Natalia Reis 27/05/2023
Uma das melhores adaptações da era arturiana que já li
Excalibur retoma a história de Derfel, melhor amigo de Artur, que segundo a lenda, foi um dos maiores guerreiros britânico do seu tempo. Nesse livro o autor consegue finalizar a história com esplendor. Super recomendo aos leitores a não deixarem de ler a "Nota histórica" que vem após o último capítulo, ou talvez não entendam ou achem que o final ficou em aberto.
Não canso de elogiar a escrita do Bernard Cornwell e sua habilidade magnífica em descrever cenas de batalha e o quão viscerais e nojentas eram os ambientes das batalhas e não tão glamorosas como alguns filmes nos faz acreditar. O jeito que ele trás e trabalha como a temática pagãos vs cristãos simplesmente maravilhosa. Como muitos aspectos do cristianismo vem de culturas pagãs e foram adaptadas na cultura cristã.
Preciso pontuar alguns diálogos que me marcaram durante a leitura. Quando Derfel acha que vai morrer e o jeito que ele lidar com a situação de está indo para outro mundo e logo ao seu lado está Sansum, passando pela mesma situação, porém lidando de forma totalmente diferente, já que ele sendo cristão tem pavor/medo da morte, enquanto Derfel pensa nos amigos e familiares que irá encontrar quando morrer. Achei sensacional o que o autor fez nessa cena. Outra diálogo que me marcou no livro foi Merlim falando sobre o poder das mulheres "Ela é mulher, e o que as mulheres querem elas conseguem, e se o mundo e tudo que há nele tiver de se partir para isso, que assim seja."
Portanto, já está mais que óbvio o quanto essa história foi uma grande aventura para mim e o quanto recomendo para todos os leitores que ainda tenham dúvidas sobre se arriscar ou não nesse mundo arturiano.
"Só um idiota deseja a guerra, mas assim que a guerra começa ela não poder ser lutada com meia vontade."