O Último Reino

O Último Reino Bernard Cornwell
Bernard Cornwell




Resenhas - O Último Reino


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Rub.88 21/01/2021

Urd, Verdandi, Skuld
Barbudos e vestindo grossa pelagem de urso ou lobo. Capacete com chifres. Atacando desordenadamente a costa do velho continente com machados manchados de sangue coagulado e vociferando um idioma animalesco. Selvagens que chegavam em barcos estreitos que pareciam serpentes marinhas. Adoravam deuses pagãos e desprezavam o ainda não institucionalizado cristianismo. Bebiam, saqueavam, estupravam, matavam em nome de Odin e Thor. E depois de devastar as vilas invadidas, levavam os tesouros adquiridos de volta ao reino gelado. Essa era a vida viking. Era mesmo? Como toda a estória, metade é mentira metade é exagero. Não há prova de capacetes chifrudos. Os escandinavos eram negociantes e conquistadores. Procuravam a expansão para melhorar o seu modo de vida. O fim da idade de ferro se aproximava e a idade média vinha na forma de cruz.
Eu li O último Reino de Bernard Cornwell a contragosto. É uma serie de treze livro, onde o decimo terceiro, dito último, foi prometido o lançamento para outubro de 2020. Na minha estante só tenho dois volumes dessa saga. Duas outras trilogias eu já tinha lido de autor inglês foram; As Crônicas de Artur e A Busca do Graal (que acabei de descobrir que são quatro e não três livros. Esse cara escreve sem parar. Desgraçado!)
Todas as páginas de O Último Reino estão vermelha de sangue. Empapuçadas eu diria. E é o primeiro de 13 livros como já mencionei. Tinhas vezes que achava exagerada a carnificina. Mosteiros dizimados e freiras violentadas. Refém degolados. Sacrifícios humanos. Tem até o martírio de um futuro santo. Não é um livro detalhistas, mas cada espadada ou machada é um membro que se separa do dono. O chão enlameado de sangue e mortes indignas me deixava incomodado e eu não sabia bem porque até quando faltava pouco para terminar a leitura. O livro se abstém da moralidade crista. Sem conotação pejorativa neste caso. O mundo ocidental, depois do colapso do império romano, foi construído seguindo as regras interpretáveis do novo testamento. Os dinamarqueses sem contato com o cristianismo faziam a guerra sem nenhuma culpa. As atrocidades não os perturbavam. A achavam necessárias e parte do processo. Os saxões faziam o mesmo que os vikings, porem a noção do pecado entrou na cabeça das pessoas daquele tempo e sobrevive até hoje. Pratico o mal e me arrependo, depois. Bernard Cornwell escreve com tamanha habilidade que o julgamento moderno não serve para condenar ou absolver nem os invasores nem os primeiros ingleses. Acho que essa é a essência do romance histórico. Conseguir decifrar uma época, e trazer olhar o do que foi para o agora sem os filtros das eras que os separam...
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Rafael Coelho 28/05/2020

Continuarei lendo a série
Primeira vez que leio Cornwell e posso dizer que me satisfez a leitura. Uthred é um personagem cativante e Cornwell descreve as batalhas tão bem, que você se sente numa parede escudo.
Jefslau 28/05/2020minha estante
Eu ja li os onze, meu é muito top


Rafael Coelho 28/05/2020minha estante
Haha tô me tornando fã de Cornwell




Deborah.Gomes 17/08/2020

Ler esse livro foi maravilhoso, ao assistir a série The last kingdom, me peguei querendo todos os livros. O livro é rico em detalhes, mostra uma parte diferente da vida que Uhtred teve na infância, e tudo que ele aprendeu ao lado de Ragnar. Amei. Foi presente de uma amiga e só tenho a agradecer ?? " O destino é tudo"
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Tailane.Carine 25/12/2020

Nesse primeiro livro vamos ter contato com a infância viking de Uthread, levado a força pelo Ragnar o Intrépido. O protagonista sempre está em uma dualidade, ele é um inglês? É um dinamarquês? Ele não sabe, as vezes se sente um, as vezes se sente outro, vai crescendo e tendo cada vez mais contato com a brutalidade dinamarquesa e gostando daquilo, até um acontecimento que muda sua vida, e a partir dali ele buscará vingança, é o início de uma rixa de sangue. Um ótimo livro, estou ansiosa pelo segundo...
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ametista 25/08/2020

