Resenhas - Circe

Ed Carvalho 21/02/2023

Bem escrito
Com certeza a autora fez uma boa pesquisa antes de escrever este livro fascinante. Ela conseguiu romancear a história da Ninfa Circe, adaptando-a e agregando-a a outras histórias da mitologia grega. Achei que a sinopse me enganou um pouco ou talvez eu tenha interpretado errado. A história fica muito presa no universo que rodeia Circe, até porque o livro está em primeira pessoa, mas isso não reduz em nada o quanto a história é interessante e bem escrita.

Lua Fengárie 18/02/2023

Bruxinha da minha vida
Circe em geral é pouco mencionada na mitologia e não tem tantos feitos, mas o livro nos lembra de seu nascimento, de seus maiores feitos e do quanto essa deusa menor é incrivelmente poderosa a ponto de desafiar Titãs e Olimpianos sem temer seus poderes que eram tão superiores. Circe fez tudo para ter sua liberdade em exílio, depois para proteger a si mesma e outros.
Essa história mostra seu lado mais cruel e seu lado mais amoroso, afinal, ela fez muito por amor e perdeu ainda mais por ele.
Ela sofreu demais, ela perdeu demais e ela ganhou pouco, mas conseguia se satisfazer com isso. Sua inocência foi um problema desde nova, mas mesmo assim ela se superou e superou até mesmo seus irmãos, uma história com tantos fracassos e dores que beira a realidade perfeitamente.

myh 24/01/2023

superou minhas expectativas
quando eu li "a canção de aquiles" odiei o livro e jurei nunca mais ler nada da autora, mas li resenhas de pessoas que gostaram de circe e resolvi dar uma chance, spoiler: não me arrependo. a evolução da circe ao longo do livro é incrível de ver, mesmo sendo imortal ela demorou muito pra amadurecer e ver que o modo como tratavam ela não era bom, ela sempre foi excluída, maltratada, e julgada por coisas que não estavam no controle dela, mas quando ela foi exilada começou a perceber isso e resolveu mudar de atitude. não é aqueles livros cheios de pautas feministas como "antes os homens pisavam nela e agora ela pisa nos homens", e isso é uma coisa boa porque toda a evolução da personagem é natural e muito boa de ser acompanhada. gostei muito de como ela foi retratada e só não dei uma nota maior porque teve momentos em que o livro ficou meio parado, mas tirando isso gostei muito e recomendo pra quem não gostou de a canção de aquiles

Nanda 27/12/2022

Desde que esse livro saiu na gringa fiquei ansiosissima para ver uma versão menos patriarcal da deusa-bruxa. E, apesar de algumas passagens serem mansas demais para o meu gosto, não me decepcionei, pude amar como Circe amava e ver sua construção de identidade como talvez uma das mais próximas de nosso mundo.

Certamente pretendo ler outras obras de Miller. Apenas darei um espaço porque não me é o estilo de prosa que mais me agrada. Fiquei mal acostumada com a Black e a Clare.

vitória 06/08/2022

"O que assusta os homens? Um poder maior que o deles."
"Então aprendi que podia curvar o mundo à minha vontade, como um arco é curvado para uma seta".

Sobre a leitura, pode ser diferente para muitas pessoas, o livro não tem muitos climaxes, e cada acontecimento na vida de circe, graças ao exilia e a monotonia que ele oferece, são marcados profundamente nela. É um livro mais do que tudo sobre evolução. Circe começa a história como uma renegada e humilhada, a moeda de troca de seu pai por uma paz fingida com Zeus, com o desenrolar da história, por mais que poucos os grandes acontecimentos, esses poucos são extraordinários, e com cada um deles ela evolui diferentemente até se tornar a bruxa de Eana. Madeline também retrata o feminino naquela época, que não se distancia muito de como é atualmente, Circe constatentemte fala sobre como as pessoas - principalmente os homens com qual se deitou - vão retrata-la em suas histórias: como a bruxa que os arrastou para cama, implorando por eles, além de várias outras dores que ela carrega consigo que só mulheres entendem realmente. É um livro lindo sobre perda, amor, reconstrução, evolução, luto, violência e mil e um outros caracteres, Madeline como sempre impecável em trazer personagens das histórias antigas como seres reais, com sentimentos, dores e prazeres idênticos aos nossos, assim como Dédalo foi uma constelação na vida de Circe, esse livro foi uma na minha.

