O homem que buscava sua sombra

O homem que buscava sua sombra Stieg Larsson
David Lagercrantz




Resenhas - O Homem Que Buscava Sua Sombra


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Andre.28 10/04/2020

Trama de Engrenagens Que Demoram a Funcionar
Para manter uma trama com elementos diversos, tecida em uma história com muitas digressões e uma pesquisa articulada é importante manter o interesse do público leitor criando um enredo com personagens ativos em histórias ativas, principalmente se estamos falando de um Thriller policial. Em “O Homem Que Buscava Sua Sombra” 5° livro da saga Millenium publicado em 2017, e escrito por David Lagercrantz, o continuador da obra do Stieg Larson, não temos tanto esse enredo que nos prende logo pelo começo.

O livro trata da continuação da história do 4° livro, agora com a heroína/protagonista Lisbeth Salander presa numa penitenciária se envolvendo numa trama que a fará retornar ao seu passado. Ajudada pelo jornalista Mikael Blomqivst ela descobre a existência de uma rede poderosa que mexe com a separação de irmãos gêmeos para estudos biológicos, e as ligações dessa instituição com grupos extremistas religiosas num assassinato de um ativista pelos direitos humanos. Preocupada com os abusos cometidos a uma prisioneira chamada Faria Kazi Lisbeth fará de tudo para livrá-la das mãos de crueldade de Benito, uma prisioneira neonazista com conexões poderosas na prisão. Uma trama que se volta para os problemas já abordados nos livros anteriores, como: misoginia, racismo, neonazismo na Europa, redes de corrupção no meio corporativo, eugenia, melhoramento genético, tráfico de pessoas, violência doméstica e etc.

O meu primeiro incomodo no livro foi o fato da Lisbeth estar presa. Quem conhece a Lisbeth, sua trajetória nos três primeiros livros e toda a construção de sua personalidade não concebe uma Lisbeth se entregando para as autoridades policiais. A personalidade de Lisbeth nesse 5° livro é uma coisa que estranha o leitor que conhece a saga. Aqui ela aparece apagada a maior parte do tempo, mesmo sendo um dos motes para história da instituição que separa os gêmeos. Mikael praticamente toma para si as investigações. Com o David (autor) Lisbeth meio que dá uma sumida enquanto Mikael toma um protagonismo. Isso incomoda pelo fato da Lisbeth e o Mikael serem coprotagonistas da história.

O início da história é bem lento, com falta ação efetiva. Definitivamente esse o livro da saga que tem menos ação. A história dos irmãos gêmeos eu particularmente achei meio sem sal, sem graça, não é tão instigante. As digressões são cansativas, a história demasiadamente extensa desses gêmeos eu achei meio “pombo”. Além do fato do autor ficar se estendendo pelas digressões, temos a mesma tentativa de “picotar” o clímax, ou seja, ficar trocando de relato dos personagens num momento de clímax. Essa tentativa até faria sentido se a história tivesse mais ação, mas aqui ela é tão mediana que não funciona (eu particularmente detesto esse corte de clímax).

O livro é bem escrito e disso eu não posso reclamar. O David Lagercrantz é um escritor muito esforçado e dedicado à sua pesquisa, porém faltou nesse livro o componente de ação. Lisbeth estranhamente torna-se um clichê meio apagado nesse livro, Mikael carrega boa parte da ação e da investigação do livro nas costas. As engrenagens da trama demoraram a funcionar, e quando essas engrenagens “começaram a funcionar” a história já estava bem em cima do final. Lisbeth só entra em ação efetiva na “porta de encerramento” da trama. Contudo, o autor nos trouxe uma abertura para o 6° livro, no final, ao citar a questão mal resolvida da irmã “sumida” de Lisbeth. Enfim, um livro mediano que demora a funcionar como trama de ação, mas que em determinado sentido entretém o leitor.
Odair 13/02/2022minha estante
Excelente resenha meu caro! Completei 75% do livro. E espero que o 6° seja mais empolgante, com mais ação e protagonismo de Lisbeth fucking Salander.


Célia Regina 09/08/2022minha estante
Entendo. O quarto livro já não gostei. Não seguirei mais com a história.