Eu gostei muito da história, mas o que me fez dar 3 estrelas foi porque eu levei praticamente uns 2 meses pra terminar, porque eu tava achando um pouco chato. É aquele tipo de livro que você demora a entrar na história e em todos os capítulos você tem que fazer um esforço pra entrar na vibe do livro. Eu só acho que vou gostar mais da série, aconteceu isso com outlander também. O livro é bom sim, vou ler o segundo volume, só não acho que é pra todo mundo.
Bianca.Martinelli 18/11/2020minha estante
Tem personagens femininas fortes?


ametista 18/11/2020minha estante
Tem sim, tem umas duas mas o foco não é nem de longe nelas


Bianca.Martinelli 15/12/2020minha estante
Droga. N vou ler.




Jack 01/10/2020

O Ultimo Reino
Eu assisti primeiro a série The Last Kingdom que eu gostei muito, não consigo imaginar o Ultred loiro kkkk
Tanto o filme quanto o livro são ótimos.
Bernard Cornwell é mestre!
Thaiane.godoy 02/10/2020minha estante
Mentira que o Ultred no livro é loiro! Não consigo imaginar também! hahaha


Jack 02/10/2020minha estante
É verdade, imagina um "Geralt de Rivia" de The Witcher kkkk
Graças a DEUS encontraram um bom interprete que minimizou essa diferença!




Victor 22/02/2020

Muito bom e detalhista
Esse livro tem como Personagem o Uthred um inglês que passou a maior parte da sua infância sendo criado ao redor de Dinamarqueses que dominavam boa parte da Inglaterra no Século XIX.
Além da escrita simples e gostosa de ler o que chama atenção é a riqueza histórica do livro que se torna bem imersiva.
Vale muito a pena e já estou na ansiedade pela leitura do segundo livro.
Carmen Silvia 22/02/2020minha estante
Já tô lendo o 2!


Victor 22/02/2020minha estante
Já vou começar


Camila Gondim 22/02/2020minha estante
Eu vou pro sexto livro dessa serie :o


Victor 22/02/2020minha estante
É viciante demais


Carmen Silvia 22/02/2020minha estante
?


Diego 27/02/2020minha estante
Ta na lista!




Emerson Jr 15/01/2023

História que empolga
O livro é ótimo, excelentes cenas de batalha e reviravoltas que explodem a cabeça!
Super recomendo
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Rodrigo.Artioli 24/05/2021

O Início da saga de Uhtred...
Já de cara adorei Uhtred e sua ambição para resgatar o que é seu por direito. E não só isso, bons coadjuvantes e a narrativa crucial de Cornwell só deixam a história melhor.
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Pedro Nunes 10/12/2012

Mais do mesmo
Os primeiros livros do Cornwell que li foram as crônicas de Artur. E que bom que comecei por eles, mas que pena que continuei com os outros. Talvez os livros do Sharpe - e o recente O Forte, que se passa na guerra civil americana - fujam um pouco dessa mesmice, por serem ambientados em outras épocas, outros momentos da humanidade, mas a trilogia do Graal, a do rei Artur e esta seqüência ainda não terminada sobre a unificação da Inglaterra são basicamente o mesmo livro estendido ad infinitum. A história é particularmente previsível e os personagens são muito, muito rasos. Não existe nenhuma idéia nova a se tirar desta leitura: é apenas entretenimento, sem profundidade, sem qualquer desafio ao leitor. Você não vai terminar este livro tendo novas idéias, a menos que seja jogador de RPG medieval. No mais, é um festival de gente cuspindo, gente mijando, gente sangrando e gente morrendo. Não que essas coisas sejam ruins, claro, mas se houvesse alguma coisa a mais seria ótimo.

