Bruno T. 28/08/2018
Final forçado
Gosto da forma como Mankell escreve e conta as histórias do inspetor Wallander. As investigações progridem lentamente e as descobertas dos policiais acontecem de forma gradual mas lógica, até a solução do caso. Quase sempre, são apresentados bons personagens, bons diálogos e situações bastante verossímeis. Tudo isso vale parcialmente para este "O homem que sorria", que, porém, acaba apresentando um desfecho extremamente forçado e improvável, como se o autor, depois de quase 400 páginas, tivesse resolvido, de repente, encerrar o livro, sem ter na cabeça um final mais plausível, deixando, até, algumas pontas soltas. Com alguma dose de generosidade, recebe três estrelas pela boa leitura proporcionada até o fraco e decepcionante final.