Sobre a brevidade da vida

Sobre a brevidade da vida Sêneca




Resenhas - Sobre a brevidade da vida


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Davi.Rezende 02/07/2018

NÃO GOSTO DO GÊNERO EPISTOLAR, MAS PELO MENOS O LIVRO DIZ BOAS VERDADES.
Talvez seja porque não estou acostumado a ler livros epistolares e por isso é um gênero que não me agrada. É o primeiro nesse estilo que leio, pelo que me recordo, e creio que ele faça mais sentido para historiadores ou pesquisadores. Me parece que as ideias dentro desse formato ficam muito jogadas ao vento, sem um melhor embasamento. Um bom livro possui início, meio e fim, mas nas epístolas, perde-se essa coesão em meio a cartas distintas. Mas talvez dependa da forma como a obra é organizada, não sei.

Quanto ao conteúdo, apesar da falta de coesão, traz boas frases e argumentações sobre a vida, sua brevidade e como nos ocupamos dela. O pensador romano defende um ponto de vista interessante de que devemos contemplar a RETIDÃO, OS ESTUDOS, AS ARTES E A MEDITAÇÃO (alguém discordaria disso totalmente?). Que nosso propósito deve ser maior do que as futilidades cotidianas, Tudo isso, obviamente, guardadas as proporções de sua época (imagina se ele conhecesse a sociedade atual). Dessa forma, faz uma crítica voraz de uma vida cheia de ocupações ou distrações, sem dar importância as coisas mais importantes, o que, pelo menos em parte, ele tem razão.

Trago alguns trechos para refletirmos:

"Joga-se com a coisa mais preciosa de todas, porém ela lhes escapa sem que percebam, já que é incorporal e algo que não está sob os olhos, por isso é considerada desprezível e nenhum valor lhe é dado"

"Ninguém valoriza o tempo, faz-se uso dele muito largamente como se fosse gratuito."

"Se pudéssemos apresentar a cada um a conta dos anos futuros, da mesma forma que se faz com os que já passaram, como tremeriam aqueles que vissem restar-lhes poucos anos e como os economizariam!"

"Ignoram, porém, o fato de estarem perdendo seus anos, já que lhes é tolerável a perda de um bem que não se percebe. Ninguém te devolverá quele tempo, ninguém te fará voltar a ti próprio. Uma vez lançada, a vida segue o seu curso e não o reverterá nem o interromperá, não o elevará, não te avisará de sua velocidade, transcorrerá silenciosamente. Ela não se prolongará por ordem de um poderoso, nem pelo desejo do povo. Correrá tal qual foi impulsionada no primeiro dia, nunca sairá de seu curso, nem o retardará. O que acontecerá? Tu estás ocupado, e a vida se apressa. Por seu turno, a morte virá e a ela deverás te entregar, querendo ou não."

"Deve-se aprender a viver por toda a vida e, por mais que te admires, durante toda a vida se deve aprender a morrer."

Obs: é interessante grifar com caneta marca texto as frases que mais chamam a atenção e esporadicamente voltar a elas para reflexão.

Nota: 5, REGULAR.

Relido em: 14-03-2018
Ribeirão Preto-SP.
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Isa 02/06/2020

Sobre a vida: ?Por mais curta que seja, é mais que suficiente, de maneira que, ao chegar o último dia, o homem sábio não hesitará em ir para a morte com tranquilidade?.

Tempo suficiente nos é dado para viver uma
vida plena, mas se não nos tornamos conscientes desse tempo, então o tempo que realmente vivemos é breve. Aqueles que só se tornam conscientes de sua vida quando são expostos às suas fragilidades, se desesperam ao perceber que viveram uma vida vazia, com indiferenças, distrações e preocupações supérfluas. E aqueles que, conscientes de suas fragilidades e todos os tempos, tiram o máximo proveito do momento presente e vivem.
É um livro atemporal, de leitura rápida, mas muito profunda.
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Silvia.Leticia 27/11/2018

Uma bela reflexão
Gosto desses livros que fazem com que eu me sinta "mal" após a leitura, parece algo pararoxal, mas não é. Essas reflexões sobre o modo como aproveitamos nossa vida são muito bem-vindas na atualidade, por conta da forma desenfreada como lidamos com as tarefas cotidianas.
Se substrairmos todo o tempo que nos dedicamos trabalhando e "providenciando um futuro" sobra uma parte significante que tenha sido realmente vivida?

Recomendo muito. Leitura fluida...
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Ariele.Chagas 06/01/2019

?Os únicos a aproveitar bem o tempo são aqueles que se abrem para a sabedoria: não só administram bem as suas vidas, como somam a elas todos os anos passados antes deles.? Fantástico. Há muito não cogitava estóicos.
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Piatã 18/10/2010

Domênico Di Masi plagiou este cara!
O ócio criativo ou economia do ócio defendido por Domênico Di Masi na última década, já era defendida por Sêneca no século I DC.
Continuo a defender a ideia de que a raça humana apenas evoluiu tecnologicamente, e os aspectos sociais sãos os mesmos há 2.000 anos. Bastam estudar um pouco de história.

Sêneca criticava a busca incessante dos romanos em criar situações que mais complicavam a vida do que propriamente para facilitar simplificar a rotina. É a ideia de que para nos mantermos ativos (uteis na sociedade) temos criar formas mais complexas de trabalho. E não paramos para refletir se realmente o que estamos é realmente certo. Sêneca critica a brevidade da vida dos romanos, pois a maioria dos homens de sua época começava a refletir sobre a vida depois dos 50 anos de vida (é, parece ser muito diferente nos tempos de hoje!?). Passavam a desfrutar melhor a vida, mas o corpo não começa a corresponder mais, a juventude se foi e muitos estão à espera da morte.

