Claudemir17 30/04/2024
Sobre os três livros
A saga de Fletcher se encerra neste terceiro livro da série Conjurador.
Quando o autor - Taran Matharu - diz que a série tem elementos de Harry Potter, O Senhor dos Anéis e Skyrim, não é pra menos: o universo criado aqui é recheado de tais referências.
Temos desde a ideia de uma escola onde conjuradores aprendem magias, até a própria concepção de feitiços elementais, característicos de Skyrim. E, claro, orcs, elfos, anões e toda a base da fantasia que Tolkien popularizou.
Aqui, temos uma faca de dois gumes, pois, se, por um lado, essas referências tornam a história mais fácil de absorver, pois já conhecemos eles, por outro, há de se observar que eles também podem tirar a originalidade da obra.
Falando das obras, acredito que o ponto alto do primeiro livro são as descobertas de Fletcher (e nossas também). É gostoso ir entendendo como as coisas funcionam naquele universo, como as conjurações ocorrem, como está a situação política da região e tudo o mais. Para mim, foi o melhor dos três livros.
O segundo livros nos aprofunda mais nas intrigas políticas e na guerra em andamento.
E também deixa um enorme gancho para o terceiro.
O terceiro volume acabou sendo o que menos gostei. Achei que o autor não desenvolveu tão bem uma série de situações sobre as intrigas políticas internas, indo tudo de forma um pouco apressada.
Por outro lado, é legal ver o desenvolvimento de Fletcher durante as batalhas, liderando as empreitadas, entendendo cada vez mais seu potencial e suas responsabilidades e começando a despertar para o amor.
No geral, gostei dos personagens. Aqueles que foram bem desenvolvidos mostram traços de personalidade bem definidos e marcantes.
A escrita do autor é simples, mas atende o propósito para a obra.
A saga vale a pena se você quer uma leitura menos pesada, de entrada no universo de fantasia, ou se quer apenas curtir uma história com aventura e magia.