Não sou um inimigo dos livros do Cornwell, existe MUITA coisa MUITO pior por aí. Ao menos o que ele faz tem algum embasamento histórico - mas se você quer saber sobre história, vá estudar história. Mas como literatura mesmo, daquela feita pra te dar um soco no cognitivo? Não serve. Recomendo como um livro para ser lido entre dois outros livros mais pesados, enquanto seu cérebro digere os pensamentos novos que foram colocados na sua cabeça por algum autor mais elaborado.
denis.caldas 25/11/2012minha estante
Valeu a resenha Pedro, sincera! Estou começando a ler o Cornwell agora, por este livro, e é o que você tá falando... Não sei se é porque li alguns livros de fantasias, onde acontecem coisas além da história em si, mas sinto falta do "fantástico" em um livro que quer ser real/histórico.


Pedro Nunes 25/11/2012minha estante
Valeu, Denis! Minha questão nem é falta de alguma fantasia na questão, porque fantasia sempre há, em qualquer literatura. Até mesmo em biografias. Não existem fatos, apenas reinterpretações da história, e até mesmo historiadores tendem a discordar entre si.

O que sinto falta em um livro é de algum pensamento aprofundado a respeito do que está sendo dito. Se você pegar um Guerra e Paz, por exemplo, ele nada mais é do que um longo romance histórico sobre batalhas. Exatamente o que o Cornwell faz! A diferença é que o Tolstói enche o livro de conceitos, de idéias, de coisas que ele pensa e que te fazem pensar sobre o que está sendo lido. Victor Hugo faz o mesmo, Alexandre Dumas por vezes ensaiava isso, Dostoievski faz isso de maneira mais sutil, o Stendhal também... é mais do que 'contar uma história', é compartilhar suas idéias.

É do que sinto falta na "literatura" moderna. Se bem que a maioria desses livros atuais é tão cheio de clichês que acho que se os autores se metessem a compartilhar suas "idéias" conosco, seria ainda pior!


Evelin0 11/07/2014minha estante
Finalmente alguém que não achou o livro incrível. Compartilho do mesmo pensamento que você. Tive uma grande decepção com essa série, principalmrnte porque comprei o box. Forcei a leitura do segundo livro mais para fazer valer o $$. Mas não deu. É como vc diz: histôria e personagens rasos e previsíveis.


Verônica 11/09/2015minha estante
Eu também senti a mesma coisa que você lendo esse livro: personagens rasos. É uma pena, pois vai sair o seriado que não vou deixar de ver, mas não continuarei a ler os livros, foi um pouco decepcionante.


Augusto son of Augusto 09/02/2017minha estante
Acredito que o grande trunfo do Cornwell não seja a história, e sim como ele conta ela. As batalhas são muito bem descritas e detalhadas e as tramas te prendem pelo jeito que são apresentadas. Dizer que é igual as Crônicas de Artur é um pouco radical, apesar de algumas semelhanças, os personagens principais de cada um são bem diferentes em personalidade. Só não entendi o que você esperava do livro... ele entrega tudo que propõe.




Queria Estar Lendo 27/02/2018

Resenha: O Último Reino
O Último Reino é o primeiro volume da aclamada saga de Bernard Cornwell, as Crônicas Saxônicas. O autor entrega aqui o prólogo de uma jornada sobre justiça e destino.

Uhtred é filho de um rei, mas uma guerra por poder e conquista o afasta de casa e de tudo que conhece. Prisioneiro dos invasores vikings, Uhtred é apresentado a uma nova cultura, à guerra e ao amor pelas batalhas; a história acompanha o crescimento do garoto inglês (nortumbriano, como ele sempre relembra) criado por dinamarqueses que tem seu coração dividido quando se trata de honra e de seguir as linhas do destino.

Meu interesse nessa série vem de um tempo, mas preciso confessar que a quantidade de títulos sempre me assustava. Depois da estreia da adaptação - The Last Kingdom - e de eu finalmente ter assistido as duas temporadas disponíveis, falei "quer saber? É agora". E comprei o primeiro livro; deveria ter comprado outros três junto.

"Sou Uhtred, filho de Uhtred, e esta é a história de uma rixa de sangue. É a história de como tomarei do meu inimigo o que a lei diz que é meu."

O Último Reino é um prólogo. Um início bem pontuado, com ótimas apresentações de personagens, cenários e possibilidades. É o início de uma saga grandiosa, e Cornwell sabe exatamente como prometer a grandiosidade sem deixar o leitor antever como ela vai chegar.