Carol 26/07/2020

Nova descoberta do passado de Lisbeth.
O volume 5 traz novas revelações sobre a vida de Lisbeth quando criança; o que aconteceu no orfanato/clínica psiquiátrica em que viveu; o motivo da separação das irmãs. Em paralelo, Lisbeth se depara com um novo personagem injustiçado assim como ela, não se aguenta e decide novamente comprar briga para defendê-lo.

Mais uma vez Salander vem perdendo espaço na narrativa com a introdução de novas histórias; são poucas suas aparições, uma pena...

No geral, a narrativa é boa com alguns bons momentos de ação, tensão, revelações... É a história que envolve dois outros personagens específicos que melhor retrata estes cenários.

Rumo ao último livro!
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Marcelo.Castro 30/01/2022

Um pouco artificial
O 5o volume da série segue a mesma receita de todos os livros anteriores. Um problema obscuro, relacionado ao passado de Lisbeth, esconde uma organização secreta que pratica atos abomináveis e moralmente questionáveis. Lisbeth então tem que fazer uso de suas fantásticas habilidades para, com a ajuda de Mikael, desvendar todo o mistério, se vingar, e no final tudo isso virar mais uma reportagem na Millenium. Nenhum demérito até aí. A trama é boa, os assuntos de fundo abordados (xenofobia, extremismo, experiências científicas antiéticas) são relevantes e interessantes, os protagonistas são bem estruturados e cativantes, e a história flui bem. Mas, como dito, é uma fórmula que se repete. Para quem resolver ler todos os livros de uma vez só pode se tornar maçante a essa altura da série. E nesse volume o resultado parece um pouco artificial. O novo segredo que aparece no passado de Lisbeth parece artificial, ainda mais se considerarmos o quanto já foi revirado e exposto nos volumes anteriores. Fica parecendo um mero gancho para justificar a inserção do livro dos demais volumes da série. Nessa altura da história talvez fosse interessante trazer um pouco mais de informações do passado de Mikael, que, ainda que não seja o protagonista, é personagem de grande relevo na série e fundamental para o desenvolvimento da história. Talvez fosse mais honesto e gratificante para os leitores que chegaram até aqui. Não obstante, no geral a obra é boa, a leitura flui, prende a atenção, e deixa um gostinho de quero mais para o próximo volume da série.
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Janaina 23/01/2021

Um bom livro, mas segue sem fazer jus à trilogia original
O livro tem uma boa premissa, te prende e te faz querer saber o final. Tres historias que se entrelaçam e que inicialmente parece que nao se conectam e, de fato, falta algo para que se conectem, eu fiquei o livro inteiro esperando que todas as pontas se unissem, mas pra mim ficou um pouco a desejar.

Sinto que David Lagercrantz deu à Lisbeth uma nova personalidade, a personagem nao se conecta com a presonagem da trilogia de Stieg Larsson e em muitos momentos pra mim é irreconhecivel.

No geral é um bom livro, muito melhor que o livro 4, mas nao chega nem aos pes dos 3 primeiros.
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Marjory.Vargas 27/08/2023

Bom, conforme disse na resenha do quarto volume dessa série, é nítida a mudança de rumo na história, agora escrita por Lagercrantz. Porém, em A garota na teia de aranha, a essência dos protagonistas foi mantida. O que não ocorreu nesse quinto volume.

A história é totalmente morna, e Lisbeth e Mikael, os protagonistas da série, foram mal construídos e com uma ínfima participação na trama. Pareceram simples coadjuvantes.

Nesse livro, Lisbeth precisa passar alguns meses “atrás das grades” após o episódio do livro anterior. Ela quer que esse período termine logo, porém, após uma visita de seu tutor, Holger Palmgren, que lhe traz informações perturbadoras sobre sua infância, a hacker só quer saber de solucionar esse mistério.

Estando presa, ela conta novamente com a ajuda do jornalista Mikael Blomkvist para investigar mais esse mistério do seu passado. A questão principal do livro é sobre um suposto estudo (eticamente duvidoso) que Lisbeth e sua irmã, assim como vários outros pares de irmãos gêmeos, foram submetidos quando crianças. Essa parte da trama é bem interessante, porém o autor relegou aos protagonistas uma participação irrelevante.

E foi isso que senti falta nesse livro: a ação/emoção proporcionada pelas investigações de Lisbeth e Mikael. Nesse livro eles estavam sempre atrás, chegando depois que a ação já tinha acontecido, relegados a meros espectadores dos fatos. E isso é muito frustrante.