Somos escravos da rotina. Vivemos uma vida pelas quais não sonhamos. Será que temos mais descanso, ou melhor, qualidade de vida com todo o nosso aparato tecnológico? Talvez sim, talvez não, me ajudem a responder a esta questão!
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Erika 17/04/2012

Ao fim, qual será o saldo de vida realmente vivida?
O quão ocupados estamos? A necessidade de ócio pregada por Sêneca vai totalmente de encontro a nossa correria cotidiana. A que atividades inúmeras entregamo-nos durante toda a vida? Ao fim, qual será o saldo de vida realmente vivida? Um livro que pode ser aberto aleatoriamente e certamente nos fará refletir sobre nossas escolhas. Recomendadíssimo!
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Lucio 13/03/2019

Uma Apologia ao 'Otium cum Dignitate'
RESUMO
A vida parece breve, e os homens constantemente reclamam de sua fugacidade. Mas Sêneca argumenta que tal só se dá por conta de os homens não saberem viver uma vida feliz. A vida lhes é roubada por desperdiçarem-nas na ocupação, na ganância, na ambição e nos prazeres. Assim, o passado lhes lembra o penar, o presente é momento de trabalhar e o futuro é incerto. Nem mesmo os momentos alegres de agora podem ser desfrutados sem ansiedade de que poderão acabar. Assim, o tempo escoa pelos dedos dos homens que não sabem viver.
Já o sábio se reclusa e busca o ócio. Não é o ócio para se envolver em futilidades ou vaidades. Não é a mera preguiça ou inércia. É o ócio para buscar pensar nas questões filosóficas mais elevadas como a natureza e atividade de Deus, natureza e destino da alma e coisas do tipo. Estes, que assim vivem, acabam alcançando a paz e a tranquilidade de não serem escravizadas aos prazeres, terem um passado do qual não se lamentam e um futuro que não temem, nem mesmo na morte. São leitores dos grandes filósofos e com eles discutem as coisas mais elevadas, tendo-lhes sempre em companhia quando bem entenderem.
O oposto dessa vida, a vida mais desperdiçada, é a do político. Ele está longe de ser invejado, pois é alguém não apenas ocupado, mas ocupado com as coisas dos outros. Este teme com constância o futuro e não pode sossegar, nem tem tempo para se dedicar a si.

APRECIAÇÃO
O livro guarda enorme semelhança não apenas temática como conteudística em relação a outros do autor. É mais curto e os pensamentos não são muito elaborados ou complexos. Mas guardam ensinamentos ricos e, não raro, equivocados. Porém, tais equívocos, segundo nosso juízo, está inerente ao estoicismo em geral e não caberia a esta ocasião colocar.
É uma leitura agradável e muito fluida. A concatenação dos argumentos transcende os capítulos e o leitor desatento pode não percebê-lo. É preciso uma visão mais geral para perceber como estão relacionados e como se relacionam a um todo para estabelecer a tese geral de que a vida é breve para quem não sabe viver.
Eu diria que o 'Aprendendo a Viver' é mais completo e pode muito bem substituir este que, no entanto, coloca com outros termos argumentos ali presente e, com isso, pode ser mais convincente. Mas é melhor, para quem estiver com pressa, ir direto àquele do que vir a esse.
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Danilo Andrade 26/10/2019

Deveras inquietante
Por mais que o livro seja tão breve como a vida de um ocupado, foram páginas e mais páginas de um esbofeteamento existencial.

Sêneca em epigramas justos ao que o estoicismo propala em sua filosofia, discorre sobre algumas considerações que nos assola durante a vida como a ideia execrável de vermos nossas vidas esvanecer diante da natureza implacável do tempo.

"Deve-se aprender à viver por toda vida, e, por mais que tu talvez te espantes, a vida toda é um aprender à morrer."



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João Carlos T F 23/06/2024

Breve
Me vez refletir muito sobre a vida, trabalho e o futuro. Também me fez me importar mesmo com algumas coisas e mais com outras.

É muito interessante ler um livro tão antigo, pretendo ler outros mais.
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Bruno Marcolino 16/02/2020

Sobre a brevidade da vida
Aqui Sêneca desenvolve temas como amizade, a morte, além de apresentar maneiras de prolongar a vida. Mas achei que o que ele mais desenvolve é sobre o ócio. Algumas partes são bem atreladas a acontecimentos da época, mas nada atrapalha a leitura.
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Cout 06/03/2020

Agora
Sobre a brevidade da vida é um livro que nos faz perceber coisas obvias que negligenciamos. É uma leitura rápida e pratica que nos leva a tomar posse do nosso hoje, viver o nosso presente tendo consciência que a vida é agora que o depois esta lá na frente e que talvez nem cheguemos lá. O que eu mais amei nessa primeira leitura é a consciência de que uma vida longa esta muito além de contagem de anos ou dias de sobrevivência, uma vida longa é saber investir meu tempo em mim, é ter consciência que o tempo não me espera e de forma nenhuma posso domina-lo, tudo passa, inclusive nós.
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Eduarda 22/03/2020

é um ensaio moral sobre a natureza do tempo e da longevidade de nossas vidas. ótimo para refletir. Recomendo muito.
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Fábio Siqueira 01/05/2020

A moeda mais importante
Sêneca, um dos pilares do estoicosmo, traz neste livro uma breve reflexão sobre como administramos nosso tempo, fazendo-nos observar o quanto dele desperdiçamos com pessoas ruins, um tranalho ruim ou até mesmo com pensamentos ruins.
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