Uhtred, para minha surpresa, foi um personagem carismático. Temos tempo de entender suas motivações e relutâncias. Acompanhamos o garoto assustado em meio a uma guerra inacabável - dinamarqueses contra ingleses - e o nascimento do seu sonho de reaver o reino que é seu por direito. Uhtred foi arrancado de casa e feito prisioneiro por Ragnar, um comandante viking de grande coração e fama; apesar de cativo, Uhtred acaba encontrando uma figura confiável em Ragnar, e um lar entre os dinamarqueses.

"Nossos homens começaram a bater com as armas nos escudos e esse era um som temível, a primeira vez que eu escutava um exército fazendo aquela música de guerra; o choque de lanças de freixo e lâminas de espadas de ferro contra a madeira dos escudos."

Ele não pertence à sociedade viking, mas também não pertence à Inglaterra. Seu coração está dividido e, apesar das suas escolhas, dá para entender que sempre será assim.

Já crescido, o destino de Uhtred acaba ligado ao de Alfredo - recém-nomeado rei da Inglaterra e um nome a se tornar grandioso na História. Tenho que confessar que meu ranço pelo Alfredo só cresceu com o livro. Ele é ainda mais fanático religioso e insuportável no livro - não dá pra negar que é um líder e estrategista nato, de fato, mas isso não tira o crédito da sua embustidão. E isso ele tem de monte.

"- Você deveria ter cuidado com homens que só recebem ordens dos deuses."

Gosto muito de como a personalidade do Uhtred, uma mescla da selvageria dos vikings com a disciplina de batalha e determinação de um earl sem seu reino, bate de frente com a resiliência de Alfredo. Uhtred é seu servo, mas não se curva completamente à sombra do rei.

O livro acontece através do ponto de vista do protagonista, mas Cornwell sabe como transportar os leitores para a história. As descrições são de tirar o fôlego, especialmente as de batalha. Foi minha primeira vez lendo uma parede de escudos e, minha nossa, chegou a arrepiar. Tem muita adrenalina na narrativa do autor, ao mesmo tempo em que momentos lentos aparecem para equilibrar com a ação. Já digo sem medo que Cornwell se tornou um favorito.

"- Ele pensa com o coração, Uhtred, não com a cabeça. Você pode mudar o coração de um homem, mas não sua cabeça."

Brida e Leofric são coadjuvantes muito importantes para o Uhtred. A primeira, uma prisioneira inglesa que encontrou no garoto seu melhor amigo e companheiro; ela é selvagem e perigosa e minha heroína, uma garota que não se curva à vontade dos homens e faz com que todos ouçam sua própria voz. Leofric, por outro lado, é um guerreiro inglês de boca suja e pavio curto que se junta a Uhtred no meio da história - eles se bicam e se provocam, mas é um bromance em todas as interações.

Além de Alfredo, outros nomes da História aparecem para dar vida à jornada de Uhtred; Ivar e Ubba Lothbrok sendo os de maior destaque. Eles são líderes e conquistadores e seus nomes espalham medo e cautela nos campos de batalha; são os principais antagonistas à ordem de Alfredo, e representam muito da ameaça que é o povo viking.

"- Seus deuses são falsos, são excrementos de demônios, são coisas malignas que trarão trevas ao mundo, ao passado que nosso Deus é grandioso, é todo-poderoso, é magnífico.
- Mostre - disse Ivar.
Essa palavra produziu um profundo silêncio."

Esse cenário da guerra entre dinamarqueses e ingleses é o que eu mais admiro nessa história. É tudo tão rico, bem detalhado e com os acontecimentos devidamente introduzidos na trama que não dá vontade de parar de ler; e, de novo, é uma pequena amostra da grandiosidade que vai ser essa saga.

Minha única ressalva com essa história e com o próprio Cornwell é a falta de personagens femininas - principalmente no núcleo viking. A sociedade viking era muito avançada no quesito "papel de mulher"; tinham guerreiras e líderes em igualdade com os homens, e no núcleo dinamarquês o Cornwell não colocou uma guerreira sequer.

Brida, companheira de Uhtred, não pode ser considerada dinamarquesa, mas pelo menos está ali para representar um pouco da força feminina - e espero que ganhe mais destaque nos próximos volumes.