Até mesmo a vingança de Lisbeth contra a irmã, que foi algo que me incomodou muito no quarto volume, foi meio que esquecida. Sinceramente, se não fosse o nome dos personagens, este livro poderia facilmente ser considerado uma história independente ou, no mínimo, não pertencente à série Millenium.
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Wagner47 14/05/2022

Ensinamentos genéticos
Apesar da nota, acho a história muito mais interessante que a anterior (a qual dei 3/5), mas aqui se perde muito nas 100 páginas finais. Tudo muito fácil, sem aquela tensão necessária (mesmo tentando ser criada) e um final todo avulso.

Lisbeth foi presa (com um julgamento ridículo) e na prisão descobre mais informações de seu passado. Achei a sinopse também ridícula, mas gostei que o autor conta mais da infância inicial de Lisbeth, um período não muito abordado nos livros anteriores. Confesso que achei bem plausível, porém poderia ser melhor trabalhado e único foco do livro.

Aqui Lagercrantz consegue manter uma linearidade, mesmo com uma história paralela totalmente desnecessária, tanto que é praticamente abandonada quando Sally sai da prisão (o que me faz questionar seriamente toda essa passagem apenas para incluir um perigo a mais).

A orelha do livro traz um spoiler absurdo, algo que acredito que seria uma revelação bem daora. Quando as coisas começam a ficar confusas, a primeira coisa que me vem a mente é justamente o que estava escrito lá. O livro vem trazendo segredos e dando continuidade sem revelá-los, porém deixa de causar surpresa por causa desse spoiler.

Ademais, falta liga. Lagercrantz sabe criar uma história. O problema está em sustentá-la.
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Val 03/04/2021

A mentira como arma
É impossível não gostar de Lisbeth, em todo lugar por onde passa ela "liberta" uma mulher do sofrimento. Em boa parte desse livro a garota do dragão nas costas está na cadeia, consequência do último livro, onde para salvar um garoto acaba sequestrando-o. Na prisão, Lisbeth conhece Faria e entra em ação para salvá-la de Benito e seus irmãos extremistas. Enquanto isso, o bom velhinho Holger Palmgren, descobre mais detalhes do passado de Lisbeth e seu caminho se cruza com a dos gêmeos Leo e Dan. Assim 3 histórias vão se desenrolando ao mesmo tempo. Li muitas pessoas criticando o 5º livro da série, mas é preciso saber separar a escrita de Stieg e David, se você quiser ler Stieg Larsson, fique nos três primeiros livros.
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Nat 02/10/2020

Por seu envolvimento nos acontecimentos sobre o assassinato do professor Frans Balder, Lisbeth Salander tem que cumprir dois meses de prisão e vai parar na cadeia com as prisioneiras mais perigosas do país. Depois de falar com seu antigo guardião, Palgrem, ela acaba ficando desconfiada sobre antigos documentos que falavam de um tipo de experimento realizado com gêmeos (que tem a ver com ela e sua irmã e muitos dos seus traumas de infância). Ao mesmo tempo em que Lisbeth tenta libertar uma jovem detenta que sobre abusos e violência na cadeia, ela entra em contato com Mikael Blomkvist para tentar desvendar mais mistérios de seu passado. E é aí que entra o nome de Leo Mannheimer, cuja própria história é um caso à parte...