Beatriz.Varela 01/07/2022

Circe - Madeline Miller
Circe é uma releitura do mito grego desse feiticeira, uma deusa menor condenada a passar a eternidade isolada em uma ilha. A história passa por outros mitos importantes, como do Minotauro, Jasão e Odisseu retornando da guerra de Tróia. Foi interessante relembrar algumas dessas histórias, e até fiquei com vontade de ir atrás dos textos clássicos. Do livro em si gostei da evolução da protagonista, que começa egoísta e ingênua, mas ao mesmo tempo inconsciente de seu potencial e seus poderes, e acaba mais confiante e sábia. Só senti que algumas coisas poderiam ter sido melhor desenvolvidas, como seus relacionamentos, que me pareceram até um pouco forçados. Também achei que não ficou legal essa estrutura quase episódica, com personagens que parecem que vão se tornar relevantes, mas nunca mais aparecem. Não entendi muito bem por que algumas soluções para problemas surgiram em algumas ocasiões e em outras não. Foi um entretenimento legal, mas o hype fez com que fossem criadas expectativas que foram frustradas. A ideia foi boa, a escritora mostra ter muito conhecimento desse universo, mas a execução poderia ter sido melhor.

malikdarth 25/06/2022

uma história singular
entrei nesse livro esperando um romance, uma história de amor tão linda e plural quanto a de Patroculos e Aquiles, mas Circe é uma história única e singular, contando a história dessa bruxa tão incrível. ela se apaixonou muitas vezes, por muitos homens. é muito bom que a história não se resume às suas paixões, mas sim à Circe como deusa, narrando toda a jornada de sua vida.
achei uma história justa, e me sinto agora uma amiga de longa data da Circe. vou sentir falta dela

AntAnia14 10/06/2022

Será que o motivo pelo qual eu me descobri gay foi por conta de mitologia grega? 😲😲
Circe, como dito no nome, segue a história de Circe, uma feiticeira na mitologia grega. Apesar de nunca ter lido a versão física do livro, eu o recomendaria para qualquer pessoa que se interessa em mitologia e em mulheres fortes, em geral. Eu não posso afirmar quanto a ortografia em português, mas em sua versão em inglês percebi em diversos momentos que era uma leitura mais fina. De qualquer forma, Circe compensa sua dificuldade gramátical ao nos contar uma história tão bem escrita quanto a mesma, sobre uma pessoa tão inspiradora quanto Circe (que tem seus defeitos, outra prova do quão bem escrito o livro é).

Cams 13/04/2022

circe??
Essa foi uma das leituras mais densas que eu fiz nos últimos 2 anos, bem mais que o outro livro da autora, Canção de Aquiles. Demorei uns 10 dias pra ler e é relativamente pequeno kkkkk O fato dos capítulos serem enormes também não ajuda?

Eu acho a escrita da Madeline Miller impecável para esse estilo de livro de mitologia grega. Não fica estranho e também não achei cansativo (principalmente pela densidade dele). Já tinha me surpreendido com SOA e amei esse da mesma forma.

Quanto a história, só tenho a dizer que fiquei com pena da circe por mais da metade do livro porque a coitada só sofre e se fode KKKKKKKK E mesmo com todas essas merdas acontecendo ela permanece sendo foda e poderosa, the witch of aiaia.
Achei que o final foi mais do que merecido, adorei os últimos capítulos.

Num geral, por ser uma leitura mais difícil, o livro tende a ser mais lento mas se vc quiser algo assim eu recomendo demais!

Ray of Light 07/02/2022

Eu não tenho palavras para descrever...
Essa leitura tem sido uma grata surpresa por essas semanas. Não vou mentir que esse livro só chegou até mim após vasculhar aquela plataforma de breves vídeos que começa com 'T', e não me arrependo, com certeza uma das melhores leituras do ano, e um dos favoritos da vida.

A narrativa logo me prendeu. Tenho um fraco por dramas familiares, ainda mais pelo ponto de vista da filha invisível e sozinha da família. A vida de Circe é contada a partir de seus ciclos: a filha, a amante, a mãe e a esposa, e o primeiro me cativou pelos desafios e as dores que passava. Embora os personagens se tratem por divindades, os exagerados caprichos e vaidades alimentadas por eles só diminuem no escopo do egoísmo humano.

Circe é negligenciada por sua mãe, que insulta sua aparência e peculiaridades, fazendo com que ela nunca se sentisse uma entre eles; seus irmãos, também dotados da 'pharmakeia', eram ainda mais excelentes e brilhantes que ela, e para seu pai, o grande Titã do Sol, era uma mera ferramenta de seu orgulho, uma extensão de seu nome, seu sangue e sua glória.

