nanabanana 21/04/2024
(ainda não tão) bem.
Eleanor oliphant me fez sentir muitas coisas ao longo do livro. ela me deu muita vergonha alheia, me fez rir, me emocionou, me fez refletir sobre várias questões minhas e, acima de tudo, me fez torcer e muito por ela.
não é uma personagem comum, tem zero filtro, terrivelmente honesta e suas habilidades sociais são praticamente nulas. tem um emprego mal pago em um escritório, não tem amigos e, pra falar a verdade, não tem família também. uma mulher de trinta anos completamente solitária.
vamos descobrindo ao longo do livro todo o abuso e negligência que ela sofreu ao longo da infância e todas as razões para ela ser do jeito que é.
devo dizer que em alguns momentos eu achei um pouco difícil de acreditar em alguns pontos da personalidade dela: ela viveu com a mãe maluca até os 10 anos de idade e depois passou por diversos lares adotivos, frequentou universidade, se formou e arrumou um emprego em uma empresa de design gráfico, e mesmo assim ela não sabe a diferença entre um tablet e um laptop? sério? algumas passagens e interações como essa me incomodaram um pouco, achei que não fazia muito sentido.
a amizade dela com o raymond foi um dos pontos altos do livro, mas achei que o final deixou algumas questões abertas, que me gerou algumas dúvidas.
fiquei um pouco frustrada em relação ao sammy. entendi qual o propósito do personagem e a relação dos três, mas eu queria muito que fosse mais que isso, que tivesse mais acontecimentos. foi muito corrido e não senti que isso foi bem desenvolvido.
o maior plot twist final me pegou desprevenida, eu não estava mesmo esperando mas fez muito sentido. tem um twist menor que eu já tinha catado e também senti que não foi tão bem desenvolvido.
foi uma leitura fácil, que me prendeu e me deixou curiosa o tempo todo. foi muito gostoso de ler e acompanhar todo o desenvolvimento da eleanor.