Carous 26/06/2021Muitos meses já se passaram deste a leitura deste livro. Acho que é hora de admitir para mim mesma que não conseguirei escrever uma resenha à altura desta história maravilhosa.
Quem quiser ler uma resenha realmente boa do livro, que faz jus à magnificência dele, procure a resenha da Laura Machado (vou tentar deixar o link aqui, mas se eu esquecer, procurem!). Mesmo que você não tenha achado o livro tão bom assim ou a minha impressão tenha bastado: não deixe de ler o que ela escreveu. Tá muito bom. E além da bom expressa palavra por palavra o que achei do livro.
Primeiro quero dizer que é uma pena que este livro não tenha vingado no Brasil (ou lá fora, não sei). Eu sei que muita gente pensou que se passava de um chick-lit: fofo, cômico e despretensioso, e levou um susto ao se deparar com o conteúdo mais sombrio da história. Não sei se o livro não fez muito sucesso porque ninguém mais leva chick lits a sério ou por que a editora não fez um trabalho de marketing melhor. Mas eu espero que um dia
Eleanor Oliphant Está Muito Bem atinja meu potencial como
Circo da Noite está fazendo quase 10 anos após seu lançamento.
Como mencionei acima: este livro
parece uma comédia romântica,
parece descontraído,
parece divertido e parece a pedida ideal para espairecer a mente. Mas não é. Ele traz uma protagonista que te faz ri, mas não propositalmente, e quanto mais avançamos as páginas, mais percebemos que toca em assuntos sérios. A autora não traz esses assuntos à toa de forma pesada, mas não é leve o suficiente que te leva a pensar que não é grave.
Para as pessoas de fora e até seus colegas de trabalho, Eleanor Oliphant é uma pessoa descomplicada com uma rotina espartana, embora tediosa. Ela também não é muito espontânea, e isso a torna esquisita aos olhos dos colegas de trabalho.
A história é narrada por ela mesma. Confesso que como sou introspectiva e antissocial, me identifiquei com ela em vários momento. Há outros pontos da rotina de uma personagem retraída que me fez pensar: "Olha, parece eu!", mas acaba aí.
A chegada de Raymond agita a trama e a vida de Eleanor um pouquinho. Ele, apesar das reservas de Eleanor a respeito de sua aparência e vícios, é o que se poderia dizer de uma pessoa "normal". Ele é sério, como todo inglês, mas se encaixa melhor nas situações sociais.
O ritmo do livro é bom, mas ele não é muito dinâmico. Eu não tenho problemas com isso se outros elementos me fisgam completamente - como aconteceu aqui -, mas para outras pessoas pode ser um livro chato.
Gostei de como Gail trabalha as temáticas mais sérias. Foge um pouco de como normalmente aparece na ficção, mas um novo olhar caiu bem. Doenças, famílias disfuncionais, depressão, problemas na vida não aparecem do mesmo jeito, então é importante cobrir as variadas formas disso tudo surgir.
Este livro ressalta a importância de ser gentil com o próximo.
Link da resenha da Laura: https://www.skoob.com.br/estante/resenhas/3674644/page:1/mpage:47