Para ser ouvida, Circe tinha que gritar, tirar todos do costume de não percebê-la, e logo, aconteceria o que é fatal para todos os que não se encaixam: são taxados de loucos e deixados à margem, não houve espaço para que ela provasse algo a eles, pois logo estava exilada em uma ilha chamada Aiaia, onde a história toma toda a forma. Um dos pontos mais altos da narrativa para mim é como Circe triunfa na solidão e nas suas fraquezas. A resolução da "figura da filha" foi uma das minhas partes preferidas do livro pois, depois de traçar toda sua jornada, Circe enfrenta seu pai em toda sua grandeza e finalmente consegue se emancipar e se livrar do seu exílio, por mais que fosse a filha do Sol, Circe já era sua própria pessoa, e não precisava mais ficar na sombra dele.

A narrativa ainda se sustenta em outros pilares, como a dicotomia entre o mortal e o divino. O começo foi eletrizante para mim, não cansarei de falar isso aqui, pois logo nos primeiros capítulos, temos o encontro dela com Prometeu, o grande herói que compartilhou da centelha divina com os homens. Circe é testemunha da sua sentença, e após uma secreta conversa entre eles, ela começa se apaixonar pela ideia da mortalidade e dos homens, embora nunca tenha ficado doente, ou até visto a cor de seu sangue, Circe via nos humanos os sentimentos que pulsavam tão forte dentro dela: insegurança, medo, raiva, e o tão grandioso amor.

O amor sonda o tema do mortal e o divino porque é onde o coração da deusa encontra um motivo para bater. Ela era atraída pela rígida fragilidade dos homens, como eles tinham vivido em algumas décadas o que ela testemunhou por séculos. Amante de Dédalo e Odisseu, carregou a semente da memória dos grandes heróis até que elas florescessem em algo maior. De Dédalo, o tear que dera de presente serviu como conforto para ela e Penelope, e de Odisseu, nasceu seu filho e seu futuro marido.

Telégono é quem nos revela a "figura da mãe". Circe descobre esse novo tipo de amor e como a força dele é avassaladora quando desafia a própria deusa Atena para mantê-lo a salvo com ela. Prometeu deixar que nada o machucasse, omitindo o sangue e as sombras das histórias heróicas, pintando o mundo como se fosse a mágica Ilha de Aiaia, e onde Circe mais queria que seu filho fugisse, era aonde o lugar que Telégono mais queria estar: nesse mundo. É fácil de perceber os paralelos entre sua família que fazia tudo por vaidade, e Circe que fazia tudo por amor. Uma das grandes lições que ela aprende com seu filho é sobre a liberdade, por mais que tivéssemos lutado por um amor, temos que deixá-lo ir para onde seria mais feliz.

O pilar mais importante da narrativa é a magia, e por mais que sutil, é uma alegoria para o grande motor de transformação que Circe passa pelo livro. A magia vem como um fardo e uma bênção, e a feiticeira carrega ambos com maestria.

Por mais que tenha dito que não tinha palavras para descrever, acabei tendo, mas sentir nas palavras da autora o que eu disse, e muito mais, é diferente. Circe é uma lenda e um mito para todos os fracos, solitários, loucos, nômades, e aos que iriam até o fim pelo o que acreditam.

Sara Vitoria 22/01/2022

Cadelinha de mitologia grega sim!!
É isso, ama mitologia grega pois entãoleia este livro. Escrita sensacional, e ver essa deusa passando por tantas situações difíceis foi muito bom.

Cat 14/01/2022

Circe
A história é extremamente cativante a autora explora traumas e vivências não só da personagem principal mas de vários personagens conhecidos.
Aparecem vários personagens como odisseia,Dédalo,hélio,Hermes.
E impressionante a evolução da personagem que começa sem saber direito quem é, e evolui com o passar dos anos.
As reflexões sobre mortalidade,divindade,liberdade também são interessantes,o livro possui diversas frases e momentos q o leitor consegue se indentificar.

wednesdayeve 08/01/2022

circe é incrível, fofa, nunca errou, se errou foi tentando acertar. amo um protagonismo feminino bem feito.

deadpoetz 03/01/2022

Esse é o segundo livro que eu li dessa autora e ambos seguiram o mesmo padrão, uma escrita incrível, mas um plot com um desenvolvimento que deixa a desejar.
Circe começou muito bem, porém começou a desandar a partir da segunda metade. O final eu até gostei, apesar de não ter sido tão fechado.

livia 18/12/2021

gaslight, gatekeep, girlboss
bem parecido com cancao de aquiles, so q o final é menos tragedia kkkk mas a escrita é a mesma vibe mito grego
gostei mt do final q conectou com o inicio e de toda a parte dela como mae
os livros da madeline miller pra mim so n sao 5 estrelas pq eu realmente n me apego aos personagens, mas sao tao objetivamente bons q super vale a leitura