Eu não fazia muita ideia de qual livro escolher para esse tema do desafio, porque na minha cabeça, “livro muito criticado” era “livro proibido ou banido”, e das várias listas sobre esse tema eu já tinha lido alguns e não queria ler outros por falta de afinidade. Então fui atrás das séries que me faltam terminar e de resenhas sobre os livros e vi que esse quinto da série Millennium (e segundo escrito por David Lagercrantz, que “substituiu” Stieg Larsson na continuação da série) foi um livro bastante criticado.
Na verdade, as críticas sobre a história não focar mais em Lisbeth e Mikael já vem do quarto livro (e primeiro de Lagercrantz), e comparando com o último livro da série, este me pareceu o segundo mais criticado. E as resenhas sempre falando a mesma coisa: seja achando a história boa ou ruim, o foco está sempre no fato de que o enredo pode até girar em torno de acontecimentos relacionados a Lisbeth e Mikael, mas eles mesmos acabam não aparecendo muito na ação da história.
Agora, sobre a história. Sim, o livro começa com Lisbeth, Mikael se envolve na investigação, ambos tem papéis que “movimentam” a história, mas eu comecei a entender as críticas, porque mesmo que tudo comece com Lisbeth e uma parte central do enredo seja sobre ela, o autor acaba dando mais destaque as pessoas que fazem parte dos segredos a serem desvendados, e a ação é pouca, mesmo Lisbeth estando envolvida nela. Além disso, eles adicionaram uma história à parte (do Leo Mannheimer) que mesmo tendo ligação com a história de Lisbeth, ainda assim se transformou em uma história separada, digamos assim.
O que me deixou surpresa foi que existem manuscritos deixados por Larsson que Lagercrantz escolheu não utilizar (e saber disso me lembrou tanto Star Wars e o fato de que não utilizaram as ideias do Lucas pra trilogia sequel, e agora até rumor que essa trilogia deixaria de ser cânone surgiu, o que me enlouqueceu, mas voltando...) e isso acaba sendo decepcionante, porque não tem problema o novo autor querer colocar suas próprias ideias, mas precisa ter consciência de que tudo começou com outra pessoa. Enfim. Não achei o livro decepcionante, mas concordo que Lisbeth está bem diferente da trilogia original; não desmerece a história, mas se entende as críticas. Mesmo assim, recomendo.

site: http://ofantasticomundodaleitura.blogspot.com/2020/09/o-homem-que-buscava-sua-sombra-david.html
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Levi.Pedrosa 21/05/2021

Mais fraquinho de todos até agora. Sem dúvida a diferença dos três primeiros para os demais é muito grande. Stieg Larsson foi fantástico na trilogia inicial. Mas vale o entretenimento.
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Diogo Liebel 16/04/2021

Neste quinto livro é bem perceptível a diferença de escrita para os títulos anteriores da saga. Sinto que os textos de Stieg Larsson eram mais melancólicos, misteriosos e detalhistas. Até o quarto livro (A Garota na Teia de Aranha) essa característica mais arrastada era bem forte em momentos que o autor descrevia situações individuais dos personagens, cheias de detalhes do ambiente e de percepções e sentimentos do próprio personagem. Os trechos de conversas também são bem diferentes agora, principalmente nas falas características da personalidade áspera de Lisbeth. Achei também que alguns personagens falaram pouco, outros já nem foram muito coitados.
Nas últimas páginas do livro, apesar de trazer a aceleração dos fatos, assim como nos livros anteriores de Larsson, achei que o desfecho de Lagercrantz acabou ficando atropelado e algumas situações mal explicadas.

Mesmo com essa mudança de autor, ainda posso dizer que sinto curiosidade, animação, bem como a sempre presente ansiedade de terminar uma jornada dessas.
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Julia 28/08/2020

Surpreendente
Se saiu bem melhor que o livro 4 de Millennium. Nossa, uma agradável surpresa!
Luna 09/09/2020minha estante
E eu desisti de ler esse pq achei o 4º fraco kkkk


Julia 14/09/2020minha estante
Eu tbm achei o 4 bem fraco kk li só pq estava emprestado e não sei quando teria outra oportunidade. Ai esse ai eu gostei mais!




Arthur.Moreira 01/05/2020

O mais fraco dos cinco
Que a escrita do David não é tão boa quanto à do Stieg só já sabia desde o quarto livro, mas este último é ainda mais fraco, infelizmente. Tem horas que chega a parecer que a Salander tem superpoderes.
Mas mesmo assim levei até o fim devido ao meu apego aos personagens originais.
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MIRANDA 24/11/2021

... David consegue ainda prender a atenção na sequência da série , mas não vejo a sutileza de stieg ...
palavra para o livro : inversus
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Lari - @LitteraLari 23/05/2021

Nesse livro a diferença entre a escrita de David e Stieg é ainda mais gritante, em vários momentos pensei que talvez não fosse assim que a Lisbeth teria realmente agido e ambos os protagonistas ficaram um pouco apagados, principalmente Mikael que parece ter perdido toda sua motivação.

É maravilhoso ver mais da história de Mikael e Lisbeth, mas nesse livro são eles, mas ao mesmo tempo não, são como uma versão mais fracas e menos complexas deles mesmos.
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