do modernismo.

O livro gira em torno de uma família rica e tradicional de São Paulo, que contrata uma governanta alemã para ensinar questões relacionadas ao sexo seu filho adolescente. O tema era tabu numa época em que muitos pais procuravam prostitutas para iniciar seus filhos.
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Luciana 22/02/2020

Só o assédio nesse livro. Credo! Péssimo!
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Ana Clara 06/08/2020

Nada proveitoso
Achei uma leitura nada proveitosa, pelo menos para mim. Acho que muitas coisas foram ditas mas poucas coisas foram desenvolvidas. A leitura não foi muito proveitosa. Mas Mário de Andrade tem uma escrita boa nesse livro.
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biatrys 05/09/2020

Se você está acostumado com narrativas contemporâneas, provavelmente não achará a leitura tão fluida assim (ainda que pertença ao modernismo brasileiro e seja pioneiro com as quebras da norma padrão da língua portuguesa - ou brasileira, como Mário costumava chamá-la), pois existem muitas referências à literatura clássica alemã, além de outros elementos culturais do país.

Entretanto, eu, particularmente, acho a leitura essencial para compreendermos não só o modernismo, mas o contexto histórico em si. Na personagem principal, você verá elementos do totalitarismo alemão, por exemplo. Então, para quem gosta de história, Andrade traz seu olhar sobre o alemão (embora imigrante) naquele contexto em que o Estado estava passando (o que culminou na Segunda Guerra Mundial). Não só o contexto, devo dizer, mas a crítica à moral burguesa - diga-se hipocrisia - é o elemento que mais me chamou atenção durante a narrativa.
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plucas2003 14/04/2022

"Que coisa misteiosa o sono..."
Eu admiro muito o pessoal da Semana de 22 que deu a cara a tapa pra fazer um conteúdo que veio realmente com a intenção de mudar e nos fazer refletir, e pra mim, não tem nada melhor do que refletir sobre os mistérios da psique humana. Apesar de eu não ter tido muito contato com a narração psicológica, o humor e o jeito de narrar as coisas do Mário me deixaram preso no livro, que é sensacional. Uma dica: dê uma olhada em algumas ideias da psicanálise de Freud, o básico, pois ajuda muito a entender o que tá acontecendo com os personagens.
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tinhooo 10/02/2021

talvez eu tenha achado o livro um pouco problemático, porém não sei explicar o porquê. porém, dos quatro livros que li do mário, esse foi o que mais gostei, recomendo
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Fraga 08/04/2022

Sofrer, verbo transitivo.
Um livro do período moderno que carrega muitas polêmicas chocando os tempos antigos e os tempos modernos.

Um livro da era do modernismo que naquela época chocou com sua escrita criativa totalmente fora do padrão e hoje nos choca com o relacionamento de um garoto de 15 anos e uma prostituta contratada por seu pai.

Mario sabe escrever muito bem e ele sabe o terreno que estava se metendo, então meteu os dois pés na porta e chocou o Brasil do Fraulein e Carlos. (Já aviso que a relação deles não é sexualizada, mostrando apenas o essencial para entendermos o que aconteceu)

Os personagens são irritantemente perfeitos e as críticas a burguesia da época era sutil, um dos exemplos é criticar como a elite de São Paulo contratava mulheres para se relacionarem com seus filhos menos de idade, no caso Sousa Costa (pai) se preocupa tanto com o futuro coração do filho e como isso vai afetar em suas escolhas financeiras futuras, enquanto o próprio relacionamento dele com Dona Laura é algo monótono e entendiante.

Um livro ótimo que tem algumas analogias sobre o amor e sua beleza enganosa, pois o amor também faz sofrer e quem sofre, sofre por alguém.
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