"A guerra é travada no mistério. A verdade pode levar dias para viajar. Adiante da verdade voa o boato e é sempre difícil saber o que realmente está acontecendo, e a arte é arrancar o osso limpo do fato da carne pobre do medo e das mentiras."

O Último Reino é perfeito para fãs de histórias épicas, com personagens carismáticos e cenas de ação de deixar seu queixo caído. O início de uma jornada poderosa e inesquecível.

site: http://www.queriaestarlendo.com.br/2018/02/resenha-o-ultimo-reino.html
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Vagner46 02/07/2015

Desbravando O Último Reino
Algumas palavras para definir esse livro? Vingança, traição, paredes de escudos. É isso o que você encontrará na narrativa e, tenho certeza, fará você se apaixonar por essa série. Comprei a coleção das Crônicas Saxônicas só de ler a sinopse e olhar para as capas, que são extremamente bonitas e possuem um cenário de guerra "sedutor". Deixando as enrolações de lado, mãos à obra.

Uhtred é um garoto saxão nascido na Nortúmbria, ao norte da Inglaterra como conhecemos hoje, e aos 10 anos acaba ficando órfão devido a um ataque dos dinamarqueses à região perto de sua terra natal, Bebbanburg. O que muda totalmente o destino de Uhtred é o fato dele ser capturado nesse ataque e começar a ser criado como um próprio dinamarquês pelo earl Ragnar, um chefe muito carismático e também excelente guerreiro, que desde pequeno lhe ensina a arte da batalha.

O livro,na sua maior parte, nos mostra a história do ponto de vista de Uhtred em meio aos invasores dinamarqueses, pois é com eles que Uhtred cresce e percebe a sua veneração pela guerra desde o momento em que põem os pés no mundo. Mesmo gostando do modo de vida dinamarquês e da sua cultura, Uhtred jamais esquece de Bebbanburg, pois é para lá que seu coração aponta, é lá que está a fortaleza da sua família e que pertence a ele agora, apesar de estar fora de alcance.

"Tinha aprendido a esconder minha alma, ou talvez estivesse confuso. Nortumbriano ou dinamarquês? O que eu era? O que queria ser?"

A partir de então a narrativa, sempre em primeira pessoa, por sinal, começa a retratar a conquista dos dinamarqueses, que com sua fúria e coragem chegaram ao litoral norte da Inglaterra e a partir dali expandiram o seu domínio pelo território inglês. Mas o que significa "O Último Reino", Vagner? O último reino refere-se a Wessex, única província inglesa que não foi conquistada pelos invasores, mesmo após Nortúmbria, Mércia e Ânglia Oriental caírem e ficarem sob domínio dos dinamarqueses. Uhtred aprende a lutar ao lado de Ragnar e seus guerreiros, que o consideram um aliado importante e o protegem de todos os perigos que podem atrapalhar a sua caminhada.

"- Um líder lidera – disse Ragnar – e não se pode pedir que os homens arrisquem a vida se não estivermos dispostos a arriscá-la também."

O grande destaque dessa série não poderia ser outro: paredes de escudos. É incrível a quantidade de detalhes que o autor coloca em meio às cenas de guerra que você vai acabar a leitura simplesmente achando que já sabe matar todo mundo e está pronto para uma batalha de verdade.

Bernard Cornwell é um dos poucos autores que consegue transformar uma briga de rua em uma batalha épica entre dois exércitos. Você se sentirá lá no meio, baixando o escudo para não receber um golpe nos tornozelos enquanto levanta aquela espada para enfiá-la nas tripas do seu oponente.

"O júbilo! O júbilo da espada. Eu estava dançando de júbilo, a alegria fervilhando dentro de mim, o júbilo da batalha do qual Ragnar falava com tanta freqüência, o júbilo do guerreiro. Se um homem não o conheceu não é homem. Aquela não era uma batalha, não era uma carnificina propriamente dita, apenas uma matança de ladrões, mas foi minha primeira luta e os deuses tinham se movido dentro de mim, tinham dado velocidade ao meu braço e força ao escudo, e quando terminou, e quando dancei no sangue dos mortos, soube que eu era bom. Soube que eu era mais do que bom. Naquele momento poderia ter conquistado o mundo e meu único lamento era porque meu amigo não pôde ver, mas achei que ele poderia estar me olhando do Valhalla. Levantei Bafo de Serpente para as nuvens e gritei o nome dele. Já vi outros jovens saírem da primeira luta com o mesmo júbilo e os enterrei depois da batalha seguinte. Os jovens são idiotas, e eu era jovem. Mas era bom.

Algumas mulheres também entram e saem da vida de Uhtred conforme ele cresce e suas necessidades (fisiológicas) mudam. Sugiro que vocês prestem bastante atenção nessas personagens femininas, pois elas serão imprescindíveis para entendermos o que o futuro reserva para Uhtred.

Ah, não posso esquecer de comentar sobre o destino. Sim, sobre ele mesmo, o rumo que nossa vida irá levar. Sobre as três fiandeiras que regem a vida de Uhtred e insistem em colocá-lo na trama mais profunda possível, fazendo-o passar por muitas dificuldades e sempre se perguntar se está fazendo a coisa certa. Porque o destino, como já dizia Merlin nas Crônicas de Artur, é inexorável.

"O destino é tudo. E agora, olhando para trás, vejo o padrão da jornada de minha vida. Começou em Bebbanburg e me levou ao sul, sempre para o sul, até que cheguei ao litoral mais distante da Inglaterra e não podia ir mais longe continuando a ouvir minha língua. Essa foi minha jornada de infância. Como adulto fui para o outro lado, sempre para o norte, levando espada, lança e machado para limpar o caminho de volta até onde comecei. Destino."

Sinceramente, me faltam palavras bonitas e verdadeiras o suficiente para descrever todo o amor que eu sinto por essa série. Apenas leia, e depois passe aqui para dizer se valeu a pena ou não.

Os livros das Crônicas Saxônicas fazem parte de uma história épica e que deve ser lida por todos os amantes de guerra! A caminhada do guerreiro saxão Uhtred o levará a traições e mentiras, ódio e vingança, e você não pode ficar de fora. Não vejo a hora de ler o segundo!

Pontos fortes: ação. Sangue. Guerra. Batalhas e mais batalhas. Paredes de escudos. Narrativa envolvente e um personagem tão foda que não há como não gostar.
Pontos fracos: para mim não é problema, mas acredito que a alta quantidade de personagens e seus herdeiros/antepassados possa confundir alguns leitores iniciantes no gênero.

Se eu recomendo? COM CERTEZA!

site: http://desbravandolivros.blogspot.com.br/2012/08/resenha-o-ultimo-reino-bernard-cornwell.html
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HenriqueFlorentino 06/08/2020

Uhtred filho de Uhtred e sua busca por suas terras
Bernard Cornwell nos leva novamente as paredes de escudos. Como nas trilogias Crônicas de Artur e A Busca do Graal, Cornwell nos apresenta um mundo regrado pela guerra e conflitos entre figuras históricas, onde a trama é contada sob a visão de um personagem fictício que acompanha os fatos seguindo um motivo específico. Aqui, acompanhamos a saga de Uhtred, um erldoman em sua busca em recuperar suas terras, em meio às invasões Dinamarquesas aos reinos Anglo-Saxões, assolado por conflitos internos de defender a Inglaterra dos invasores, ou se render a sua criação pagã dinamarquesa e lutar contra seus conterrâneos ingleses.
O livro é bem fluído recheado com cenas de batalha ao melhor modo Cornwell e alguns estratagemas políticos. Gostei bastante desse primero volume de uma saga de 12 livros (com 11 lançados no Brasil até agora) o que aumenta bastante a minha expectativa aos próximos. Se vc gosta de paredes de escudos e fatos a históricos romanciados, O Último Reino é uma boa opção é indico com toda certeza.
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Kath 14/02/2020

Leitura que não dá vontade de largar!
Bernard Cornwell traz a nós a história fictícia da vida de Uthred de Bebbanburg (ou Uhtred Ragnarson), uma criança que foi capturada pelos vikings para viver como um deles (embora esse garoto de 09 anos seja muito mais que um simples cidadão inglês).
Embora a sinopse do livro enfatize que o livro é sobre Alfredo, o Grande; é possível enxergar a futura ascensão de Alfredo com Uthred ao seu lado.
O Último Reino é o começo de uma saga incrível que atende de forma leal ao seu apaixonado público.
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